ANÁLISE
DO TEXTO “AS SOMBRAS DA VIDA”, DE MAURÍCIO DE SOUSA:
*História em quadrinhos elaborada por Maurício de
Sousa a partir do relato do Mito ou
Alegoria da Caverna, de Platão, filósofo grego da passagem do séc. V à
primeira metade do séc. IV a.C.
*Objetivo: introduzir ou concluir o estudo a respeito
do Mito ou Alegoria da Caverna de Platão, buscando sua atualidade essencial.
*Professor(a): passar no quadro da sala de aula ou na
forma de xerox as perguntas a seguir. Depois, entregar uma cópia do texto de
Maurício de Sousa para cada aluno(a) ou mostrar a história na forma de slides
para a turma toda.
*Leia atentamente toda a história apresentada por
Maurício de Sousa.
PROPOSTA 1 DE ANÁLISE: QUESTIONÁRIO – OS E AS ESTUDANTES FAZEM. DEPOIS, COMPARTILHAM COM A
TURMA – DEBATER COLETIVAMENTE:
Responda no caderno/numa folha as perguntas seguintes:
1) O que a história
em quadrinhos conta? Faça um resumo.
2) Como viviam os
homens daquela caverna? O que faziam?
3) Por que Piteco
resolveu ajudar aqueles homens?
4) Quais foram as
reações dos homens da caverna? Descreva-as.
5) A ajuda foi bem
vinda, inicialmente? E depois? Por quê?
6) O último
quadrinho chama atenção para que fenômeno social atual? Por quê?
7) O que tem o
último quadrinho em haver com os demais? Por quê?
8) Por que razões,
segundo Piteco, aqueles homens perderam um tempão “olhando para simples
projeções”? Comente.
9) O que comprova o
“tempão” perdido pelos homens da caverna? Observe e anote.
10) Como pode ser
aproveitado o “tempão” hoje? Para quê?
11) A caverna do
texto é uma figura comparativa de linguagem artística e escrita. Que tipos de
“cavernas” existem hoje? Comente e exemplifique.
12) Diante dos
riscos das “cavernas” de hoje, o que fazer?
13) A caverna
representa uma espécie de prisão das ilusões e as sombras representam as
ilusões propriamente ditas. Para Platão, no texto original do livro VII da A
República, a caverna representa o mundo sensível e as sombras, de fato,
ilusões. O que é ilusão?
14) Dê três exemplos
de ilusões que podem ser percebidas no dia a dia e comente-os.
15) A ilusão é
atrativa e atraente, encantadora. Como? Dê três exemplos atuais.
16) A ilusão agrada?
Comente e exemplifique.
17) A ilusão, às
vezes, é tão forte que as pessoas não querem deixa-la e até brigam por ela. Como
aquela história em quadrinhos mostra isto? (E o texto original de Platão?)
18) Abandonar as
ilusões nem sempre é fácil. Mas é possível? Como? Dê um exemplo.
19) Que perigos
pessoais e coletivos podem ser encontrados nas ilusões? Cite cinco.
20) Veja o último
quadrinho. A TV é uma caixa de ilusões? O que você acha? Comente.
21) O que tem a
televisão de tão atrativo? Cite dez exemplos e comente-os.
22) Quando alguém
entra na frente da TV, o que você diz ou tem vontade de fazer? Por quê? Suas
reações têm alguma similitude com às daqueles homens da caverna? Por quê?
23) O tempo de
dedicação aos estudos pode ser prejudicado pela TV? Como? Dê sua opinião.
24) Como a televisão
pode ser aproveitada de forma mais positiva na vida, no dia a dia? Comente.
25) Que programas
educativos ou com potencial educativo na TV você conhece? Cite cinco exemplos.
Como aproveitá-los? Reflita e opine.
26) É possível viver
sem televisão? Como/Por quê?
27) Ficar “bitolado”
(viciado)(a) em televisão é bom? Por quê?
28) O que fazer para
que o tempo de televisão não prejudique os estudos em casa?
29) O que é estudar?
30) Aprender para quê?
31) Discuta:
aprender com qualidade e/ou aprender em quantidade? O que é cada uma dessas
formas de aprendizado e qual a importância de cada uma delas para a vida?
32) Preencha o
quadro abaixo: Televisão: pontos positivos/pontos negativos/ formas possíveis
de aproveitamento.
Obs.: o quadro
abaixo pode ser passado no quadro da sala de aula e aí discutido com cada
turma.
Pontos positivos
da televisão:
|
Pontos negativos do mau uso da televisão:
|
Formas possíveis
de aproveitamento:
|
33) Existem pessoas
que, como Piteco e o liberto original da Alegoria da Caverna, querem ajudar
pessoas a libertar-se da “caverna”?
34) Cite exemplos de
pessoas históricas, como o liberto original da Alegoria da Caverna e Piteco, de
As Sombras da Vida, que realizaram ações similares.
OBS.: São
muitas perguntas. Professor, professora, você pode fazer uma seleção das que
mais lhe interessarem. Aliás, aproveite e elabore as suas, visando, é claro,
sempre, o aprendizado de Filosofia! Deixe que eles e elas respondam, seja no caderno, seja numa folha. Dê um tempo para que exercitem o aprendizado de análise textual. E quando eles e elas, com a ajuda do professor, da professora, debatem e trocam ideias a respeito do texto, novas ideias aparecem, descobertas são feitas, o que um(a) viu compartilha com os(as) outros(as), enriquecendo o aprendizado. Não é só a Língua Portuguesa que pode ajudar no aprendizado de análise textual! Juntas, a Filosofia, a Língua Portuguesa e outras matérias escolares podem fazer muito pelos estudantes e o aprendizado de uma pode refletir-se, de repente, no aprendizado da outra. Já pensou?
Analise todos os quadrinhos da história relatada por Maurício de Sousa. Cada fala chama atenção para algum ponto ou ideia. E estabeleça uma relação entre esse relato na forma de quadrinhos e a história original, relatada por Platão, no livro VII de A República. O original de Platão é fundamental.
Curiosamente, a história de Maurício de Sousa faz um movimento de diálogo entre o passado e o presente (hoje)! A de Platão também (contexto do século IV a.C.)! Vale a pena uma pesquisa e uma boa discussão do professor, da professora, dos alunos e alunas. Junte-a ao debate coletivo: o que cada um(a) descobriu. Bom proveito.
Analise todos os quadrinhos da história relatada por Maurício de Sousa. Cada fala chama atenção para algum ponto ou ideia. E estabeleça uma relação entre esse relato na forma de quadrinhos e a história original, relatada por Platão, no livro VII de A República. O original de Platão é fundamental.
Curiosamente, a história de Maurício de Sousa faz um movimento de diálogo entre o passado e o presente (hoje)! A de Platão também (contexto do século IV a.C.)! Vale a pena uma pesquisa e uma boa discussão do professor, da professora, dos alunos e alunas. Junte-a ao debate coletivo: o que cada um(a) descobriu. Bom proveito.
PROPOSTA 2: TEMPESTADE DE IDEIAS: (Um exemplo se segue, feito em 2013, com uma turma.)
Primeiramente, uma
leitura de todo o texto com cada turma. A seguir, o professor, a professora,
faz perguntas e provoca a exposição de ideias aleatórias e livres da turma. Em
seguida, anota-as no quadro da sala de aula, para que possam ser visualizadas e
retomadas ao longo da atividade. Pode-se pedir que os e as estudantes anotem
também em seus cadernos. Isto ajuda na atenção.
Análise da história
“As Sombras da Vida” (Debate feito em sala de aula, usando a tempestade de
ideias):
*Alienação. E
hoje? A mídia pode também provocar
alienação.
*O que pode ser
feito de diferente, para além da TV? Praticar esportes, conviver mais,
dialogar, ler um bom livro, construir coisas, fazer coisas diferentes do
costumeiro, dentre outras coisas interessantes.
*Homens que vivem
numa caverna, vendo sombras na parede.
*As sombras para
eles = vida.
*As sombras não são
palpáveis, não há como pegá-las, porém são visíveis.
*As sombras têm
formas, não são figuras palpáveis.
*As sombras eram
capazes de prender a atenção. Por isso, contribuíam para o comodismo e a
preguiça, bem como a passividade daqueles homens da caverna.
*O Piteco desafiou
os homens a saírem, mas o fizeram forçados pela ação perturbadora daquele. O
incômodo gerou a vontade de matar ou, pelo menos, de surrar Piteco.
*Fora: os olhos
doíam, ofereciam incômodos; a surpresa da luz; adaptação (abrir os olhos
devagar); a libertação.
*Ilusão capaz de
escravizar. No texto aparece a palavra “castigo”, o castigo supostamente
provocado pela saída para fora da caverna. Essa palavra faz recordar
escravidão.
*Diante da
libertação (SAÍDA), o “tanto a fazer”, “tanto a ver”.
*Tempão perdido
vendo “simples projeções”, que pode ser visto na aparência envelhecida dos
homens, com uma barba longa e branca.
*Foi recuperável?
Sim, mas não totalmente. O que foi perdido não volta. Porém, valeu a pena. Os
ex-homens-da-caverna puderam experimentar novas realidades, ver um novo mundo e
enxergar a realidade com olhos novos.
OBSERVAÇÃO: As duas propostas acima podem ser conjugadas, isto é,
utilizadas seguidamente, no mesmo dia, ou separadas, em dias diferentes. Ambas
contribuem para que a análise do conteúdo da história seja bem compreendido e
bem refletido por todos.
PROPOSTA 3: DESENHO FEITO PELO PROFESSOR, PELA
PROFESSORA, A RESPEITO DO MITO DA CAVERNA, DE PLATÃO:
O professor, a
professora, pode desenhar, no quadro da sala de aula, um desenho geral da
história da alegoria da caverna. Pode ser bem caprichado ou grosseiro, conforme
a habilidade de desenho do(a) profissional. Pode ser muito boa a tentativa de
desenhar o mito da caverna. OU: Pode-se pedir a um(a) estudante que ajude,
fazendo o desenho no quadro, sob a orientação do(a) docente. Use gizes
coloridos. Não é difícil.
Feito o desenho,
comente-o com as turmas. Debata ideias em torno do conteúdo presente nesse
desenho.
Ao ter trabalhado
também a história em quadrinhos de Maurício de Sousa, faça um paralelo entre o
conteúdo do desenho feito por você, professor(a), e os do famoso desenhista.
PROPOSTA 4: LEITURA DO TEXTO INTEGRAL, ESCRITO POR
PLATÃO, DO MITO DA CAVERNA:
Vale lembrar que o
material por excelência do aprendizado de Filosofia são os textos escritos
pelos próprios filósofos. Nesse sentido, feitas as atividades acima ou
antecedendo-as, professor, professora, trabalhe com o texto platônico com as
turmas. Veja se no livro didático que você utiliza com as turmas, na escola, há
esse texto na íntegra ou, pelo menos, em parte. Você verá como o entendimento
deste será muito melhor, com o seguimento das propostas sugeridas.
OBS.: Partindo da elaboração e análise de desenhos
filosóficos, podem ser feitos outros, a respeito de outros conteúdos da
filosofia e/ou da história desta. É uma atividade boa e muitíssimo
enriquecedora. A participação dos e das estudantes pode ir desde o estudo dos
textos até a elaboração dos desenhos que ajudem a entendê-los melhor. Para que
Maurício de Sousa fizesse os desenhos em quadrinhos que fez e inovasse, não
prendendo-se a uma simples repetição, foi preciso que conhecesse, através da
leitura do texto de Platão, o relato da alegoria ou mito da caverna.
Curiosamente, como se pôde ver, é um texto antigo, mas do qual muitas ideias
podem ser extraídas, discutidas, analisadas. A atualidade do texto antigo é
inegável e a os desenhos também.