COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
QUARTO BIMESTRE
AULA 36 DE TCH DOS PRIMEIROS ANOS:
REVISÃO – FESTAS RELIGIOSAS EM GOIÁS NO SÉCULO
XXI – SUAS RAÍZES COLONIAIS (Prof. José Antônio Brazão.):
Entrar-se-á, aqui, em
aspectos religiosos, culturais e folclóricos de Goiás.
Entre as festas e
cerimônias religiosas que se mantêm, até hoje, em Goiás, estão as seguintes:
1)
Festa das Cavalhadas de Pirenópolis.
2)
Festa do Divino Pai Eterno da cidade de Trindade.
3)
Festa das Congadas de Catalão.
4)
A Procissão do Fogaréu, na Cidade de Goiás (antiga
capital).
5)
Festas de padroeiros e padroeiras de cidades.
FESTAS DE PADROEIROS E PADROEIRAS DAS CIDADES
DE GOIÁS (Prof. José Antônio Brazão.):
Uma tradição muito antiga
que ainda hoje se mantém, tanto no Brasil quanto em GOIÁS, é a das festas de
padroeiros e padroeiras. Que são padroeiros e padroeiras? Que importância têm
nas crenças e na vida popular de cada cidade? Não se vai aqui tratar de todos
os padroeiros e das padroeiras das cidades goianas. O espaço não permite. Mas
se comentará acerca da importância da fé neles(as) no período colonial e como
essa tradição se mantém até hoje.
No período colonial
brasileiro e, dentro deste, o goiano, a religião predominante era o
catolicismo, como já se comentou em aulas anteriores. A Igreja Católica foi
fundamental à colonização e até à estruturação da colônia, dados o respeito e a
reverência que as pessoas tinham para com as crenças ensinadas por ela. Entre
essas crenças, o catolicismo guardou e manteve consigo a crença em padroeiros e
padroeiras.
Padroeiras e padroeiros
são santas e santos protetores(as) das cidades. Assim sendo, cada cidade
goiana, desde o período colonial, elegeu um(a) padroeiro(a) para si.
Geralmente, o santo ou a santa cujo nome é dado à paróquia principal da cidade.
Paróquia é uma parte da estrutura da Igreja Católica: paróquias, dioceses,
arcebispados, conferências de bispos... Vaticano – uma estrutura piramidal de
poder, com a finalidade de manter a unidade e a organização.
Na antiguidade, na Grécia
e no Império Romano, por exemplo, haviam os deuses e as deusas protetoras das
cidades, conforme definido por autoridades religiosas e governamentais. Por
exemplo, a cidade grega de Atenas tinha como protetora a deusa Atenas (ou Palas
Atená); a cidade de Éfeso tinha a deusa Diana (Ártemis), como relatado nos Atos
dos Apóstolos; e assim por diante.
A diferença aqui está em
que os santos e as santas da Igreja Católica não são deuses(as), tendo em vista
haver um único Deus (Trino e Uno). Santas e santos são protetores(as) e
símbolos das crenças em Deus, do qual deram testemunhos vivos, bem como de vivência
dos ensinamentos de Jesus Cristo. Esses santos(as), já com Deus, são figuras
consideradas também intercessoras diante de Deus, intercedendo por pessoas e
por cidades, igualmente para o Estado de Goiás e o Brasil.
Entre as santas e os
santos de devoção em Goiás, boa parte desde os tempos coloniais, estão:
1)
O Divino Pai Eterno – ou seja, o próprio Deus,
padroeiro da cidade de Trindade.
2)
Nossa Senhora de Sant’Ana (1743...), padroeira do
Estado de Goiás.
3)
Nossa Senhora do Pilar (1747 até hoje), da cidade
de Pilar de Goiás.
4)
Nossa Senhora Aparecida (século XIX), da cidade de
Corumbá de Goiás.
5)
Nossa Senhora do Rosário (1761...), de Pirenópolis.
6)
Santa Rita de Cássia, do Arraial do Bonfim, atual
Silvânia.
7)
Santa Luzia, em Luziânia.
8)
São João Batista, da cidade de Cumari.
9)
Santa Ana, de Anápolis, antigo Arraial de Sant’Ana.
10)
E muitos outros e outras.
As festas de padroeiras e
padroeiros, além de serem eventos religiosos, são oportunidades para o
comércio, permitindo a entrada de muito dinheiro, tanto de dentro de cada
cidade, quanto de pessoas que vêm de fora a fim de participarem das
celebrações. Movimentam restaurantes, pousadas, hotéis, padarias, confeitarias,
o setor de transporte, as paróquias que aproveitam para vender lembranças,
terços e outros produtos religiosos, enfim, muitas empresas têm impulso
comercial com essas festas. Os próprios governos municipal e estadual têm
impostos garantidos, por conta dos produtos e serviços prestados a devotos e
devotas.
Ademais, as festas de
padroeiras e padroeiros, no Estado de Goiás, fazem parte do rico PATRIMÔNIO
CULTURAL proveniente dos tempos coloniais, tanto no aspecto religioso quanto no
aspecto artístico – muita arte, de fato, foi e é envolvida, uma parte da qual
pertence, há décadas, ao patrimônio cultural de Goiás e do Brasil. Um
patrimônio que faz recordar dos tempos coloniais, da devoção das pessoas
daquele tempo, do peso e da profunda influência da Igreja Católica, parceira do
poder político, tenha sido este monárquico-português (século XVIII e início do
XIX) ou, no século XIX, imperial.
Tais festas fazem parte,
inclusive do FOLCLORE do Estado de Goiás, que outrora foi capitania (Brasil
Colônia) e província (com a vinda da Família Real e com o Império, no século
XIX), além de Estado, a partir do período republicano (fins de1889 adiante).
REFERÊNCIAS:
O POPULAR. Igrejas de Goiás. Disponível em:
< https://igrejasdegoias.opopular.com.br/ > Acesso em
25/11/2023.
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