terça-feira, 29 de setembro de 2020

AULA EaD DE FILOSOFIA DE 30 DE SETEMBRO DE 2020. TEMA: HELENISMO (PRIMEIRA PARTE). (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS

COORDENAÇÃO REGIONAL METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA

COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS

ENSINO MÉDIO – PRIMEIRA SÉRIE

FILOSOFIA – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

AULA EaD DE 30 DE SETEMBRO DE 2020.

TEMA: HELENISMO (PRIMEIRA PARTE).

Apresentação preliminar.

FILOSOFIA EM POESIA 5: FILÓSOFOS DO HELENISMO (séc. 4 a.C. ao séc. 5 d.C.): (Prof. José Antônio Brazão.)

Quatro séculos antes de Cristo passados,

Macedônicos reis seu reino estenderam

E entre os povos dominados

Encontrou-se o povo grego.

 

Admirando da cultura da Grécia a beleza,

Alexandre Magno, de Aristóteles pupilo,

No império espalhou daquela a grandeza:

A arte, a língua, a filosofia e o arquitetônico estilo.

 

Neste contexto, com perda da cidadania antiga,

Não mais cidades livres, em seu conjunto,

Vinha surgindo cosmopolita perspectiva

E, no filosófico pensar, novo encarar do mundo.

 

Novas escolas, de socrática influência,

Nasceram em cidades do império,

Por alcançar da vida nova ciência

Puseram esforço dedicado e sério.

 

No caminho do saber racional,

Duvidar das verdades propunham os céticos.

Não havendo verdade universal,

Descrer da tradição seria certo.

 

Controle de paixões, desejos e agressividade

Propunha a escola dos filósofos estoicos,

A fim de dominar daqueles a impulsividade,

Por muitos perigos esta registrar históricos.

 

Pelas humanas sociais convenções

Radicalizando o desprezo, em palavras e ações,

Os filósofos chamados cínicos

Foram, por comparar-se aos caninos.

 

Controlavam os cínicos dos desejos as preocupações,

Entre eles estava Diógenes, ao morar em Atenas,

Negando as riquezas e humanas ilusórias atenções,

Em um simples barril morava apenas.

 

Pelo Grande Alexandre admirado,

Perguntado sobre o que o rei lhe poderia fazer,

Somente do Sol, por Diógenes tomado,

Da frente lhe faria grande favor poder sair.

 

Morto Alexandre, seus generais o sucederam

O macedônico império então dividiram

E em seus reinos a helênica cultura mantiveram,

Afetados que estavam por alexandrina admiração.

 

Séculos seguiram e por novo império dominado

Foi o povo grego pelo romano, parte a parte,

Mas igualmente acabou este sujeitado

Pela cultura daquele e sua arte.

 

Fugindo do cínico radicalismo,

Devotaram ao prazer vital valor

Os seguidores do epicurismo

E, com equilíbrio, fugir da dor.

 

Epicuro, descrendo dos deuses a influência,

Deles havia ensinado a discípulos não terem medo,

Pois, sendo tudo por átomos e vazio feito,

Ao morrer, os seres perdem a vital existência.

 

No Romano Império, no período cristão,

Plotino, de Amônio, em Alexandria, discípulo,

Com o mestre redescobriu as ideias de Platão,

Construindo na filosofia novo idealismo.

 

Do Bem, perfeita Forma, o neoplatônico,

Relendo de Platão, via o Uno,

Transcendendo dos seres a realidade, Único

Infinito, puro, perfeito e pleno.

 

Em Alexandria, no Egito, numa biblioteca tesouros

Do antigo saber suas estantes guardavam,

Livros em pergaminhos, papiros e outros,

E em suas salas grandes intelectuais estudavam.

 

Aí conviveram Eratóstenes, Ptolomeu, tantos

Homens e mulheres, destacando-se entre todos

A grandiosa filósofa e professora Hipácia,

Que dominava a grega sabedoria com audácia.

 

Defrontada por religiosos que a atacaram,

Por mulher sábia e independente ser,

Mas sua liberdade intelectual não atingiram,

Ela preferiu a morte que dobrar-se a fanático poder.

 

 

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