segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

RECUPERAÇÃO FINAL - TERCEIROS ANOS - FILOSOFIA – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO. AULA ZOOM DE 08 DE DEZEMBRO DE 2020.

 

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS

COORDENAÇÃO REGIONAL METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA

COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS

ENSINO MÉDIO – TERCEIROS ANOS E EP3

EaD – EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA 2020

FILOSOFIA – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

AULA ZOOM DE 08 DE DEZEMBRO DE 2020

PROFESSOR: LER O TEXTO E EXPLICAR. INTERCALAR COM IMAGENS.

ANÁLISE E DEBATE.

HEGEL (POR JOSTEIN GAARDER)

DIÁLOGO ENTRE O PROFESSOR DE FILOSOFIA E SOFIA AMUNDSEN:

“— Comum a todos os sistemas filosóficos antes de Hegel era a tentativa de estabelecer critérios eternos para o que os homens podem saber sobre o mundo. Isso valia indistintamente para Descartes, Espinosa, Hume e Kant, por exemplo. Cada um deles havia tentado investigar quais são os fundamentos do conhecimento humano. Mas eles sempre se expressaram com pressupostos atemporais para o conhecimento do homem sobre o mundo.

[Atemporal = fora do tempo, no caso: fora da história concreta. No caso, expressão por meio de termos (palavras, conceitos) abstratos (existentes no pensamento). No caso de Descartes, por exemplo: Cogito (Penso), Cogito ergo sum (Penso, logo existo), Res cogitans e res extensa (coisa pensante e coisa extensa, material). Adendo do Prof. José Antônio, para esclarecimento. ]

[Mostrar imagens laterais do blog – filósofos até Hume.]

— Mas não é esse o dever do filósofo?

— Hegel dizia que isso não é possível. Ele achava que os fundamentos do conhecimento humano mudam de geração para geração. Portanto, não existem “verdades eternas”. Não existe uma razão atemporal. O único ponto fixo em que a filosofia pode se apoiar é a própria história.

[HEGEL (IMAGENS): https://en.wikipedia.org/wiki/Georg_Wilhelm_Friedrich_Hegel#/media/File:Hegel_by_Schlesinger.jpg ] Mostrar estas imagens.

OU

[ https://en.wikipedia.org/wiki/Georg_Wilhelm_Friedrich_Hegel ]

[Site original, por segurança.]

— Não, é melhor você explicar isso aí. Se a história está em permanente transformação, como pode ser um ponto fixo?

— Um rio também está em permanente transformação. Mas isso não significa que você não possa falar sobre ele. Contudo, não pode afirmar em que local do vale o rio seria “mais verdadeiro”.

[Imagens de rio, da Wikipédia: https://en.wikipedia.org/wiki/River#/media/File:Amazonrivermap.svg] 

— Não, porque o rio será sempre um rio ao longo de todo o seu leito.

— Para Hegel, a história era como o curso de um rio. Cada mínimo movimento da água em algum ponto do fluxo é na verdade determinado pela correnteza e pelo movimento das águas rio acima. Mas também são importantes as pedras e as curvas do trecho que você estiver observando.

— Acho que compreendi.

— Até a história do pensamento, ou a história da razão, é como o curso de um rio. Lá estão contidas as “cachoeiras” de pensamentos tradicionais de pessoas que viveram antes do nosso tempo, assim como as condições vigentes na nossa contemporaneidade, que determinam a nossa maneira de pensar. Você não pode, portanto, sustentar que um determinado pensamento esteja certo para sempre, por toda a eternidade. Mas ele pode estar correto aqui e agora.”

(GAARDER, Jostein. Hegel. In: ______________________. O Mundo de Sofia. Disponível em: < http://files.portuguesnoenem.webnode.com.br/200000334-a3534a44cb/O%20Mundo%20de%20Sofia%20-%20Jostein%20Gaarder.pdf > Acesso em 11 de agosto de 2020.)

Vale lembrar que a imagem do rio foi utilizada também por Heráclito de Éfeso, filósofo grego que viveu cerca de seis séculos antes de Cristo. Heráclito usa a metáfora (imagem linguística) do rio para se referir ao devir (vir a ser), isto é, à mudança (transformação, alteração) de todas as coisas. Nada permanece o mesmo. Tudo muda com o tempo. (Prof. José Antônio.)

Sugestão de leitura: O MUNDO DE SOFIA, de Jostein Gaarder.

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