Secretaria de
Educação do Estado de Goiás Colégio Estadual
Deputado José de Assis Estudo Orientado EaD TERCEIRA SÉRIE DO
ENSINO MÉDIO E EP3 |
NOTA |
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DISCIPLINA: FILOSOFIA. |
DATA:
_____/_____/2020. |
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PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO. |
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ALUNO(A): |
SÉRIE: |
TURMA: |
BIMESTRE 4º |
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Terceira. |
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AULA: 05/10 A 11/10/2020 – 2º SEMESTRE.
FILOSOFIA – TERCEIROS ANOS e EP3 – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO. |
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ATIVIDADE:
COMPONENTE CURRICULAR: ESTÉTICA.
Categorias estéticas:
feio, belo, sublime, trágico,
cômico, grotesco, gosto, etc:
OBJETIVO: Averiguar e discutir como a arte está presente no dia a dia,
sua expressividade e sua importância para a vida humana, tanto individual
quanto coletiva.
INSTRUÇÕES QUE OS ALUNOS DEVERÃO SEGUIR:
1) Assistir
ao vídeo: ARTE SERVE PARA QUÊ? – FILOSOFIA – ENS. MÉDIO - TELECURSO. Em: https://www.youtube.com/watch?v=AUaMpEBZAPU
2) Assistir
ao vídeo: Historia Del Arte Universal Cap 01. Em: https://www.youtube.com/watch?v=I7gIIby02aw
3) Ver
e rever o vídeo e responder as questões que seguem.
4) Responder
as questões propostas no Google Classroom.
5) Valor:
10,0.
6) Diálogo
interdisciplinar: Filosofia – Arte – Língua Espanhola.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
ESTÉTICA
Vídeo 1: ARTE SERVE PARA QUÊ? – FILOSOFIA – ENS. MÉDIO -
TELECURSO. Em: https://www.youtube.com/watch?v=AUaMpEBZAPU
Vídeo 2: Historia Del Arte Universal Cap 01. Em: https://www.youtube.com/watch?v=I7gIIby02aw
EXERCÍCIO:
Estudando a arte de seu tempo, o
filósofo Theodor Adorno ocupou-se de um elemento dessa arte: a transformação da
arte e da cultura em mercadorias produzidas por aquilo que ele e Max
Horkheimer, ambos da Escola de Frankfut, chamaram de indústria cultural. O
texto abaixo discute esse assunto e expõe elementos de análise fundamentais à
compreensão da indústria da cultura e da arte, a indústria cultural. (Prof.
José Antônio.)
LEIA ATENTAMENTE O TEXTO A
SEGUIR:
As mercadorias culturais da
indústria se orientam, como já disseram Brecht e Suhrkamp há trinta anos, pelo
princípio da sua valorização, e não pelo seu próprio conteúdo e da sua forma
adequada. A práxis [prática ...] conjunta da indústria cultural transfere a
motivação pelo lucro, tal qual as criações do espírito. A partir do momento em
que foram introduzidas como mercadorias no mercado, propiciando sustento a seus
autores, estas participam de algum modo daquele caráter. Mas elas ambicionam o
lucro apenas mediatamente, conservando a sua essência autônoma. Novo na
indústria cultural é, pelo contrário, o primado imediato e descoberto do efeito
que ela calcula com precisão nos seus produtos mais típicos. Se é certo que a
autonomia da obra de arte em estado puro raramente se afirmou e esteve sempre
atravessada pela busca do efeito, pela indústria cultural esta é
tendencialmente acantonada com ou sem a vontade consciente dos seus promotores.
Que podem ser tanto órgãos executivos como detentores de poder. E que, no plano
econômico, estão ou estavam a busca de novas possibilidades de valorização do
capital nos países economicamente mais desenvolvidos. As velhas possibilidades
tornam-se sempre mais precárias em razão do mesmo processo de concentração sem
o qual a indústria cultural como instituição onipresente seria impossível. A
cultura que na sua acepção mais verdadeira não se limitou nunca a obedecer aos
homens, mas que também sempre levantou um protesto contra as condições
enrijecidas em que os homens viviam e de tal modo as respeitou, adaptando-se
totalmente às condições dos homens. Os produtos do espírito estilizados pela
indústria cultural não são também mercadorias, mas são já mercadorias de cima a
baixo. O deslocamento é qualitativamente tal, que provoca fenômenos
absolutamente novos. Finalmente, a indústria cultural não tem mais necessidade
de perseguir diretamente e em qualquer lugar o lucro para o qual nasceu. Este
interesse se objetivou na sua própria ideologia; as mercadorias culturais que
devem ser engolidas em qualquer caso, podem também emancipar-se da obrigação de
serem vendidas. A indústria cultural transforma-se em public relations, em
produção de good will pura e simplesmente. O cliente é procurado para um consentimento
geral e acrítico; faz-se reclame para o mundo, assim como cada produto da
indústria cultural é seu próprio reclame. (ADORNO, Theodor. Resumo sobre a indústria cultural.
Disponível em: < https://www.marxists.org/portugues/adorno/1963/04/04.htm#r1
> Acesso em 15 de novembro de 2019.)
QUESTÃO 1: De acordo com Adorno, filósofo alemão do século
XX, as mercadorias culturais da indústria não se orientam:
(a)( ) Pelo princípio
da sua valorização.
(b)( ) Pelo seu
valor matemático-financeiro.
(c)( ) Para o
enriquecimento das empresas que as produzem e vendem.
(d)( ) Para a
transmissão de valores ideológicos subjacentes a elas.
(e)( ) Pelo seu
próprio conteúdo e da sua forma adequada.
QUESTÃO 2: Novo na indústria cultural é:
(a)( ) A
preocupação em transmitir a todos os conhecimentos necessários ao
desenvolvimento humano.
(b)( ) O desejo de
que todas as pessoas tenham igual acesso ao aprendizado do mundo que as rodeia.
(c)( ) O primado imediato e descoberto do efeito que ela
calcula com precisão nos seus produtos mais típicos.
(d)( ) O
desenvolvimento da capacidade de livre-arbítrio de todas as pessoas e de
escolha dos melhores e mais saudáveis produtos para sua vida e de sua mente.
(e)( ) A
transmissão de conhecimentos histórico-científicos.
QUESTÃO 3: O que torna possível a
onipresença da indústria cultural como instituição:
(a)( ) É o processo de concentração, em razão
do qual as velhas possibilidades se tornam sempre mais precárias.
(b)( ) É a preocupação em apresentar serviços
de educação e formação a toda a sociedade, reconhecidas como elementos
fundamentais ao desenvolvimento e ao progresso.
(c)( ) É o empenho em não se deixar pela
ideologia dominante, não servindo ao propósito de dominação da classe dominante
econômica e politicamente.
(d)( ) É a transformação dos meios de produção
de arte e cultura, de modo a torna-los comuns a toda a sociedade e elevando-a a
um patamar de qualidade de vida.
(e)( ) É o ultrapassar do tempo e do espaço, em
viagens e passeios imagéticos, indo além dos limites postos pela história
quotidiana e humana em geral.
QUESTÃO 4: Finalmente, a
indústria cultural não tem mais necessidade de perseguir diretamente e em
qualquer lugar o lucro para o qual nasceu. Este interesse se objetivou na sua
própria ideologia; as mercadorias culturais que devem ser engolidas em qualquer
caso, podem também emancipar-se da obrigação de serem vendidas. A ideologia da
indústria cultural não serve ao propósito de:
(a)( ) Acomodar as pessoas.
(b)( ) Levar as pessoas a aceitarem como
verdade histórica o status quo que mantém a sociedade como aí está.
(c)( ) Não permitir o entendimento distinto das
pessoas em torno da realidade política.
(d)( ) Esclarecer as pessoas em torno da
verdade, levando-as à luta contra a corrupção e as injustiças.
(e)( ) Manter a todos como analfabetos
políticos e impor-lhes o cabresto ideológico da aceitação e da acomodação.
QUESTÃO 5: “O cliente é procurado
para um consentimento geral e acrítico; faz-se reclame para o mundo, assim como
cada produto da indústria cultural é seu próprio reclame.” (T. Adorno.) Concordam
com este trecho os seguintes trechos de Carlos Drummond de Andrade (Poema Eu, etiqueta.), exceto:
(a)( ) Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
\minha gravata e cinto e escova e pente,\ meu copo, minha xícara,\ minha toalha
de banho e sabonete,\ meu isso, meu aquilo,\ desde a cabeça ao bico dos
sapatos,\ são mensagens,\ letras falantes,\ gritos visuais,\ ordens de uso,
abuso, reincidência,\ costume, hábito, premência,\ indispensabilidade,\ e fazem
de mim homem-anúncio itinerante,\ escravo da matéria anunciada.
(b)( ) Quando os Deuses no Olimpo luminoso,\ Onde
o governo está da humana gente, \ Se ajuntam em concílio glorioso \ Sobre as
cousas futuras do Oriente.\ Pisando o
cristalino Céu formoso, \ Vêm pela Via-Láctea juntamente, \ Convocados da parte
do Tonante, \ Pelo neto gentil do velho Atlante.
(c)( )
Estou, estou na moda.\É duro andar na moda, ainda que a moda \
seja negar minha identidade,\ trocá-la
por mil, açambarcando\ todas as marcas registradas,\ todos os logotipos do
mercado.
(d)( ) Com que inocência demito-me de ser\ eu
que antes era e me sabia\ tão diverso de outros, tão mim mesmo,\ ser pensante,
sentinte e solidário\ com outros seres diversos e conscientes\ de sua humana,
invencível condição.
(e)( ) Onde terei jogado fora\ meu gosto e
capacidade de escolher,\ minhas idiossincrasias tão pessoais,\
tão minhas que no rosto se
espelhavam\ e cada gesto, cada olhar\ cada vinco da roupa\ sou gravado de forma
universal,\ saio da estamparia, não de casa,\ da vitrine me tiram, recolocam,\
objeto pulsante mas objeto\ que
se oferece como signo de outros\ objetos estáticos, tarifados.
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