quinta-feira, 23 de abril de 2020

EaD - Educação à Distância CEDJA - FILOSOFIA e SOCIOLOGIA (Prof. José Antônio Brazão.)

Caros Estudantes do Colégio Estadual Deputado José de Assis,
Este blog será mais um instrumento de aprendizagem, tanto de Filosofia quanto de Sociologia, para todos os anos do Ensino Médio e Educação Profissionalizante do colégio.
Os planos de trabalho (atividades) de Filosofia e Sociologia já se encontram no site já disponibilizado, com muita dedicação, pelo Grupo Gestor e Pessoal Técnico do Laboratório de Informática. 
Aqui vocês poderão tirar quaisquer dúvidas que já tenham tido ou venham a ter a respeito dos conteúdos apresentados nas atividades solicitadas.
Como? 
Veja, logo abaixo desta postagem, COMENTÁRIO(S). 
Clique em COMENTÁRIO(S) e anote suas dúvidas, bem como suas sugestões.
Este blog leva o nome do Colégio Estadual Deputado José de Assis e da Secretaria de Educação de nosso Estado de Goiás. Faço dele um instrumento de divulgação de ideias e propostas de ensino. Agora, como meio de EaD - Educação à Distância.
Nos comentários, por favor, evite críticas e comentários indevidos, tendo em vista ser um instrumento valioso de aprendizado escolar, neste momento em que o mundo vive uma pandemia.
Todos os dias lerei os comentários, verificarei dúvidas e publicarei as respostas neste blog também. De um dia para outro. 
A pandemia vai passar e logo, com a graça de Deus, voltaremos todos à sala de aula.

Mui atenciosamente,

Professor José Antônio Brazão.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

VÍDEO-DOCUMENTÁRIO COSMOS EPISÓDIO 7: A ESPINHA DORSAL DA NOITE, DE CARL SAGAN (Prof. José Antônio Brazão.)


O Nascimento da Filosofia na Grécia Antiga.
Vídeo COSMOS, episódio 7: A Espinha Dorsal da Noite [O Esqueleto da Noite], de Carl Sagan, no YouTube. Site: https://www.youtube.com/watch?v=V2B0ofcckIc
RESUMO-COMENTÁRIO COMPLEMENTAR DO PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO:
Dando continuidade ao estudo do vídeo-documentário COSMOS, episódio 7: A Espinha Dorsal da Noite [ou O Esqueleto da Noite], do astrônomo norte-americano Carl Sagan (1934 – 1996), pode-se ver que o cientista (astrônomo) propõe-se buscar as origens da ciência ocidental. Curiosamente, tais origens, são, exatamente, as da filosofia.
Carl Sagan toma como ponto de partida, inicialmente, o bairro em que viveu em Nova Iorque. Sagan fala de seu interesse científico desde a infância. Exemplifica esse interesse com uma pergunta que fez a adultos: “O que são as estrelas?”. Descontente com as respostas simples dadas pelas pessoas, que lhe diziam serem as estrelas luzes no céu, resolveu investigar por conta própria e se dirigiu a uma biblioteca não muito distante do local onde morava. Ali encontrou um livro que lhe disse que elas são sóis, porém estando muito distantes. O Sol seria, pois, uma estrela próxima.
A seguir, para demonstrar como a curiosidade é inerente às crianças, foi até a escola em que estudou naquele bairro e visitou a turma que, naquele ano, ocupava uma sala de aula em que ele mesmo havia estudado. Sagan conversou com as crianças a respeito da astronomia e da ciência, tendo-lhes dado inclusive fotos tiradas pelas naves Voyager, referentes a planetas, à Via Láctea e ao Sistema Solar. Tirou dúvidas das crianças – “O que é a Via Láctea?”, “Por que a Terra é redonda e não de outra forma?”, etc. A Via láctea, esclareceu, é uma galáxia onde se encontram milhões e milhões de estrelas. A Terra é redonda por causa da força da gravidade, que puxa tudo para o centro.
Sagan elogia os pais e os professores que teve, os quais o incentivaram e instigaram sua curiosidade. A respeito da curiosidade das crianças, Sagan afirma que elas têm um grande senso de curiosidade e uma mente aberta.
Na cena seguinte, Sagan aparece em um ancoradouro junto ao mar, onde, através da fala, faz uma volta ao passado da história humana, até sociedades tribais. Segundo ele, no passado distante, pessoas devem ter-se perguntado acerca do que seriam aquelas luzes no céu. Para uma tribo de caçadores, por exemplo, poderiam ter sido consideradas fogueiras no céu, mantidas por seres que deveriam ter, portanto, imensos poderes. Com isto, Sagan faz uma consideração a respeito da origem de deuses e mitos (relatos sagrados a respeito de deuses, deusas e outros seres divinos e/ou semi-divinos).
Continuando, Sagan cita o exemplo de uma tribo africana para a qual a Via Láctea era considerada a espinha dorsal dos céus noturnos. Daí o nome do episódio deste documentário. Por sua vez, para os gregos antigos, ela seria o leite derramado da deusa Hera. Isto demonstra que os mitos e as religiões são formas explicativas da realidade. Ambos nasceram a partir de perguntas como aquela a respeito das estrelas, fruto da curiosidade humana. Acreditando na existência de seres celestiais, cujos poderes seriam enormes, relatos foram sendo criados, frutos da imaginação. Deuses e deusas foram surgindo, bem como a necessidade de cultuá-los. Com isto, também sacerdotes, mediadores do culto.
Na Ilha de Samos, no Mar Mediterrâneo, próxima à Turquia (Ásia Menor, na antiguidade), Sagan mostra ruínas de um antigo templo dedicado à deusa Hera, feito com uma simetria e uma precisão muito grandes. Sagan fala de cultos sangrentos e de outros que, por sua vez, eram simples e suaves.
Sagan adentra na origem da ciência – e, com ela, da filosofia ocidental – e diz que ela surgiu nas “remotas ilhas do Mar Egeu”. Mas por que ali? Justamente porque ali houve liberdade de pensar suficiente para o surgimento de novas ideias. Aquelas ilhas não eram sedes de grandes impérios, nem de estados em que a religião já havia se cristalizado e nos quais tinha poder. Além disto, aquela foi uma região em que aportavam mercadores e marinheiros de diversos lugares dos mares próximos, do Mediterrâneo (e mares adjacentes). Havia ali também pescadores. O comércio incrementou o movimento e os contatos entre culturas e ideias diferentes. A soma desses fatores tornou possível o livre pensar e o viajar da mente em busca de outras respostas para as perguntas acerca das coisas e do mundo, de acordo com Sagan.
Dois deuses ou mais reivindicando a origem: um deles deve estar certo e o outro errado. “Por que não os dois?” Dúvidas surgiram e com elas a busca de respostas, não mais partindo da religião e dos mitos, mas da própria natureza.
Sagan informa que a Ilha de Samos, séculos antes de Cristo, foi governada por Polícrates, um ditador que fez construir uma extensa muralha e um canal subterrâneo de água que levou cerca de quinze anos para ser construído, projeto do arquiteto Teodoro, fruto do uso brilhante da mente. Diz Sagan que, segundo relatos antigos, Teodoro teria também sido o criador da chave, da régua e do esquadro. E se pergunta por que não há um monumento a esse homem.
Nesse contexto histórico e cultural, por volta de 600 e 500 antes de Cristo, surgiram os primeiros cientistas – os primeiros filósofos do Ocidente, gregos – em Mileto, junto ao Mar Egeu: Tales, Anaximandro e Anaxímenes. Apareceram também, em outras cidades, Empédocles, Pitágoras, Demócrito, além de outros.
Sagan fala, então, de Tales de Mileto, que acreditava ser a água o elemento primordial de tudo que existe. Mas como explicar a terra seca? De acordo com o mito babilônico, o deus Marduk teria lançado um manto sobre as águas e com ele fez a terra seca. Tales, não admitindo as explicações míticas, deve ter partido de informações de que as águas do rio Nilo, na África, durante as inundações, depositavam sedimentos sobre as terras. Conforme Sagan, para Tales, nos princípios, a formação da terra seca deve ter seguido um processo similar.
Sagan refere-se, a seguir, a Anaximandro, conterrâneo de Tales, que aprendeu a fazer uso de um bastão para medir o tempo, por meio da sombra (relógio solar), servindo-lhe inclusive para medir as estações do ano. Sagan diz, então, que, durante séculos, os seres humanos usaram bastões para ferir, machucar. Anaximandro aprendeu a utilizá-lo para medir o tempo.
Na sequência, Sagan fala de Anaxímenes, que fez uma descoberta impressionante: a de que o ar é uma matéria extremamente fina. Um raciocínio desse tipo viria a permitir, posteriormente, o lampejar daquilo que Demócrito afirmaria ser o átomo.
Na linha de Anaxímenes, Empédocles de Agrigento [no Sul da Itália – Magna Grécia] fez uma experiência interessante – retomada por Sagan: colocou em um balde de água um instrumento de cozinha chamado “ladrão de água”, composto de uma esfera metálica perfurada contendo um gargalo com um furo que dá para o exterior. Ao colocá-lo na água, ele se enchia. Tapando com o dedo o orifício do gargalo era possível retirar água do balde e despejá-la em outro utensílio ou mesmo no balde. Colocando esse instrumento com o gargalo fechado, não havia possibilidade de entrada de água. O que isto queria dizer? Que havia algo que bloqueava a entrada. O quê? Empédocles identificou-o com o ar. Estudando-o, percebeu sua finura, de modo até mesmo a permitir ver através dele. O caminho para o levantamento daquela hipótese do átomo estava assim aberto.
Sagan aparece em meio a um grupo de pessoas que estavam festejando, ali na ilha. Fala, então, de Demócrito, que afirmava que na escala do muito pequeno existe uma partícula diminuta e não cortável, indivisível, à qual deu o nome de átomo. Os átomos seriam, segundo Demócrito, portanto, os elementos primordiais a comporem todas as coisas.  E por que Sagan aparece numa festa para falar de Demócrito? Uma razão é que ele menciona o fato deste antigo pensador ter dito que uma vida sem festas é comparável a um longo caminho sem hospedarias, demonstrando assim que Demócrito sabia aliar a ciência e o gosto pelas coisas boas da vida.
A longo dos séculos seguintes, as descobertas daqueles primeiros cientistas (FILÓSOFOS) foram avante? De acordo com Sagan, não. Por quê? Em razão do pensar científico-filosófico ter tomado um outro rumo: o do misticismo. A título de exemplo, Sagan cita um grupo de filósofos místicos que se reuniam, de acordo com a tradição, em uma caverna: os pitagóricos. Pitágoras e seus discípulos fizeram vários estudos matemáticos, tendo descoberto as propriedades de figuras matemáticas como o cubo, a pirâmide (tetraedro), o dodecaedro, o icosaedro e o octaedro. O cubo representando a terra. O tetraedro, o fogo. O icosaedro, a água. O octaedro, o ar. Por fim, o dodecaedro, o cosmos.
 Ao trabalhar com cálculos relacionados ao dodecaedro, os pitagóricos depararam-se com uma raiz quadrada de dois, cujo resultado era irracional. Ora, o irracional não seria admissível. Portanto, a raiz quadrada de dois e o dodecaedro deveriam ficar escondidos do público. Aliás, segundo Sagan, as próprias reuniões realizadas pelos pitagóricos eram secretas. Para eles o mundo material era passageiro e enganador. Caíram no misticismo.
O misticismo pitagórico entrou em cheio no pensamento de Platão, filósofo ateniense que viveu entre os séculos V e IV antes de Cristo. Platão radicalizou o idealismo pitagórico e suprimiu a pesquisa com experimentos, criticou e não retomou as ideias dos filósofos que o precederam, como as de Demócrito, por se voltarem em direção ao mundo material. (Uma curiosidade, os sólidos mencionados de Pitágoras, por Sagan, hoje são conhecidos como sólidos [ou poliedros] de Platão.)
Platão e seu discípulo Aristóteles, menciona Sagan, concordavam com a escravidão, dada a diversidade natural das pessoas, sendo que algumas nasceram para mandar e outras para obedecer.
Muitos séculos depois, na época moderna (séculos XV d.C. em diante), segundo Sagan, as ideias daqueles primeiros filósofos foram redescobertas, aparecendo no novo estilo de pesquisar e explicar o mundo, sem idealismo nem misticismo. Sagan cita como exemplo Christian Huygens, cientistas holandês do século XVII, que fez estudos sobre o universo e as estrelas. Para demonstrar as grandezas das estrelas, Huygens fez furos, com tamanhos diferentes, em um disco de metal. Por meio deles, Huygens estudou a intensidade do brilho de estrelas e pôde determinar a grandeza de muitas delas.
Sagan, enfim, conclui dizendo que, no passado, fomos navegantes – como aqueles marinheiros e pescadores das antigas colônias gregas – e assim continuamos a ser, sempre buscando o conhecimento do mundo que nos rodeia.
O vídeo-documentário de Sagan é muito rico. Ao tratar das origens da ciência – e, portanto, da filosofia – ocidental, traça um percurso que parte desde sua própria experiência pessoal, de sua curiosidade infantil, passando pela escola em que estudou, chegando à Grécia e voltando ao presente.


quinta-feira, 9 de abril de 2020

FILOSOFIA EM POESIA: ALCUÍNO DE IORQUE (YORK) (Prof. José Antônio Brazão.)


FILOSOFIA EM POESIA: ALCUÍNO DE IORQUE (YORK) (Prof. José Antônio Brazão.)

Nos tempos de Carlos Magno,
Rei do Império Franco,
Para cuidar da cultura
Alcuíno de Iorque foi chamado.
Para tamanho empreendimento,
Um homem à altura.

Organizou ele os estudos,
Bibliotecas e instituições.
Pelo currículo de Platão influenciado,
Contra a ignorância os escudos
Das sete artes liberais,
Criando mais homens letrados.

As sete Artes Liberais
Em dois conjuntos se dividiam:
Retórica, Dialética e Gramática
Formavam o Trivium (Três Vias).
O outro conjunto, o Quadrivium:
Geometria, Astronomia, Música e Aritmética.

O grupo da linguagem,
Necessário ao domínio da escrita e da fala,
Da boa expressão e da lógica.
O das ciências, diga-se de passagem,
Essencial à compreensão da natureza
E ao interpretar da realidade cósmica.

Para manter o grande império,
De reinos a dominação,
Carlos Magno bem sabia
Precisar de forte exército,
Mas também da instrução:
Força corporal e mentes sadias.

Cercando-se de bons generais,
Dispondo de muitos impostos,
Restava ainda ao Magno
Rodear-se de intelectuais,
Homens bem dispostos
Ao filosófico e científico trato.

Naquele tempo,
No oitavo século,
Da cultura a maior parte
Quem detinha o conhecimento
Eram os eclesiásticos
A dominar das ciências a arte.

Da Igreja Alcuíno era membro,
Mui dedicado a tudo
Que fazer lhe coubesse,
A qualquer empreendimento,
Da responsabilidade um senso agudo,
Sem exigir vãs benesses.

Cópias de densos textos
De filósofos, de religião,
De Astronomia e Matemática,
De inúmeras ciências, com apreço,
Alcuíno pôs em ação,
Traduções para o latim e da língua a gramática.

Dos melhores Alcuíno circundou-se,
Para alcançar a excelência no trabalho,
Dedicados e brilhantes professores.
A talentosos sábios apegou-se,
Na sapiência forjados
Copistas e tradutores.


Do classicismo greco-romano
Dispunha de excelente entendimento,
O domínio das artes e da ciência,
Preocupou-se, ano após ano,
Em oferecer grande conhecimento
Aos estudantes com grande frequência.

Na arte de escrever talhado,
À de escrever cartas,
Com grande maestria,
Sempre se punha ao trabalho.
E guardava informações detalhadas
De tudo quanto fazia.

Em uma Europa de estrutura feudal,
Na qual cidades e comércio floresciam,
A cultura, em grande parte, nas mãos da Igreja,
Uma sociedade de estrutura estamental
Os servos arduamente mantinham,
A trabalhar para os senhores, reis e clero.

Nesse mundo, o Renascimento Carolíngio,
Ao trazer certas mudanças e novidades,
Preparava do futuro os caminhos,
Com a ajuda do sábio Alcuíno,
Incluso o das posteriores universidades,
Que de ideias e transformações seriam ninhos.

VÍDEO-DOCUMENTÁRIO COSMOS, EPISÓDIO 7: A ESPINHA DORSAL DA NOITE, DE CARL SAGAN (Breve comentário do Prof. José Antônio Brazão.)

COSMOS, EPISÓDIO 7: A ESPINHA DORSAL DA NOITE, DE CARL SAGAN:
Vídeo COSMOS, episódio 7: A Espinha Dorsal da Noite [O Esqueleto da Noite], de Carl Sagan, no YouTube. Site: https://www.youtube.com/watch?v=V2B0ofcckIc
COMENTÁRIO DO PROFESSOR JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO:
O vídeo-documentário COSMOS, episódio 7: A Espinha Dorsal da Noite [ou O Esqueleto da Noite], do astrônomo norte-americano Carl Sagan (1934 – 1996), é um vídeo riquíssimo. Sagan busca as origens da ciência ocidental, indo até locais onde houve colônias gregas, com destaque para a ilha de Samos, na atual Turquia (esta era chamada, na antiguidade, de Ásia Menor). Na verdade, ao buscar as origens da ciência, aponta igualmente para as ORIGENS DA FILOSOFIA.
Mas o que é filosofia e o que tem ela haver com a Ásia Menor (atual Turquia)? A filosofia é a busca racional de entendimento do mundo, da realidade. Como assim? Racional porque é baseada na razão (em grego, logos; em latim, ratio – donde, passando para o português: RACIOnal). Logos, palavra grega, significa: palavra, discurso, razão.
LOGOS é PALAVRA através da qual as pessoas se comunicam umas com as outras. Um termo que também traduz LOGOS é VERBO (do latim, VERBUM) – Só para lembrar: Jesus é chamado de LOGOS de Deus que habitou entre nós, logo no início do Evangelho Segundo João (dê uma olhadinha na Bíblia). O Novo Testamento inteiro foi escrito em grego.
LOGOS é DISCURSO, ou seja, um conjunto de palavras encadeadas, reunidas, de forma existir transmissão de ideias entre as pessoas. Só para lembrar, lá na língua portuguesa temos o DISCURSO DIRETO e o DISCURSO INDIRETO! Ao pé da letra, discurso é o curso em várias direções, o caminho, que seguem as palavras, como o curso do rio que se movimenta por várias direções até chegar ao mar. Aliás, mar é o que havia e há naqueles lados da Ásia Menor (atual Turquia) e da Magna Grécia (Sul da Itália), onde houve colônias gregas, nas quais nasceram diferentes filósofos que refletiram sobre o mundo.
LOGOS é também RAZÃO! E o que é razão? É a capacidade humana de pensar, refletir, analisar, avaliar, compreender, investigar, etc. É a inteligência humana! Ora, a CIÊNCIA e a FILOSOFIA fazem largo uso da razão para investigar e compreender o universo e a realidade do dia a dia, bem como fazem uso da palavra e do discurso (direto, indireto, etc.) para transmitir para outras pessoas suas descobertas.
Veja o quanto devemos ao povo grego! Ao povo romano antigo também, que falava latim. Os romanos, que dominaram a Grécia, gostaram tanto da língua grega e da cultura desse povo que assimilaram parte de sua arquitetura, de seus deuses e deusas (com nomes um pouco diferentes), de sua arte e até de sua língua, além de outros elementos! O latim ficou carregado de palavras gregas! O latim, misturado com línguas de povos dominados, deu origem ao francês, ao espanhol, ao romeno, ao italiano, a parte do inglês, etc., e ao PORTUGUÊS! Pegue uma gramática e um dicionário e veja o montão de palavras, prefixos, sufixos e outros termos da língua portuguesa que têm sua origem grega!
Carl Sagan, no seu documentário, fala da passagem dos MITOS (explicações religiosas) ao pensamento científico (FILOSOFIA, ainda que ele não use esse termo). Sagan fala de PITÁGORAS, que usou o termo COSMOS (Pitágoras era grego) para definir o universo harmônico! E foi um grande matemático. Você se lembra do Teorema de Pitágoras? Ele não o criou, pois tem uma origem que remonta até os antigos babilônicos! Mas foi ele que fez CIÊNCIA matemática usando esse teorema. Sagan também mostra os sólidos dos pitagóricos que representam a terra (cubo), a água (icosaedro), o ar (octaedro) e o fogo (pirâmide) (os quatro elementos de Empédocles!) e o cosmos (dodecaedro).  São conhecidos, principalmente, como SÓLIDOS DE PLATÃO (no livro Timeu, de acordo com a Wikipédia). Veja que os gregos influenciaram também nossa Matemática! Além de outros, como Tales e Anaximandro de Mileto, Sagan menciona outro importante filósofo da natureza: DEMÓCRITO, o descobridor, junto com LEUCIPO, do átomo!
Vale lembrar que o ÁTOMO tem esse nome porque Leucipo e Demócrito acreditavam que era uma partícula minúscula, a menor da matéria, mas indivisível (átomos, em grego, indivisível, de acordo com o Google). A Química e a Física contemporâneas trataram de usar o termo átomo também, advindo de Leucipo e Demócrito, que passou para um filósofo posterior chamado Epicuro de Samos, foi registrado por escritores da antiguidade e chegou aos nossos dias. Mas a Química e a Física atuais sabem bem que o próprio átomo é composto de partículas menores, como os prótons, elétrons, nêutrons, quarks, entre um punhado de outras. Dê uma olhada nos livros de Química e Física que você verá! Livros científicos, internet ...
O vídeo de Sagan é riquíssimo! Veja e reveja-o e você descobrirá coisas m