SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS
SEGUNDAS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
FILOSOFIA –
PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
AULA
29: TEXTO DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE FILOSOFIA DOS SEGUNDOS ANOS PARA CORREÇÃO
COLETIVA (Prof. José Antônio Brazão.):
SEGUNDOS ANOS –
FILOSOFIA: AVALIAÇÃO (Prof. José A. Brazão.)
FILOSOFIA MODERNA
– Prof. José Antônio Brazão.
O mundo europeu,
que vai, aproximadamente, do século XV ao XVIII, é marcado por uma série de
transformações. Uma delas, no modo econômico de produção, com a paulatina
afirmação e posterior consolidação do capitalismo. Os reinos e as cidades da
Europa vinham desenvolvendo-se e crescendo. A melhoria nos transportes
náuticos, com o aperfeiçoamento de aparelhos como a bússola, o sextante
e o astrolábio, bem como na construção de embarcações, possibilitou o
avanço, cada vez maior, das navegações em novas direções pelos oceanos e
mares. Novas rotas e terras desconhecidas foram sendo descobertas e dominadas.
Dentre os meios de domínio sobre os habitantes foram utilizados, o genocídio
(extermínio), a pilhagem, o saque e a escravidão, tudo em nome do
capital a ser obtido e ampliado, formando a riqueza e aumentando o poder
de reis, nobres e burgueses. A burguesia fortaleceu-se deverasmente. No
campo das artes, o Renascimento, com artistas como: Michelangelo
Buonarotti, Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio e Albrecht Dürer.
No campo da ciência, destaque para as descobertas e ideias de Nicolau Copérnico,
Galileo Galilei, Johannes Kepler e Isaac Newton deram
grande impulso à compreensão das leis do universo e do próprio planeta Terra:
heliocentrismo, gravidade, movimento dos corpos celestes e naturais, etc.
Ao mesmo tempo, a
Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica trouxeram mudanças religiosas fundamentais
até para os dias atuais: o surgimento de novas igrejas cristãs e o
enrijecimento dogmático, tendo tido este suas expressões maiores no Concílio
de Trento e na Inquisição. No campo da filosofia, destaques para
o racionalismo (R) e o empirismo (E) modernos, que tiveram como grandes
expoentes: o francês René Descartes (R), John Locke e David Hume
(E), ambos das ilhas britânicas. De acordo com o racionalismo, a razão (ratio,
em latim) é a base para o conhecimento da realidade. De acordo com Descartes,
inclusive, existem ideias inatas, isto é idéias preexistentes ao nascimento das
pessoas ou que já nascem com elas, como a ideia de Deus e do próprio eu
pensante (Cogito). Descartes descobriu-as tomando como ponto de partida e como
caminho a dúvida metódica. E, a partir dessas duas ideias, pôde, então,
afirmar a certeza a respeito do mundo circundante e da matemática.
De acordo com os
empiristas, o conhecimento humano é fruto da experiência sensível,
contato direto com o mundo através dos cinco sentidos. O intelecto humano
(razão) trabalha com as informações enviadas pelas experiências sensíveis e
constrói o conhecimento. Nada há na mente que antes não tenha passado pelos
cinco sentidos, de acordo com eles. Para Locke, a mente é uma tabula rasa
(expressão latina), ou seja, um papel em branco, no qual as informações
sensíveis vão sendo escritas, arquivadas e encaixadas. Hume deu um passo
adiante: afirmou que não basta a experiência imediata (direta) tão somente para
a elaboração de conhecimentos. É preciso algo mais: experiências repetidas,
transformadas em hábito. O hábito é o grande guia do conhecimento
humano. De tanto ver as coisas acontecerem da mesma forma, os seres humanos
tiram conclusões a respeito do mundo que os rodeia, formulando, a partir daí,
leis gerais que vão fundamentar a ciência e a própria vida das pessoas. No
século XVIII, a Revolução Industrial, que vinha sendo preparada antes, tomou
grande impulso na Europa, com novas máquinas e uma produção em uma escala sem
precedentes na história humana. Junto com ela a intensificação da exploração
dos trabalhadores, inclusive de crianças e mulheres. Época também do Iluminismo.
A nível de
pensamento político, alguns pensadores tiveram grande destaque, marcando a
Filosofia e, posteriormente, inclusive, a Sociologia: NICOLAU MAQUIAVEL, THOMAS
HOBBES, o próprio JOHN LOCKE, JEAN-JACQUES ROUSSEAU e MONTESQUIEU, entre os
séculos XV/XVI e XVIII. Nicolau Maquiavel falou da necessidade de um príncipe
(governante) astuto, seguro e com poder suficiente para se manter no poder e
não o dividir. Thomas Hobbes defendeu a ideia de que, antes de existir a
sociedade, no estado de natureza, os homens lutavam entre si na defesa de seus
interesses pessoais. Uma luta de todos contra todos. Para não se destruírem,
fizeram um contrato em que todos entregariam o poder sobre si a um governante
absoluto, cujo poder seria comparado ao do Leviatã (monstro mencionado na
Bíblia). Ele teria o poder militar e religioso, inclusive. John Locke e
Montesquieu defenderam a necessidade de divisão dos poderes, a fim de não
permitir a transformação do poder em uma ditadura. Montesquieu, inclusive,
propôs a divisão dos poderes em Legislativo, Executivo e Judiciário. Jean-Jacques Rousseau, por sua vez, também
falou de um estado de natureza, no qual os seres humanos eram bons. A partir do
momento em que lhes foi imposto um contrato pelos mais fortes, essa bondade
foi-se perdendo. Um novo contrato social foi proposto por Rousseau, baseado no
pacto social e na vontade geral (vontade da maioria).
Cogito ergo sum = Penso, logo existo.
QUESTÃO
1: Marque a alternativa incorreta:
a) ( ) O Iluminismo teve seu ponto alto na
época da Revolução Industrial.
b) ( ) René Descartes foi racionalista e usou a
dúvida (hiperbólica) como método de pesquisa.
c) ( ) John Locke aceitava as ideias inatas. As
ideias nascem com as pessoas, cabendo a elas descobrirem como bem usá-las.
d) ( ) As grandes navegações não trouxeram
riqueza e bem-estar para todos os
povos do mundo.
e) ( ) Para David Hume, um elemento fundamental
para o conhecimento é o hábito.
QUESTÃO
2: Marque a alternativa correta:
(a)( ) A teoria heliocêntrica de Copérnico
definia que a Terra se encontra no centro do universo, com todos os astros
girando, em círculos, ao redor dela.
(b)( ) Ideias inatas são ideias que, não
nascendo com as pessoas, surgem com o aprendizado.
(c)( ) O mundo moderno viu a paulatina
afirmação e consolidação do capitalismo.
(d)( ) Um fator de impulsão da economia moderna
foi a concentração do poder nas mãos dos senhores feudais.
(e)( ) René Descartes usou a dúvida na pesquisa
filosófica e descobriu que a experiência sensível é a única fonte verdadeira
dos conhecimentos humanos.
QUESTÃO
3: Marque a alternativa incorreta:
(a)( ) Experiência
sensível é contato direto com o mundo através dos cinco sentidos.
(b)( ) Os reinos e as cidades da Europa, no
mundo moderno (e um pouco antes), vinham desenvolvendo-se e crescendo.
(c)( ) A Revolução Industrial foi preparada
pela economia dos séculos anteriores, como as grandes navegações e descobertas
marítimas.
(d)( ) Para Hume o hábito é o grande guia do
conhecimento humano.
(e) ( ) As grandes navegações reforçaram o
feudalismo e o poder dos senhores feudais até o século XX praticamente.
QUESTÃO
4: Marque a alternativa incorreta:
(a)( ) Nicolau Maquiavel falou da necessidade
de um príncipe (governante) astuto, seguro e com poder suficiente para se
manter no poder e não o dividir.
(b)( ) J.-J. Rousseau propôs a divisão de
poderes legislativo, executivo e judiciário.
(c)( ) Thomas Hobbes dizia que, no estado de
natureza, havia uma guerra de todos contra todos. Para soluciona-la, foi
entregue o poder de todos a um governante absoluto.
(d)( ) Conforme Hobbes, o rei-leviatã teria
inclusive o poder militar e religioso, além do político.
(e)( ) John Locke e Montesquieu defenderam a
necessidade de divisão dos poderes, a fim de não permitir a transformação do
poder em uma ditadura.
QUESTÃO
5: Marque a alternativa incorreta:
(a)( ) De
acordo com Descartes, não existem ideias inatas, isto é ideias preexistentes ao
nascimento das pessoas ou que já nascem com elas, como a ideia de Deus e do
próprio eu pensante (Cogito).
(b)( ) Para Locke, a mente é uma tabula rasa
(expressão latina), ou seja, um papel em branco, no qual as informações
sensíveis vão sendo escritas, arquivadas e encaixadas.
(c)( ) Hume deu um passo adiante: afirmou que
não basta a experiência imediata (direta) tão somente para a elaboração de
conhecimentos. É preciso algo mais: experiências repetidas, transformadas em
hábito.
(d)( ) O hábito é o grande guia do conhecimento
humano. De tanto ver as coisas acontecerem da mesma forma, os seres humanos
tiram conclusões a respeito do mundo que os rodeia, formulando, a partir daí,
leis gerais que vão fundamentar a ciência e a própria vida das pessoas.
(e)( ) De acordo com o racionalismo, a razão
(ratio, em latim) é a base para o conhecimento da realidade.
TEORIA DO
CONHECIMENTO E REVOLUÇÃO CIENTÍFICA:
QUESTÃO 6: A
teoria que trata da razão como fonte fundamental dos conhecimentos humanos é:
(a)( ) O agnosticismo.
(b)( ) O anglicanismo.
(c)( ) O positivismo.
(d)( ) O empirismo.
(e)( ) O racionalismo.
QUESTÃO 7: A
teoria que trata da experiência sensível como fonte fundamental dos
conhecimentos humanos chama-se:
_____________________________________________________________________________________________________________________________.
QUESTÃO 8: John
Locke e David Hume, filósofos britânicos da Idade Moderna, opunham-se
diretamente a que teoria a respeito das ideias (como o Cogito [Penso] e a ideia
de Deus) defendida por Descartes, por exemplo?
____________________________________________________________________________________________________________________________.
QUESTÃO 9: De
acordo com John Locke, a mente humana não nasce com qualquer ideia dentro, a
mente é uma tabula rasa. Qual é a
tradução básica, comum, de tabula rasa?
__________________________________________________________________________________________________________________________.
QUESTÃO 10: Para
Hume, qual é o elemento fundamental para o conhecimento humano, além das experiências
sensíveis?
_________________________________________________________________________________________________________________________.
BOA PROVA!
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