segunda-feira, 18 de maio de 2020

EAD CEDJA - TERCEIROS ANOS E EP3. FILOSOFIA POLÍTICA - MAQUIAVEL (PARTE 2). (Prof. José Antônio Brazão.)


Secretaria de Educação do Estado de Goiás
Colégio Estadual Deputado José de Assis
Estudo Orientado EAD
TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO E EP3
NOTA
DISCIPLINA: FILOSOFIA.
DATA: _____/_____/2020.

PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
ALUNO(A):
SÉRIE:
TURMA:
BIMESTRE

Terceira.

PERÍODO: De 18 a 29 de maio de 2020.

ATIVIDADE 2:
COMPONENTE CURRICULAR: FILOSOFIA – FILOSOFIA POLÍTICA.
OBJETIVO: Discutir, analisar e problematizar questões que envolvem o pensamento político do filósofo italiano Nicolau Maquiavel.
INSTRUÇÕES QUE OS ALUNOS DEVERÃO SEGUIR:
1)      Assistir ao vídeo-documentário O PRÍNCIPE, DE NICOLAU MAQUIAVEL. Em: https://www.youtube.com/watch?v=SCZQzThIXBE
2)      (Re)ver o vídeo-documentário.
3)      Ler atentamente o texto abaixo. Reler e, a seguir, responder as questões que seguem.
4)      Há cinco alternativas em cada questão. Escolha a que responde a questão devidamente.
5)      Responder as questões propostas no Google Classroom.
6)      Valor: 10,0.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
POLÍTICA
Assistir ao vídeo-documentário O PRÍNCIPE, DE NICOLAU MAQUIAVEL. Em: https://www.youtube.com/watch?v=SCZQzThIXBE
EXERCÍCIO 2:
LEIA ATENTAMENTE O TEXTO A SEGUIR:
CAPÍTULO XVII DA CRUELDADE E DA PIEDADE; SE É MELHOR SER AMADO QUE TEMIDO, OU ANTES TEMIDO QUE AMADO (Nicolau Maquiavel):
(...)Um príncipe não deve, pois, temer a má fama de cruel, desde que por ela mantenha seus súditos unidos e leais, pois que, com mui poucos exemplos, ele será mais piedoso do que aqueles que, por excessiva piedade, deixam acontecer as desordens das quais resultam assassínios ou rapinagens: porque estes costumam prejudicar a comunidade inteira, enquanto aquelas execuções que emanam do príncipe atingem apenas um indivíduo. (...)O príncipe, contudo, deve ser lento no crer e no agir, não se alarmar por si mesmo e proceder por forma equilibrada, com prudência e humanidade, buscando evitar que a excessiva confiança o torne incauto e a demasiada desconfiança o faça intolerável. Nasce daí uma questão: se é melhor ser amado que temido ou o contrário. A resposta é de que seria necessário ser uma coisa e outra; mas, como é difícil reuni-las, em tendo que faltar uma das duas é muito mais seguro ser temido do que amado. Isso porque dos homens pode-se dizer, geralmente, que são ingratos, volúveis, simuladores, tementes do perigo, ambiciosos de ganho; e, enquanto lhes fizeres bem, são todos teus, oferecem-te o próprio sangue, os bens, a vida, os filhos, desde que, como se disse acima, a necessidade esteja longe de ti; quando esta se avizinha, porém, revoltam-se. E o príncipe que confiou inteiramente em suas palavras, encontrando-se destituído de outros meios de defesa, está perdido: as amizades que se adquirem por dinheiro, e não pela grandeza e nobreza de alma, são compradas mas com elas não se pode contar e, no momento oportuno, não se torna possível utilizá-las. E os homens têm menos escrúpulo em ofender a alguém que se faça amar do que a quem se faça temer, posto que a amizade é mantida por um vínculo de obrigação que, por serem os homens maus, é quebrado em cada oportunidade que a eles convenha; mas o temor é mantido pelo receio de castigo que jamais se abandona. Deve o príncipe, não obstante, fazer-se temer de forma que, se não conquistar o amor, fuja ao ódio, mesmo porque podem muito bem coexistir o ser temido e o não ser odiado: isso conseguirá sempre que se abstenha de tomar os bens e as mulheres de seus cidadãos e de seus súditos e, em se lhe tornando necessário derramar o sangue de alguém, faça-o quando existir conveniente justificativa e causa manifesta. Deve, sobretudo, abster-se dos bens alheios, posto que os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai do que a perda do patrimônio. Além disso, nunca faltam motivos para justificar as expropriações, e aquele que começa a viver de rapinagem sempre encontra razões para apossar-se dos bens alheios, ao passo que as razões para o derramamento de sangue são mais raras e esgotam-se mais depressa. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Disponível em http://www.portalabel.org.br/images/pdfs/o-principe.pdf Acesso em 18/05/2020.) VALOR DAS QUESTÕES SEGUINTES: 2,0 pontos cada.
QUESTÃO 1: De acordo com Maquiavel, dentre as características do governante (príncipe)  devem estar presentes as seguintes, exceto:
(a)(     ) O príncipe não deve temer a má fama de cruel, desde que por ela mantenha seus súditos unidos e leais...
(b)(     ) O príncipe deve ser lento no crer e no agir, não se alarmar por si mesmo...
(c)(     ) O príncipe deve proceder por forma equilibrada, com prudência e humanidade, buscando evitar que a excessiva confiança o torne incauto [descuidado] e a demasiada desconfiança o faça intolerável.
(d)(     ) O príncipe deve ser bondoso e compassivo para com todos os súditos e com a nobreza, confiando cegamente até naqueles com quem convive diretamente.
(e) (     ) Três das alternativas anteriores estão de acordo com o texto de Maquiavel.

QUESTÃO 2: Diante da questão se é melhor o príncipe ser amado que temido ou o contrário, Maquiavel chega à seguinte conclusão:
(a)(     ) É mais seguro ao príncipe ser amado pelo povo que ele governa, pois  o seu governo se tornará tanto mais seguro quanto mais amado ele for.
(b)(     ) O príncipe precisa confiar plenamente nas pessoas, fortalecendo os laços de união com o povo e a nobreza, a fim de poder dispor de segurança em seu governo.
(c)(     ) Que seria necessário ser uma coisa e outra [ser amado e temido]; mas, como é difícil reuni-las, em tendo que faltar uma das duas é muito mais seguro ser temido do que amado.
(d)(     ) O príncipe não pode deixar de adular os nobres e os senhores feudais, buscando apoio para todos os seus projetos, a fim de manter sustentar-se no poder.
(e)(     ) Que o apoio do povo vem de maneira natural, sem necessidade de apelar para meios mais rígidos nem ideológicos para manter seu poder.

QUESTÃO 3: O príncipe (governante) que confia nas palavras empenhadas, destituídos de outros meios de defesa, desconsiderando a volubilidade a ambição humanas, não está fadado a:
(a)(     ) Perder o poder.
(b)(     ) Correr o risco de ser morto.
(c)(     ) Continuar firme no poder.
(d)(     ) Ser destituído de seu posto por outro governante ou por gente da nobreza que o rodeia.
(e)(     ) Vir a ser enganado e até mesmo preso.

QUESTÃO 4: Podem coexistir, ao mesmo tempo, a nível de poder político (de governo):
(a)(     ) O temor e o não ser odiado, mesmo que o príncipe não seja amado.
(b)(     ) O amor incondicional e o temor de todos os súditos para com o príncipe.
(c)(     ) O amor e a gratidão do povo pelo seu governante.
(d)(     ) Tão somente a amabilidade e a consideração do povo para com o príncipe governante.
(e)(     ) Nenhuma das alternativas anteriores.

QUESTÃO 5: O príncipe: “Deve, sobretudo, abster-se dos bens alheios”, tendo em vista que
(a)(     ) Os homens admitem mais tranquilamente a perda dos bens do que a morte dos familiares.
(b)(     ) Os homens jamais se esquecem de seus familiares, pois acreditam na vida eterna.
(c)(     ) Os bens são passageiros e fruto do esforço e do trabalho duro de políticos.
(d)(     ) Os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai do que a perda do patrimônio.
(e)(     ) Os homens sabem da necessidade de desapegar-se dos bens terrenos para poderem obter os bens superiores e divinos, dados por Deus.


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