quinta-feira, 1 de outubro de 2020

AULA: 19/10 A 25/10/2020 – 2º SEMESTRE. FILOSOFIA – SEGUNDOS ANOS e EP2 – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

 

 

Secretaria de Educação do Estado de Goiás

Colégio Estadual Deputado José de Assis

Estudo Orientado EAD

SEGUNDOS ANOS DO ENSINO MÉDIO E EP2

NOTA

DISCIPLINA: FILOSOFIA.

DATA: _____/_____/2020.

 

PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

ALUNO(A):

SÉRIE:

TURMA:

BIMESTRE

 

Segunda.

 

AULA: 19/10 A 25/10/2020 – 2º SEMESTRE. FILOSOFIA – SEGUNDOS ANOS e EP2 – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

ATIVIDADE:

COMPONENTE CURRICULAR: ÉTICA.

IMMANUEL KANT: O QUE É ILUMINISMO?

OBJETIVO: Averiguar e discutir como Immanuel Kant discute e interpreta o significado de Iluminismo, bem como entender o contexto sócio-econômico-cultural que deu origem à discussão em torno do Iluminismo e as questões éticas aí subjacentes.

INSTRUÇÕES QUE OS ALUNOS DEVERÃO SEGUIR:

1)      VÍDEO: AudioBook: O que é o Iluminismo? de Immanuel Kant / Filosofia. Em: https://www.youtube.com/watch?v=8bYWRtuYezg

2)      Veja e reveja o vídeo (ouça e reouça o áudio-livro).

3)      A seguir, responda as questões no Google Classroom.

4)      Valor: 10,0.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

O QUE É ILUMINISMO?

IMMANUEL KANT:

VÍDEO: AudioBook: O que é o Iluminismo? de Immanuel Kant / Filosofia. Em: https://www.youtube.com/watch?v=8bYWRtuYezg

EXERCÍCIO:

Voltaire, assim como Immanuel Kant, foi um grande filósofo iluminista. O texto abaixo tem similitudes com o texto de Kant sobre o Iluminismo. Observe como o vídeo-áudio sobre o livro de Kant e o texto de Voltaire têm pontos em comum.

LEIA ATENTAMENTE O TEXTO A SEGUIR, ESCRITO PELO FILÓSOFO ILUMINISTA FRANCÊS VOLTAIRE:

FANATISMO

“Fanatismo é para a superstição o que o delírio é para a febre, o que é a raiva para a cólera. Aquele que tem êxtases, visões, que considera os sonhos como realidades e as imaginações como profecias é um entusiasta; aquele que alimenta a sua loucura com a morte é um fanático. (...) O mais detestável exemplo de fanatismo é aquele dos burgueses de Paris que correram a assassinar, degolar, atirar pelas janelas, despedaçar, na noite de São Bartolomeu, seus concidadãos que não iam à missa. Há fanáticos de sangue frio: são os juízes que condenam à morte aqueles cujo único crime é não pensar como eles (...). Quando uma vez o fanatismo gangrenou um cérebro a doença é quase incurável. Eu vi convulsionários que, falando dos milagres de S. Páris, sem querer se acaloravam cada vez mais; seus olhos encarniçavam-se, seus membros tremiam, o furor desfigurava seus rostos e teriam morto quem quer que os houvesse contrariado. Não há outro remédio contra essa doença epidêmica senão o espírito filosófico que, progressivamente difundido, adoça enfim a índole dos homens, prevenindo os acessos do mal porque, desde que o mal fez alguns progressos, é preciso fugir e esperar que o ar seja purificado. As leis e a religião não bastam contra a peste das almas; a religião, longe de ser para elas um alimento salutar, transforma-se em veneno nos cérebros infeccionados. (...) As leis são ainda muito impotentes contra tais acessos de raiva (...). Essa gente está persuadida de que o espírito santo que os penetra está acima das leis e que o seu entusiasmo é a única lei a que devem obedecer. Que responder a um homem que vos diz que prefere obedecer a Deus a obedecer aos homens e que, consequentemente, está certo de merecer o céu se vos degolar? De ordinário, são os velhacos que conduzem os fanáticos e que lhes põem o punhal nas mãos: assemelham-se a esse Velho da Montanha que fazia - segundo se diz - imbecis gozarem as alegrias do paraíso e que lhes prometia uma eternidade desses prazeres que lhes havia feito provar com a condição de assassinarem todos aqueles que ele lhes apontasse. (...) pois o efeito da filosofia é tornar a alma tranquila e o fanatismo é incompatível com a tranquilidade. Se a nossa santa religião tem sido frequentemente corrompida por esse furor infernal, é à loucura humana que se deve culpar.” (Trecho do livro DICIONÁRIO FILOSÓFICO, de Voltaire, verbete FANATISMO. In: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000022.pdf).

NAS CINCO QUESTÕES SEGUINTES, MARQUE UMA ÚNICA ALTERNATIVA, CONFORME O QUE SE PEDIRÁ. CADA UMA VALE 1,2 (UM PONTO E DOIS DÉCIMOS).

QUESTÃO 1: Do texto acima não se pode afirmar que:

(a)    O fanatismo liga-se à superstição (crenças falsas mas tomadas como verdadeiras).

(b)   O fanatismo é capaz de gangrenar o cérebro.

(c)    O fanatismo extremo é capaz de levar ao assassinato de pessoas.

(d)   O fanatismo só é contido pelo grande poder das leis.

(e)    O fanatismo transforma-se em veneno no cérebro infeccionado das pessoas.

 

QUESTÃO 2: Das ideias apresentadas por Voltaire, não se pode afirmar que:

(1)   O fanatismo corrompe somente as religiões.

(2)   O fanatismo é incompatível com a tranquilidade.

(3)   Num cérebro gangrenado pelo fanatismo a doença se torna incurável.

(4)   Pessoas religiosas fanáticas acreditam que o Espírito Santo está acima das leis.

(5)   O fanatismo tem sua culpa na loucura humana, como um furor infernal.

 

QUESTÃO 3: “De ordinário, são os velhacos que conduzem os fanáticos e que lhes põem o punhal nas mãos (...)”. Velhacos são pessoas que não:

(a)    Se aproveitam do fanatismo das pessoas para dar-lhes instrumentos de ação contra os considerados dissidentes ou diferentes (aberrações).

(b)   Chegam a oferecer armas aos fanáticos para que estes ajam contra as pessoas cujas ideias sejam contrárias ao que pensam.

(c)    Plantam ideias erradas nas cabeças das pessoas, fazendo uso principalmente da superstição e do medo das pessoas ou de seus desejos de salvação.

(d)   Têm interesses religiosos, políticos, ideológicos e até mesmo econômicos a defender

(e)    São capazes de dialogar com pessoas de religiões, ideias e valores diferentes, entendendo-as, respeitando-as e com elas buscando soluções comuns.

 

QUESTÃO 4: O fanatismo não é coisa do passado, encontrando-se muito presente no mundo de hoje. São exemplos dele os seguintes, exceto:

(1)   O caso Malala, menina paquistanesa que, por estar lutando pelo direito dela e de outras meninas poderem estudar, acabou sendo quase assassinada por radicais islâmicos de seu país. Hoje mora na Inglaterra.

(2)   O caso das meninas raptadas por radicais islâmicos em escola na África, recentemente, por estarem exercendo o direito de estudar. Ainda não foram devolvidas aos pais. Dizem que muitas foram vendidas como escravas.

(3)   O caso dos torcedores do Vila Nova e do Goiás, que se vestem de branco nas partidas, buscando paz entre as torcidas.

(4)   Os assassinatos e a violência contra gays e lésbicas no Brasil e no mundo.

(5)   O racismo contra jogadores negros, chamados e tratados como macacos em campos de futebol, no Brasil e no mundo, muito recentemente.

 

QUESTÃO 5: “De ordinário, são os velhacos que conduzem os fanáticos e que lhes põem o punhal nas mãos”. Dentre esses velhacos não estão:

(A) Chefes de torcidas organizadas de futebol.

(B)  Chefes religiosos fundamentalistas.

(C)  Chefes de grupos extremistas.

(D) Chefes de estado que seguem visões radicalistas. Ex.: Hitler, Mussolini...

(E)  Chefes de vários tipos que têm uma consciência ética e aberta ao diálogo e ao respeito de todos, bem como aos seus direitos.

 

QUESTÃO 6: De acordo com Voltaire: “Não há outro remédio contra essa doença epidêmica senão o espírito filosófico que, progressivamente difundido, adoça enfim a índole dos homens, prevenindo os acessos do mal porque, desde que o mal fez alguns progressos, é preciso fugir e esperar que o ar seja purificado.” O espírito filosófico é capaz de ajudar na cura do fanatismo por que dispõe das seguintes ações, exceto:

(a)    Convida as pessoas a refletirem sobre os fundamentos de suas ideias e de seus valores.

(b)   É capaz de pôr em dúvida aquilo que é tido como verdades inquestionáveis.

(c)    Aceita bem as ideias e os valores em que o fundamentalismo, o radicalismo e o extremismo se enraízam.

(d)   Questiona e não aceita a intolerância em suas diferentes manifestações.

(e)    Denuncia ações de pessoas fanáticas contra outras cujas ideias ou o modo de viver e agir são diferentes das daquelas.

 

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