quinta-feira, 1 de outubro de 2020

AULA: 05/10 A 11/10/2020 – 2º SEMESTRE. FILOSOFIA – TERCEIROS ANOS e EP3 – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

 

 

Secretaria de Educação do Estado de Goiás

Colégio Estadual Deputado José de Assis

Estudo Orientado EaD

TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO E EP3

NOTA

DISCIPLINA: FILOSOFIA.

DATA: _____/_____/2020.

 

PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

ALUNO(A):

SÉRIE:

TURMA:

BIMESTRE

 

Terceira.

 

AULA: 05/10 A 11/10/2020 – 2º SEMESTRE. FILOSOFIA – TERCEIROS ANOS e EP3 – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

ATIVIDADE:

COMPONENTE CURRICULAR: ESTÉTICA.

Categorias estéticas:

feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc:

OBJETIVO: Averiguar e discutir como a arte está presente no dia a dia, sua expressividade e sua importância para a vida humana, tanto individual quanto coletiva.

INSTRUÇÕES QUE OS ALUNOS DEVERÃO SEGUIR:

1)      Assistir ao vídeo: ARTE SERVE PARA QUÊ? – FILOSOFIA – ENS. MÉDIO - TELECURSO. Em:  https://www.youtube.com/watch?v=AUaMpEBZAPU

2)      Assistir ao vídeo:  Historia Del Arte Universal Cap 01. Em: https://www.youtube.com/watch?v=I7gIIby02aw

3)      Ver e rever o vídeo e responder as questões que seguem.

4)      Responder as questões propostas no Google Classroom.

5)      Valor: 10,0.

6)      Diálogo interdisciplinar: Filosofia – Arte – Língua Espanhola.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

ESTÉTICA

Vídeo 1: ARTE SERVE PARA QUÊ? – FILOSOFIA – ENS. MÉDIO - TELECURSO. Em:  https://www.youtube.com/watch?v=AUaMpEBZAPU

Vídeo 2: Historia Del Arte Universal Cap 01. Em: https://www.youtube.com/watch?v=I7gIIby02aw

EXERCÍCIO:

Estudando a arte de seu tempo, o filósofo Theodor Adorno ocupou-se de um elemento dessa arte: a transformação da arte e da cultura em mercadorias produzidas por aquilo que ele e Max Horkheimer, ambos da Escola de Frankfut, chamaram de indústria cultural. O texto abaixo discute esse assunto e expõe elementos de análise fundamentais à compreensão da indústria da cultura e da arte, a indústria cultural. (Prof. José Antônio.)

LEIA ATENTAMENTE O TEXTO A SEGUIR:

As mercadorias culturais da indústria se orientam, como já disseram Brecht e Suhrkamp há trinta anos, pelo princípio da sua valorização, e não pelo seu próprio conteúdo e da sua forma adequada. A práxis [prática ...] conjunta da indústria cultural transfere a motivação pelo lucro, tal qual as criações do espírito. A partir do momento em que foram introduzidas como mercadorias no mercado, propiciando sustento a seus autores, estas participam de algum modo daquele caráter. Mas elas ambicionam o lucro apenas mediatamente, conservando a sua essência autônoma. Novo na indústria cultural é, pelo contrário, o primado imediato e descoberto do efeito que ela calcula com precisão nos seus produtos mais típicos. Se é certo que a autonomia da obra de arte em estado puro raramente se afirmou e esteve sempre atravessada pela busca do efeito, pela indústria cultural esta é tendencialmente acantonada com ou sem a vontade consciente dos seus promotores. Que podem ser tanto órgãos executivos como detentores de poder. E que, no plano econômico, estão ou estavam a busca de novas possibilidades de valorização do capital nos países economicamente mais desenvolvidos. As velhas possibilidades tornam-se sempre mais precárias em razão do mesmo processo de concentração sem o qual a indústria cultural como instituição onipresente seria impossível. A cultura que na sua acepção mais verdadeira não se limitou nunca a obedecer aos homens, mas que também sempre levantou um protesto contra as condições enrijecidas em que os homens viviam e de tal modo as respeitou, adaptando-se totalmente às condições dos homens. Os produtos do espírito estilizados pela indústria cultural não são também mercadorias, mas são já mercadorias de cima a baixo. O deslocamento é qualitativamente tal, que provoca fenômenos absolutamente novos. Finalmente, a indústria cultural não tem mais necessidade de perseguir diretamente e em qualquer lugar o lucro para o qual nasceu. Este interesse se objetivou na sua própria ideologia; as mercadorias culturais que devem ser engolidas em qualquer caso, podem também emancipar-se da obrigação de serem vendidas. A indústria cultural transforma-se em public relations, em produção de good will pura e simplesmente. O cliente é procurado para um consentimento geral e acrítico; faz-se reclame para o mundo, assim como cada produto da indústria cultural é seu próprio reclame. (ADORNO, Theodor. Resumo sobre a indústria cultural. Disponível em: < https://www.marxists.org/portugues/adorno/1963/04/04.htm#r1 > Acesso em 15 de novembro de 2019.)

QUESTÃO 1: De acordo com Adorno, filósofo alemão do século XX, as mercadorias culturais da indústria não se orientam:

(a)(     ) Pelo princípio da sua valorização.

(b)(     ) Pelo seu valor matemático-financeiro.

(c)(     ) Para o enriquecimento das empresas que as produzem e vendem.

(d)(     ) Para a transmissão de valores ideológicos subjacentes a elas.

(e)(     ) Pelo seu próprio conteúdo e da sua forma adequada.

QUESTÃO 2: Novo na indústria cultural é:

(a)(     ) A preocupação em transmitir a todos os conhecimentos necessários ao desenvolvimento humano.

(b)(     ) O desejo de que todas as pessoas tenham igual acesso ao aprendizado do mundo que as rodeia.

(c)(     ) O primado imediato e descoberto do efeito que ela calcula com precisão nos seus produtos mais típicos.

(d)(     ) O desenvolvimento da capacidade de livre-arbítrio de todas as pessoas e de escolha dos melhores e mais saudáveis produtos para sua vida e de sua mente.

(e)(     ) A transmissão de conhecimentos histórico-científicos.

 

QUESTÃO 3: O que torna possível a onipresença da indústria cultural como instituição:

(a)(     ) É o processo de concentração, em razão do qual as velhas possibilidades se tornam sempre mais precárias.

(b)(     ) É a preocupação em apresentar serviços de educação e formação a toda a sociedade, reconhecidas como elementos fundamentais ao desenvolvimento e ao progresso.

(c)(     ) É o empenho em não se deixar pela ideologia dominante, não servindo ao propósito de dominação da classe dominante econômica e politicamente.

(d)(     ) É a transformação dos meios de produção de arte e cultura, de modo a torna-los comuns a toda a sociedade e elevando-a a um patamar de qualidade de vida.

(e)(     ) É o ultrapassar do tempo e do espaço, em viagens e passeios imagéticos, indo além dos limites postos pela história quotidiana e humana em geral.

 

QUESTÃO 4: Finalmente, a indústria cultural não tem mais necessidade de perseguir diretamente e em qualquer lugar o lucro para o qual nasceu. Este interesse se objetivou na sua própria ideologia; as mercadorias culturais que devem ser engolidas em qualquer caso, podem também emancipar-se da obrigação de serem vendidas. A ideologia da indústria cultural não serve ao propósito de:

(a)(     ) Acomodar as pessoas.

(b)(     ) Levar as pessoas a aceitarem como verdade histórica o status quo que mantém a sociedade como aí está.

(c)(     ) Não permitir o entendimento distinto das pessoas em torno da realidade política.

(d)(     ) Esclarecer as pessoas em torno da verdade, levando-as à luta contra a corrupção e as injustiças.

(e)(     ) Manter a todos como analfabetos políticos e impor-lhes o cabresto ideológico da aceitação e da acomodação.

 

QUESTÃO 5: “O cliente é procurado para um consentimento geral e acrítico; faz-se reclame para o mundo, assim como cada produto da indústria cultural é seu próprio reclame.” (T. Adorno.) Concordam com este trecho os seguintes trechos de Carlos Drummond de Andrade (Poema Eu, etiqueta.), exceto:

(a)(     ) Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, \minha gravata e cinto e escova e pente,\ meu copo, minha xícara,\ minha toalha de banho e sabonete,\ meu isso, meu aquilo,\ desde a cabeça ao bico dos sapatos,\ são mensagens,\ letras falantes,\ gritos visuais,\ ordens de uso, abuso, reincidência,\ costume, hábito, premência,\ indispensabilidade,\ e fazem de mim homem-anúncio itinerante,\ escravo da matéria anunciada.

(b)(     ) Quando os Deuses no Olimpo luminoso,\ Onde o governo está da humana gente, \ Se ajuntam em concílio glorioso \ Sobre as cousas futuras do Oriente.\  Pisando o cristalino Céu formoso, \ Vêm pela Via-Láctea juntamente, \ Convocados da parte do Tonante, \ Pelo neto gentil do velho Atlante.

(c)(     ) Estou, estou na moda.\É duro andar na moda, ainda que a moda \

seja negar minha identidade,\ trocá-la por mil, açambarcando\ todas as marcas registradas,\ todos os logotipos do mercado.

(d)(     ) Com que inocência demito-me de ser\ eu que antes era e me sabia\ tão diverso de outros, tão mim mesmo,\ ser pensante, sentinte e solidário\ com outros seres diversos e conscientes\ de sua humana, invencível condição.

(e)(     ) Onde terei jogado fora\ meu gosto e capacidade de escolher,\ minhas idiossincrasias tão pessoais,\

tão minhas que no rosto se espelhavam\ e cada gesto, cada olhar\ cada vinco da roupa\ sou gravado de forma universal,\ saio da estamparia, não de casa,\ da vitrine me tiram, recolocam,\

objeto pulsante mas objeto\ que se oferece como signo de outros\ objetos estáticos, tarifados.

 

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