COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
PRIMEIRO BIMESTRE
AULA 03 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:
PODER, POLÍTICA E ESTADO:
PODER ECONÔMICO, POLÍTICO E IDEOLÓGICO (Prof. José
Antônio Brazão.)
O poder econômico é o
poder que advém do acúmulo de bens e da riqueza. Numa sociedade de classes, o
poder econômico encontra-se nas mãos da chamada classe dominante, isto é, a
classe que detém nas mãos os meios de produção, a riqueza e o controle da mão de
obra.
Em uma sociedade de
classes, o controle da mão de obra se dá através da exploração desta e do
controle do acesso a outros bens sociais, bem como do controle do poder
político (direção da sociedade).
Classes sociais nem
sempre existiram: grupos pequenos, de coletores de frutas e outros alimentos,
bem como caçadores. Sem divisão social de classes. No entanto, a partir do
momento em que se sedentarizaram, por conta da agricultura, principalmente, e
começou a surgir o excedente de produção, um fato fundamental foi o acúmulo
desse excedente nas mãos de poucos produtores e possuidores de terras. A
escravidão, ainda que não fosse nova, intensificou-se.
Na antiguidade, cidades e
grandes reinos surgiram, seja no Egito, seja na Mesopotâmia, seja na China, na
Grécia, em Roma ou qualquer outro lugar onde houvesse um número considerável de
pessoas convivendo. Algumas civilizações, inclusive, conhecidas como clássicas
(de destaque).
Nessas sociedades maiores
a divisão social tornava-se cada vez mais clara, como todas as demais grandes
sociedades depois delas. Segundo Karl Marx e Friedrich Engels, no texto
Manifesto do Partido Comunista:
“A história de toda a sociedade até aqui é a
história de lutas de classes.
[Homem] livre e escravo, patrício e plebeu, barão e
servo, burgueses de corporação e oficial, em suma, opressores e oprimidos,
estiveram em constante oposição uns aos outros, travaram uma luta ininterrupta,
ora oculta ora aberta, uma luta que de cada vez acabou por uma reconfiguração
revolucionária de toda a sociedade ou pelo declínio comum das classes em luta.
Nas anteriores épocas da história encontramos quase
por toda a parte uma articulação completa da sociedade em diversos estados [ou
ordens sociais], uma múltipla gradação das posições sociais. Na Roma antiga
temos patrícios, cavaleiros, plebeus, escravos; na Idade Média: senhores
feudais, vassalos, burgueses de corporação, oficiais, servos, e ainda por cima,
quase em cada uma destas classes, de novo gradações particulares.” (MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido
Comunista. Disponível em: < https://www.marxists.org/portugues/marx/1848/ManifestoDoPartidoComunista/cap1.htm > Acesso em 31/01/2025.)
Livres e escravos,
patrícios e plebeus, classes presentes no Império Romano antigo. Entre os
gregos antigos havia, por exemplo, os eupátridas (cidadãos), estrangeiros e
escravos, além de cidadãos pobres. Os escravos eram mercadorias e faziam todo
tipo de trabalhos. No mundo medieval, os senhores feudais (“barões”) e os
servos (camponeses sob o domínio dos senhores feudais).
Reações contra a
exploração havia, sem dúvida, como parte da luta de classes. Luta de classes, é
preciso entender, não é luta armada, em que
um grupo mata outro. Ela nasce da exploração de uma classe sobre as
outras, bem como da reação destas em relação àquela (chamada dominante). Esse
confrontamento de ação de exploração e reação à exploração é a luta de classes.
A classe dominante domina
economicamente, politicamente, militarmente e ideologicamente! Como assim?
Economicamente por deter o poder econômico nas mãos. Politicamente, por dominar
o governo da sociedade, diretamente e através de representantes. E ideologicamente?
Impondo suas ideias e seus valores às demais classes, usando de diferentes
meios.
No Egito Antigo, por
exemplo, o faraó era considerado, pela religião, que tinha sacerdotes ligados
ao grupo dominante no Egito. Ora, o faraó era o grande representante da classe
dominante egípcia. Todas as crenças (mitologia) representavam uma parte significativa
da ideologia dominante, a fim de reforçar seu poder sobre os demais grupos
sociais, incluindo os escravos.
No mundo capitalista,
segundo os pensadores acima citados (Marx e Engels):
“A moderna sociedade burguesa, saída do declínio da
sociedade feudal, não aboliu as oposições de classes. Apenas pôs novas classes,
novas condições de opressão, novas configurações de luta, no lugar das antigas.
A nossa época, a época da burguesia, distingue-se,
contudo, por ter simplificado as oposições de classes. A sociedade toda
cinde-se, cada vez mais, em dois grandes campos inimigos, em duas grandes
classes que diretamente se enfrentam: burguesia e proletariado.” (MARX, Karl e
ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Disponível em: < https://www.marxists.org/portugues/marx/1848/ManifestoDoPartidoComunista/cap1.htm > Acesso em 31/01/2025.)
As ideias da classe
dominante capitalista se transmitem por diferentes meios – um dos mais
privilegiados é aquele constituído pelos meios de comunicação social, ainda que
haja vários outros.
Ideologias são conjuntos
de ideias e valores que ditam o que se deve fazer e como fazer, permitindo o
controle das pessoas sem o uso constante da força militar ou policial. No
decorrer dos tempos, houve ideologias muito perigosas! Uma delas foi a ideologia
fascista e nazista, extremamente perigosa e maléfica, como se pôde ver com o
evento da II Guerra Mundial.
O que defendia as
ideologias do fascismo e do nazismo?
1)
Um poder centralizado em torno dos partidos
fascista, na Itália, e nazista, na Alemanha.
2)
Um chefe principal: o Duce (Benito Mussolini, na
Itália) e o Fuhrer (Adolf Hitler, na Alemanha), considerado condutor de sua
respectiva sociedade.
3)
O antissemitismo – oposição e até ódio aos judeus,
vistos como culpados pelos males que estavam ocorrendo, como uma espécie de
bode expiatório sobre o qual se lançavam as culpas.
4)
O armamentismo.
5)
A política de alianças.
6)
O anticomunismo – oposição radical ao socialismo e
ao comunismo.
7)
Entre outros valores e ideias.
Ambos grupos (nazista e
fascista) eram apoiados pelos grupos dominantes economicamente e os
representavam. Todos os meios possíveis eram utilizados para transmissão
contínua da ideologia do fascismo e do nazismo.
TRABALHO:
CARTAZES MOSTRANDO AS IDEOLOGIAS FASCISTA E NAZISTA.
1)
Em grupos de três a quatro estudantes.
2)
Um a dois cartazes com imagens.
3)
Usar imagens impressas ou xerocadas. Não destruir
livros nem revistas.
4)
Imagens que mostrem como se constituíram o nazismo
e o fascismo, bem como o que defendiam.
5)
Cada grupo irá comentar e explicar seu(s)
respectivo(s) cartaz(es).
6)
Apresentação: início de março de 2025.
7)
O objetivo do trabalho: mostrar o poder da
ideologia quando levada ao extremo.
8)
Valor: 1,0 (um ponto).
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