FILOSOFIA
EM POESIA: VOLTAIRE. (Prof. José Antônio Brazão.)
Andava
a razão
a
largos passos:
na
ciência, na literatura,
na
matemática física aplicação,
nas
artes, em cada traço,
aquecendo
a europeia cultura.
Em
meio a filósofos,
cientistas
e escritores,
encontrou-se
Voltaire.
Para
tudo abriam-se os olhos
de
diferentes pensadores,
com
o mundo a estudar e descrever.
François
Marie Arouet
deu-se
o pseudônimo Voltaire.
Sedento
de curiosidade,
a
realidade, como poucos, vê,
sabendo
usar a pena e a sátira
sem
dó nem piedade.
Conviveu
com nobres,
pessoas
comuns, rainhas e reis,
com
gente da burguesia,
padres
católicos, protestantes e pastores,
opôs-se
a dogmáticas religiosas leis,
sempre
defendendo a tolerância.
Usando
artística sátira,
em
seus livros e contos
expôs
humanos males e a corrupção,
mortes
de pessoas que a guerra abatera,
de
tantas os sofrimentos e os prantos,
frutos
da política e econômica ambição.
Satirizou
da nobreza
os
antigos costumes,
a
vã vaidade,
da
corte a moleza,
a
econômica inutilidade
e
as fúteis preocupações.
Por
conta dos satíricos ataques,
sofreu
exílios e perseguição,
recebeu
leito e apoio de amigos.
apesar
de doloridos baques,
continuou
firme em sua disposição,
encontrando
na escrita igual abrigo.
Amou
Madame Émilie du Châtelet,
sua
grande intelectual companheira,
com
quem ampliou a visão
das
ciências e do quanto pôde ler,
acerca
do mundo e da vida
e
sobre Isaac Newton teve formação.
Em
seu conto Micrômegas
fala
de gigantes de outros planetas
a
viajar pelo universo,
querendo
das leis naturais saber as regras,
trocaram
ideias com homens de letras,
“pequenos
átomos”, filósofos da Terra. [Voltaire]
No
Cândido satirizou
o
leibniziano otimismo
de
dos mundos possíveis este ser
o
melhor que a humanidade encontrou,
e
expôs sem eufemismo
sofrimentos
e debilidades do humano ser.
No
Zadig tratou de um ministro real
que,
por ser justo e honesto,
ao
trabalho digno e dedicado,
acabou
enfrentando das perseguições o mal,
fugindo,
conheceu tipos diversos
e
do humano mundo teve aprendizado.
Em
seu Tratado Sobre a Tolerância,
seguindo
os passos de John Locke,
defendeu
o respeito à vida,
à
diversidade e à boa convivência,
pois
das religiões o divino toque
não
admite a outros causar ferida.
No
Dicionário Filosófico
apresentou
diferentes ideias
sobre
a sociedade, a religião e outros temas,
de
burgueses e de quakers, num abc temático,
de
científicas descobertas europeias
e
inclusive filosóficos problemas.
Voltaire
queria divulgar os conhecimentos
acerca
do mundo, da política, da religião,
de
conhecimentos da natural fisicalidade,
usando-os
como instrumentos
para
superar da ignorância
e da intolerância os perigos e a ilusão,
ajudando
abrir as pessoas para uma nova mentalidade.
Em
milhares de Cartas
trocou
informações com pensadores,
governantes,
gente de toda a Europa e de sua terra,
com
o rei da Prússia e cientistas,
intelectuais,
amigos de exílio e escritores
da
grandiosa e generosa Inglaterra.
Noutros
contos e livros
elencou
e discutiu o amor,
humanas
vicissitudes,
a
sapiência em artigos,
o
humano e poderoso lavor,
riquezas
e necessárias novas atitudes.
Sabia
Voltaire que vivia em novo tempo
de
mudanças, invenções e descobertas,
de
alegrias, mas também de cruzes,
de
um novo do mundo entendimento,
da
necessidade de mentes mais abertas,
do
comércio, da indústria, da razão e novas luzes.
O
Iluminismo foi herança
da
Renascença Artística,
das
grandes navegações,
da
Reforma Protestante,
da
Moderna Revolução Científica
e
do capitalismo em ascensão.
Voltaire
já era idoso
quando
da Academia Francesa de Letras
foi
convidado a fazer parte.
Paris
o recebeu glorioso,
reconhecendo
que, no domínio das palavras,
durante
a vida, mostrou seus gênio e arte.
Traços
do tempo de Voltaire
encontram-se,
ainda hoje, com novidades:
intolerâncias
religiosas, de gênero, de raça e de cor,
uma
sociedade de elevado científico saber,
guerras
entre povos e suas cruéis realidades,
corrupção
e diferenças entre pessoas a transpor.
Com
Voltaire, portanto, se pode aprender
a
valorizar o científico e o humanístico conhecimentos,
o
significado fundamental da tolerância,
a
importância e o poder do humano saber;
da
vida e da morte, teve um melhor entendimento,
e,
em favor de injustiçados, a militância
[Voltaire lutou,
diversas vezes e ao longo da vida, em favor de pessoas acusadas pela
intolerância religiosa de seu tempo.]
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