Secretaria de Educação do Estado de
Goiás Colégio Estadual Deputado José de Assis Estudo Orientado EaD TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO E EP3 |
NOTA |
|||
DISCIPLINA:
FILOSOFIA. |
DATA:
_____/_____/2021. |
|||
PROFESSOR: JOSÉ
ANTÔNIO BRAZÃO. |
||||
ALUNO(A): |
SÉRIE: |
TURMA: |
BIMESTRE 2º |
|
Terceira. |
|
|||
PERÍODO:
12/04 A 25/04/2021 – 1º SEMESTRE. FILOSOFIA – TERCEIROS
ANOS E EP3 – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO. |
||||
JOSÉ ANTÔNIO – FILOSOFIA. |
||||
ATIVIDADE 5:
COMPONENTE
CURRICULAR: FILOSOFIA POLÍTICA.
FILOSOFIA POLÍTICA MODERNA:
OBJETIVO: Observar e
analisar como Jean-Jacques Rousseau, filósofo iluminista do século XVIII, se
posicionou diante das reflexões do filósofo inglês Thomas Hobbes, que, tempos
antes, havia defendido um governo absoluto como resposta a um estado de
natureza original conflituoso.
INSTRUÇÕES QUE OS ALUNOS DEVERÃO SEGUIR:
1) Assista ao vídeo: Leviatã e as Lógicas da Força e da Punição |
Yara Frateschi. Em: https://www.youtube.com/watch?v=Ic5d4grHkcI
2) Em cada questão escolha uma alternativa que a
responda devidamente.
3) Responda-as no GOOGLE CLASSROOM.
4) Valor: 10,0.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Veja e reveja o vídeo indicado no site.
Leia e releia o texto a seguir.
Responda as questões escolhendo a alternativa devida em cada uma.
TEXTO DE
JEAN-JACQUES ROUSSEAU (filósofo iluminista do século XVIII)
“Não vamos, principalmente concluir com
Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja naturalmente
mau; que seja vicioso, porque não conhece a virtude; que recuse sempre aos seus
semelhantes serviços que não acredita serem do seu dever; ou que, em virtude do
direito que se atribui com razão às coisas de que tem necessidade, imagine
loucamente ser o único proprietário de todo o universo. Hobbes viu muito bem o
defeito de todas as definições modernas do direito natural: mas, as
consequências que tira da sua mostram que a toma em um sentido que não é menos
falso. Raciocinando sobre os princípios que estabelece, esse autor deveria
dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado de nossa
conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte,
o mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero humano. Diz precisamente o
contrário, por ter feito entrar, fora de propósito, no cuidado da conservação
do homem selvagem, a necessidade de satisfazer uma multidão de paixões que são
obra da sociedade e que tornaram necessárias as leis. O mau, diz ele, é uma
criança robusta. Resta saber se o selvagem é uma criança robusta. Quando se
concordasse com ele, que se concluiria? Que, se esse homem, sendo robusto, era
tão dependente dos outros como quando fraco, não há excessos aos quais não se
entregasse: batendo na própria mãe quando ela demorasse muito a lhe dar de
mamar; estrangulando um irmão menor quando por ele incomodado; mordendo a perna
de outro quando nele esbarrasse ou fosse por ele importunado. Mas, são duas
suposições contraditórias no estado de natureza: ser robusto e dependente. O
homem é fraco quando dependente, e emancipado antes de ser robusto. Hobbes não
viu que a mesma causa que impede os selvagens de usar a razão, como o pretendem
os nossos jurisconsultos, impede-os também de abusar das suas faculdades, como
ele próprio o pretende; de sorte que se poderia dizer que os selvagens não são
maus, precisamente porque não sabem o que é ser bom. Com efeito, não é nem o
desenvolvimento das luzes, nem o freio da lei, mas a calma das paixões e a
ignorância do vício que os impedem de fazer mal (...).” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso
sobre a desigualdade entre os homens. Disponível em < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000053.pdf
> Acesso em 24 de maio de 2017. Parte 1, página 24.)
QUESTÃO 1: No texto
acima, Jean-Jacques Rousseau (séc. XVIII) se opôs a Thomas Hobbes (séc. XVII)
não aceitando dele a seguinte ideia:
(a)( ) Existiu um estado primeiro da
humanidade: o estado de natureza.
(b)( ) Não existia sociedade constituída
legalmente no estado de natureza.
(c)( ) A preocupação em entender como surgiu a
sociedade.
(d)( ) A existência humana, no estado de
natureza, em estado selvagem.
(e)( ) O homem é mau por natureza (Homo homini
lúpus = O homem é o logo do homem).
QUESTÃO 2:
“Raciocinando sobre os princípios que estabelece”, Hobbes “deveria dizer que,
sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado de nossa conservação é menos
prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte, o mais próprio à
paz e o mais conveniente ao gênero humano.” No entanto, “Diz precisamente o
contrário, por ter feito entrar, fora de propósito, no cuidado da conservação
do homem selvagem, a necessidade de satisfazer uma multidão de paixões que são
obra da sociedade e que tornaram necessárias as leis.” Desse trecho, pode-se
chegar à seguinte conclusão:
(a)( ) Hobbes vê no homem selvagem alguém que
não necessita satisfazer uma multidão de paixões.
(b)( ) A multidão de paixões humanas são obra
da sociedade, tornando necessário um retorno ao estado de natureza, segundo
Hobbes.
(c)( ) Para Rousseau, filósofo político, o
estado de natureza é o mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero
humano.
(d)( )
Hobbes defende a ideia de uma bondade originária humana, presente no
mundo natural.
(e)( ) Paixões são desejos, impulsos,
necessidades naturais da sociedade, a falta de ética, etc., desacreditados por
Hobbes por crer que o homem traz consigo uma bondade natural.
QUESTÃO 3: “Hobbes
não viu que a mesma causa que impede os selvagens de usar a razão, como o
pretendem os nossos jurisconsultos, impede-os também de abusar das suas
faculdades, como ele próprio o pretende; de sorte que se poderia dizer que os
selvagens não são maus, precisamente porque não sabem o que é ser bom.” (Idem.)
Este trecho permite observar que:
(a)( ) Os selvagens não fazem uso claro da razão
(intelecto, inteligência).
(b)( ) Por não usarem claramente a razão, são
impedidos de abusar de suas faculdades (capacidades intelectuais e outras).
(c)( ) Por não usarem a razão adequadamente e
estarem impedidos de abusar de suas faculdades, os selvagens não são maus.
(d)( ) Por não usarem claramente a razão, os
selvagens não são maus, precisamente porque não sabem o que é ser bom”. Ora,
saber o que é bom e o que é mau é um atributo da razão.
(e)( ) Todas as alternativas anteriores adequam-se
ao que é proposto no texto.
QUESTÃO 4: Dentre os
elementos históricos, econômicos e sociológicos que afetaram diretamente a
sociedade da época de Rousseau (século XVIII) não se encontra o seguinte:
(a)( ) As grandes navegações e descobertas marítimas
dos séculos XV, XVI e outros.
(b)( ) O desenvolvimento do império romano, com
a escravidão e outros componente políticos.
(c)( ) O Renascimento Artístico, Científico e
Cultural.
(d)( ) A Reforma Protestante.
(e)( ) A Revolução Industrial.
QUESTÃO 5: “Sem
prolongar inutilmente esses detalhes, cada qual deve ver que, sendo os laços da
servidão formados exclusivamente da dependência mútua dos homens e das
necessidades recíprocas que os unem, é impossível sujeitar um homem sem o pôr
antes na situação de não poder passar sem outro homem; situação que, não
existindo no estado de natureza, deixa cada um livre do jugo e torna vã a lei
do mais forte.” (Idem, Part 1, p. 29). Este trecho diz que para sujeitar os
seres humanos, impondo-lhes laços de servidão, foi preciso:
(a)( ) Fazer com que cada ser humano tivesse
necessidade imperiosa de outro ser humano, com isto formando a sociedade.
(b)( ) Fazer com que as pessoas vissem a
necessidade de redescobrirem a natureza e a retornar ao estado natural.
(c)( ) Fazer com que todo mundo gostasse de
beber água na cachoeira, caçar animais somente para satisfazer a fome,
respeitar todos os seres vivos.
(d)( ) Ver que Rousseau é um grande defensor da
vida humana em sociedade e que não há mais forma alguma de retomar, sequer,
parte da relação pessoa – mundo natural.
(e)( ) Libertar o ser humano da servidão,
derrubando a lei do mais forte.
QUESTÃO 6: A lei do
mais forte, hoje, pode ser evidenciada, na sociedade brasileira, nos seguintes
pontos, exceto:
(a)( ) Em mexidas na lei trabalhista (reforma
trabalhista) que prejudicam trabalhadores em favor dos patrões (empresários,
industriais, empresas multinacionais, etc.). Ex.: mais terceirização,
negociação direta com patrões, férias divididas em três partes, enfraquecimento
dos sindicatos, etc.
(b)( ) Numa reforma previdenciária que pesa
mais sobre os mais pobres e menos sobre os mais ricos e privilegiados.
(c)( ) No controle dos meios de comunicação
social pelos grupos econômica e politicamente dominantes, de modo a manipular
as informações conforme os interesses de quem domina.
(d)( ) Na luta pela Justiça por pôr na cadeia
um monte de corruptos acusados de crimes diversos.
(e)( ) Em beneficiamento de grupos dominantes
(ricos), que têm políticos a seu serviço: empreiteiras, empresas diversas (ex.:
algumas do setor alimentício, de carnes).
BOA ATIVIDADE!
RESPONDA NO GOOGLE
CLASSROOM.
Nenhum comentário:
Postar um comentário