domingo, 3 de dezembro de 2023

QUARTO BIMESTRE - AULA 36 DE TCH DOS PRIMEIROS ANOS: REVISÃO – FESTAS RELIGIOSAS EM GOIÁS NO SÉCULO XXI – SUAS RAÍZES COLONIAIS. FESTAS DE PADROEIROS E PADROEIRAS DAS CIDADES DE GOIÁS (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

QUARTO BIMESTRE

AULA 36 DE TCH DOS PRIMEIROS ANOS:

REVISÃO – FESTAS RELIGIOSAS EM GOIÁS NO SÉCULO XXI – SUAS RAÍZES COLONIAIS (Prof. José Antônio Brazão.):

Entrar-se-á, aqui, em aspectos religiosos, culturais e folclóricos de Goiás.

Entre as festas e cerimônias religiosas que se mantêm, até hoje, em Goiás, estão as seguintes:

1)    Festa das Cavalhadas de Pirenópolis.

2)    Festa do Divino Pai Eterno da cidade de Trindade.

3)    Festa das Congadas de Catalão.

4)    A Procissão do Fogaréu, na Cidade de Goiás (antiga capital).

5)    Festas de padroeiros e padroeiras de cidades.

FESTAS DE PADROEIROS E PADROEIRAS DAS CIDADES DE GOIÁS (Prof. José Antônio Brazão.):

Uma tradição muito antiga que ainda hoje se mantém, tanto no Brasil quanto em GOIÁS, é a das festas de padroeiros e padroeiras. Que são padroeiros e padroeiras? Que importância têm nas crenças e na vida popular de cada cidade? Não se vai aqui tratar de todos os padroeiros e das padroeiras das cidades goianas. O espaço não permite. Mas se comentará acerca da importância da fé neles(as) no período colonial e como essa tradição se mantém até hoje.

No período colonial brasileiro e, dentro deste, o goiano, a religião predominante era o catolicismo, como já se comentou em aulas anteriores. A Igreja Católica foi fundamental à colonização e até à estruturação da colônia, dados o respeito e a reverência que as pessoas tinham para com as crenças ensinadas por ela. Entre essas crenças, o catolicismo guardou e manteve consigo a crença em padroeiros e padroeiras.

Padroeiras e padroeiros são santas e santos protetores(as) das cidades. Assim sendo, cada cidade goiana, desde o período colonial, elegeu um(a) padroeiro(a) para si. Geralmente, o santo ou a santa cujo nome é dado à paróquia principal da cidade. Paróquia é uma parte da estrutura da Igreja Católica: paróquias, dioceses, arcebispados, conferências de bispos... Vaticano – uma estrutura piramidal de poder, com a finalidade de manter a unidade e a organização.

Na antiguidade, na Grécia e no Império Romano, por exemplo, haviam os deuses e as deusas protetoras das cidades, conforme definido por autoridades religiosas e governamentais. Por exemplo, a cidade grega de Atenas tinha como protetora a deusa Atenas (ou Palas Atená); a cidade de Éfeso tinha a deusa Diana (Ártemis), como relatado nos Atos dos Apóstolos; e assim por diante.

A diferença aqui está em que os santos e as santas da Igreja Católica não são deuses(as), tendo em vista haver um único Deus (Trino e Uno). Santas e santos são protetores(as) e símbolos das crenças em Deus, do qual deram testemunhos vivos, bem como de vivência dos ensinamentos de Jesus Cristo. Esses santos(as), já com Deus, são figuras consideradas também intercessoras diante de Deus, intercedendo por pessoas e por cidades, igualmente para o Estado de Goiás e o Brasil.

Entre as santas e os santos de devoção em Goiás, boa parte desde os tempos coloniais, estão:

1)    O Divino Pai Eterno – ou seja, o próprio Deus, padroeiro da cidade de Trindade.

2)    Nossa Senhora de Sant’Ana (1743...), padroeira do Estado de Goiás.

3)    Nossa Senhora do Pilar (1747 até hoje), da cidade de Pilar de Goiás.

4)    Nossa Senhora Aparecida (século XIX), da cidade de Corumbá de Goiás.

5)    Nossa Senhora do Rosário (1761...), de Pirenópolis.

6)    Santa Rita de Cássia, do Arraial do Bonfim, atual Silvânia.

7)    Santa Luzia, em Luziânia.

8)    São João Batista, da cidade de Cumari.

9)    Santa Ana, de Anápolis, antigo Arraial de Sant’Ana.

10)                   E muitos outros e outras.

As festas de padroeiras e padroeiros, além de serem eventos religiosos, são oportunidades para o comércio, permitindo a entrada de muito dinheiro, tanto de dentro de cada cidade, quanto de pessoas que vêm de fora a fim de participarem das celebrações. Movimentam restaurantes, pousadas, hotéis, padarias, confeitarias, o setor de transporte, as paróquias que aproveitam para vender lembranças, terços e outros produtos religiosos, enfim, muitas empresas têm impulso comercial com essas festas. Os próprios governos municipal e estadual têm impostos garantidos, por conta dos produtos e serviços prestados a devotos e devotas.

Ademais, as festas de padroeiras e padroeiros, no Estado de Goiás, fazem parte do rico PATRIMÔNIO CULTURAL proveniente dos tempos coloniais, tanto no aspecto religioso quanto no aspecto artístico – muita arte, de fato, foi e é envolvida, uma parte da qual pertence, há décadas, ao patrimônio cultural de Goiás e do Brasil. Um patrimônio que faz recordar dos tempos coloniais, da devoção das pessoas daquele tempo, do peso e da profunda influência da Igreja Católica, parceira do poder político, tenha sido este monárquico-português (século XVIII e início do XIX) ou, no século XIX, imperial.

Tais festas fazem parte, inclusive do FOLCLORE do Estado de Goiás, que outrora foi capitania (Brasil Colônia) e província (com a vinda da Família Real e com o Império, no século XIX), além de Estado, a partir do período republicano (fins de1889 adiante).

REFERÊNCIAS:

O POPULAR. Igrejas de Goiás. Disponível em: <  https://igrejasdegoias.opopular.com.br/ > Acesso em 25/11/2023.

 

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