quarta-feira, 22 de julho de 2015

DICIONÁRIO BÁSICO ILUSTRADO DE FILOSOFIA E LÍNGUA PORTUGUESA (Prof. José Antônio Brazão.)

Uma boa atividade interdisciplinar que pode ser feita em diálogo com a Língua Portuguesa é um dicionário básico, simples e ilustrado, feito em caderno comum, no qual cada estudante anote, a cada mês, palavras desconhecidas e outras cujo significado possa ser aprofundado. Feito pelos próprios estudantes.
Passo a passo: (a) aquisição de um caderno comum; (b) dividir o caderno em 26 partes, cada qual correspondendo a uma letra do alfabeto da língua portuguesa, conforme a Nova Ortografia; (c) fazer um levantamento de palavras desconhecidas e outras que possam ser melhor compreendidas, tanto da filosofia quanto da língua portuguesa que tenham relação com a filosofia ou que apareçam em aulas, leituras e estudos de Filosofia; (d) anotar cada palavra, conforme a letra que a inicia; (e) com o auxílio de dicionários de língua portuguesa comuns, anotar, na frente de cada palavra, seus significados; (f) para facilitar mais ainda a compreensão, colar imagens relacionadas a cada palavra, obtidas em revistas velhas, jornais fora de uso, panfletos e materiais que possam ser reciclados; também podem ser feitos desenhos simples, feitos por cada estudante, em seu respectivo dicionário; (f) a cada semana ou mês, ir atualizando o dicionário, com isto ampliando-o. Apresentar o dicionário ao(à) professor(a) de Filosofia para que verifique o andamento, até mesmo por motivo de avaliação (avaliar cada dicionário elaborado, com cuidado, mostrando o progresso de cada estudante). O dicionário também poderá ser mostrado ao(à) professor(a) de Língua Portuguesa, tendo em vista seu caráter interdisciplinar.
Essa é uma das várias ideias que nasceram, no trabalho docente, no Colégio Estadual Deputado José de Assis, como forma de dialogar e ajudar a reforçar o aprendizado de Língua Portuguesa e de Filosofia. Com efeito, o dicionário tem por objetivos a ampliação vocabular de cada estudante, contribuindo para que disponha de mais palavras e ideias em seu repertório linguístico, e um aprendizado reflexivo e mais aprofundado de Filosofia. Outras ideias você poderá encontrar passeando por este blog, nessa busca constante de diálogo com a Língua Portuguesa e de aprendizado mútuo. Embaixo há Postagens Antigas. Dê uma olhada nelas também e você encontrará possibilidades de diálogos interdisciplinares da Filosofia com a Língua Portuguesa e até mesmo com outros componentes curriculares.
Há dois ou três anos atrás, duas professoras de Língua Portuguesa do colégio, vendo dificuldades de aprendizado nesse conteúdo, com gráficos em mãos, pediram que outros professores e professoras pudessem ajudar no reforço do aprendizado dessa matéria escolar. Desde então, venho me empenhando por ajuda-las no que me seja possível. Várias ideias surgiram. Uma dessas ideias foi, agora, logo no início de 2015, o Dicionário Básico Ilustrado de Filosofia e Língua Portuguesa.
Professor(a) de Filosofia, o diálogo interdisciplinar, neste caso, com a Língua Portuguesa (e também com outras áreas de ensino-aprendizagem) é fundamental, possibilitando um maior aprendizado de cada estudante. O dicionário relatado é fácil de ser feito, baratíssimo (quase sem custo), exige pesquisa estudantil, leitura e anotação. Além do mais, no diálogo com o professor e a professora e toda a turma, a problematização e a reflexão filosóficas.
Abaixo vão algumas imagens de dicionários que começaram a ser feitos por estudantes da turma E1M01 do Colégio Estadual Deputado José de Assis. As palavras caverna, mito, razão e outras foram propostas por mim, no intuito de preparar a turma para o estudo subsequente do mito da caverna, do filósofo grego Platão. E, de fato, professor(a), você pode propor palavras para a pesquisa e as anotações dos dicionários, além daquelas que cada estudante perceba como necessárias a acrescentar.




 












domingo, 5 de julho de 2015

POSSIBILIDADE DIDÁTICA - JOGO DE CARTAS COMO UM RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE FILOSOFIA (Prof. José Antônio Brazão.)














O jogo didático acima é uma possibilidade que pode ser aplicada, vez ou outra, em sala de aula, como um recurso didático possível, dentre muitos e imagináveis, no ensino de Filosofia. Pode ser, talvez, adaptado para o ensino de outros conteúdos, como Biologia, História, Física, Matemática, etc., num processo de criação de novos. Professor(a) de Filosofia, crie, invente, veja possibilidades que o(a) auxiliem no trabalho de ensino-aprendizagem. E estude muito, sempre. Também pesquise, faça cursos. Tudo isto poderá ser-lhe de muito valor para o aprimoramento de seu trabalho escolar.

BARALHO FILOSÓFICO APLICAÇÃO POSSÍVEL (Prof. José Antônio Brazão.)

*O baralho filosófico é um jogo didático que pode auxiliar no aprendizado de ideias básicas de filosofia, na percepção de imagens (por exemplo, rostos de filósofos e filósofas, de pensadores, entre outras).

*Divida a turma em grupos de quatro jogadoras e jogadores (estudantes).

*Entregue uma cópia desse baralho para cada grupo.

*Peça que leiam a regra proposta e que a sigam ou que joguem do modo como melhor acharem, como um baralho comum.

*Lembre que cada rosto repetido corresponde a um naipe do baralho.

*Lembre também a toda a turma o valor educativo desse jogo.

*Tempo de jogo dos grupos: de 15 a 20 minutos, aproximadamente. Talvez menos.

*Terminadas as jogadas dos grupos, peça que virem todas as cartas, colocando-as de cabeça para cima. Cada estudante, de cada grupo, poderá virar as de um naipe (rosto de um filósofo [ou filósofa]). No centro, coloquem o rei, a rainha, o valete e o curinga, de forma ordenada, cada um(a) com seu naipe possível.

*Viradas e organizadas as cartas, em todas as mesas, professor(a), peça que leiam cada carta por vez, um naipe por vez. Peça a opinião de estudantes dos grupos sobre o naipe que virou. Então, levante uma questão para debate coletivo, como, por exemplo: Que problema(s) esse pensador\filósofo\cientista enfrentou? (Tempestade de ideias, aberta.) A seguir, explique o conteúdo de cada carta.

*Pergunte à turma, ainda em grupos, do que cada um(a) lembra-se a mais, que tenha estudado a respeito de cada pensador. Levante possíveis problemas, questionamentos, reflexões.

*Junto com o baralho filosófico, o estudo de trechos curtos de textos escritos pelos pensadores e pensadoras que estejam presentes no baralho é fundamental.

*Outros recursos complementares possíveis: mapas, banners, outros que queira usar. Ver os propostos no Projeto Recursos e Jogos Didáticos Para o Ensino de Filosofia. No caso de mapas e banners, enquanto os grupos jogam, ponha-os no quadro da sala.

*Ao final, professor(a), faça a conclusão. Imagine outras formas de aplicar este recurso.
Para mais recursos didáticos veja no site da Secretaria de Educação do Paraná:

http://www.filosofia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=156