Secretaria
de Educação do Estado de Goiás
Colégio
Estadual Deputado José de Assis
Estudo
Orientado EAD
TERCEIRO
ANO DO ENSINO MÉDIO E EP3
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NOTA
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DISCIPLINA: SOCIOLOGIA.
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DATA: _____/_____/2020.
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PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
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ALUNO(A):
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SÉRIE:
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TURMA:
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BIMESTRE
2º
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Terceira.
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PERÍODO:
De 04 a 15 de maio de 2020.
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ATIVIDADE:
OBJETIVO:
Visualizar e compreender elementos históricos e filosóficos que contribuíram
para a formação do pensamento de Karl Marx, um dos pensadores que mais
influenciaram o pensamento sociológico, bem como perceber, no contexto em que
viveu, a expansão do capitalismo por todo o mundo, nascendo, assim, uma era de
globalização e expansão da economia. Não se pode, com efeito, falar de
Sociologia sem se falar de Karl Marx, cujas contribuições reuniram-se com as de
outros pensadores para formar e enriquecer o pensamento sociológico.
INSTRUÇÕES
QUE OS ALUNOS DEVERÃO SEGUIR:
1) Assistir
e resumir o filme (no Youtube) O JOVEM
KARL MARX. Em: https://www.youtube.com/watch?v=2M5vo2n6G7Y
2) À
caneta preta ou azul.
3) No
caderno. Uma página de resumo do vídeo.
4) Valor:
10,0.
CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO:
GLOBALIZAÇÃO
E SOCIEDADE NO SÉCULO XXI: DILEMAS E PERSPECTIVAS.
COMENTÁRIO
DO PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO:
O
século XIX teve em si a culminância e a afirmação definitiva do CAPITALISMO
como modo de produção (ou sistema econômico) predominante, tendo derrubado os
últimos resquícios do sistema feudal e sua estrutura político-econômica. Era em
que a GLOBALIZAÇÃO da economia e das relações entre os países do mundo se
expandem mais além. Era também do NEOCOLONIALISMO, de uma nova (neo) forma de
colonização da África e da Ásia pelos europeus e das Américas Central e do Sul
pelos Estados Unidos e a Inglaterra, além de outros.
Se,
de acordo com Karl Marx, lá nos séculos XV e XVI nasceu “jorrando sangue por
todos os poros”, agora, no século XIX, continuaria jorrando mais ainda. Nas fábricas
de diferentes produtos a exploração de trabalhadores e trabalhadoras chegaria
ao auge, como o filme bem o mostra. Ao trabalho masculino juntava-se o feminino
e o infantil cada vez mais. Mulheres e crianças trabalhavam tanto quanto os
homens, mas ganhavam bem menos que estes. Só para se ter uma ideia, até hoje,
em pleno século XXI, uma das lutas das mulheres continua sendo a da equiparação
salarial com os homens pela ocupação dos mesmos cargos! Ademais, de lá para cá, direitos trabalhistas foram conquistados e, infelizmente, direitos foram perdidos. É a dialética na história.
No
que diz respeito ao trabalho infantil, o ECA – Estatuto da Criança e do
Adolescente, no Brasil, surgido com muitos debates após a Constituição de 1988
(atual, com emendas), foi um documento marcante de muitas lutas trabalhistas em
prol do fim do trabalho infanto-juvenil, assim como por um acesso maior de crianças
e adolescentes a níveis mais elevados de Educação. Essa luta em prol das
crianças e dos adolescentes, no entanto, não é nova, é fruto de muitas outras
lutas de trabalhadores e trabalhadoras na busca de direitos fundamentais.
Uma
curiosidade interessante sobre Karl Marx é que, como Sigmund Freud (já visto em
outro vídeo-documentário), era de família de origem judaica. Os pais, por
razões práticas e por necessidade, numa Alemanha marcadamente cristã, acabaram
convertendo-se. Mas algo essencial da cultura judaica a família guardou: a
valorização do conhecimento! Karl Marx, de fato, foi muito instruído, vindo a
tornar-se um dos homens mais cultos do século XIX. Iniciando os estudos de
Direito, acabou interessando-se mais por Filosofia e Economia, tanto quanto
pela História. Abandonou o Direito e aprofundou naquelas áreas, vindo,
posteriormente a tornar-se Doutor em Filosofia.
Marx
casou-se com a filha de uma família de amigos de seus pais e dele. Tiveram sete
filhos(as). Marx veio a fazer parte do Partido Comunista Alemão, tendo-se
envolvido em lutas de trabalhadores. Tornou-se, por um tempo, jornalista, até
vir a ser cassado e até preso. Por conta das duras críticas ao sistema
capitalista e à exploração nele existente, foi perseguido e teve que mudar-se
com a família de um país a outro, ora na Alemanha, ora na França, ora na
Inglaterra. Na Inglaterra encontrou, nas lutas trabalhistas, o também jovem
Friedrich Engels, cuja amizade duraria por todo o resto da vida de Marx. Engels
também era muito culto. Juntos escreveram alguns livros. Dentre esses livros, a
pedido do Partido Comunista, encontra-se o MANIFESTO
DO PARTIDO COMUNISTA (ou Manifesto
Comunista).
No
pensamento de Karl Marx viriam a cruzar-se as influências da Economia Política
Inglesa (estudiosos ingleses da economia, como David Ricardo e Adam Smith, por
exemplo), do Socialismo Utópico (assim chamado por Marx e Engels porque não
propunha mudanças baseadas em lutas diretas contra os capitalistas) e a
filosofia idealista alemã, principalmente do filósofo Georg Wilhelm Friedrich
Hegel. Além de outras, com certeza. Por exemplo, Marx leu e conheceu as ideias
contidas em A Origem das Espécies, de
Charles Darwin, seu contemporâneo, tendo ficado admirado pelas descobertas do cientista
inglês.
No
campo da Economia, Marx escreveu uma obra-prima chamada O CAPITAL, tendo conseguido publicar o primeiro volume ainda em
vida. Engels, seu amigo, reuniria os escritos restantes e publicaria, após a
morte de Marx, os volumes dois e três. Entre os elementos que aí aparecem
encontram-se está a MAIS-VALIA, um meio fundamental de exploração capitalista,
que corresponde ao trabalho a mais não pago pelo capitalista e que se
transforma em lucro para este. Marx, nesse livro, cita fatos diversos que
mostram a exploração, como o trabalho infantil na produção, crianças e adultos
passando fome no trabalho, tendo que trabalhar muitas horas além da conta.
No
campo da História, Marx descobriu a existência de modos de produção, desde a
origem da humanidade, com modos primitivos de produzir, até o mundo
capitalista. Ainda vislumbrou um modo de produção socialista, que só ocorreria
no século XX, com a Revolução Russa de 1917. Marx e Engels deram origem ao Socialismo
Científico, isto é, o socialismo baseado na compreensão da história e das
relações econômicas e que propunha a luta para a derrubada do sistema
capitalista (“Trabalhadores de todos os países, uni-vos”, diz o final do Manifesto Comunista).
No
campo da Filosofia, descobriu que a história humana, em seus modos de produção,
é constituída pela dialética e tem como motor a luta de classes. No Manifesto Comunista, que escreveu com
Engels, dirá que a história, até seu tempo, carregava consigo, movendo-a,
impulsionando-a, a luta de classes: patrícios versus plebeus, senhores versus
escravos, senhores feudais versus
servos, capitalistas versus
operários, entre outras classes, em outras sociedades. Aí falam também da
pujança do capitalismo de seu tempo, fundado na exploração dos trabalhadores,
de homens, mulheres e crianças. Capitalistas que faziam negócios com o mundo
todo, usando os meios de transportes então disponíveis.
Economia,
História e Filosofia são inseparáveis nos livros de Marx e Engels. No caso de
Marx, os modos de produção históricos guardam consigo a contradição e a
transformação de um modo de produção em outro, de modo lento mas constante, até
o firmar de novo modo de produção, que, por sua vez, guardará consigo os
elementos de sua destruição, havendo o surgimento gradual de outro – a dialética
idealista de Hegel posta em pé, sendo que não é o Espírito, como acreditava
Hegel, que movimenta a história, mas as relações humanas concretas, econômicas,
sociais e políticas, perpassadas pela luta de classes, que movimentam a
história e até fazem surgir novas ideias.
Por
falar em transportes disponíveis, que foram fundamentais à GLOBALIZAÇÃO, que é
o nosso tema de estudo na Sociologia, o século XIX foi o século do vapor – da
máquina a vapor para produzir e para bombear, dos navios a vapor, até dos trens
de ferro a vapor! Pegue os livros de Mark Twain, escritor norte-americano desse
tempo, e você verá a menção a barcos a vapor (por exemplo: As Aventuras de Tom Sawyer e As
Aventuras de Huckleberry Finn). Época também do francês Jules (Júlio)
Verne, que falou de máquinas e invenções fantásticas em seus livros, de viagens
e descobertas (ex.: Vinte Mil Léguas
Submarinas, Viagem ao Centro da
Terra, entre outros).
No
campo das comunicações, o telégrafo permitiu comunicações com diferentes
regiões de um país, de um continente e até do mundo! O telefone, depois,
ampliaria esse poder humano de comunicação. A GLOBALIZAÇÃO andava a passos
largos. De lá para cá, até nosso século XXI, os avanços foram incríveis,
provocados pela necessidade da produção e até pelo impulso das guerras, como as
duas grandes guerras mundiais do século XX, frutos do neocolonialismo e das
lutas entre os países capitalistas por colônias e áreas, novos mercados. A
Segunda Guerra Mundial, por exemplo, acelerou a produção de computadores,
navios e aviões mais avançados e velozes, não mais presos ao vapor, trens de
ferro mais potentes, além de enormes avanços nas comunicações. E juntas as duas
guerras, mais dezenas e dezenas de milhões de mortes.
E
a luta de classes, descoberta por Marx e Engels como motor da história, acabou?
Não. Está viva nas lutas de trabalhadores(as) de todo o mundo em prol de seus
direitos e contra a perda destes por meio de reformas levadas à frente pelos
grupos dominantes.
CARO(A)
ESTUDANTE,
Veja e reveja o
filme proposto (O JOVEM KARL MARX).
Qualquer
dúvida que você tiver a respeito desta atividade ou da matéria, peça
esclarecimentos LOGO ABAIXO DESTE TEXTO, em POSTAR UM COMENTÁRIO.
Poste aí suas dúvidas e pedidos de esclarecimentos. Terei grande satisfação em
responder. Canal de contato com o Professor José Antônio e mais uma ferramenta
de estudos EaD (Educação à Distância) que o Colégio Estadual Deputado José de
Assis, de Goiânia, a serviço da Secretaria de Educação de Goiás, disponibiliza
para você.
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