SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS
COORDENAÇÃO
REGIONAL METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA
COLÉGIO
ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS
ENSINO
MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE – TERCEIROS ANOS
FILOSOFIA
– PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
AULA
ZOOM 18 DE FILOSOFIA – TERCEIROS ANOS E EP3:
Diálogo interdisciplinar com Língua Portuguesa,
a História e a Arte, Sociologia.
POLÍTICA:
POLÍTICA NA IDADE
MODERNA (REVISÃO: parte 1) (Prof. José Antônio Brazão):
ASPECTOS |
NICOLAU
MAQUIAVEL (SÉCULO XVI) |
THOMAS MORE (THOMAS
MORUS) (SÉCULO XVI) |
LIVRO |
O PRÍNCIPE |
UTOPIA |
PONTO
DE PARTIDA |
*Itália dividida em pequenos principados. *Os homens não são confiáveis. Maquiavel não
idealiza as pessoas, parte da realidade e dos conhecimentos de casos
históricos que conhecia. Maquiavel era um leitor assíduo dos antigos.
“(...)quanto ao exercício do pensamento, o príncipe deve ler histórias de
países e considerar as ações dos grandes homens, observar como se conduziram
nas guerras, examinar as razões de suas vitórias e derrotas, para poder fugir
destas e imitar aquelas.” (MAQUIAVEL, trecho de O Príncipe, citado no livro
FILOSOFANDO, ed. 1994: p. 208). |
A sociedade europeia de seu tempo manifestava, ao
mesmo tempo, a euforia da riqueza advinda das grandes navegações, mas também
os cercamentos para produção de lã, a expulsão consequente de muita gente dos
campos e o empobrecimento de muita gente. Thomas More parte da realidade
injusta que via na sociedade europeia, particularmente a inglesa, de seus
tempo (miséria, pobreza, conflitos) que vê e sobre elas reflete bem. Tem um
olhar filosófico e cristão (era católico praticante em uma Inglaterra que
veio a se tornar protestante com o rei Henrique VIII). |
SOCIEDADE |
A sociedade não é confiável, cabendo ao governante
buscar ser mais temido que amado: “(...)é muito mais seguro ser temido que
amado, quando se tenha que falhar numa das duas” (MAQUIAVEL, idem.). |
More fala de uma sociedade ideal, que habita na ilha
de Utopia, justa e íntegra, em que os bens sociais são postos a serviço de
todos. Nela também a ciência é desenvolvida e a serviço de todos. Todos devem
trabalhar pelo bem comum. |
GOVERNANTE |
Maquiavel apresenta em seu livro um comentário sobre
o poder, sem idealização, o poder real e os meios de consegui-lo e mantê-lo.
O príncipe (governante) deve ser poderoso, temível e astuto: “(...)cada
príncipe deve desejar ser tido como piedoso e não como cruel” (MAQUIAVEL,
id.ibid., p. 208), mas usar de forma conveniente tal piedade. |
O governo de Utopia é justo, formado por uma
comissão, não se deixando levar pela corrupção, mas preocupado com a
coletividade e o bem comum. Modelos: os governantes—filósofos(as) que
aparecem na República, de Platão, e
seguramente as comunidades cristãs primitivas (More conhecia bem o pensamento
cristão e as Escrituras Sagradas). Também: A Cidade de Deus, de Santo Agostinho, e a Nova Jerusalém, citada
no final do livro do Apocalipse (bíblico). |
PODER |
O príncipe (governante) não deve dividir o poder,
mas cuidar para que ele permaneça em suas mãos. E é necessário que ele
“aprenda a poder ser mal e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a
necessidade.” (MAQUIAVEL, id. Ibid., p. 209) |
O poder é posto a serviço, efetivamente, de toda a
sociedade, do bem comum. Não corrupto. (Ideal) |
AÇÕES |
O príncipe não deve confiar nas pessoas cegamente,
deve buscar ser temido, mas não deve ser mero ditador, devendo cuidar da vida
e do bem dos súditos, sabendo fazer o bem e até o mal a estes, nos momentos
certos e das maneiras devidas, para assegurar sua aceitação (apoio) e seu
poder. |
As ações dos governantes e da sociedade de Utopia
dirigem-se ao bem coletivo, usando o desenvolvimento técnico e científico em
favor de todos. Todo mundo deve trabalhar em prol da coletividade. OBS.: Francis Bacon, um outro filósofo inglês, se
inspirou no livro de More para escrever Nova Atlântida, um livro inacabado,
pois faleceu antes de o terminar, mas também muito interessante. |
ONLINE: MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Disponível em: < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4377771/mod_resource/content/1/O-PR%C3%8DNCIPE-NICOLAU-MAQIAVEL.pdf
> Acesso em 06 de junho de 2021. MORE, Thomas. Utopia.
Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000070.pdf
> Acesso em 06 de junho de 2021. OU MORE, Thomas. Utopia. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action&co_obra=2301
> Acesso em 06 de junho de 2021. Ambos os livros podem ser encontrados em forma de
áudio-livros no YOUTUBE. |
REFERÊNCIAS:
ARANHA, Maria L. de A. e MARTINS,
Maria H. P. Filosofando: Introdução à
Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009.
CHAUÍ, Marilena et alii. Filosofia Primeira: Lições Introdutórias.
7.ed. São Paulo, Brasiliense, 1987.
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. (Manual do
Professor) 3.ed. São Paulo, Ática, 2017.
GOOGLE. Google Imagens. Disponível em: < https://www.google.com/imghp?hl=pt-BR
> Acesso em 18 de abril de 2021.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Disponível em: < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4377771/mod_resource/content/1/O-PR%C3%8DNCIPE-NICOLAU-MAQIAVEL.pdf
> Acesso em 06 de junho de 2021.
MORE, Thomas. Utopia. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000070.pdf
> Acesso em 06 de junho de 2021.
MORE, Thomas. Utopia. Disponível
em: < http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action&co_obra=2301
> Acesso em 06 de junho de 2021.
ROUSSEAU,
J. J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os
homens. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
WIKIPÉDIA. Página Principal. Disponível
em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
> Acessos ao longo de abril de 2021.
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