domingo, 8 de junho de 2025

SEGUNDO BIMESTRE - AULA 21 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. TRABALHO DE RECUPERAÇÃO – PRIMEIRO SEMESTRE DE 2025. PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

 SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

TRABALHO DE RECUPERAÇÃO – PRIMEIRO SEMESTRE DE 2025.


SOCIOLOGIA – SEGUNDOS ANOS

PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

QUESTÕES DE 1 A 10 – VALOR: 0,3 (três décimos) CADA.

01. Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo. [...] um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros quantos são os votos da assembleia [...]. Essa pessoa pública, que se forma, desse modo, pela união de todas as outras, tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de república ou de corpo político o qual é chamado por seus membros de Estado [...].  Jacques Rousseau (século XVIII). Os pensadores, 1983.). Considerando o texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês (século XVIII), o fragmento apresenta qual doutrina política, conforme  Rousseau?

(a)(     ) Contratualismo e coletivismo.

(b)(     ) Lamarckismo.

(c)(     ) Marxismo.

(d)(     ) Darwinismo.

(e)(     ) Racismo.

02.  Rousseau construiu uma obra que se apresentou significativa para a afirmação do mundo moderno. Historicamente, contribui para refletir sobre a educação quando escreveu a obra Emílio. No Emílio, Rousseau fala de uma educação em contato com a natureza e em respeito a esta. HOJE, em pleno século XXI, vivemos um momento em que a questão da natureza aparece com muita força, tendo como exemplo as enchentes do Rio Grande do Sul. Nesse sentido, como o aprendizado escolar pode ajudar na formação de uma consciência de respeito e de preservação do meio ambiente? Assinale a alternativa correta.

(a)(     ) Uma educação voltada para a dominação unilateral da natureza.

(b)(     ) Uma educação que se preocupa tão somente em formar pessoas para o mundo do trabalho, sem dar-lhes consciência de civismo e cidadania, além das pessoas, igualmente para o respeito ao mundo natural.

(c)(     ) Uma educação preocupada com a formação de homens que sejam verdadeiros predadores da natureza, sem pensar no amanhã.

(d)(    ) Uma educação que seja processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos.

(e)(    ) Uma educação destituída de valores naturalísticos e ambientais, com uma visão míope, fruto da ambição e do desejo humano de domínio, conquista e extração de bens do mundo natural, sem se preocupar com a reparação e o cuidado desse mundo.

03. Entendia o filósofo Jean-Jacques Rousseau que a sociedade civil é resultado das transformações que a espécie humana sofreu ao longo de sua história, sobretudo da condição de selvagem para a condição de homem civilizado. O que permitiu essa transformação, segundo este filósofo, é a perfectibilidade (a faculdade de aperfeiçoar-se; faculdade essa que, com a ajuda das circunstâncias, desenvolve sucessivamente todas as outras). “Para Rousseau, a liberdade e a perfectibilidade são as duas características (...) que fazem a distinção entre homens e animais: os homens são agentes livres (sua natureza não se inscreve em disposições fixas) e perfectíveis, ao passo que os animais são condenados a seguir o instinto próprio de sua espécie e a permanecer sempre idênticos a si mesmos.” (Mauro D. B. Arco Júnior.) Os animais, portanto, segundo essa teoria, nunca vão mudar, vão sempre seguir os ditames (imposições, regras) da natureza. No mundo de HOJE, trazendo para nossos dias, a matança de animais e a destruição do meio ambiente, o que é preciso mudar para que sejamos, de fato, perfectíveis (sujeitos ao aprimoramento)? Marque a alternativa ERRADA.

(a)(     ) Voltando ao estado de natureza, tal como era, segundo Rousseau, antes da existência da sociedade.

(b)(     ) Reciclar ideias e modo de encarar o mundo, pondo de lado a crença de que somos seres criados para o domínio, numa perspectiva destrutiva, do mundo e respeitando e cuidando melhor da natureza, de nós mesmos e das pessoas, a começar de casa.

(c)(     ) Reciclar, reaproveitar e reduzir o consumo desenfreado imposto pela ideologia consumista que existe no Brasil e em muitos lugares do mundo.

(d)(    ) Participar de ações coletivas preocupadas com o meio ambiente e com os seres humanos que dele fazem parte: plantio de árvores, movimentos em prol do mundo natural (exemplo, Green Peace),

(e)(     ) Cuidar da Terra, tendo em vista que não há, até agora, outro lugar do universo em que os seres humanos possam habitar.

04. Na passagem do estado de natureza para a sociedade, o primeiro contrato foi imposto pelos mais fortes. Rousseau, inclusive, propõe um novo contrato, um contrato social livre, em seu livro O Contrato Social. Em O Contrato Social, após reconhecer as vantagens da instituição do estado civil (estado de convivência com outros seres humanos, onde há regras de convivência, inclusive, morais, como a preocupação de uns com os outros). Rousseau afirma a necessidade de se acrescentar à aquisição deste estado (estado civil) a liberdade moral, pois só assim o homem torna-se senhor de si mesmo. Qual das alternativas seguintes concorda com o trecho marcado (sublinhado e grifado)?

(a)(     ) O ser humano torna-se senhor de si mesmo, um ser dotado de liberdade, quando obedece cegamente as leis e normas sociais.

(b)(     ) O ser humano torna-se senhor de si mesmo, um ser dotado de liberdade, quando deixa-se escravizar por seus semelhantes.

(c)(     ) O ser humano torna-se senhor de si mesmo, um ser dotado de liberdade, quando, tendo saído do estado de natureza, pensa que é superior a ela e passa a destruí-la, sem pensar no amanhã, por conta de uma ambição desenfreada.

(d)(     ) O ser humano torna-se senhor de si mesmo, um ser dotado de liberdade, quando as vantagens da instituição civil são benéficas a ele e a seus semelhantes, permitindo-lhe o pleno desenvolvimento humano e moral, em que todos respeitam as leis em prol (benefício) do bem comum.

(e)(     ) O ser humano torna-se senhor de si mesmo, um ser dotado de liberdade, quando as vantagens da instituição civil beneficiam-no exclusivamente e aos seus próximos (familiares e amigos), em detrimento dos demais membros da sociedade.

05. “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (…) A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. (…) Haverá sempre uma grande diferença entre subjugar uma multidão e reger uma sociedade. Sejam homens isolados, quantos possam ser submetidos sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um senhor e escravos, de modo algum considerando-os um povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma agregação, mas não de uma associação; nela não existe bem público, nem corpo político.” (Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p. 28,36.) A ideia central contida neste texto encontra-se resumida em qual das seguintes alternativas?

(a)(     ) O ser humano é totalmente livre para fazer o que bem entender, contanto que dê conta a seus semelhantes e a Deus pelo que fizer de errado.

(b)(     ) A ordem social é um direito sagrado porque está baseada no que dizem as leis sagradas de todas as crenças, em detrimento de qualquer acordo humano.

(c)(     ) Há diferença entre subjugar (dominar) a multidão e reger eticamente a sociedade: na subjugação (domínio) há senhores e escravos; já, em uma regência ética, fundada no pacto social e na vontade da maioria, fundada na moral, o governo se dá sobre pessoas livres e dotadas de consciência do bem comum.

(d)(     ) A sociedade é uma mera desagregação e desassociação de pessoas, pois nenhuma sociedade tem sentido, mesmo se vivesse em busca da reconstrução dos valores positivos que estavam no estado de natureza.

(e)(     ) A sociedade, tal como existe na maioria dos lugares, saída do estado de natureza, é fundada tão-somente no bem público e no corpo político (conjunto de representantes políticos e dos cidadãos), não permitindo o agravante da propriedade privada, mas tornando a propriedade um bem coletivo.

Um elemento forte no estado de natureza de Hobbes é a guerra – a guerra de todos contra todos. O mundo atual está perpassado por guerras e armamentismo, levantando, consigo, questões sociológicas e éticas muito profundas. Leia o texto a seguir, escrito por Voltaire, um pensador iluminista, e responda as questões. (Interpretação de texto.)

TEXTO:

“(...)Povos bastante afastados ouvem dizer que vai haver guerra e que há cinco ou seis soldos diários a ganhar se quiserem participar da coisa: dividem-se dentro em pouco em dois bandos, como ceifeiros, e vão vender seus serviços a quem os queira empregar. Então essas multidões se atiram umas contra outras, não só sem ter interesse algum no processo, mas sem mesmo saber do que se trata. São seis potências beligerantes ao mesmo tempo, ora três contra três, ora duas contra quatro, ora uma contra cinco, detestando-se todas igualmente entre si, unindo-se e atacando turno a turno; todas de acordo num único ponto, o de fazer todo o mal possível. O maravilhoso dessa empresa infernal é que cada chefe dos matadores faz benzer suas bandeiras e invoca solenemente a Deus antes de ir exterminar o próximo. Se um chefe não teve a felicidade de fazer degolar senão dois ou três mil homens, não agradece a Deus; mas assim alcance um ativo de uns dez mil exterminados pelo fogo e pelo ferro, e por cúmulo de graça alguma cidade seja totalmente destruída, então canta-se aos quatro ventos uma longa canção, composta numa língua desconhecida de todos os que combateram e repleta de barbarismos. A mesma canção serve tanto para os casamentos ou nascimentos como para as mortes: o que é imperdoável, sobretudo na nação mais famosa por suas novas canções.(...)” (Trecho do verbete GUERRA, do Dicionário Filosófico, de Voltaire. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000022.pdf)

QUESTÃO 06: Voltaire, pensador iluminista do século 18, fez uso da sátira (gozação) para criticar a política e as ações erradas que via, muitas vezes, injustas. A guerra é criticada com uma pontinha acentuada de sátira. Marque em qual dos seguintes trechos, a sociedade chega a incorporar, de forma absurda, um elemento da guerra em cerimônias do seu dia a dia.

(a)(     ) “Então essas multidões se atiram umas contra outras, não só sem ter interesse algum no processo, mas sem mesmo saber do que se trata.”

(b)(     ) “O maravilhoso dessa empresa infernal é que cada chefe dos matadores faz benzer suas bandeiras e invoca solenemente a Deus antes de ir exterminar o próximo.”

(c)(     ) “Se um chefe não teve a felicidade de fazer degolar senão dois ou três mil homens, não agradece a Deus (...).”

(d)(     ) “(...)mas assim alcance um ativo de uns dez mil exterminados pelo fogo e pelo ferro, e por cúmulo de graça alguma cidade seja totalmente destruída, então canta-se aos quatro ventos uma longa canção (...).”

(e)(     ) “A mesma canção serve tanto para os casamentos ou nascimentos como para as mortes: o que é imperdoável, sobretudo na nação mais famosa por suas novas canções.”

QUESTÃO 07: Observe o trecho: “Povos bastante afastados ouvem dizer que vai haver guerra e que há cinco ou seis soldos diários a ganhar se quiserem participar da coisa: dividem-se dentro em pouco em dois bandos, como ceifeiros, e vão vender seus serviços a quem os queira empregar. Então essas multidões se atiram umas contra outras, não só sem ter interesse algum no processo, mas sem mesmo saber do que se trata.” (Voltaire). De acordo com o trecho, qual motivação abaixo é incompatível enquanto ganho de guerra?

(a)(     ) Dinheiro.

(b)(     ) Sabedoria.

(c)(     ) Venda de serviços.

(d)(     ) Emprego.

(e)(     ) Ganhos.

QUESTÃO 08: “O maravilhoso dessa empresa infernal é que cada chefe dos matadores faz benzer suas bandeiras e invoca solenemente a Deus antes de ir exterminar o próximo.” Ao fazer tal afirmação, Voltaire está usando um elemento de linguagem fundamental à crítica filosófica, qual seja:

(a)(     ) A ironia.

(b)(     ) O eufemismo.

(c)(     ) A metonímia.

(d)(     ) A metáfora.

(e)(     ) A hipérbole.

QUESTÃO 09: Para além do texto. Voltaire fez parte dos filósofos do Iluminismo, do século XVIII, época em que chegou-se ao auge das descobertas e fatos históricos de séculos anteriores. No século XVIII, destacava(m)-se, no campo produtivo:

(a)(     ) A Reforma Protestante e os avanços das igrejas reformadas.

(b)(     ) O Renascimento Artístico.

(c)(     ) A Revolução Científica Moderna.

(d)(     ) A Revolução Industrial.

(e)(     ) As grandes navegações e descobertas marítimas, muito bem destacadas, no caso português, no livro Os Lusíadas, de Camões.

QUESTÃO 10: A discussão posta pelo texto de Voltaire, a respeito da guerra, entra nos seguintes aspectos ou áreas da filosofia, com exceção de:

(a)(     ) Ética, que estuda os valores constitutivos da sociedade e os contravalores, buscando a superação destes e a busca do bem comum.

(b)(     ) Política.

(c)(     ) Metafísica, que trata das essências e dos seres, buscando o ser enquanto ser, para além da realidade concreta.

(d)(     ) Moral.

(e)(     ) Verdade (tratada, por exemplo, pela Lógica e a Filosofia da Linguagem).

 

 BOM TRABALHO! CAPRICHE!

Nenhum comentário: