Um recurso, já apresentado em outro lugar neste blog, que pode ser útil no ensino aprendizado de Filosofia é o caça-palavras. É estimulante e pode ajudar a adentrar em um texto de estudo antes, durante e\ou após o estudo de um tema. E é fácil de ser feito.
Professor(a), faça também. Use o recurso tabela do software de escrita de seu computador. Primeiramente, defina o valor dos espaços de parágrafos, alinhamento justificado, e, no recurso tabela, 15 colunas por 30 linhas ou 20 colunas e 20 linhas, formando quadrinhos nos quais as letras e palavras-chaves do texto que você quer que as turmas estudem fiquem iguais. Feitos os quadrinhos e definidas as palavras-chaves, coloque-as nos quadrinhos e nos que sobrarem coloque letras de forma aleatória.
Bom proveito!
E, ao usar o texto abaixo, faça uma ponte entre o passado (tempo de Sócrates, cerca de 468 a 399 a.C., aproximadamente) e o presente (mundo atual), procurando levar cada estudante à percepção de que a ética e os valores éticos são fundamentais ainda hoje!
E, ao usar o texto abaixo, faça uma ponte entre o passado (tempo de Sócrates, cerca de 468 a 399 a.C., aproximadamente) e o presente (mundo atual), procurando levar cada estudante à percepção de que a ética e os valores éticos são fundamentais ainda hoje!
SÓCRATES E A DEFESA DE PRINCÍPIOS ÉTICO-POLÍTICOS:
(Prof. José
Antônio Brazão.)
A condenação
de Sócrates a beber sicuta (veneno) na cadeia poderia ter sido evitada, bastando que ele
quisesse. No entanto, esse filósofo preferiu a morte a ter que perder seus
princípios e, acima de tudo, a confiança dos jovens - com os quais gostava muito de conversar e discutir ideias, valores, questões diversas - e o
respeito pelas leis da cidade. De fato, para Sócrates a pólis (cidade-Estado) só poderia
manter-se firme pelo cumprimento das leis nela e por ela estabelecidas. Além do
descumprimento das leis, se quisesse ser poupado, Sócrates viria a correr o risco de
pôr a perder tudo o que até então havia ensinado e testemunhado aos jovens e
adultos que o seguiam. Isto fica muito claro na Apologia de Sócrates, de Platão e naquela que foi escrita por Xenofonte. Ambos, Platão e Xenofonte, foram discípulos daquele e se encontraram entre os que com ele estavam a discutir em locais públicos de Atenas.
Sócrates
buscou, por muito tempo, através do debate, da conversa aberta com outros, a precisão na definição dos conceitos (ideias, termos,
vocábulos; o que é concebido, elaborado, pela mente) com os quais se expressa o
pensamento. Nessa busca, ensinou aos jovens a crítica às ideias pré-concebidas, que davam sustentação, inclusive, ao
modo de agir das pessoas. Quanto mais claro o conceito tanto mais próximo da
realidade verdadeira ele estará. Quanto menos claro e menos compreensível for o
conceito, tanto maior será a abertura para preconceitos na cabeça das pessoas,
incidindo sobre seu modo de viver
e de agir.
É através das
palavras que se expressam a vida, o modo de compreender e explicar o mundo, a
compreensão e efetivação de valores
e princípios, enfim, toda a
realidade humana. É mister, pois, depurar as palavras, indo atrás de definições
as mais precisas possíveis, na busca da verdade. Na língua grega, inclusive, verdade se diz aletheia,
que significa desvelamento, ou seja, tirar o véu que cobre. Tirar o véu, por
sua vez, significa expor a coisa tal como ela é ou deve ser de fato. Ora, para
isto é preciso a intervenção da linguagem. Esta é o meio pelo qual são
veiculados praticamente todos os conteúdos [tudo o que está contido em/na] vida
humana. A linguagem precisa, portanto, de clareza e precisão.
Sócrates
acreditava que uma voz interior,
divina, o impulsionava a querer aprender mais e mais. Não um aprender para
encher-se de saberes e de orgulho, mas um aprender que conduz ao crescimento
humano em todos os âmbitos da vida, voltado para o bem de todo o Estado (no
caso de Sócrates, a cidade-Estado de Atenas). Um aprender que quer ser
compartilhado, tal como Sócrates o fez durante muito tempo, que dê real
significado ao agir justo, honesto, verdadeiramente pautado por valores éticos.
Sócrates
poderia ter fugido da prisão,
como lhe propuseram amigos. No entanto, a fuga
seria uma forma de dizer aos inimigos que ele era realmente culpado pelos
crimes que lhe haviam imputado (defender ideias fracas, enganando e corrompendo
a juventude; não adorar os deuses
da cidade de Atenas,
ensinando outras divindades). Ou poderia ter aceito exilar-se, caindo, pois, na
mesma cilada da culpabilidade pelos crimes que não havia cometido. Além do
mais, no exílio, em qualquer
lugar para onde fosse, ensinaria ali a juventude, podendo ter que ser julgado
novamente.
Sócrates
manteve, sem dúvida, sua fidelidade à lei
e à cidade –Estado. Nos textos de Platão, Sócrates aparece constantemente como
alguém que, partindo de um tema ou de uma dada situação ou questão, puxa
conversa com as pessoas ou responde a questionamentos ou desafia seus
interlocutores, abrindo espaço maior para o debate filosófico, alegando,
diversas vezes, ser um homem que nada sabe.
No mito da caverna, que aparece no Livro
VII de A República, de Platão, há uma referência implícita a Sócrates. No
final, inclusive, o autor faz referência ao perigo de morte que corria o
liberto que voltara à caverna e tentava libertar
os antigos companheiros e que insistia com eles para que saíssem. Se comparado
ao ex-prisioneiro, Sócrates foi aquele que conseguiu libertar-se da caverna da
ignorância e da ilusão e empenhou-se, por meio das palavras e do debate, por
ajudar outras pessoas a se libertarem, mas acabou mal compreendido, entrando em
conflito com cidadãos que achavam perigosas suas ideias, foi julgado, condenado
injustamente e morto.
Para
Sócrates, os valores legais e políticos que fundamentam a cidade são tudo e
devem ser respeitados a qualquer preço.
Para debater:
1)
Como encaramos a cidadania hoje? Em que ela consiste?
2)
É possível ser bom cidadão hoje? Comente.
3)
Como o exemplo de Sócrates pode nos ajudar a nos
tornarmos melhores cidadãos?
4)
Como e por quê a corrupção fere os princípios éticos da
vida política?
5)
Por que existe corrupção na política e na sociedade em
geral?
6)
O que fazer diante da corrupção, a fim de reduzi-la?
Apresente 5 possíveis propostas para reduzi-la.
7) Sócrates empenhou-se por ser, em seu tempo, um bom cidadão. Dê exemplos, individuais e coletivos, de cidadania no mundo de hoje, que você conheça, e compartilhe com os e as colegas da turma.
8) Aponte(m) elementos sobre o que torna esses exemplos de cidadania tão importantes e valiosos.
7) Sócrates empenhou-se por ser, em seu tempo, um bom cidadão. Dê exemplos, individuais e coletivos, de cidadania no mundo de hoje, que você conheça, e compartilhe com os e as colegas da turma.
8) Aponte(m) elementos sobre o que torna esses exemplos de cidadania tão importantes e valiosos.
FAÇA O
CAÇA-PALAVRAS ABAIXO:
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DA DIREITA PARA A ESQUERDA, NA VERTICAL E NA
HORIZONTAL, NA DIAGONAL. FAÇA E APRENDA!
Conheça também outras tecnologias educacionais:
Guia de Tecnologias Educacionais - MEC:
Em desenhos simples:
Desenhos simples, feitos por estudantes, em sala de aula, a respeito de alguns aspectos principais da vida de Sócrates. A finalidade desse tipo de desenhos é permitir que o conteúdo teórico possa ser visualizado e, assim, melhor compreendido e assimilado.