Dentre as ideias que causaram mais impacto sobre o modo de compreender a realidade humana, nos últimos séculos, encontra-se o evolucionismo.
O evolucionismo afirma que todas as espécies vivas passaram e continuarão passando por um longo processo de evolução, causado por uma série de mutações (pequenas mudanças, transformações ou alterações) ocorridas em indivíduos pertencentes àquelas espécies, tendo formado, inclusive, novas espécies, capazes de sobreviver, mais fortes e resistentes, capazes de passar aos seus descendentes suas novas características.
Dentre os que pesquisaram e defenderam a existência do processo de evolução encontram-se o francês Jean Baptiste de Lamarck, que viveu entre 1744 e 1829, e os ingleses Alfred Russell Wallace (1823 – 1913) e Charles Robert Darwin (1809 – 1882). De acordo com o primeiro, os seres vivos cujos órgãos entraram em desuso acabaram perdendo-os e outros, necessários, foram surgindo. Por sua vez, de acordo com Wallace e Darwin, tendo-se este destacado, as diferentes espécies foram passando por um lento, longo e paulatino processo de seleção natural, no qual somente os indivíduos mais fortes e resistentes, foram capazes de continuar existindo e se procriando. A seleção natural foi um processo lento, que durou, segundo Darwin, milhões de anos. Hoje se sabe que consta de bilhões de anos essa evolução.
Que estudos, conhecimentos e descobertas comprovam ou evidenciam claramente a real existência da evolução dos seres vivos?
Primeiramente, a existência de milhares e milhares, talvez milhões, de fósseis em todo o mundo. Fósseis são restos, esqueletos e impressões de animais e plantas em rochas. Encontram-se, hoje, em sítios arqueológicos, museus, universidades e institutos de pesquisa espalhados pelo mundo afora. Não há como negar a existência dos seres vivos que deixaram seus registros fósseis.
Em segundo lugar, o uso da geologia, que afirma que rochas e sedimentos rochosos sofreram processos de transformação e acomodação que duraram milhões – hoje se sabe que são bilhões – de anos e que continuam ocorrendo na natureza. A comprovação geológica da deriva continental por meio de satélites e outros instrumentos, cálculos e comparações precisas, é uma boa comprovação do movimento existente entre as rochas do planeta Terra.
Em terceiro lugar, o uso do teste de carbono 14, isótopo radioativo do elemento químico carbono que permite uma datação mais precisa de rochas e fósseis. Muitos destes, por meio desse teste, puderam e podem ser comprovadamente ser datados em milhões e milhões de anos.
Em quarto lugar, a existência de muitas espécies de seres vivos, adaptadas a ambientes diferentes. Por exemplo: animais, plantas, pássaros e outras espécies. Se fossem imutáveis, não haveriam espécies variadas de seres vivos, nem de indivíduos dentro de uma mesma espécie. Portanto, o que pode ter feito tal variação só pode ter sido o processo de evolução.
Enfim, os estudos da GENÉTICA, com o estudo do DNA dos seres humanos e dos seres vivos. O estudo do DNA permitiu perceber a existência de mutações na cadeia de moléculas que o formam. Quaisquer alterações na cadeia de moléculas do DNA podem trazer modificações substanciais nos seres vivos, seja para o bem (por exemplo, maior resistência, força, capacidade de reproduzir e até longevidade), seja para o mal (por exemplo, falta de órgãos ou outros defeitos).
O evolucionismo afirma que os seres vivos surgiram a partir de formas simples de vida, como os organismos unicelulares (que têm uma única célula), como as bactérias, os protozoários e os vírus. Estes, por sua vez, nasceram da formação de uma molécula primitiva, parecida com o DNA ou que já tinha forma similar a este, em volta da qual foi-se formando uma parede e pequenos órgãos, a primeira célula. Essa molécula tinha a capacidade de duplicar-se e, com o passar de um longo período de tempo, células foram sendo agregadas umas às outras, formando organismos pluricelulares. A Terra primitiva forneceu condições para isto. O restante da história é que o processo de evolução dos seres vivos vem ocorrendo desde então.
O evolucionismo provocou muita celeuma (debates acirrados) e sofreu muitas críticas ao longo dos últimos séculos, em razão do tradicionalismo e a ortodoxia religiosos e, na época de Darwin, também o tradicionalismo científico, que defendiam a imutabilidade das espécies. No caso da ortodoxia religiosa, o criacionismo judaico-cristão, por exemplo, defende que Deus criou o mundo em sete dias, organizando etapa por etapa, até criar os seres vivos nos últimos desses mesmos dias. Por fim, no sexto dia, Deus criou o ser humano – “homem e mulher os criou”, como diz o texto do Gênesis, cap. 1 – e deu-lhe a ordem de procriar, encher a terra e dominar sobre todos os seres existentes, seja debaixo d’água, na terra ou no ar.
O evolucionismo opõe-se diretamente à teoria da imutabilidade das espécies, inclusive da espécie humana. Os seres humanos, que se acreditavam criados por Deus, de forma imutável e definida, como afirma a Bíblia, perderam seu posto de senhores da criação e passaram a ser vistos como uma espécie de animais que, como as outras, passou também por aquele longo processo de evolução. Isto inquieta as pessoas e levanta questões até mesmo a respeito da existência de Deus. Se o processo de desenvolvimento dos seres vivos pode acontecer por si, como fica Deus?
Há, sem dúvida, atualmente, posições favoráreis e contrárias ao evolucionismo. No caso daqueles que defendem um diálogo entre o evolucionismo e a teologia (estudo sobre Deus e sobre as doutrinas e os valores religiosos), afirmam que a evolução foi um modo como Deus colocou em andamento a criação das espécies vivas. Mas há também aqueles que defendem a impossibilidade desse diálogo. Tanto existem ortodoxos, em diversas religiões, que defendem acirradamente a imutabilidade das espécies, como há ateus, para os quais Deus é uma criação humana.
O certo é que, qualquer que seja a posição, o mais importante é que haja diálogo e abertura para aceitar o diverso, a fim de que tudo possa encaminhar-se sem conflitos graves.
É certo também que a teoria evolucionista contribui decisivamente para uma maior compreensão da existência da vida na terra, do funcionamento dos órgãos e do cérebro dos seres vivos, como o do ser humano, que dispõe de camadas profundas mais primitivas até a camada externa, próxima às meninges, que nos demarca como seres pensantes e criativos. Ajuda a entender até mesmo a atual proibição do Ministério da Saúde da venda de remédios sem receita médica que, indevidamente tomados, podem contribuir para fazer surgir novas cepas de bactérias e microorganismos extremamente resistentes a remédios e tratamentos, como, de fato, tem ocorrido em alguns lugares do mundo atual, e que inclusive ocorreu no Brasil. Bactérias capazes de adaptar-se à ação de antibióticos podem ser extremamente perigosas e nocivas à saúde humana, tendo chegado até a matar algumas pessoas! Um pequeno exemplo disto foi (e é) o vírus H1N1, o vírus da gripe suína, que matou muita gente pelo mundo afora há pouco tempo atrás.
O processo de evolução dos seres vivos continua e continuará, ao longo dos próximos milênios e milhões de anos que estão por vir. Não acabou. Pelo que se pode ver, claramente, é que é um processo contínuo e permanente da natureza. Até mesmo os seres humanos continuarão passando por ele. A interferência tecnológica também conta. Para se ter uma ideia, a produção de vacinas, de clones, os organismos geneticamente modificados, a produção de remédios, dentre outros, são fatores de ação e de interferência direta dos seres humanos no processo de evolução. Até mesmo acidentes nucleares, que infelizmente ocorrem, como se pôde ver vem Chernobyl (na Rússia, em 1986) e em Fukushima (no Japão, em 2011), podem trazer alterações genéticas diretas e ainda graves no processo de vida e de evolução dos seres vivos.
Os seres humanos alcançaram grande desenvolvimento ou evolução tecnológica no transcurso de sua história e, especialmente, dos últimos séculos e décadas. É preciso também que haja evolução no que diz respeito à vivência dos valores éticos, de respeito à vida de cada ser humano e de cada ser vivo existente, bem como um empenho coletivo e individual para que as condições de vida para todos melhorem cada vez mais.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES:
1ª) UTILIZAR O VÍDEO COSMOS, EPISÓDIO 2, DE CARL SAGAN + FICHA DE VÍDEO (individual ou em grupo). E/OU
2ª) UTILIZAR O VÍDEO DA TV ESCOLA INTITULADO “NO JARDIM DE DARWIN” E DOIS OUTROS QUE SÃO SUA SEQUÊNCIA, dispostos no site da TV Escola: http://tvescola.mec.gov.br , na VIDEOTECA. + FICHA DE VÍDEO (individual ou em grupo).
OBRAS COMPLETAS DE CHARLES DARWIN online: (Use tradutores online. Podem ajudar.)
http://darwin-online.org.uk/
O evolucionismo afirma que todas as espécies vivas passaram e continuarão passando por um longo processo de evolução, causado por uma série de mutações (pequenas mudanças, transformações ou alterações) ocorridas em indivíduos pertencentes àquelas espécies, tendo formado, inclusive, novas espécies, capazes de sobreviver, mais fortes e resistentes, capazes de passar aos seus descendentes suas novas características.
Dentre os que pesquisaram e defenderam a existência do processo de evolução encontram-se o francês Jean Baptiste de Lamarck, que viveu entre 1744 e 1829, e os ingleses Alfred Russell Wallace (1823 – 1913) e Charles Robert Darwin (1809 – 1882). De acordo com o primeiro, os seres vivos cujos órgãos entraram em desuso acabaram perdendo-os e outros, necessários, foram surgindo. Por sua vez, de acordo com Wallace e Darwin, tendo-se este destacado, as diferentes espécies foram passando por um lento, longo e paulatino processo de seleção natural, no qual somente os indivíduos mais fortes e resistentes, foram capazes de continuar existindo e se procriando. A seleção natural foi um processo lento, que durou, segundo Darwin, milhões de anos. Hoje se sabe que consta de bilhões de anos essa evolução.
Que estudos, conhecimentos e descobertas comprovam ou evidenciam claramente a real existência da evolução dos seres vivos?
Primeiramente, a existência de milhares e milhares, talvez milhões, de fósseis em todo o mundo. Fósseis são restos, esqueletos e impressões de animais e plantas em rochas. Encontram-se, hoje, em sítios arqueológicos, museus, universidades e institutos de pesquisa espalhados pelo mundo afora. Não há como negar a existência dos seres vivos que deixaram seus registros fósseis.
Em segundo lugar, o uso da geologia, que afirma que rochas e sedimentos rochosos sofreram processos de transformação e acomodação que duraram milhões – hoje se sabe que são bilhões – de anos e que continuam ocorrendo na natureza. A comprovação geológica da deriva continental por meio de satélites e outros instrumentos, cálculos e comparações precisas, é uma boa comprovação do movimento existente entre as rochas do planeta Terra.
Em terceiro lugar, o uso do teste de carbono 14, isótopo radioativo do elemento químico carbono que permite uma datação mais precisa de rochas e fósseis. Muitos destes, por meio desse teste, puderam e podem ser comprovadamente ser datados em milhões e milhões de anos.
Em quarto lugar, a existência de muitas espécies de seres vivos, adaptadas a ambientes diferentes. Por exemplo: animais, plantas, pássaros e outras espécies. Se fossem imutáveis, não haveriam espécies variadas de seres vivos, nem de indivíduos dentro de uma mesma espécie. Portanto, o que pode ter feito tal variação só pode ter sido o processo de evolução.
Enfim, os estudos da GENÉTICA, com o estudo do DNA dos seres humanos e dos seres vivos. O estudo do DNA permitiu perceber a existência de mutações na cadeia de moléculas que o formam. Quaisquer alterações na cadeia de moléculas do DNA podem trazer modificações substanciais nos seres vivos, seja para o bem (por exemplo, maior resistência, força, capacidade de reproduzir e até longevidade), seja para o mal (por exemplo, falta de órgãos ou outros defeitos).
O evolucionismo afirma que os seres vivos surgiram a partir de formas simples de vida, como os organismos unicelulares (que têm uma única célula), como as bactérias, os protozoários e os vírus. Estes, por sua vez, nasceram da formação de uma molécula primitiva, parecida com o DNA ou que já tinha forma similar a este, em volta da qual foi-se formando uma parede e pequenos órgãos, a primeira célula. Essa molécula tinha a capacidade de duplicar-se e, com o passar de um longo período de tempo, células foram sendo agregadas umas às outras, formando organismos pluricelulares. A Terra primitiva forneceu condições para isto. O restante da história é que o processo de evolução dos seres vivos vem ocorrendo desde então.
O evolucionismo provocou muita celeuma (debates acirrados) e sofreu muitas críticas ao longo dos últimos séculos, em razão do tradicionalismo e a ortodoxia religiosos e, na época de Darwin, também o tradicionalismo científico, que defendiam a imutabilidade das espécies. No caso da ortodoxia religiosa, o criacionismo judaico-cristão, por exemplo, defende que Deus criou o mundo em sete dias, organizando etapa por etapa, até criar os seres vivos nos últimos desses mesmos dias. Por fim, no sexto dia, Deus criou o ser humano – “homem e mulher os criou”, como diz o texto do Gênesis, cap. 1 – e deu-lhe a ordem de procriar, encher a terra e dominar sobre todos os seres existentes, seja debaixo d’água, na terra ou no ar.
O evolucionismo opõe-se diretamente à teoria da imutabilidade das espécies, inclusive da espécie humana. Os seres humanos, que se acreditavam criados por Deus, de forma imutável e definida, como afirma a Bíblia, perderam seu posto de senhores da criação e passaram a ser vistos como uma espécie de animais que, como as outras, passou também por aquele longo processo de evolução. Isto inquieta as pessoas e levanta questões até mesmo a respeito da existência de Deus. Se o processo de desenvolvimento dos seres vivos pode acontecer por si, como fica Deus?
Há, sem dúvida, atualmente, posições favoráreis e contrárias ao evolucionismo. No caso daqueles que defendem um diálogo entre o evolucionismo e a teologia (estudo sobre Deus e sobre as doutrinas e os valores religiosos), afirmam que a evolução foi um modo como Deus colocou em andamento a criação das espécies vivas. Mas há também aqueles que defendem a impossibilidade desse diálogo. Tanto existem ortodoxos, em diversas religiões, que defendem acirradamente a imutabilidade das espécies, como há ateus, para os quais Deus é uma criação humana.
O certo é que, qualquer que seja a posição, o mais importante é que haja diálogo e abertura para aceitar o diverso, a fim de que tudo possa encaminhar-se sem conflitos graves.
É certo também que a teoria evolucionista contribui decisivamente para uma maior compreensão da existência da vida na terra, do funcionamento dos órgãos e do cérebro dos seres vivos, como o do ser humano, que dispõe de camadas profundas mais primitivas até a camada externa, próxima às meninges, que nos demarca como seres pensantes e criativos. Ajuda a entender até mesmo a atual proibição do Ministério da Saúde da venda de remédios sem receita médica que, indevidamente tomados, podem contribuir para fazer surgir novas cepas de bactérias e microorganismos extremamente resistentes a remédios e tratamentos, como, de fato, tem ocorrido em alguns lugares do mundo atual, e que inclusive ocorreu no Brasil. Bactérias capazes de adaptar-se à ação de antibióticos podem ser extremamente perigosas e nocivas à saúde humana, tendo chegado até a matar algumas pessoas! Um pequeno exemplo disto foi (e é) o vírus H1N1, o vírus da gripe suína, que matou muita gente pelo mundo afora há pouco tempo atrás.
O processo de evolução dos seres vivos continua e continuará, ao longo dos próximos milênios e milhões de anos que estão por vir. Não acabou. Pelo que se pode ver, claramente, é que é um processo contínuo e permanente da natureza. Até mesmo os seres humanos continuarão passando por ele. A interferência tecnológica também conta. Para se ter uma ideia, a produção de vacinas, de clones, os organismos geneticamente modificados, a produção de remédios, dentre outros, são fatores de ação e de interferência direta dos seres humanos no processo de evolução. Até mesmo acidentes nucleares, que infelizmente ocorrem, como se pôde ver vem Chernobyl (na Rússia, em 1986) e em Fukushima (no Japão, em 2011), podem trazer alterações genéticas diretas e ainda graves no processo de vida e de evolução dos seres vivos.
Os seres humanos alcançaram grande desenvolvimento ou evolução tecnológica no transcurso de sua história e, especialmente, dos últimos séculos e décadas. É preciso também que haja evolução no que diz respeito à vivência dos valores éticos, de respeito à vida de cada ser humano e de cada ser vivo existente, bem como um empenho coletivo e individual para que as condições de vida para todos melhorem cada vez mais.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES:
1ª) UTILIZAR O VÍDEO COSMOS, EPISÓDIO 2, DE CARL SAGAN + FICHA DE VÍDEO (individual ou em grupo). E/OU
2ª) UTILIZAR O VÍDEO DA TV ESCOLA INTITULADO “NO JARDIM DE DARWIN” E DOIS OUTROS QUE SÃO SUA SEQUÊNCIA, dispostos no site da TV Escola: http://tvescola.mec.gov.br , na VIDEOTECA. + FICHA DE VÍDEO (individual ou em grupo).
OBRAS COMPLETAS DE CHARLES DARWIN online: (Use tradutores online. Podem ajudar.)
http://darwin-online.org.uk/
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