Secretaria
de Educação do Estado de Goiás Colégio
Estadual Deputado José de Assis Estudo
Orientado EAD PRIMEIRO
ANO DO ENSINO MÉDIO |
NOTA |
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DISCIPLINA: FILOSOFIA. |
DATA: _____/_____/2020. |
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PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO. |
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ALUNO(A): |
SÉRIE: |
TURMA: |
BIMESTRE 3º |
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Primeira. |
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PERÍODO:
17 A 21/08 DE 2020. |
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ATIVIDADE:
COMPONENTE
CURRICULAR: FILOSOFIA GREGA - PLATÃO.
OBJETIVO:
INVESTIGAR E INTERPRETAR
O MITO DA CAVERNA, BUSCANDO SUA ATUALIDADE.
INSTRUÇÕES
QUE OS ALUNOS DEVERÃO SEGUIR:
1)
ASSISTIR AO VÍDEO: Ser Ou Não Ser - Platão, O Mito Da Caverna - Viviane Mosé – Fantástico.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ei-kSPL4Lg4
2)
Responder
as questões abaixo, escolhendo a alternativa devida em cada uma.
3)
Fazer
atividade no Google Classroom.
4)
Valor:
10,0.
CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO:
FILOSOFIA GREGA – PLATÃO:
EXERCÍCIO:
LEIA
O TEXTO ABAIXO E RESPONDA CONFORME A VERACIDADE OU FALSIDADE DO ENUNCIADO DE
CADA QUESTÃO:
Texto: A alegoria da caverna – A República (514a-517c) Sócrates: Agora imagine a nossa
natureza, segundo o grau de educação que ela recebeu ou não, de acordo com o
quadro que vou fazer. Imagine, pois, homens que vivem em uma morada subterrânea
em forma de caverna. A entrada se abre para a luz em toda a largura da fachada.
Os homens estão no interior desde a infância, acorrentados pelas pernas e pelo
pescoço, de modo que não podem mudar de lugar nem voltar a cabeça para ver algo
que não esteja diante deles. A luz lhes vem de um fogo que queima por trás
deles, ao longe, no alto. Entre os prisioneiros e o fogo, há um caminho que
sobe. Imagine que esse caminho é cortado por um pequeno muro, semelhante ao
tapume que os exibidores de marionetes dispõem entre eles e o público, acima do
qual manobram as marionetes e apresentam o espetáculo. Glauco: Entendo. Sócrates:
Então, ao longo desse pequeno muro, imagine homens que carregam todo o tipo de
objetos fabricados, ultrapassando a altura do muro; estátuas de homens, figuras
de animais, de pedra, madeira ou qualquer outro material. Provavelmente, entre
os carregadores que desfilam ao longo do muro, alguns falam, outros se calam. Glauco: Estranha descrição e
estranhos prisioneiros! Sócrates:
Eles são semelhantes a nós. Primeiro, você pensa que, na situação deles, eles
tenham visto algo mais do que as sombras de si mesmos e dos vizinhos que o fogo
projeta na parede da caverna à sua frente? Glauco:
Como isso seria possível, se durante toda a vida eles estão condenados a ficar
com a cabeça imóvel? Sócrates:
Não acontece o mesmo com os objetos que desfilam? Glauco: É claro. Sócrates:
Então, se eles pudessem conversar, não acha que, nomeando as sombras que vêem,
pensariam nomear seres reais? Glauco:
Evidentemente. Sócrates: E
se, além disso, houvesse um eco vindo da parede diante deles, quando um dos que
passam ao longo do pequeno muro falasse, não acha que eles tomariam essa voz
pela da sombra que desfila à sua frente? Glauco:
Sim, por Zeus. Sócrates:
Assim sendo, os homens que estão nessas condições não poderiam considerar nada
como verdadeiro, a não ser as sombras dos objetos fabricados. Glauco: Não poderia ser de outra
forma. Sócrates: Veja agora o
que aconteceria se eles fossem libertados de suas correntes e curados de sua
desrazão. Tudo não aconteceria naturalmente como vou dizer? Se um desses homens
fosse solto, forçado subitamente a levantar-se, a virar a cabeça, a andar, a
olhar para o lado da luz, todos esses movimentos o fariam sofrer; ele ficaria
ofuscado e não poderia distinguir os objetos, dos quais via apenas as sombras
anteriormente. Na sua opinião, o que ele poderia responder se lhe dissessem
que, antes, ele só via coisas sem consistência, que agora ele está mais perto
da realidade, voltado para objetos mais reais, e que está vendo melhor? O que ele
responderia se lhe designassem cada um dos objetos que desfilam, obrigando-o
com perguntas, a dizer o que são? Não acha que ele ficaria embaraçado e que as
sombras que ele via antes lhe pareceriam mais verdadeiras do que os objetos que
lhe mostram agora? Glauco:
Certamente, elas lhe pareceriam mais verdadeiras. Sócrates: E se o forçassem a
olhar para a própria luz, não achas que os olhos lhe doeriam, que ele viraria
as costas e voltaria para as coisas que pode olhar e que as consideraria
verdadeiramente mais nítidas do que as coisas que lhe mostram? Glauco: Sem dúvida alguma. Sócrates: E se o tirarem de lá
à força, se o fizessem subir o íngreme caminho montanhoso, se não o largassem
até arrastá-lo para a luz do sol, ele não sofreria e se irritaria ao ser assim
empurrado para fora? E, chegando à luz, com os olhos ofuscados pelo brilho, não
seria capaz de ver nenhum desses objetos, que nós afirmamos agora serem
verdadeiros. Glauco: Ele não
poderá vê-los, pelo menos nos primeiros momentos. Sócrates: É preciso que ele se habitue, para que possa ver
as coisas do alto. Primeiro, ele distinguirá mais facilmente as sombras,
depois, as imagens dos homens e dos outros objetos refletidas na água, depois
os próprios objetos. Em segundo lugar, durante a noite, ele poderá contemplar
as constelações e o próprio céu, e voltar o olhar para a luz dos astros e da
lua mais facilmente que durante o dia para o sol e para a luz do sol. Glauco: Sem dúvida. Sócrates: Finalmente, ele poderá
contemplar o sol, não o seu reflexo nas águas ou em outra superfície lisa, mas
o próprio sol, no lugar do sol, o sol tal como é. Glauco: Certamente. Sócrates:
Depois disso, poderá raciocinar a respeito do sol, concluir que é ele que
produz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível, e que é, de
algum modo a causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna. Glauco: É indubitável que ele
chegará a essa conclusão. Sócrates:
Nesse momento, se ele se lembrar de sua primeira morada, da ciência que ali se
possuía e de seus antigos companheiros, não acha que ficaria feliz com a
mudança e teria pena deles? Glauco:
Claro que sim. Sócrates:
Quanto às honras e louvores que eles se atribuíam mutuamente outrora, quanto às
recompensas concedidas àquele que fosse dotado de uma visão mais aguda para
discernir a passagem das sombras na parede e de uma memória mais fiel para se
lembrar com exatidão daquelas que precedem certas outras ou que lhes sucedem,
as que vêm juntas, e que, por isso mesmo, era o mais hábil para conjeturar a
que viria depois, acha que nosso homem teria inveja dele, que as honras e a
confiança assim adquiridas entre os companheiros lhe dariam inveja? Ele não
pensaria antes, como o herói de Homero, que mais vale “viver como escravo de um
lavrador” e suportar qualquer provação do que voltar à visão ilusória da
caverna e viver como se vive lá? Glauco:
Concordo com você. Ele aceitaria qualquer provação para não viver como se vive
lá. Sócrates: Reflita ainda
nisto: suponha que esse homem volte à caverna e retome o seu antigo lugar.
Desta vez, não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir
diretamente do sol? Glauco:
Naturalmente. Sócrates: E se
ele tivesse que emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em competição
com os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista ainda está
confusa, seus olhos ainda não se recompuseram, enquanto lhe deram um tempo
curto demais para acostumar-se com a escuridão, ele não ficaria ridículo? Os prisioneiros
não diriam que, depois de ter ido até o alto, voltou com a vista perdida, que
não vale mesmo a pena subir até lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços,
fazê-los subir, você acredita que, se pudessem agarrá-lo e executá-lo, não o
matariam? Glauco: Sem dúvida
alguma, eles o matariam. Sócrates:
E agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao que
dissemos anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à
estada na prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do sol. Quanto à
subida e à contemplação do que há no alto, considera que se trata da ascensão
da alma até o lugar inteligível, e não te enganarás sobre minha esperança, já
que desejas conhecê-la. Deus sabe se há alguma possibilidade de que ela seja
fundada sobre a verdade. Em todo o caso eis o que me aparece tal como me
aparece; nos últimos limites do mundo inteligível aparece-me a ideia do Bem,
que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem concluir que ela é
a causa de tudo o que há de reto e de belo. No mundo visível, ela gera a luz e
o senhor da luz, no mundo inteligível ela própria é a soberana que dispensa a
verdade e a inteligência. Acrescento que é preciso vê-la se quer comportar-se
com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública. Glauco: Tanto quanto sou capaz de compreender-te, concordo
contigo. (Referência: A Alegoria da caverna: A Republica, 514a-517c tradução de
Lucy Magalhães. In: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia: dos
Présocráticos a Wittgenstein. 2a ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000.
Disponível em: http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/203.pdf
Acesso em 11/08/2020.)
QUESTÃO 1: Alegoria é uma
comparação. Mito, um relato, uma história. Platão gostava de exemplificar suas
reflexões usando exemplos, na forma de mitos ou alegorias, a fim de facilitar o
entendimento das pessoas. No caso, o mito acima conta a história de pessoas que
viviam livres, passeando na grama e aquecendo-se ao Sol.
1)
( ) VERDADEIRO.
2) ( ) FALSO.
QUESTÃO 2: A palavra EDUCAÇÃO
aparece logo no começo (“...segundo o grau de educação...”). No caso, Sócrates
quer dizer que a educação deve ser uma preparação para se sair da realidade
externa para a caverna pouco iluminada.
1)
( ) VERDADEIRO.
2) ( ) FALSO.
QUESTÃO 3: O mito da caverna ou
alegoria da caverna mostra a elevação (saída) de uma prisão (a prisão das
ilusões [sombras e sons que as acompanham]) para a realidade verdadeira,
iluminada pelo Sol (o Sol de verdade).
1)
( ) VERDADEIRO.
2) ( ) FALSO.
QUESTÃO 4: Sócrates diz claramente
acerca dos prisioneiros da caverna que “Eles são semelhantes a nós.” A
semelhança é porque tudo que conhecemos e que nos é passado, por intermédio dos
meios de comunicação de massa, por exemplo, é absolutamente verdadeiro. Não
estamos presos a ilusões. As verdades nos são claras.
1)
( ) VERDADEIRO.
2) ( ) FALSO.
QUESTÃO 5: “Devemos assimilar o
mundo que apreendemos pela vista à estada na prisão, a luz do fogo que ilumina
a caverna à ação do sol. Quanto à subida e à contemplação do que há no alto,
considera que se trata da ascensão da alma até o lugar inteligível, e não te enganarás
sobre minha esperança, já que desejas conhecê-la. Deus sabe se há alguma
possibilidade de que ela seja fundada sobre a verdade. Em todo o caso eis o que
me aparece tal como me aparece; nos últimos limites do mundo inteligível
aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode
ver sem concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo. No mundo
visível, ela gera a luz e o senhor da luz, no mundo inteligível ela própria é a
soberana que dispensa a verdade e a inteligência. Acrescento que é preciso
vê-la se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida
pública.” Ao dizer isto, Sócrates deixa transparecer, claramente, de que faz
uma comparação (uma alegoria), além da vida cotidiana, entre o mundo sensível
(“que apreendemos pela vista”) e o mundo inteligível [ou das Ideias], um mundo
eterno e perfeito, em cujos “últimos limites” aparece a ideia do Bem.
1)
( ) VERDADEIRO.
2) ( ) FALSO.
RESPONDER
NO GOOGLE CLASSROOM.
SUGESTÃO DE LINK
DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DE GOIÁS:
PORTAL NetESCOLA
da SEE-GO:
Disponível em: https://portal.educacao.go.gov.br/
O Portal NetESCOLA
da SEE-GO contém muitas atividades complementares de aprendizado, tanto para o
Ensino Médio quanto o Ensino Fundamental. Excelente para rever e aprofundar
aprendizado de conteúdos e, para quem prestará o ENEM, excelente também para um
reforço nos estudos.
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