SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS
COORDENAÇÃO
REGIONAL METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA
COLÉGIO
ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS
ENSINO
MÉDIO – SEGUNDO ANO
FILOSOFIA
– PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.
AULA
ZOOM 3 DE FILOSOFIA – SEGUNDOS ANOS:
FILOSOFIA CRISTÃ E
MEDIEVAL (Parte 3) (Prof. José Antônio Brazão.)
IMAGENS INICIAIS:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_medieval
Em slides:
Dois
períodos fundamentais marcam a história da filosofia medieval: a Patrística e a
Escolástica. A Patrística, por volta dos séculos I a VII/VIII da era cristã,
conforme Marilena Chauí: “Inicia-se com as Epístolas do apóstolo Paulo (c.5
d.C. – 67 d.C.) e o Evangelho do apóstolo João (c. 15 d.C. – c. 100 d.C.) e
termina no século VIII, quando teve início a filosofia medieval.” (CHAUÍ, 2017:
p. 59).
Marilena
Chauí toma como referências as cartas (epístolas) de Paulo contidas no Novo
Testamento, que foram escritas para comunidades cristãs diversas, desde a Ásia
Menor (atual Turquia), até Roma. No Novo Testamento sobrevivem 14 das cartas
escritas por Paulo, que, com certeza, escreveu outras. O Evangelho escrito por
João destaca-se dos outros três (Mateus, Marcos e Lucas) por conta de dar de
Jesus enquanto Verbo (Palavra) de Deus que se encarnou e habitou entre os seres
humanos (Jo. 1). Aliás, todos os documentos do Novo Testamento seriam reunidos,
após muita discussão nos séculos próximos ao início do cristianismo, e
enriqueceriam estudos e discussões de forma acalorada.
IMAGENS: Arte e
arquitetura cristã primitiva [antiga]:
https://en.wikipedia.org/wiki/Early_Christian_art_and_architecture
Em slides:
Mais:
https://fr.wikipedia.org/wiki/Art_pal%C3%A9ochr%C3%A9tien#/media/Fichier:Good_sheperd_pushkin.jpg
Quando
Marilena Chauí diz “e termina no século VIII, quando teve início a filosofia
medieval” (Idem, p.59), vale lembrar que há estudiosos que incorporam a
Patrística ao restante da filosofia medieval (ver o texto da Wikipédia, por
exemplo, citado acima).
E
Chauí segue: “A filosofia desse período é conhecida pelo nome patrística,
pois, além dos apóstolos Paulo e João, também foi obra dos chamados Padres da Igreja Católica, isto
é, dos dirigentes espirituais e
políticos do cristianismo que sucederam os apóstolos” (Ibid., p. 59).
(grifos meus)
“A
patrística resultou do esforço para conciliar a nova religião – o cristianismo
– com o pensamento filosófico dos gregos e romanos, a fim de convencer os
pagãos da nova verdade [a verdade cristã] e convertê-los a ela. A filosofia
patrística liga-se, portanto, à evangelização e à defesa da religião cristã
contra os ataques que recebia.(...)” (Id. Ibid., p. 59)
IMAGENS:
Cristianismo Primitivo (na Wikipédia):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo_primitivo
Em slides:
https://es.wikipedia.org/wiki/Cristianismo_primitivo#/media/Archivo:Paleocristiano.jpg
Conciliar
a religião cristã (naquele tempo, nova) e “o pensamento dos gregos e romanos”
(Id. Ibid., p.59) não foi uma tarefa fácil, com certeza. Exigiu dos sacerdotes
cristãos muito empenho em entender, além das Sagradas Escrituras (Bíblia)
cristãs, as ideias de filósofos gregos antigos e helenísticos (da filosofia
greco-romana daquele tempo, como, por exemplo, de: estoicos, epicureus ou
epicuristas, céticos, neoplatônicos, entre outros).
Segundo
Marilena Chauí, os nomes mais importantes da Patrística “foram Justino
(100-165), Clemente (c.150-c.215), Tertuliano (155-240), Orígenes
(c.184-c.253), Eusébio (c.260-c.339), São Gregório de Nazianzo (c.329-390),
Santo Ambrósio (c.340-397), São João Crisóstomo (c.349-407) e Santo Agostinho
(354-430)” (CHAUÍ, 2017: p. 59).
Buscar
conciliar fé cristã e filosofia greco-romana (helenística), além da antiga
grega, seria um esforço de aproveitar o que haveria de bom naquela filosofia no
intuito de reforçar a defesa e o fortalecimento das crenças e dos valores
cristãos, bem como fornecer mais instrumentos de defesa dos mesmos. Ora, não
era somente para o povo simples que o cristianismo era pregado, ensinado, mas
também para uma elite intelectualizada no Império Romano. Era fundamental
converter essa elite ou, pelo menos, boa parte dela. Vale lembrar que o Novo
Testamento inteiro foi escrito em grego.
Entre
os grandes pensadores da Patrística encontra-se Santo Agostinho (354-430). Em
imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona
Slides:
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