SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS
COORDENAÇÃO
REGIONAL METROPOLIITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA
COLÉGIO
ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS
ENSINO
MÉDIO – SEGUNDOS ANOS
SOCIOLOGIA
– PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
AULA ZOOM 3 DE
SOCIOLOGIA – SEGUNDOS ANOS
RELAÇÕES DE PODER E MOVIMENTOS
SOCIAIS – PODER, POLÍTICA E ESTADO:
POLÍTICA E ESTADO
(Prof. José Antônio Brazão.)
“Muitas
vezes, os termos política, poder e Estado são utilizados como sinônimos [de
mesmo significado]. No entanto, do ponto de vista sociológico, podemos entender
o poder como a possibilidade
de exercer influência sobre a conduta de outros em determinada relação social
(...o poder perpassa diferentes relações sociais, mesmo as de amizade e as
familiares). A política pode
ser vista como os meios pelos quais um sujeito ou grupo se organiza, exerce o
poder ou o conquista. Já o Estado
é um modo específico de exercício do poder e a forma como se organiza o sistema
político na maioria das sociedades modernas. Existem sociedades tradicionais
nas quais o Estado não existe, do mesmo modo, o pensamento anarquista defende a
autogestão sem a presença dominadora do Estado para a construção de uma
sociedade justa e igualitária.” (SILVA et
alii, 2017: p. 139). (O que está entre chaves e os grifos: meus.)
O
que os autores do texto acima querem dizer, inicialmente, é que os conceitos de
política, poder e Estado, apesar de parecerem sinônimos, têm certa diferença,
ainda que se relacionem uns aos outros.
“O
homem é um animal político”, diz Aristóteles (século IV a.C.) nos inícios de
seu livro POLÍTICA. Ainda que Aristóteles estive se referindo a homens, não a
mulheres e escravos, hoje essa frase pode ser revista e interpretada de outro
modo, de um modo muito mais amplo.
Política
é uma forma de exercício do poder. Política é também a PARTICIPAÇÃO de cada
pessoa, de cada cidadão e cidadã nos destinos de sua cidade, de seu bairro, do
Estado, do país e até mesmo do mundo. Eis o que Bertold Brecht diz:
“O
texto a seguir redige sobre o analfabeto político, segundo a visão de Bertolt
Brecht:
‘O Analfabeto Político
O
pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele
não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele
não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do
aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O
analfabeto político é tão burro que se orgulha
e
estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não
sabe o imbecil que da sua ignorância política
nasce
a prostituta, o menor abandonado
e
o pior de todos os bandidos,
que
é o político vigarista, pilantra,
corrupto
e lacaio das empresas
nacionais
e multinacionais.’
—O
texto é atribuído a Bertolt Brecht pela primeira vez em Terra Nossa: Newsletter
of Project Abraço, North Americans in Solidarity with the People of Brazil,
Vols. 1-7 (1988, p. 42)[3] (Ver citação no referencial.)
Há
modos simples de se participar da política, além do interesse por entender a
realidade política propriamente dita:
1) Quando
quem estuda se dedica firmemente ao aprendizado, mesmo em momentos desafiadores
como uma pandemia, por exemplo.
2) Quando
quem já não se encontra mais numa sala de aula está sempre aprendendo algo
novo, lendo livros, interessando-se pelo conhecimento.
3) Quando
se ajuda alguém, fazendo-lhe um bem, a começar dentro de casa e em qualquer
lugar possível.
4) Quando
não jogamos papel ou lixo no chão, no terreno baldio, nem no esgoto, etc., mas
na lata própria para o lixo.
5) Quando
se ajuda a mãe em casa.
6) Quando
tratamos bem as pessoas, com educação.
7) Quando
não destruímos patrimônio público (patrimônio, na verdade, de todos) através do
vandalismo e da pichação, por exemplo.
8) Quando
respeitamos os cuidados simples necessários a todos no combate a uma pandemia,
por exemplo (evitar aglomerações, manter distância, usar máscara fora de casa,
etc.).
9) Quando,
sem que alguém nos exija ou nos obrigue, procuramos aprender coisas novas todos
os dias.
10)Quando
respeitamos as pessoas, seja em casa, no trabalho, na escola ou em qualquer
lugar.
11)Quando
procuramos conhecer nossos direitos e deveres, praticando estes e exigindo
aqueles.
12)Quando
ouvimos opiniões contrárias às nossas, buscando saber as razões e os
fundamentos dessas opiniões.
13)Quando
apresentamos nossas opiniões de forma fundamentada, bem embasada em
conhecimentos e investigações, citando, inclusive, se possível, as fontes.
14)Quando
nos empenhamos por praticar valores éticos.
15)Quando
a gente busca conhecimentos, no intuito de não nos deixarmos enganar ou sermos
ludibriados (tapeados) por outros.
16)Quando
aplicamos na prática a frase que diz: “Quanto maior o esforço nos estudos,
menores as chances de fracassos na vida.”
17)Quando
votamos sabendo bem em quem estamos votando.
18)Quando
respeitamos a ordem em uma fila.
19)Quando
respeitamos as leis de trânsito, tanto como motoristas como pedestres.
20)Etc.
Etc.
São
atitudes simples, mas que podem fazer enorme diferença em prol do bem comum (o
bem de toda a coletividade). Tudo isto é fazer política, além de outras ações.
REFERÊNCIAS:
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. (Manual do
Professor) 3.ed. São Paulo, Ática, 2017.
SILVA,
Afrânio et alii. Sociologia em Movimento. (Manual do Professor) 2.ed. São Paulo,
Moderna, 2017.
WIKIPÉDIA. Verbete
Analfabetismo Político. Disponível
em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Analfabetismo_pol%C3%ADtico#:~:text=O%20Analfabeto%20Pol%C3%ADtico%20de%20Bertolt%20Brecht,-Bertolt%20Brecht%20em&text=Ele%20n%C3%A3o%20sabe%20que%20o,rem%C3%A9dio%20dependem%20das%20decis%C3%B5es%20pol%C3%ADticas.&text=e%20estufa%20o%20peito%20dizendo%20que%20odeia%20a%20pol%C3%ADtica.
> Acesso em 09 de fev. de 2021.
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