domingo, 31 de agosto de 2025

TERCEIRO BIMESTRE - AULA 27 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS. PLATÃO E O SUPRASSENSÍVEL (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

TERCEIRO BIMESTRE

AULA 27 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS

PLATÃO E O SUPRASSENSÍVEL (Prof. José Antônio Brazão.)

USAR O LIVRO DIDÁTICO DIÁLOGOS, p.74 (pp.73-74).

PARTE 1: POEMA.

PARTE 2: DESENHO NO QUADRO. Desenhar e explicar, juntamente com o poema.

PARTE 3: TABELA COMPARATIVA – MITO DA CAVERNA/OS DOIS MUNDOS DE PLATÃO (Mundo das Ideias ou Inteligível e Mundo Sensível.) No quadro. Explicar.

Observação: Ir referenciando o conteúdo com o livro Diálogos, capítulo 7, pp.73 e 74.

O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO (Prof. José Antônio Brazão.)

Nos socráticos platônicos diálogos, o amor, o poder e a guerra,

Por seu valor, vieram a aparecer,

Também coisas divinas e coisas da Terra,

A atenção do discípulo filósofo puderam merecer.

 

Enfrentando do pensamento novos desafios, divergindo dos sofistas,

Filósofos-professores no mundo grego itinerantes,

Para além das ideias desses pensadores relativistas,

A verdade e os valores são realidades vivas e operantes.

 

Platão, seguindo os passos do mestre,

Muito dele, por anos, incansavelmente, aprendeu

E mesmo com a morte de Sócrates

De seus pensamentos e valores jamais se esqueceu.

 

Da caverna um mito ou alegoria

N’A República uma história a todos contou

Uma prisão de pessoas, sem vera alegria,

Naquele lugar subterrâneo imaginou.

 

Homens, mulheres, meninas e meninos

Naquela caverna, voltados para um paredão

Se encontravam presos desde pequeninos

E ali de sombras vistas criam na ilusão.

 

Certo dia, um dos prisioneiros foi liberto

Obrigado a sair, ficou da luz de uma fogueira quase cego,

Mas por um caminho a saída e lá fora, por esforço certo,

Vendo coisas novas, a verdade, superou o mal do ego.

 

Voltando à antiga prisão,

Para as coisas belas e novas lá de fora

Dos amigos e amigas chamou a atenção

Sair da caverna seria, de fato, boa hora.

 

Apesar de pelos ex-companheiros mal julgado,

O liberto não desistiu

Da verdade, insistente e ousado,

Ainda que sob risco de morte servil.

 

Para além daquela imaginária história,

Num mundo imutável Platão vinh’acreditar

Das ideias, formas perfeitas e eternas, pela memória,

Reminiscência, meio para as almas presas do sensível mundo se libertar.

 

No mesmo político livro, sem aristofânicas galhofas,

Uma cidade ideal o filósofo apresentou,

Governada por filósofos e filósofas

O platônico pensamento a vislumbrou.

 

Em diálogos, seguindo do antigo mestre a ironia e a maiêutica,

Sobre o amor, a imortalidade e a justiça ele escreveu

Das discussões à maneira socrática

Calorosos debates Platão descreveu.

 

Em Atenas, uma nova escola Platão fundou

Da filosofia e das verdadeiras ciências o conhecimento

Nova maneira de encarar se disseminou,

Abrindo de grandes discípulos, por séculos, o entendimento.

TABELA COMPARATIVA:

MITO DA CAVERNA

OS DOIS MUNDOS

Dentro e fora da caverna.

Mundo sensível e mundo inteligível ou das Ideias.

O interior da caverna.

O mundo sensível (este mundo material, percebido pelos cinco sentidos).

O exterior da caverna.

O mundo inteligível ou das Ideias.

Sombras em movimento no interior da caverna.

O devir (vir a ser, movimento, mudança, transformação, alteração) no mundo sensível.

Sombras: contornos de seres materiais carregados nas cabeças por pessoas atrás da mureta que separa prisioneiros e visitantes da caverna.

Seres que são cópias das Ideias.

Sombras: ilusões.

A ilusão dos cinco sentidos.

Os prisioneiros.

As pessoas que vivem no mundo sensível.

O liberto.

O(A) filósofo(a), capaz de elevar seu pensamento para além da visão sensorial e enxergar, via razão, o mundo das Ideias (mundo Inteligível).

Imagem também de Sócrates, mestre de Platão.

Perigo: o comodismo e o apego às sombras, que levam as pessoas a não quererem sair para fora.

Perigo: o apego às coisas materiais do mundo sensível, que impede a alma de se elevar até o inteligível.

Seres fora da caverna, sujeitos ao devir, como os do interior da caverna.

No mundo sensível: devir.

No mundo das Ideias: seres (formas) eternos(as) e imutáveis.

Fogueira na entrada da caverna.

O sol do mundo sensível.

O sol do lado de fora da caverna.

O BEM, ideia suprema do mundo das Ideias (formas perfeitas de tudo que existe).

Mundos incriados. Entre os antigos gregos não havia crença em algum deus criador.

Mundos incriados. Segundo Platão, o Demiurgo (deus artesão primordial), observando a beleza do mundo das Ideias, deu formas à matéria do caos, organizando tudo e dando origem ao cosmos (organização, ordenamento) do mundo sensível.

As sombras apontam para algo real, que existe fora da caverna.

Os seres sensíveis apontam para algo realíssimo e eterno, que existe no mundo das Ideias.

Aprendizado das sombras.

Lembranças, via aprendizados e memórias, do que as almas, outrora, contemplaram no mundo Inteligível (das Ideias).

MATERIAL COMPLEMENTAR (dicas de vídeos):

Vídeo 1: O MITO DA CAVERNA EXPLICADO (Pedro Loos).

https://www.youtube.com/watch?v=c_41FEx-wm8

Vídeo 2: UM TOUR PELA CAVERNA DE PLATÃO. Tinocando.

https://www.youtube.com/watch?v=V7gp-ixrWjk

Vídeo 3: Ser Ou Não Ser - Platão, O Mito Da Caverna - Viviane Mosé - Fantástico.flv. Em: https://www.youtube.com/watch?v=ei-kSPL4Lg4

REFERÊNCIAS:

BRAZÃO, José Antônio. Filosofia e Poesia: A História da Filosofia em Poesia. (Material didático próprio.)

ROMEIRO, Julieta et alii. Capítulo 7: A Origem da Filosofia Ocidental. In: ____________________. Diálogos: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas – Ser Humano, Cultura e Sociedade. São Paulo, Moderna, 2020. (Volume 1)

 

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