segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

AULA ZOOM 3 DE FILOSOFIA – SEGUNDOS ANOS: FILOSOFIA CRISTÃ E MEDIEVAL (Parte 3) (Prof. José Antônio Brazão.)

 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS

COORDENAÇÃO REGIONAL METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA

COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO JOSÉ DE ASSIS

ENSINO MÉDIO – SEGUNDO ANO

FILOSOFIA – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

AULA ZOOM 3 DE FILOSOFIA – SEGUNDOS ANOS:

FILOSOFIA CRISTÃ E MEDIEVAL (Parte 3) (Prof. José Antônio Brazão.)

IMAGENS INICIAIS: https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_medieval

Em slides:

https://en.wikipedia.org/wiki/Medieval_philosophy#/media/File:Septem-artes-liberales_Herrad-von-Landsberg_Hortus-deliciarum_1180.jpg

Dois períodos fundamentais marcam a história da filosofia medieval: a Patrística e a Escolástica. A Patrística, por volta dos séculos I a VII/VIII da era cristã, conforme Marilena Chauí: “Inicia-se com as Epístolas do apóstolo Paulo (c.5 d.C. – 67 d.C.) e o Evangelho do apóstolo João (c. 15 d.C. – c. 100 d.C.) e termina no século VIII, quando teve início a filosofia medieval.” (CHAUÍ, 2017: p. 59).

Marilena Chauí toma como referências as cartas (epístolas) de Paulo contidas no Novo Testamento, que foram escritas para comunidades cristãs diversas, desde a Ásia Menor (atual Turquia), até Roma. No Novo Testamento sobrevivem 14 das cartas escritas por Paulo, que, com certeza, escreveu outras. O Evangelho escrito por João destaca-se dos outros três (Mateus, Marcos e Lucas) por conta de dar de Jesus enquanto Verbo (Palavra) de Deus que se encarnou e habitou entre os seres humanos (Jo. 1). Aliás, todos os documentos do Novo Testamento seriam reunidos, após muita discussão nos séculos próximos ao início do cristianismo, e enriqueceriam estudos e discussões de forma acalorada.

IMAGENS: Arte e arquitetura cristã primitiva [antiga]:

 https://en.wikipedia.org/wiki/Early_Christian_art_and_architecture

Em slides:

https://en.wikipedia.org/wiki/Early_Christian_art_and_architecture#/media/File:Healing_of_a_bleeding_women_Marcellinus-Peter-Catacomb.jpg

Mais:

https://fr.wikipedia.org/wiki/Art_pal%C3%A9ochr%C3%A9tien#/media/Fichier:Good_sheperd_pushkin.jpg

Quando Marilena Chauí diz “e termina no século VIII, quando teve início a filosofia medieval” (Idem, p.59), vale lembrar que há estudiosos que incorporam a Patrística ao restante da filosofia medieval (ver o texto da Wikipédia, por exemplo, citado acima).

E Chauí segue: “A filosofia desse período é conhecida pelo nome patrística, pois, além dos apóstolos Paulo e João, também foi obra dos chamados Padres da Igreja Católica, isto é, dos dirigentes espirituais e políticos do cristianismo que sucederam os apóstolos” (Ibid., p. 59). (grifos meus)

“A patrística resultou do esforço para conciliar a nova religião – o cristianismo – com o pensamento filosófico dos gregos e romanos, a fim de convencer os pagãos da nova verdade [a verdade cristã] e convertê-los a ela. A filosofia patrística liga-se, portanto, à evangelização e à defesa da religião cristã contra os ataques que recebia.(...)” (Id. Ibid., p. 59)

IMAGENS: Cristianismo Primitivo (na Wikipédia):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo_primitivo

Em slides:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo_primitivo#/media/Ficheiro:Anthonis_van_Dyck_-_Die_Ausgie%C3%9Fung_des_Heiligen_Geistes.jpg

https://es.wikipedia.org/wiki/Cristianismo_primitivo#/media/Archivo:Paleocristiano.jpg

https://it.wikipedia.org/wiki/Origini_del_cristianesimo#/media/File:Comodilla_Catacomb_Iesus_4th_century.JPG

Conciliar a religião cristã (naquele tempo, nova) e “o pensamento dos gregos e romanos” (Id. Ibid., p.59) não foi uma tarefa fácil, com certeza. Exigiu dos sacerdotes cristãos muito empenho em entender, além das Sagradas Escrituras (Bíblia) cristãs, as ideias de filósofos gregos antigos e helenísticos (da filosofia greco-romana daquele tempo, como, por exemplo, de: estoicos, epicureus ou epicuristas, céticos, neoplatônicos, entre outros).

Segundo Marilena Chauí, os nomes mais importantes da Patrística “foram Justino (100-165), Clemente (c.150-c.215), Tertuliano (155-240), Orígenes (c.184-c.253), Eusébio (c.260-c.339), São Gregório de Nazianzo (c.329-390), Santo Ambrósio (c.340-397), São João Crisóstomo (c.349-407) e Santo Agostinho (354-430)” (CHAUÍ, 2017: p. 59).

Buscar conciliar fé cristã e filosofia greco-romana (helenística), além da antiga grega, seria um esforço de aproveitar o que haveria de bom naquela filosofia no intuito de reforçar a defesa e o fortalecimento das crenças e dos valores cristãos, bem como fornecer mais instrumentos de defesa dos mesmos. Ora, não era somente para o povo simples que o cristianismo era pregado, ensinado, mas também para uma elite intelectualizada no Império Romano. Era fundamental converter essa elite ou, pelo menos, boa parte dela. Vale lembrar que o Novo Testamento inteiro foi escrito em grego.

Entre os grandes pensadores da Patrística encontra-se Santo Agostinho (354-430). Em imagens:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona

Slides:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona#/media/Ficheiro:Saint_Augustine_by_Philippe_de_Champaigne.jpg

 

Nenhum comentário: