COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
TERCEIRO BIMESTRE
AULA 27 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS
PLATÃO E O SUPRASSENSÍVEL (Prof. José Antônio
Brazão.)
USAR O LIVRO DIDÁTICO DIÁLOGOS,
p.74 (pp.73-74).
PARTE 1: POEMA.
PARTE 2: DESENHO NO QUADRO. Desenhar e
explicar, juntamente com o poema.
PARTE 3: TABELA COMPARATIVA – MITO DA
CAVERNA/OS DOIS MUNDOS DE PLATÃO (Mundo das Ideias ou Inteligível e Mundo
Sensível.) No quadro. Explicar.
Observação: Ir referenciando o
conteúdo com o livro Diálogos, capítulo 7, pp.73 e 74.
O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO (Prof. José
Antônio Brazão.)
Nos socráticos platônicos
diálogos, o amor, o poder e a guerra,
Por seu valor, vieram a
aparecer,
Também coisas divinas e
coisas da Terra,
A atenção do discípulo
filósofo puderam merecer.
Enfrentando do pensamento
novos desafios, divergindo dos sofistas,
Filósofos-professores no
mundo grego itinerantes,
Para além das ideias desses
pensadores relativistas,
A verdade e os valores são
realidades vivas e operantes.
Platão, seguindo os passos do
mestre,
Muito dele, por anos,
incansavelmente, aprendeu
E mesmo com a morte de
Sócrates
De seus pensamentos e valores
jamais se esqueceu.
Da caverna um mito ou
alegoria
N’A República uma história a todos contou
Uma prisão de pessoas, sem
vera alegria,
Naquele lugar subterrâneo
imaginou.
Homens, mulheres, meninas e
meninos
Naquela caverna, voltados
para um paredão
Se encontravam presos desde
pequeninos
E ali de sombras vistas criam
na ilusão.
Certo dia, um dos
prisioneiros foi liberto
Obrigado a sair, ficou da luz
de uma fogueira quase cego,
Mas por um caminho a saída e
lá fora, por esforço certo,
Vendo coisas novas, a
verdade, superou o mal do ego.
Voltando à antiga prisão,
Para as coisas belas e novas
lá de fora
Dos amigos e amigas chamou a
atenção
Sair da caverna seria, de
fato, boa hora.
Apesar de pelos
ex-companheiros mal julgado,
O liberto não desistiu
Da verdade, insistente e
ousado,
Ainda que sob risco de morte
servil.
Para além daquela imaginária
história,
Num mundo imutável Platão
vinh’acreditar
Das ideias, formas perfeitas
e eternas, pela memória,
Reminiscência, meio para as
almas presas do sensível mundo se libertar.
No mesmo político livro, sem
aristofânicas galhofas,
Uma cidade ideal o filósofo
apresentou,
Governada por filósofos e
filósofas
O platônico pensamento a
vislumbrou.
Em diálogos, seguindo do
antigo mestre a ironia e a maiêutica,
Sobre o amor, a imortalidade
e a justiça ele escreveu
Das discussões à maneira
socrática
Calorosos debates Platão
descreveu.
Em Atenas, uma nova escola
Platão fundou
Da filosofia e das
verdadeiras ciências o conhecimento
Nova maneira de encarar se
disseminou,
Abrindo de grandes
discípulos, por séculos, o entendimento.
TABELA COMPARATIVA:
MITO DA CAVERNA |
OS DOIS MUNDOS |
Dentro e fora da caverna. |
Mundo sensível e mundo inteligível ou das Ideias. |
O interior da caverna. |
O mundo sensível (este mundo material, percebido
pelos cinco sentidos). |
O exterior da caverna. |
O mundo inteligível ou das Ideias. |
Sombras em movimento no interior da caverna. |
O devir (vir a ser, movimento, mudança,
transformação, alteração) no mundo sensível. |
Sombras: contornos de seres materiais carregados
nas cabeças por pessoas atrás da mureta que separa prisioneiros e visitantes
da caverna. |
Seres que são cópias das Ideias. |
Sombras: ilusões. |
A ilusão dos cinco sentidos. |
Os prisioneiros. |
As pessoas que vivem no mundo sensível. |
O liberto. |
O(A) filósofo(a), capaz de elevar seu pensamento
para além da visão sensorial e enxergar, via razão, o mundo das Ideias (mundo
Inteligível). Imagem também de Sócrates, mestre de Platão. |
Perigo: o comodismo e o apego às sombras, que
levam as pessoas a não quererem sair para fora. |
Perigo: o apego às coisas materiais do mundo
sensível, que impede a alma de se elevar até o inteligível. |
Seres fora da caverna, sujeitos ao devir, como os
do interior da caverna. |
No mundo sensível: devir. No mundo das Ideias: seres (formas) eternos(as) e
imutáveis. |
Fogueira na entrada da caverna. |
O sol do mundo sensível. |
O sol do lado de fora da caverna. |
O BEM, ideia suprema do mundo das Ideias (formas
perfeitas de tudo que existe). |
Mundos incriados. Entre os antigos gregos não
havia crença em algum deus criador. |
Mundos incriados. Segundo Platão, o Demiurgo
(deus artesão primordial), observando a beleza do mundo das Ideias, deu
formas à matéria do caos, organizando tudo e dando origem ao cosmos
(organização, ordenamento) do mundo sensível. |
As sombras apontam para algo real, que existe
fora da caverna. |
Os seres sensíveis apontam para algo realíssimo e
eterno, que existe no mundo das Ideias. |
Aprendizado das sombras. |
Lembranças, via aprendizados e memórias, do que
as almas, outrora, contemplaram no mundo Inteligível (das Ideias). |
MATERIAL COMPLEMENTAR (dicas de vídeos):
Vídeo 1: O MITO DA CAVERNA EXPLICADO (Pedro
Loos).
https://www.youtube.com/watch?v=c_41FEx-wm8
Vídeo 2: UM TOUR PELA CAVERNA DE PLATÃO.
Tinocando.
https://www.youtube.com/watch?v=V7gp-ixrWjk
Vídeo 3: Ser Ou Não Ser - Platão, O Mito Da Caverna - Viviane Mosé -
Fantástico.flv. Em: https://www.youtube.com/watch?v=ei-kSPL4Lg4
REFERÊNCIAS:
BRAZÃO, José Antônio. Filosofia e Poesia: A História da Filosofia em Poesia. (Material didático próprio.)
ROMEIRO, Julieta et alii.
Capítulo 7: A Origem da Filosofia Ocidental. In: ____________________. Diálogos: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas – Ser
Humano, Cultura e Sociedade. São Paulo, Moderna, 2020.
(Volume 1)
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