sexta-feira, 1 de maio de 2020

EAD CEDJA - SOCIOLOGIA TERCEIROS ANOS (Prof. José Antônio Brazão.)



Secretaria de Educação do Estado de Goiás
Colégio Estadual Deputado José de Assis
Estudo Orientado EAD
TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO E EP3
NOTA
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA.
DATA: _____/_____/2020.

PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
ALUNO(A):
SÉRIE:
TURMA:
BIMESTRE

Terceira.

PERÍODO: De 04 a 15 de maio de 2020.

ATIVIDADE:
OBJETIVO: Visualizar e compreender elementos históricos e filosóficos que contribuíram para a formação do pensamento de Karl Marx, um dos pensadores que mais influenciaram o pensamento sociológico, bem como perceber, no contexto em que viveu, a expansão do capitalismo por todo o mundo, nascendo, assim, uma era de globalização e expansão da economia. Não se pode, com efeito, falar de Sociologia sem se falar de Karl Marx, cujas contribuições reuniram-se com as de outros pensadores para formar e enriquecer o pensamento sociológico.
INSTRUÇÕES QUE OS ALUNOS DEVERÃO SEGUIR:
1)      Assistir e resumir o filme (no Youtube) O JOVEM KARL MARX. Em: https://www.youtube.com/watch?v=2M5vo2n6G7Y
2)      À caneta preta ou azul.
3)      No caderno. Uma página de resumo do vídeo.
4)      Valor: 10,0.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
GLOBALIZAÇÃO E SOCIEDADE NO SÉCULO XXI: DILEMAS E PERSPECTIVAS.
Vídeo filme (no Youtube) O JOVEM KARL MARX. Em: https://www.youtube.com/watch?v=2M5vo2n6G7Y
COMENTÁRIO DO PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO:
O século XIX teve em si a culminância e a afirmação definitiva do CAPITALISMO como modo de produção (ou sistema econômico) predominante, tendo derrubado os últimos resquícios do sistema feudal e sua estrutura político-econômica. Era em que a GLOBALIZAÇÃO da economia e das relações entre os países do mundo se expandem mais além. Era também do NEOCOLONIALISMO, de uma nova (neo) forma de colonização da África e da Ásia pelos europeus e das Américas Central e do Sul pelos Estados Unidos e a Inglaterra, além de outros.
Se, de acordo com Karl Marx, lá nos séculos XV e XVI nasceu “jorrando sangue por todos os poros”, agora, no século XIX, continuaria jorrando mais ainda. Nas fábricas de diferentes produtos a exploração de trabalhadores e trabalhadoras chegaria ao auge, como o filme bem o mostra. Ao trabalho masculino juntava-se o feminino e o infantil cada vez mais. Mulheres e crianças trabalhavam tanto quanto os homens, mas ganhavam bem menos que estes. Só para se ter uma ideia, até hoje, em pleno século XXI, uma das lutas das mulheres continua sendo a da equiparação salarial com os homens pela ocupação dos mesmos cargos! Ademais, de lá para cá, direitos trabalhistas foram conquistados e, infelizmente, direitos foram perdidos. É a dialética na história.
No que diz respeito ao trabalho infantil, o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, no Brasil, surgido com muitos debates após a Constituição de 1988 (atual, com emendas), foi um documento marcante de muitas lutas trabalhistas em prol do fim do trabalho infanto-juvenil, assim como por um acesso maior de crianças e adolescentes a níveis mais elevados de Educação. Essa luta em prol das crianças e dos adolescentes, no entanto, não é nova, é fruto de muitas outras lutas de trabalhadores e trabalhadoras na busca de direitos fundamentais.
Uma curiosidade interessante sobre Karl Marx é que, como Sigmund Freud (já visto em outro vídeo-documentário), era de família de origem judaica. Os pais, por razões práticas e por necessidade, numa Alemanha marcadamente cristã, acabaram convertendo-se. Mas algo essencial da cultura judaica a família guardou: a valorização do conhecimento! Karl Marx, de fato, foi muito instruído, vindo a tornar-se um dos homens mais cultos do século XIX. Iniciando os estudos de Direito, acabou interessando-se mais por Filosofia e Economia, tanto quanto pela História. Abandonou o Direito e aprofundou naquelas áreas, vindo, posteriormente a tornar-se Doutor em Filosofia.
Marx casou-se com a filha de uma família de amigos de seus pais e dele. Tiveram sete filhos(as). Marx veio a fazer parte do Partido Comunista Alemão, tendo-se envolvido em lutas de trabalhadores. Tornou-se, por um tempo, jornalista, até vir a ser cassado e até preso. Por conta das duras críticas ao sistema capitalista e à exploração nele existente, foi perseguido e teve que mudar-se com a família de um país a outro, ora na Alemanha, ora na França, ora na Inglaterra. Na Inglaterra encontrou, nas lutas trabalhistas, o também jovem Friedrich Engels, cuja amizade duraria por todo o resto da vida de Marx. Engels também era muito culto. Juntos escreveram alguns livros. Dentre esses livros, a pedido do Partido Comunista, encontra-se o MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA (ou Manifesto Comunista).
No pensamento de Karl Marx viriam a cruzar-se as influências da Economia Política Inglesa (estudiosos ingleses da economia, como David Ricardo e Adam Smith, por exemplo), do Socialismo Utópico (assim chamado por Marx e Engels porque não propunha mudanças baseadas em lutas diretas contra os capitalistas) e a filosofia idealista alemã, principalmente do filósofo Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Além de outras, com certeza. Por exemplo, Marx leu e conheceu as ideias contidas em A Origem das Espécies, de Charles Darwin, seu contemporâneo, tendo ficado admirado pelas descobertas do cientista inglês.
No campo da Economia, Marx escreveu uma obra-prima chamada O CAPITAL, tendo conseguido publicar o primeiro volume ainda em vida. Engels, seu amigo, reuniria os escritos restantes e publicaria, após a morte de Marx, os volumes dois e três. Entre os elementos que aí aparecem encontram-se está a MAIS-VALIA, um meio fundamental de exploração capitalista, que corresponde ao trabalho a mais não pago pelo capitalista e que se transforma em lucro para este. Marx, nesse livro, cita fatos diversos que mostram a exploração, como o trabalho infantil na produção, crianças e adultos passando fome no trabalho, tendo que trabalhar muitas horas além da conta.
No campo da História, Marx descobriu a existência de modos de produção, desde a origem da humanidade, com modos primitivos de produzir, até o mundo capitalista. Ainda vislumbrou um modo de produção socialista, que só ocorreria no século XX, com a Revolução Russa de 1917.  Marx e Engels deram origem ao Socialismo Científico, isto é, o socialismo baseado na compreensão da história e das relações econômicas e que propunha a luta para a derrubada do sistema capitalista (“Trabalhadores de todos os países, uni-vos”, diz o final do Manifesto Comunista).
No campo da Filosofia, descobriu que a história humana, em seus modos de produção, é constituída pela dialética e tem como motor a luta de classes. No Manifesto Comunista, que escreveu com Engels, dirá que a história, até seu tempo, carregava consigo, movendo-a, impulsionando-a, a luta de classes: patrícios versus plebeus, senhores versus escravos, senhores feudais versus servos, capitalistas versus operários, entre outras classes, em outras sociedades. Aí falam também da pujança do capitalismo de seu tempo, fundado na exploração dos trabalhadores, de homens, mulheres e crianças. Capitalistas que faziam negócios com o mundo todo, usando os meios de transportes então disponíveis.
Economia, História e Filosofia são inseparáveis nos livros de Marx e Engels. No caso de Marx, os modos de produção históricos guardam consigo a contradição e a transformação de um modo de produção em outro, de modo lento mas constante, até o firmar de novo modo de produção, que, por sua vez, guardará consigo os elementos de sua destruição, havendo o surgimento gradual de outro – a dialética idealista de Hegel posta em pé, sendo que não é o Espírito, como acreditava Hegel, que movimenta a história, mas as relações humanas concretas, econômicas, sociais e políticas, perpassadas pela luta de classes, que movimentam a história e até fazem surgir novas ideias.
Por falar em transportes disponíveis, que foram fundamentais à GLOBALIZAÇÃO, que é o nosso tema de estudo na Sociologia, o século XIX foi o século do vapor – da máquina a vapor para produzir e para bombear, dos navios a vapor, até dos trens de ferro a vapor! Pegue os livros de Mark Twain, escritor norte-americano desse tempo, e você verá a menção a barcos a vapor (por exemplo: As Aventuras de Tom Sawyer e As Aventuras de Huckleberry Finn). Época também do francês Jules (Júlio) Verne, que falou de máquinas e invenções fantásticas em seus livros, de viagens e descobertas (ex.: Vinte Mil Léguas Submarinas, Viagem ao Centro da Terra, entre outros).
No campo das comunicações, o telégrafo permitiu comunicações com diferentes regiões de um país, de um continente e até do mundo! O telefone, depois, ampliaria esse poder humano de comunicação. A GLOBALIZAÇÃO andava a passos largos. De lá para cá, até nosso século XXI, os avanços foram incríveis, provocados pela necessidade da produção e até pelo impulso das guerras, como as duas grandes guerras mundiais do século XX, frutos do neocolonialismo e das lutas entre os países capitalistas por colônias e áreas, novos mercados. A Segunda Guerra Mundial, por exemplo, acelerou a produção de computadores, navios e aviões mais avançados e velozes, não mais presos ao vapor, trens de ferro mais potentes, além de enormes avanços nas comunicações. E juntas as duas guerras, mais dezenas e dezenas de milhões de mortes.
E a luta de classes, descoberta por Marx e Engels como motor da história, acabou? Não. Está viva nas lutas de trabalhadores(as) de todo o mundo em prol de seus direitos e contra a perda destes por meio de reformas levadas à frente pelos grupos dominantes.
CARO(A) ESTUDANTE,
Veja e reveja o filme proposto (O JOVEM KARL MARX).
Qualquer dúvida que você tiver a respeito desta atividade ou da matéria, peça esclarecimentos LOGO ABAIXO DESTE TEXTO, em POSTAR UM COMENTÁRIO. Poste aí suas dúvidas e pedidos de esclarecimentos. Terei grande satisfação em responder. Canal de contato com o Professor José Antônio e mais uma ferramenta de estudos EaD (Educação à Distância) que o Colégio Estadual Deputado José de Assis, de Goiânia, a serviço da Secretaria de Educação de Goiás, disponibiliza para você.


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