quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

DAVID HUME (1711 - 1776)

David Hume, filósofo escocês do século XVIII, escreveu dois livros importantes e fundamentais do empirismo inglês: o Tratado da Natureza Humana e a Investigação sobre o entendimento humano. Neles Hume defende que o HÁBITO ou COSTUME, partindo da experiência sensível, da observação dos fenômenos, é o meio ou caminho básico através do qual se processa o conhecimento humano.
Hume parte de ideia de que a experiência é a fonte primária dos conhecimentos, porém ela, por si só, não basta. É preciso algo mais. O quê? Experiências repetidas de um mesmo fenômeno. De tanto ver ou perceber um fenômeno sempre ocorrendo da mesma maneira, a mente estabelece uma relação de causa e efeito e extrai daí uma conclusão geral a respeito do fenômeno. De acordo com a lógica, este é um raciocínio indutivo, isto é, que vai dos fenômenos particulares, neste caso repetidos, a uma conclusão geral, fruto do hábito.
De tão acostumados que estamos a ver o dia vir depois da noite, e vice-versa, somos levados pelo hábito a concluir que amanhã, ou melhor, a cada dia, ocorrerá da mesma maneira. De tanto ver o fogo destruindo objetos, concluímos que o fogo queima e destrói. Na ciência ocorre algo semelhante: de tanto observar fenômenos ocorrendo sempre do mesmo jeito, os cientistas formulam leis gerais que sirvam para todos os casos.
No entanto, o hábito não dá certeza absoluta de que os fenômenos ocorrerão sempre do mesmo jeito. É preciso algo mais. O quê? A crença. Ou seja: acreditar que do modo como foi antes e é agora assim será no futuro.
Como se pode ver, na construção do conhecimento juntam-se, pois, para Hume, a experiência, o hábito e a crença. A experiência sensível dá a percepção direta e momentânea do fenômeno. O hábito é fruto de experiências repetidas, em momentos diferentes, daquele fenômeno. A crença, ligada ao hábito, enfim, faz uma ponte entre o presente, o passado e o futuro, tornando possível a elaboração de uma lei gera acerca do fenômeno estudado. Tem-se aqui, como foi dito, uma indução: de várias experiências particulares repetidas tira-se uma conclusão geral, universal, a respeito dos fenômenos. A conjunção desses três fatores é de extrema importância para a elaboração dos conhecimentos humanos.
Referências:
Encarta Enciclopédia.

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