COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
QUARTO BIMESTRE
AULA 30 DE TÓPICOS DE CIÊNCIAS HUMANAS DOS
SEGUNDOS ANOS:
GOIÁS DURANTE OS GOVERNOS DE GETÚLIO VARGAS
(Prof. José Antônio Brazão.)
Obs.: Vargas governou mais de uma vez o Brasil, antes e depois do Marechal Dutra.
Na década de 1930, um
evento de grande importância viria a acontecer em Goiás: a fundação da nova
capital, Goiânia. O que contribuiu para essa fundação foi a chamada Revolução
de 1930, com a tomada de poder, em termos presidenciais, por Getúlio Dorneles Vargas,
e a política do intervencionismo nos estados brasileiros. Ou seja, Getúlio,
para garantir-se no poder e dispor de apoio seguro, depôs todos os governadores
dos estados brasileiros e colocou, em cada um, um interventor. Em Goiás, o
médico Pedro Ludovico Teixeira.
E como ocorreu a
Revolução de 1930?
Como se sabe, na Primeira
República (1889 a 1930), dois fatos foram fundamentais: a consolidação da
República com os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto (1889 a 1894)
e a República do Café com Leite (1894 a 1930). Destes eventos já se comentou em
aula anterior. Então é fundamental tratarmos da Revolução de 1930.
A Revolução de 1930, com
Getúlio Vargas, não foi uma revolução, no sentido de trazer mudanças profundas
na estrutura econômica e de classes do Brasil. Está mais para um golpe de
Estado. Mas passou à história com o nome de revolução. Então assim será tratada.
Em 1930, logo após a
crise econômica de 1929, grandes cafeicultores brasileiros e outros grupos de
diferentes setores foram muito prejudicados. Muitos até mesmo falidos. Esse
fato enfraqueceu a força os cafeicultores e de outros setores agropecuaristas do
país, base da República do Café com Leite.
Em 1930 também haveria
eleição para presidente da República. São Paulo lançou Júlio Prestes,
contrariando o acordo feito com Minas Gerais, décadas atrás, que deu nome à
República do Café (S, Paulo) com Leite (Minas Gerais). Além do mais, outras
regiões brasileiras estavam insatisfeitas com essa troca que não abria espaços
para outros. Getúlio Vargas, um representante do Rio Grande do Sul, disputou a
eleição contra Júlio Prestes, mas Getúlio acabou perdendo. O candidato a
vice-presidente de Getúlio, chamado João Pessoa, da Paraíba, foi assassinato,
esquentando mais ainda o ambiente e abrindo caminho para a revolta, que,
efetivamente, veio a ocorrer em 1930, antes da posse pretendida de Júlio
Prestes.
O movimento armado que se
seguiu reuniu forças do Sul, do Nordeste e até de Minas Gerais em torno de
Getúlio Vargas. Saindo do Rio Grande do Sul, atravessou outros estados e chegou
até o Rio de Janeiro, então capital do Brasil. O Presidente Washington Luís foi
deposto, sendo, pois, o último presidente da República do Café com Leite
propriamente dito.
Vargas assumiu o poder
presidencial com o apoio daquelas regiões citadas, dos tenentes que
reivindicavam direitos e melhorias no Exército e outros grupos de apoiadores.
Vargas fechou o Congresso Nacional e governou até 1934 no chamado Governo
Provisório, assim chamado porque não foi eleito diretamente.
Em 1934, Vargas foi
eleito por votos populares. Antes disto, porém, em 1932, enfrentou a revolta de
São Paulo, que fez a Revolução Constitucionalista. São Paulo acabou derrotado
pela coalisão de forças que apoiavam Vargas e pelo intenso uso de armas. Vargas
era da Aliança Liberal (A. L.), portanto, em tese, defensor do liberalismo.
Nesse contexto, já no
início da Revolução de 1930 e com a subida de Vargas ao poder, como foi exposto
antes, a deposição dos governadores e a nomeação de interventores, entrando
aqui a figura de Pedro Ludovico Teixeira, em Goiás.
Outro ponto importante: a
proposta varguista da MARCHA PARA O OESTE. Vargas e sua equipe acreditavam que
a população brasileira estava muito concentrada em certas áreas e certos
estados, sendo preciso expandir o movimento de povoação e de estruturação do
OESTE brasileiro. Esse fato foi decisivo também para a implementação da nova
capital no Estado de Goiás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário