domingo, 2 de fevereiro de 2025

PRIMEIRO BIMESTRE - AULA 03 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. PODER, POLÍTICA E ESTADO: PODER ECONÔMICO, POLÍTICO E IDEOLÓGICO (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

PRIMEIRO BIMESTRE

AULA 03 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

PODER, POLÍTICA E ESTADO:

PODER ECONÔMICO, POLÍTICO E IDEOLÓGICO (Prof. José Antônio Brazão.)

O poder econômico é o poder que advém do acúmulo de bens e da riqueza. Numa sociedade de classes, o poder econômico encontra-se nas mãos da chamada classe dominante, isto é, a classe que detém nas mãos os meios de produção, a riqueza e o controle da mão de obra.

Em uma sociedade de classes, o controle da mão de obra se dá através da exploração desta e do controle do acesso a outros bens sociais, bem como do controle do poder político (direção da sociedade).

Classes sociais nem sempre existiram: grupos pequenos, de coletores de frutas e outros alimentos, bem como caçadores. Sem divisão social de classes. No entanto, a partir do momento em que se sedentarizaram, por conta da agricultura, principalmente, e começou a surgir o excedente de produção, um fato fundamental foi o acúmulo desse excedente nas mãos de poucos produtores e possuidores de terras. A escravidão, ainda que não fosse nova, intensificou-se. 

Na antiguidade, cidades e grandes reinos surgiram, seja no Egito, seja na Mesopotâmia, seja na China, na Grécia, em Roma ou qualquer outro lugar onde houvesse um número considerável de pessoas convivendo. Algumas civilizações, inclusive, conhecidas como clássicas (de destaque).

Nessas sociedades maiores a divisão social tornava-se cada vez mais clara, como todas as demais grandes sociedades depois delas. Segundo Karl Marx e Friedrich Engels, no texto Manifesto do Partido Comunista:

“A história de toda a sociedade até aqui é a história de lutas de classes.

[Homem] livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, burgueses de corporação e oficial, em suma, opressores e oprimidos, estiveram em constante oposição uns aos outros, travaram uma luta ininterrupta, ora oculta ora aberta, uma luta que de cada vez acabou por uma reconfiguração revolucionária de toda a sociedade ou pelo declínio comum das classes em luta.

Nas anteriores épocas da história encontramos quase por toda a parte uma articulação completa da sociedade em diversos estados [ou ordens sociais], uma múltipla gradação das posições sociais. Na Roma antiga temos patrícios, cavaleiros, plebeus, escravos; na Idade Média: senhores feudais, vassalos, burgueses de corporação, oficiais, servos, e ainda por cima, quase em cada uma destas classes, de novo gradações particulares.” (MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Disponível em: < https://www.marxists.org/portugues/marx/1848/ManifestoDoPartidoComunista/cap1.htm > Acesso em 31/01/2025.)

Livres e escravos, patrícios e plebeus, classes presentes no Império Romano antigo. Entre os gregos antigos havia, por exemplo, os eupátridas (cidadãos), estrangeiros e escravos, além de cidadãos pobres. Os escravos eram mercadorias e faziam todo tipo de trabalhos. No mundo medieval, os senhores feudais (“barões”) e os servos (camponeses sob o domínio dos senhores feudais).

Reações contra a exploração havia, sem dúvida, como parte da luta de classes. Luta de classes, é preciso entender, não é luta armada, em que  um grupo mata outro. Ela nasce da exploração de uma classe sobre as outras, bem como da reação destas em relação àquela (chamada dominante). Esse confrontamento de ação de exploração e reação à exploração é a luta de classes.

A classe dominante domina economicamente, politicamente, militarmente e ideologicamente! Como assim? Economicamente por deter o poder econômico nas mãos. Politicamente, por dominar o governo da sociedade, diretamente e através de representantes. E ideologicamente? Impondo suas ideias e seus valores às demais classes, usando de diferentes meios.

No Egito Antigo, por exemplo, o faraó era considerado, pela religião, que tinha sacerdotes ligados ao grupo dominante no Egito. Ora, o faraó era o grande representante da classe dominante egípcia. Todas as crenças (mitologia) representavam uma parte significativa da ideologia dominante, a fim de reforçar seu poder sobre os demais grupos sociais, incluindo os escravos.

No mundo capitalista, segundo os pensadores acima citados (Marx e Engels):

“A moderna sociedade burguesa, saída do declínio da sociedade feudal, não aboliu as oposições de classes. Apenas pôs novas classes, novas condições de opressão, novas configurações de luta, no lugar das antigas.

A nossa época, a época da burguesia, distingue-se, contudo, por ter simplificado as oposições de classes. A sociedade toda cinde-se, cada vez mais, em dois grandes campos inimigos, em duas grandes classes que diretamente se enfrentam: burguesia e proletariado.” (MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Disponível em: < https://www.marxists.org/portugues/marx/1848/ManifestoDoPartidoComunista/cap1.htm > Acesso em 31/01/2025.)

As ideias da classe dominante capitalista se transmitem por diferentes meios – um dos mais privilegiados é aquele constituído pelos meios de comunicação social, ainda que haja vários outros.

Ideologias são conjuntos de ideias e valores que ditam o que se deve fazer e como fazer, permitindo o controle das pessoas sem o uso constante da força militar ou policial. No decorrer dos tempos, houve ideologias muito perigosas! Uma delas foi a ideologia fascista e nazista, extremamente perigosa e maléfica, como se pôde ver com o evento da II Guerra Mundial.

O que defendia as ideologias do fascismo e do nazismo?

1)    Um poder centralizado em torno dos partidos fascista, na Itália, e nazista, na Alemanha.

2)    Um chefe principal: o Duce (Benito Mussolini, na Itália) e o Fuhrer (Adolf Hitler, na Alemanha), considerado condutor de sua respectiva sociedade.

3)    O antissemitismo – oposição e até ódio aos judeus, vistos como culpados pelos males que estavam ocorrendo, como uma espécie de bode expiatório sobre o qual se lançavam as culpas.

4)    O armamentismo.

5)    A política de alianças.

6)    O anticomunismo – oposição radical ao socialismo e ao comunismo.

7)    Entre outros valores e ideias.

Ambos grupos (nazista e fascista) eram apoiados pelos grupos dominantes economicamente e os representavam. Todos os meios possíveis eram utilizados para transmissão contínua da ideologia do fascismo e do nazismo.

TRABALHO: CARTAZES MOSTRANDO AS IDEOLOGIAS FASCISTA E NAZISTA.

1)    Em grupos de três a quatro estudantes.

2)    Um a dois cartazes com imagens.

3)    Usar imagens impressas ou xerocadas. Não destruir livros nem revistas.

4)    Imagens que mostrem como se constituíram o nazismo e o fascismo, bem como o que defendiam.

5)    Cada grupo irá comentar e explicar seu(s) respectivo(s) cartaz(es).

6)    Apresentação: início de março de 2025.

7)    O objetivo do trabalho: mostrar o poder da ideologia quando levada ao extremo.

8)    Valor: 1,0 (um ponto).

 

 

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