Friedrich Nietzsche, filósofo alemão. Descendente de uma família de pastores evangélicos, desde pequeno Nietzsche demonstrou interesse pelo conhecimento humanístico, científico e religioso. A família desejava-o pastor, no futuro.Lia muito e veio a tornar-se um grande erudito. Ainda muito jovem, tornou-se doutor em filologia e professor universitário.
Junto com a filologia, um forte interesse pela filosofia. Dentre seus estudos, a descoberta da existência de dois princípios básicos da arte da Grécia antiga: o apolíneo e o dionisíaco, nomes relacionados, respectivamente, aos deuses Apolo e Dionísio (também Dioniso ou Baco). O primeiro é o princípio da ordem e da unidade. O segundo, da dissolução e do desregramento. A harmonização de ambos encontra-se na escultura, na arquitetura, no teatro, na arte e na cultura gregas de um modo geral. Esse estudo aparece já em O Nascimento da Tragédia, livro que não rendeu a Nietzsche muita divulgação em seu tempo. Apolo (Hélios, no grego) e Dionísio foram deuses gregos muito cultuados na antiguidade e tinham templos em diversos lugares da Grécia antiga. Apolo (Hélios) era o deus do Sol e da luz, responsável por guiar o carro do Sol em seu percurso diurno, em sua travessia pela abóbada celeste.
O Sol simboliza vida e poder. Sua luz é necessária à manutenção da vida de todos os seres vivos, passando pelas plantas, os animais, até os seres humanos. Ademais, a luz permite ver com nitidez todas as coisas e distinguir todas as cores, sendo fundamental para a percepção da beleza daquelas coisas e mesmo para os afazeres diários dos seres humanos. De fato, é durante o dia que a imensa maioria das atividades humanas são realizadas. Apolo era ainda de fundamental importância para a agricultura. Sem sua luz as plantas não crescem! Por esta e pelas razões já expostas, o culto de Apolo tinha um imenso valor e grande significado para os antigos gregos.
Dionísio ou Baco, por sua vez, era o deus das vinhas e do vinho. A tomada de vinho traz alegria e ânimo às pessoas, portanto Dionísio liga-se também à alegria. Mas o consumo exagerado de vinho traz o desregramento, isto é, a fuga das regras convencionais da sociedade, fazendo liberar forças instintivas e desejos. Curiosamente, uma das formas de culto de Dionísio eram as orgias sagradas, realizadas em templos onde ele era cultuado. Nesse sentido, Baco representava algo imprescindível à vida pessoal e social: a fecundidade, presente na vida de plantas, animais, pessoas e outras formas de vida. Seu culto era, pois, de grande importância para a agricultura. Seu culto garantia a fecundidade de campos e vinhedos. A fecundidade dos animais, por exemplo, possibilita a reprodução de outros alimentos necessários à vida humana e às trocas econômicas, como a carne, a lã, o leite e outros produtos. A fecundidade dos seres humanos garante a continuidade da vida social. Logo, o culto de Dionísio também contribuía para manter essa fecundidade necessária.
O princípio apolíneo representa a preocupação com o ordenamento, a seriedade, a regularidade e a perfeição. Contudo, contrapondo-se a ele e, ao mesmo tempo, complementando-o, o princípio dionisíaco representa a despreocupação, a dissolução, a alegria, a fuga das regras, a desordem. Vale lembrar, por exemplo, a embriaguez provocada pelo vinho e o que ela faz com as pessoas. O equilíbrio entre ambos princípios é dialético, conjugando a contradição e a síntese ou interação entre eles. O vinho de Dionísio amolece os membros e solta as pessoas, além de ser uma bebida ou alimento delicioso(a), trazendo prazer ao corpo e ao espírito. Mas o que o desregramento tem em haver com a arte? Muito. Ele permite fugir de regras rígidas que possam tolher a criatividade, dando maior liberdade à expressão. É interessante ver, por exemplo, como a deformidade faz parte de algumas máscaras teatrais gregas, enquanto que o regramento, a forma e a harmonia, próprios do apolíneo, aparecem em outras. Essa dualidade traz um equilíbrio ao interior da representação teatral, permitindo que as mensagens nela contidas fluam com maior flexibilidade, liberdade e vivacidade, sem rigidez, trazendo desconcentração e renovação de energias.
No campo moral, o dionisíaco, em Nietzsche, representa a fuga de regras morais e religiosas rígidas, que possam engessar a vida humana, impedindo seu livre e espontâneo andamento. Uma moral dionisíaca seria aquela em que as regras que regem a vida humana trouxessem consigo maior liberdade e flexibilidade ao agir humano. Isto não quer dizer que não possam e não devam haver leis e regras morais bem estruturadas para a vida social, mas que elas não caiam na rigidez, na inflexibilidade e no moralismo vazios, frutos, muitas vezes, do dogmatismo. Aliada ao moralismo, Nietzsche constatou a massificação das pessoas, destituídas de um pensamento crítico e de uma reflexão mais profunda. O termo utilizado por ele para referir-se a essas pessoas foi “rebanho”, que lembra um conjunto dócil de animais que pastam juntos, obedientes aos chamados e aos comandos do pastor ou vaqueiro.
A falta de reflexão e de conhecimento mais aberto e profundo do mundo faz com que as pessoas encontrem referenciais tão somente em seus guias espirituais, políticos e intelectuais, o que torna fácil o comando daquelas. Fazer parte do “rebanho” é, de certo modo, agradável e não incomoda. A necessidade de fazer parte de algo comum é, sem dúvida, intrínseca aos seres humanos. Porém, o perigo encontra-se no momento em que a mentalidade formada em comum, sob o comando dos líderes, embota a diferenciação no modo de pensar, de sentir, de desejar e até de agir. Para exemplificar isto, a crítica severa que Nietzsche faz à mudança ocorrida na música do compositor Richard Wagner que, inebriado pelo sucesso e aclamado até mesmo diante dos poderes constituídos, alterou seu modo de compor, tornando suas músicas mais ao gosto do povo e daqueles que o dirigem. Seus concertos chegaram a fazer enorme sucesso e a serem assistidos por muita gente. Se, em um primeiro momento, Nietzsche acreditou haver na música wagneriana uma manifestação do dionisíaco, agora passa a ver sua decadência, pendendo para a mentalidade comum do “rebanho”. Nietzsche, inclusive, perdeu sua amizade com Wagner. Eis aqui um exemplo da ação e da força da mentalidade de rebanho, presente até mesmo no gosto artístico massificado das pessoas.
Um outro exemplo em que a mentalidade de rebanho se manifestava em seu tempo, de acordo com Nietzsche, era a religião, com destaque para o cristianismo, que continuava a agregar muitas pessoas ao seu redor, formando sua mentalidade (modo de pensar e conceber o mundo) e moldando seu modo de agir. Um perigo real que Nietzsche via na mentalidade religiosa era a não aceitação da contestação e do diferente, fruto do dogmatismo, aliada à falta de reflexão e de opinião próprias, tudo gravado a fundo na mente das pessoas. Para se ter uma ideia, vale lembrar que, no século XIX, a teoria de Darwin[1] sobre a evolução das espécies foi duramente criticada pelas igrejas e não aceita por muitas pessoas, vindo a firmar-se um bom tempo depois com novas descobertas e evidências advindas de diversas ciências, como a arqueologia e a genética, por exemplo. Voltando um pouquinho no tempo, Immanuel Kant[2], outro filósofo alemão, perguntado a respeito do que seria o iluminismo, já havia chamado a atenção para a falta de um pensar crítico e reflexivo das pessoas, ao escrever que o iluminismo consistiria na “saída da menoridade”, implicando capacidade de pensar pela própria cabeça, sem a condução de outros. E, de acordo com Kant, para que as pessoas pudessem pensar por si próprias seria preciso que lhes fosse dada a devida liberdade de pensamento, que precisaria ser assegurada pelos próprios governantes.
No século XX, Theodor Adorno e Max Horkheimer, filósofos alemães, chamaram a atenção para a “indústria cultural”, ou seja, para uma nova forma massificada de produzir cultura, capaz de transformar em comuns e aceitos por multidões certos estilos de músicas e gostos artístico-culturais, produção cultural aliada à produção econômica capitalista e à geração de altos lucros às empresas em geral e, mais diretamente, àquelas produtoras diretas dos novos produtos culturais. A massificação retira das pessoas a capacidade de pensarem por si próprias, de formular seu próprios conceitos de mundo e de agirem no sentido de buscar uma mudança.
Adorno e Horkheimer foram grandes leitores de Nietzsche, Kant, Marx e de outros pensadores. No mundo atual, em pleno século XXI, a indústria cultural continua existindo e atuando firmemente. A reprodução do capital depende do consumo, por parte de milhões de pessoas pelo Brasil e pelo mundo afora, de produtos culturais os mais diferenciados. Para incentivá-lo, a massificação[3] tornar-se valiosa, sendo incentivada e promovida principalmente pelos meios de comunicação social, com destaque direto para a televisão, com o uso conjugado de imagens em movimento e sons, por montagens elaboradas e transmitidas por profissionais muito bem preparados. A mentalidade de “rebanho” se manifesta nitidamente na moda, constantemente revista e renovada, na assistência de programas televisivos comuns, em estilos de músicas, estilos de vida e valores sutilmente despejados sobre as pessoas, como o consumismo, chegando a impor-se sobre elas, moldando seus gostos e interesses de acordo com os interesses do capital, servindo tanto a propósitos econômicos quanto políticos, como a manutenção do status quo sócio-econômico-político. Indubitavelmente, o pensamento de Nietzsche, aqui, ao final conjugado com outras leituras de pensadores que foram fortemente influenciados por suas ideias, adaptado e relido, continua muito atual, valendo a pena ser lido e estudado.
E, dentre suas obras, sugestões de leituras: Além do Bem e do Mal, A Gaia Ciência, Crepúsculo dos Ídolos, Assim Falou Zaratustra e O nascimento da Tragédia. Nietzsche escreveu ainda uma autobiografia: Ecce Homo.
Outros tópicos ou pontos fundamentais no pensamento de Nietzsche: a morte de Deus, o eterno retorno do mesmo, a oposição ao cristianismo de seu tempo, vontade de poder (ou vontade de potência).
Junto com a filologia, um forte interesse pela filosofia. Dentre seus estudos, a descoberta da existência de dois princípios básicos da arte da Grécia antiga: o apolíneo e o dionisíaco, nomes relacionados, respectivamente, aos deuses Apolo e Dionísio (também Dioniso ou Baco). O primeiro é o princípio da ordem e da unidade. O segundo, da dissolução e do desregramento. A harmonização de ambos encontra-se na escultura, na arquitetura, no teatro, na arte e na cultura gregas de um modo geral. Esse estudo aparece já em O Nascimento da Tragédia, livro que não rendeu a Nietzsche muita divulgação em seu tempo. Apolo (Hélios, no grego) e Dionísio foram deuses gregos muito cultuados na antiguidade e tinham templos em diversos lugares da Grécia antiga. Apolo (Hélios) era o deus do Sol e da luz, responsável por guiar o carro do Sol em seu percurso diurno, em sua travessia pela abóbada celeste.
O Sol simboliza vida e poder. Sua luz é necessária à manutenção da vida de todos os seres vivos, passando pelas plantas, os animais, até os seres humanos. Ademais, a luz permite ver com nitidez todas as coisas e distinguir todas as cores, sendo fundamental para a percepção da beleza daquelas coisas e mesmo para os afazeres diários dos seres humanos. De fato, é durante o dia que a imensa maioria das atividades humanas são realizadas. Apolo era ainda de fundamental importância para a agricultura. Sem sua luz as plantas não crescem! Por esta e pelas razões já expostas, o culto de Apolo tinha um imenso valor e grande significado para os antigos gregos.
Dionísio ou Baco, por sua vez, era o deus das vinhas e do vinho. A tomada de vinho traz alegria e ânimo às pessoas, portanto Dionísio liga-se também à alegria. Mas o consumo exagerado de vinho traz o desregramento, isto é, a fuga das regras convencionais da sociedade, fazendo liberar forças instintivas e desejos. Curiosamente, uma das formas de culto de Dionísio eram as orgias sagradas, realizadas em templos onde ele era cultuado. Nesse sentido, Baco representava algo imprescindível à vida pessoal e social: a fecundidade, presente na vida de plantas, animais, pessoas e outras formas de vida. Seu culto era, pois, de grande importância para a agricultura. Seu culto garantia a fecundidade de campos e vinhedos. A fecundidade dos animais, por exemplo, possibilita a reprodução de outros alimentos necessários à vida humana e às trocas econômicas, como a carne, a lã, o leite e outros produtos. A fecundidade dos seres humanos garante a continuidade da vida social. Logo, o culto de Dionísio também contribuía para manter essa fecundidade necessária.
O princípio apolíneo representa a preocupação com o ordenamento, a seriedade, a regularidade e a perfeição. Contudo, contrapondo-se a ele e, ao mesmo tempo, complementando-o, o princípio dionisíaco representa a despreocupação, a dissolução, a alegria, a fuga das regras, a desordem. Vale lembrar, por exemplo, a embriaguez provocada pelo vinho e o que ela faz com as pessoas. O equilíbrio entre ambos princípios é dialético, conjugando a contradição e a síntese ou interação entre eles. O vinho de Dionísio amolece os membros e solta as pessoas, além de ser uma bebida ou alimento delicioso(a), trazendo prazer ao corpo e ao espírito. Mas o que o desregramento tem em haver com a arte? Muito. Ele permite fugir de regras rígidas que possam tolher a criatividade, dando maior liberdade à expressão. É interessante ver, por exemplo, como a deformidade faz parte de algumas máscaras teatrais gregas, enquanto que o regramento, a forma e a harmonia, próprios do apolíneo, aparecem em outras. Essa dualidade traz um equilíbrio ao interior da representação teatral, permitindo que as mensagens nela contidas fluam com maior flexibilidade, liberdade e vivacidade, sem rigidez, trazendo desconcentração e renovação de energias.
No campo moral, o dionisíaco, em Nietzsche, representa a fuga de regras morais e religiosas rígidas, que possam engessar a vida humana, impedindo seu livre e espontâneo andamento. Uma moral dionisíaca seria aquela em que as regras que regem a vida humana trouxessem consigo maior liberdade e flexibilidade ao agir humano. Isto não quer dizer que não possam e não devam haver leis e regras morais bem estruturadas para a vida social, mas que elas não caiam na rigidez, na inflexibilidade e no moralismo vazios, frutos, muitas vezes, do dogmatismo. Aliada ao moralismo, Nietzsche constatou a massificação das pessoas, destituídas de um pensamento crítico e de uma reflexão mais profunda. O termo utilizado por ele para referir-se a essas pessoas foi “rebanho”, que lembra um conjunto dócil de animais que pastam juntos, obedientes aos chamados e aos comandos do pastor ou vaqueiro.
A falta de reflexão e de conhecimento mais aberto e profundo do mundo faz com que as pessoas encontrem referenciais tão somente em seus guias espirituais, políticos e intelectuais, o que torna fácil o comando daquelas. Fazer parte do “rebanho” é, de certo modo, agradável e não incomoda. A necessidade de fazer parte de algo comum é, sem dúvida, intrínseca aos seres humanos. Porém, o perigo encontra-se no momento em que a mentalidade formada em comum, sob o comando dos líderes, embota a diferenciação no modo de pensar, de sentir, de desejar e até de agir. Para exemplificar isto, a crítica severa que Nietzsche faz à mudança ocorrida na música do compositor Richard Wagner que, inebriado pelo sucesso e aclamado até mesmo diante dos poderes constituídos, alterou seu modo de compor, tornando suas músicas mais ao gosto do povo e daqueles que o dirigem. Seus concertos chegaram a fazer enorme sucesso e a serem assistidos por muita gente. Se, em um primeiro momento, Nietzsche acreditou haver na música wagneriana uma manifestação do dionisíaco, agora passa a ver sua decadência, pendendo para a mentalidade comum do “rebanho”. Nietzsche, inclusive, perdeu sua amizade com Wagner. Eis aqui um exemplo da ação e da força da mentalidade de rebanho, presente até mesmo no gosto artístico massificado das pessoas.
Um outro exemplo em que a mentalidade de rebanho se manifestava em seu tempo, de acordo com Nietzsche, era a religião, com destaque para o cristianismo, que continuava a agregar muitas pessoas ao seu redor, formando sua mentalidade (modo de pensar e conceber o mundo) e moldando seu modo de agir. Um perigo real que Nietzsche via na mentalidade religiosa era a não aceitação da contestação e do diferente, fruto do dogmatismo, aliada à falta de reflexão e de opinião próprias, tudo gravado a fundo na mente das pessoas. Para se ter uma ideia, vale lembrar que, no século XIX, a teoria de Darwin[1] sobre a evolução das espécies foi duramente criticada pelas igrejas e não aceita por muitas pessoas, vindo a firmar-se um bom tempo depois com novas descobertas e evidências advindas de diversas ciências, como a arqueologia e a genética, por exemplo. Voltando um pouquinho no tempo, Immanuel Kant[2], outro filósofo alemão, perguntado a respeito do que seria o iluminismo, já havia chamado a atenção para a falta de um pensar crítico e reflexivo das pessoas, ao escrever que o iluminismo consistiria na “saída da menoridade”, implicando capacidade de pensar pela própria cabeça, sem a condução de outros. E, de acordo com Kant, para que as pessoas pudessem pensar por si próprias seria preciso que lhes fosse dada a devida liberdade de pensamento, que precisaria ser assegurada pelos próprios governantes.
No século XX, Theodor Adorno e Max Horkheimer, filósofos alemães, chamaram a atenção para a “indústria cultural”, ou seja, para uma nova forma massificada de produzir cultura, capaz de transformar em comuns e aceitos por multidões certos estilos de músicas e gostos artístico-culturais, produção cultural aliada à produção econômica capitalista e à geração de altos lucros às empresas em geral e, mais diretamente, àquelas produtoras diretas dos novos produtos culturais. A massificação retira das pessoas a capacidade de pensarem por si próprias, de formular seu próprios conceitos de mundo e de agirem no sentido de buscar uma mudança.
Adorno e Horkheimer foram grandes leitores de Nietzsche, Kant, Marx e de outros pensadores. No mundo atual, em pleno século XXI, a indústria cultural continua existindo e atuando firmemente. A reprodução do capital depende do consumo, por parte de milhões de pessoas pelo Brasil e pelo mundo afora, de produtos culturais os mais diferenciados. Para incentivá-lo, a massificação[3] tornar-se valiosa, sendo incentivada e promovida principalmente pelos meios de comunicação social, com destaque direto para a televisão, com o uso conjugado de imagens em movimento e sons, por montagens elaboradas e transmitidas por profissionais muito bem preparados. A mentalidade de “rebanho” se manifesta nitidamente na moda, constantemente revista e renovada, na assistência de programas televisivos comuns, em estilos de músicas, estilos de vida e valores sutilmente despejados sobre as pessoas, como o consumismo, chegando a impor-se sobre elas, moldando seus gostos e interesses de acordo com os interesses do capital, servindo tanto a propósitos econômicos quanto políticos, como a manutenção do status quo sócio-econômico-político. Indubitavelmente, o pensamento de Nietzsche, aqui, ao final conjugado com outras leituras de pensadores que foram fortemente influenciados por suas ideias, adaptado e relido, continua muito atual, valendo a pena ser lido e estudado.
E, dentre suas obras, sugestões de leituras: Além do Bem e do Mal, A Gaia Ciência, Crepúsculo dos Ídolos, Assim Falou Zaratustra e O nascimento da Tragédia. Nietzsche escreveu ainda uma autobiografia: Ecce Homo.
Outros tópicos ou pontos fundamentais no pensamento de Nietzsche: a morte de Deus, o eterno retorno do mesmo, a oposição ao cristianismo de seu tempo, vontade de poder (ou vontade de potência).
Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Nietzsche
http://www.mundodosfilosofos.com.br/nietzsche.htm
http://plato.stanford.edu/entries/nietzsche/ (Em inglês. Use tradutores online. São bons.)
http://www.mundodosfilosofos.com.br/nietzsche.htm
http://plato.stanford.edu/entries/nietzsche/ (Em inglês. Use tradutores online. São bons.)
[1] Nietzsche conhecia a teoria evolutiva de Darwin, sem dúvida, e viu nela um avanço na compreensão biológica dos seres vivos, ainda que a criticasse por não servir para explicar como a moral dos fracos, com ênfase para seu aspecto religioso, veio a prevalecer. Com efeito, Darwin afirmava que a seleção natural selecionava os mais aptos e mais fortes.
[2] Filósofo estudado e criticado por Nietzsche, em razão do caráter metódico e até certo ponto rígido da moral kantiana. Contudo, aqui E. Kant foi citado justamente por discutir o tema da necessidade de liberdade de pensar. O termo “menoridade” lembra, em Kant, as crianças, que têm necessidade de condução de outras pessoas para se protegerem e das quais, de certo modo, tornam-se dependentes.
[3] Termo atual que Nietzsche não chegou a utilizar, preferindo o termo “rebanho”, mas que aqui foi utilizado para facilitar a compreensão deste. Ambos lembram falta de reflexão própria por parte daqueles que neles estão incluídos.
[2] Filósofo estudado e criticado por Nietzsche, em razão do caráter metódico e até certo ponto rígido da moral kantiana. Contudo, aqui E. Kant foi citado justamente por discutir o tema da necessidade de liberdade de pensar. O termo “menoridade” lembra, em Kant, as crianças, que têm necessidade de condução de outras pessoas para se protegerem e das quais, de certo modo, tornam-se dependentes.
[3] Termo atual que Nietzsche não chegou a utilizar, preferindo o termo “rebanho”, mas que aqui foi utilizado para facilitar a compreensão deste. Ambos lembram falta de reflexão própria por parte daqueles que neles estão incluídos.
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