terça-feira, 28 de outubro de 2025

QUARTO BIMESTRE - AULA 35B DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS. A CIÊNCIA HELENÍSTICA (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

QUARTO BIMESTRE

AULA 35B DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS

A CIÊNCIA HELENÍSTICA (Prof. José Antônio Brazão.)

A ciência grega é de grande destaque, teve grande influência posterior e a tem ainda hoje, com certeza. A ciência helenística é aquela que se desenvolveu no período helenístico (cerca dos séculos IV a.C. ou A.E.C. [Antes da Era Comum] e V d.C. ou E.C. [da Era Comum]). Portanto, um período de 800/900 anos ou um pouco mais.

A ciência helenística desenvolveu-se nos Impérios Macedônico e Romano. Uma ciência que carrega profundas marcas do pensamento e da cultura da Grécia Antiga. No entanto, suas raízes são mais antigas. Pode-se recuar até o período pré-socrático (séculos VII – V a.C. [ou A.E.C.]) na busca de suas raízes.

Os filósofos pré-socráticos ou físicos (naturalistas – estudiosos da natureza) ou fisiólogos (estudiosos da natureza) fugiram da crença milenar da religião embasada nos mitos e nos cultos e explicações divinas para tudo que existe. Claro que, mesmo assim, carregaram traços da mentalidade mítica, aqui e ali – a água de Tales de Mileto, por exemplo, aparece em muitos mitos antigos, tanto gregos quanto de outros povos. Contudo, a maneira de encarar a origem dos seres a partir da água é diferente em Tales. Este filósofo parte de um entendimento mais racionalizado.

Leucipo e Demócrito de Abdera deram um passo fundamental para o entendimento da realidade: criam que tudo é feito de ÁTOMOS, partículas minúsculas, invisíveis diretamente aos olhos, indivisíveis, em grande número e que compõem todos os seres, e com eles o VAZIO, crença retomada, posteriormente, por EPICURO DE SAMOS e pelos epicuristas, seus seguidores – tudo é feito de átomos e vazio. Os átomos formam encaixes, aderindo-se uns aos outros, formando diferentes seres, de diversificados modos e composições.

Não se pode esquecer de Anaxágoras de Clazômena, segundo o qual tudo é feito de partículas minúsculas e inúmeras, chamadas homeomerias. Um nome diferente para o que Leucipo e Demócrito também viriam a pensar, mas dispondo da mesma realidade microscópica.

Pitágoras de Samos diria que em tudo que existe os números e as formas matemáticas estão presentes. Os números são o componente essencial do cosmos (universo). Pitágoras é aquele mesmo que fez demonstração racional daquele teorema que, mesmo não sendo originalmente dele, viria a carregar consigo seu nome (Teorema de Pitágoras).

Dos antigos gregos, antecedentes do período helenístico propriamente dito, não se pode esquecer de engenheiros, artesãos, inventores e outros, que foram capazes de levantar prédios magníficos (templos, tribunais, residências, entre outros), matemática e precisamente elaborados, definidos, admiráveis ainda hoje por conta de sua beleza e exatidão.

Do século IV a.C. (A.E.C.), o filósofo Aristóteles de Estagira merece e deve ser apresentado. Escreveu livros como Física, Dos Céus, História dos Animais e outros que marcaram imensamente o pensamento ocidental, no transcurso dos séculos e milênios que se seguiriam. A História dos Animais é um admirável livro de Biologia (estudo da vida) e vale a pena ser lido. O discípulo de Aristóteles, chamado Teofrasto, por sua vez escreveu História da Plantas, tecendo considerações diversas sobre as plantas, como Aristóteles fez com os animais.

E, partindo do século IV a.C./A.E.C., o século de Aristóteles (e de Platão), as conquistas macedônicas estenderiam a cultura grega a outros povos do império, acompanhadas, na sequência, pelas conquistas romanas, em séculos posteriores.  

No campo da Medicina, HIPÓCRATES (O MÉDICO) (c. 460-370 a.C.). Segundo a Max Altman:

“A medicina era exercida inicialmente pelos sacerdotes. Se tornou ciência médica quando passou a adotar métodos específicos para a pesquisa dos males humanos.

Assim como a filosofia se distanciou dos mitos, a medicina também se afastou dos sacerdotes em busca de soluções que eles não conseguiam dar. Por meio de métodos filosóficos de conhecimento, a medicina grega formou sua própria identidade.” (FIOCRUZ. Hoje na História: 370 a.C. – Morre Hipócrates, considerado o “pai da Medicina”. Disponível em: < https://revistahcsm.coc.fiocruz.br/hoje-na-historia-370-a-c-morre-hipocrates-considerado-o-pai-da-medicina/ > Acesso em 27/10/2025.)

E Altman continua:

“Um dos seus conceitos terapêuticos foi a distinção entre sintomas e doenças. Os sintomas eram apenas manifestações exteriores de algo que estava ocorrendo no organismo. O procedimento tinha por objetivo descobrir como funcionava o corpo humano, levando sempre em conta a ação do ambiente e da alimentação. Elaborou e cumpriu um rigoroso código de ética, cujos preceitos estão contidos no juramento que até hoje todo médico faz ao se formar.” (Idem.)

No campo da Astronomia: ARISTARCO DE SAMOS (c. 310-230) e HIPARCO DE NICEIA (c. 190-120). Aristarco e Hiparco foram grandes observadores dos céus, tanto noturna quanto diuturnamente. Elaboraram catálogos de constelações e levantamentos de posições estelares. Aristarco acreditava que a Terra gira ao redor do Sol, não o contrário, divergindo de uma visão antiga acerca dos céus. Hiparco, por sua vez, não aceitou a posição de Aristarco e manteve o geocentrismo.

Hiparco e outro cientista e matemático antigo, chamado Arquimedes, foram grandes interessados por máquinas. Destaque especial para o Mecanismo de Anticítera, um antigo computador analógico que, talvez, possa ter sido desenvolvido por um desses dois matemáticos e astrônomos.

De ARQUIMEDES DE SIRACUSA (c. 287-212 a.C.) há histórias impressionantes de como ajudou a defender a cidade de Siracusa, na Sicília, contra as investidas dos romanos. Uma das armas, a alavanca capaz de levantar navios de ataque e de os levar ao afundamento. Outra, uma espécie de raio laser, a partir de espelhos ou escudos polidos muito bem posicionados, capazes de concentrar a luz solar em um ponto muito quente, o que propiciou a queima de velas de embarcações romanas.

De Arquimedes, igualmente, a história da coroa do rei, comprovada por Arquimedes como contendo, de fato, uma mistura de ouro e prata, fruto do roubo de ouro pelo ourives que a fez. Arquimedes também foi matemático, um geômetra e grande calculador. Sabia unir a matemática às invenções que criou. Dele, ainda que seja mais antigo, a versão de um parafuso de madeira ou metal capaz de erguer água de baixo para cima, chamado parafuso de Arquimedes.

O Mecanismo de Anticítera, de poucos séculos antes de Cristo (ou A.E.C.), é um aparelho fantástico, analógico, que funcionava com engrenagens, dentro de uma caixa, que permitia, por meio de uma pequena maçaneta, movimentar peças em uma estrutura do céu geocêntrico (com a Terra no centro do universo), dando a posição precisa de planetas, eclipses lunares, do Sol e de outros astros celestiais, com uma precisão que ainda hoje impressiona. Ainda útil, inclusive, mas tornado peça de museu (em Atenas), reconstituído por cientistas dos séculos XX e XXI que o estudaram. Deve ter sido útil em termos astronômicos e também astrológicos!

Do período helenístico não pode passar em branco a existência da famosa BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA. Uma biblioteca imensa, na cidade de Alexandria, no norte do Egito, um grande centro de estudos no qual trabalharam filósofos, matemáticos, historiadores, gramáticos e linguistas, astrônomos e outros mais, além de Hipácia, uma filósofa do século IV d.C. (E.C.).

Fundada antes da era cristã ou Era Comum, segundo se segue hoje, a Biblioteca de Alexandria abrigou o bibliotecário, matemático e cientista ERATÓSTENES DE CIRENE (c. 276-194 a.C. [A.E.C.]). Eratóstenes teve o mérito de calcular o tamanho da Terra em estádios (uma medida que se usava, na época, no Império Romano). Sua medida foi extremamente precisa, com pequena margem de erro para os padrões atuais, fruto de leitura de pergaminho da biblioteca, de observações e cálculos geométrico-matemáticos precisos.

HIPATIA (HIPÁCIA) DE ALEXANDRIA (séc. IV-início do séc. V d.C.), foi filósofa, matemática e cientista. Também membro da Biblioteca de Alexandria. Mulher independente, por ter sido considerada inimiga do cristianismo, infelizmente, veio a ser morta por radicais cristãos que não a aceitavam, fruto da intolerância religiosa. Foi professora.

Um pouco antes de Hipácia (Hipatia), igualmente presente no grupo de Alexandria, CLÁUDIO PTOLOMEU (século II d.C. [E.C.]). Ele condensou, no livro ALMAGESTO (nome dado pelos árabes), muitas observações de posições estelares e de constelações, um verdadeiro mapeamento dos céus. Ptolomeu pesquisou babilônios, mesopotâmios, gregos e outros que estudaram os céus. Fez muitas observações e cálculos. Usou e aprimorou aparelhos antigos de observação astronômica, por ele mesmo citados no Almagesto.

No caso de Ptolomeu, a criação dos epiciclos, isto é, círculos menores em cima (epi-, em grego) dos círculos orbitais de planetas, na busca de corrigir e explicar os desvios dos planetas, em suas órbitas, de tempos em tempos. Ora, desde a antiguidade, a crença de que os planetas e demais atros (Lua, Sol e estrelas fixas) giravam ao redor da Terra em círculos concêntricos (de mesmo centro – no caso, a Terra como centro). Hoje se sabe que os planetas giram em órbitas elípticas, porém, naquela época, não. Então, os epiciclos foram uma criação que, por muito tempo, explicou bem os desvios orbitais dos planetas.

A astronomia geocêntrica ptolomaica perdurou até o século XVII, ou seja, poucos séculos atrás. Derrubada por Copérnico, Galileu, Kepler e Isaac Newton. Sem dúvida, os estudos de Ptolomeu foram muito valiosos e precisos por terem durado tanto tempo.

Os cientistas e filósofos citados são alguns exemplos da ciência helenística que, com plena certeza, é ainda muito mais rica e vale a pena ser estudada e conhecida.

REFERÊNCIAS:

ENCICLOPEDIA DE LA HISTORIA DEL MUNDO. Claudio Ptolomeo, Hiparco de Nicea, Hipatia de Alexandria e outros. Disponível em: < https://www.worldhistory.org/trans/es/?gad_source=1&gad_campaignid=16526759953&gbraid=0AAAAAoULJ02V4AU-CVLPquWTurKcjmHtM&gclid=EAIaIQobChMI1KuJg-XHkAMVdk9IAB0JDzeREAAYASAAEgJ6jvD_BwE > Acesso em 27/10/2025.

FIOCRUZ. Hoje na História: 370 a.C. – Morre Hipócrates, considerado o “pai da Medicina”. Disponível em: < https://revistahcsm.coc.fiocruz.br/hoje-na-historia-370-a-c-morre-hipocrates-considerado-o-pai-da-medicina/ > Acesso em 27/10/2025.

QUARTO BIMESTRE - AULA 35 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. ESTRATIFICAÇÃO E DESIGUALDADE SOCIAL: CLASSE SEGUNDO MAX WEBER (PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

QUARTO BIMESTRE

AULA 35 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

ESTRATIFICAÇÃO E DESIGUALDADE SOCIAL:    

CLASSE SEGUNDO MAX     WEBER      (PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.)

Observações:

*Receber e verificar trabalhos (cartazes propostos).

*Abrir espaço para discussões (debate).

TEXTO DO LIVRO DIDÁTICO:

Classe para Weber         (Afrânio     Silva  e        outros):

“Max Weber afirmou que a estratificação social não se resume às determinações       econômicas das classes sociais, mas decorre das diferentes maneiras de distribuição de          poder em uma sociedade. Para ele, a estratificação decorrente dessa diferença de poder acontece de acordo com pelo menos três dimensões: econômica, política e social. Portanto,          diferentemente da base teórica marxista, a estratificação da ordem social não se          organiza apenas com base no poder econômico, mas também em termos de distribuição  de poder político e de prestígio. Por isso, além da classe, a divisão da sociedade pode ser          observada em outros fenômenos de distribuição de poder, como o partido e o status.” [SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9 e 10)]

COMENTÁRIO (Prof. José Antônio Brazão.):

Max Weber, diferentemente de Karl Marx, enfatiza o papel do indivíduo (cada pessoa) no desenvolvimento e no bem da sociedade. Toda classe é composta de indivíduos e a participação de cada um, por meio das ações certas, é assaz importante para o bom andamento da vida social.

Três pontos ou aspectos de destaque: CLASSE, PARTIDO e STATUS.

Quanto ao aspecto ECONÔMICO, a classe social se define conforme as posses e as condições econômicas de que dispõe, inclusive dinheiro e riquezas. Há, de fato, diferentes classes sociais, conforme as posses de cada. Porém, além da classe social, há o partido e o status, em termos de aspecto político e aspecto social. E o que são o poder político e o status/prestígio?

Poder político se dá por meio de representantes nos diferentes âmbitos (níveis) em que o poder, em um país, estado ou uma cidade em que é exercido. Em muitos países, o poder segue a divisão entre poder executivo, legislativo e judiciário. Uma classe social que se destaca politicamente é aquela que tem representantes nesses diferentes níveis, os quais representam-na diante do poder político-social, com certeza. Ora, pelo poder político passam decisões, uso de verbas públicas, definição e votação de leis, bem como a aplicação destas, além de outras atividades. As relações de poder, contudo, se disseminam.

No campo político, o PARTIDO. Todo partido é uma organização social e política, onde há, portanto, relações de poder e vai além dos partidos políticos. No entanto, há organizações sociais divididas em partes – a palavra partido indica divisão em parte(s): uma associação, um grupo social, entre outros, têm membros diversos, de diferentes classes sociais, inclusive. Um partido, com efeito, tem membros de diversas classes sociais, desde pessoas ricas até pessoas pobres e de classe média, logo indo além da classe social e do econômico.

É importante lembrar que Weber não é Marx. Marx define claramente a existência da luta de classes e deixa mais claro ainda o fato destas lutarem entre si, ora abertamente, ora velada. Weber não defende a luta de classes como algo que perpassa a história e a constitui, como fazem Marx e Engels no Manifesto Comunista.

Quanto ao aspecto SOCIAL, o status. Status é posição, renome e prestígio. Para Weber, o status vai além da classe social. Houve e há pessoas de diferentes classes que tiveram e podem ter STATUS social. Por exemplo, Albert Einstein, cientista, não era um milionário, mas um pesquisador e professor que tinha renome e prestígio, tendo uma certa posição social, um destaque, em suma, STATUS SOCIAL. Alberto Santos Dumont, por sua vez, era rico e tinha elevado status social, sendo muito respeitado pelo seu trabalho e por suas invenções.

VISUALIZAÇÃO:

Prestígio:

https://www.google.com.br/search?q=pessoas+prest%C3%ADgio+social&tbm=isch&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwj41eKG6qn0AhWyNbkGHUrKBBEQBXoECAEQDw&biw=1349&bih=657#imgrc=pfdEt55DOWJHYM

 

Poder        político:

https://www.google.com.br/search?q=poderpol%C3%ADtico&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=aW2aYcaPCLvZ5OUPuaCPqAU&iflsig=ALs-wAMAAAAAYZp7eQ2R1irIVybE1ua4CqxcQYtOpqvA&ved=0ahUKEwiG6OX_6an0AhW7LLkGHTnQA1UQ4dUDCAY&uact=5&oq=poderpol%C3%ADtico&gs_lcp=CgNpbWcQAzoLCAAQgAQQsQMQgwE6BQgAEIAEOggIABCABBCxAzoICAAQsQMQgwE6BAgAEAM6BAgAEBM6BggAEAoQGFC2EVihK2CXMmgAcAB4AIABrAGIAYsQkgEEMC4xM5gBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1nsAEA&sclient=img#imgrc=WSI8Iph15vcagM

 

“Weber definiu as classes sociais como o conjunto de probabilidades típicas de propriedade     de bens, de posição externa (status) e de destino pessoal. Uma classe se forma          por interesses e oportunidades. Contudo, esse autor não pensava que um critério único (posição no processo produtivo) determinasse a posição de classe: esta seria definida pela ‘situação de mercado’ da pessoa, o que incluía não somente a posse de bens, mas também outros fatores, como o nível de escolaridade e o grau de habilidade técnica.” [SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9 e 10)] (Ver os comentários logo acima e abaixo.)

COMENTÁRIO DO PROF. JOSÉ ANTÔNIO:

Vamos explicando trecho por trecho:

“Weber definiu as classes sociais como o conjunto de probabilidades típicas de propriedade     de bens, de posição externa (status) e de destino pessoal. (...)” (SILVA et alii. Idem.) Classes sociais são constituídas de pessoas que dispõem de bens materiais (terras, dinheiro, entre outros bens), mas que também têm certo status (posição) social, o que define o destino das pessoas, individual e coletivamente, que a compõem: a classe social em que uma pessoa nasce exerce influência sobre ela, ainda que, certamente, não de forma tão determinística, ou seja, a pessoa não obrigatoriamente tem que viver nas mesmas condições dadas desde o nascimento. Weber deve ter visto e sabido de pessoas que mudaram de classe social ou, dentro da própria, de condições de vida, como no caso do capitalismo.

Inclusive o texto deixa muito claro que: “(...) Uma classe se forma          por interesses e oportunidades. Contudo, esse autor não pensava que um critério único   (posição no processo produtivo) determinasse a posição de classe: esta seria definida pela ‘situação de mercado’ da pessoa, o que incluía não somente a posse de bens, mas    também outros fatores, como o nível de escolaridade e o grau de habilidade técnica.” [SILVA, Afrânio et alii. Ibidem.] Se a pessoa tem interesse, oportunidade, aprimora seu nível de escolaridade e/ou desenvolve habilidades técnicas (de conhecimento técnico) ou até mesmo, de repente, ter sorte (ganha na loteria, por exemplo), ela pode vir a situar-se em outro plano social, em outra classe ou mesmo em sua própria classe.

VISUALIZAÇÃO:

Classes        sociais:

https://www.google.com.br/search?q=classesocial&hl=pt-BR&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=657&ei=Um-aYfzrFve-5OUPkciHuAE&iflsig=ALs-wAMAAAAAYZp9YtHyfb93GfEXL2lYYV46Ijdq_GlF&ved=0ahUKEwj83Irp66n0AhV3H7kGHRHkARcQ4dUDCAY&uact=5&oq=classesocial&gs_lcp=CgNpbWcQAzoLCAAQgAQQsQMQgwE6CAgAELEDEIMBOgUIABCABDoICAAQgAQQsQNQAFi8FmD2HGgAcAB4AIABzQGIAZ0PkgEGMC4xMS4xmAEAoAEBqgELZ3dzLXdpei1pbWc&sclient=img#imgrc=rs1SnVCdUxD-3M

Educação     (Brasil-gráficos):

Conjunto1:

https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18317-educacao.html

 

Conjunto2:

https://www.google.com.br/search?q=escolaridade+no+brasil&bih=657&biw=1366&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjb7oaC7an0AhW-qJUCHRwGBf8Q_AUoAnoECAEQBA#imgrc=vcNhcGl2QPj0PM

 

“Expandindo sua teoria da estratificação, Weber tipifica, além da classe, outros dois grupos: círculos de status e partidos. Conceitua o grupo status como coletividade que se          diferencia pelo prestígio ou pela honra social de que goza e por seu estilo de vida. Desse  modo, não se pode explicar adequadamente a aquisição de status examinando somente          características individuais, como anos de estudo e ocupação dos pais.” [SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9 e 10)]

O STATUS SOCIAL de alguém não se define somente pela classe social a que pertence. Uma pessoa pode ter prestígio, ter renome e ser muito respeitada por suas contribuições à sociedade, seja no campo científico (acima se mencionou Einstein e Santos Dumont), por suas contribuições humanitárias (grandes nomes respeitados do passado e do presente, como Ghandi e outras pessoas), entre outras contribuições.

Dos partidos, ver abaixo.

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com/search?q=STATUS+SOCIAL&tbm=isch&chips=q:status+social,online_chips:max+weber:ln0le5E2TEo%3D&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiFiMCf6Kn0AhVpBLkGHX-LBmwQ4lYoBXoECAEQGw&biw=1226&bih=597#imgrc=dt0ecNWo8tlO3M

“Deve-se, também,          verificar as características dos grupos. Por exemplo, os ‘novos ricos’, mesmo tendo conquistado      riqueza igual ou até superior à de outros grupos privilegiados, são vistos com    certo desprezo pelos ricos, cujas fortunas são anteriores a eles mesmos, provenientes de     famílias consideradas ‘tradicionais’.” [SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9 e 10)]

VISUALIZAÇÃO:

https://www.google.com.br/search?q=novos+ricos+velhos+ricos&tbm=isch&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiippWZ6an0AhUTBLkGHerwCo8QBXoECAEQDw&biw=1349&bih=657#imgrc=uEV88K0sWJEwCM

“Já os partidos, na terminologia de Weber, não são apenas grupos que disputam eleições,    e sim, mais propriamente, organizações que procuram impor sua vontade aos outros.” [SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9 e 10)] Há diferentes associações (organizações) que vão além de partidos políticos, como a Associação Rosa Cruz, o Rotary Club, a Maçonaria, as igrejas, entre outras tantas organizações que fazem PARTE da sociedade. Partido é parte, neste sentido. E cada associação ou organização social seria um partido.

VISUALIZAÇÃO 1 para o texto a seguir     (O          controle              do               partido central  nazista, por        exemplo):

https://www.google.com/search?q=nazismoeseundauerramundial&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjTidie8an0AhWQrZUCHZbGAkgQ_AUoA3oECAEQBQ&biw=1242&bih=597&dpr=1.1

VISUALIZAÇÃO 2 para o texto a seguir (A maçonaria):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ma%C3%A7onaria#/media/Ficheiro:Square_compasses.svg

Vale lembrar que de um partido participam pessoas de diferentes classes sociais, portanto indo além destas. Na visualização 2, logo acima, Voltaire era um filósofo e escritor, George Washington, o americano, era um político. Há também pessoas comuns, de classes menos elevadas economicamente, em um partido (partido político, associação ou organização qualquer).

“O     controle de partidos, em especial de grandes organizações burocráticas, não depende         apenas de riqueza ou de outro critério de classe: alguém pode dirigir uma burocracia             militar, científica ou de outro tipo e não ser rico, da mesma maneira que é possível ser        rico e ter pouco prestígio.” [SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9 e 10)]

Burocracia é um conjunto de funcionários e trabalhadores que trabalham no ordenamento social, como em uma empresa, um órgão, como o militar, entre outras entidades sociais. O burocrata, na maioria das vezes, não é rico, mas tem uma importância vital no andamento da sociedade, por meio de seu trabalho. E dos partidos a pessoa não precisa ser rica para participar.

VISUALIZAÇÃO (burocracia):

https://www.google.com/search?q=burocracia&hl=pt-BR&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiXqJrI8an0AhUWlJUCHXeMAG8Q_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597&dpr=1.1

“A teoria weberiana de estratificação é importante para mostrar que outras dimensões   além da classe (econômica) influenciam a vida das pessoas. O autor chamou a atenção para a interação complexa entre grupos de status e partidos, e para o fato        de que eles operam separadamente, ampliando os fatores envolvidos nas análises de    estratificação social.” [SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9 e 10)]

Como se pode ver, para Weber, ao analisar a estratificação social (formação de estratos ou camadas sociais), o critério econômico é apenas um aspecto, ao qual se juntam o status e o partido, bem como as instituições e os burocratas que delas fazem parte. Status social e partido(s) vão além da dimensão e da divisão econômicas, pois podem englobar pessoas de diferentes classes sociais, como foi sendo explicado ao longo deste pequeno estudo. Nas igrejas, que são instituições (organizações) sociais de cunho religioso, participam pessoas de diferentes classes sociais, por exemplo. No Rotary Club, por exemplo, o grupo tem uma preocupação social também. O que estas pessoas têm em comum? Crenças e valores, ideias.

VISUALIZAÇÃO 1 (igrejas):

https://www.google.com/search?sca_esv=439ed1f28d78315f&q=igreja&udm=2&fbs=AEQNm0AuaLfhdrtx2b9ODfK0pnmi046uB92frSWoVskpBryHTlk_BnclDEVJ373ohNdpcnUA2Q9glauq2hv-jmZkIjtHSldP9METoeXf7m00-M5nFgEVuEUlrdepD3tP42r7bevlWfixl2iNowTc2MNht9lzByuLTCwuDS22ptEIOXYvCZ8S33NeNsXQLtTlRII1RfQpBqQmXaPYExGxnj5tZPdc9mSs2Q&sa=X&ved=2ahUKEwjIn_jwibeJAxW_HbkGHcElMVQQtKgLegQIEBAB&biw=1536&bih=678&dpr=1.25#vhid=ihZCPs8C2W7fRM&vssid=mosaic

 

VISUALIZAÇÃO 2 (Rotary Club):

https://www.rotary.org/pt/about-rotary/history

Conteúdo do capítulo 10 do livro SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO.

https://pt.calameo.com/read/0028993270bf48599a68e?authid=XBPlbB734l1t

Referências Básicas:

GOOGLE IMAGENS. Disponível em: < https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&ogbl > Acessos em outubro de 2025.

SILVA, Afrânio et alii. Trabalho e Sociedade. In: __________. Sociologia em Movimento. 2.ed. São Paulo, Moderna, 2016. (Cap. 9 e 10)

 

QUARTO BIMESTRE - AULA 35A DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS. REVISÃO: HELENISMO – CORRENTES HELENÍSTICAS (RESUMO BÁSICO) (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

QUARTO BIMESTRE

AULA 35 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS – REVISÃO:

HELENISMO – CORRENTES HELENÍSTICAS (RESUMO BÁSICO) (Prof. José Antônio Brazão.):

EPICURISMO

 

*Um dos movimentos filosóficos do período helenístico.

*Busca do prazer.

*Moderação e equilíbrio.

*Materialismo. Todas as coisas são compostas de partículas.

*Para Epicuro não se deve preocupar com os deuses.

*Epicuro (aprox.. 341 – 270 a.C.) à Carta a Heródoto; Carta a Meneceu.

*Lucrécio (aprox. 96 a 55 a.C.) à Sobre a natureza das coisas.

CINISMO

 

 

*Kinos (gr.) = cão.

*Outro movimento filosófico presen-te no período helenístico.

*Indiferença com relação às coisas do mundo.

*Autodomínio.

*Anticonvencionalismo: não aceitação das convenções sociais. Diógenes, p. ex., vivia em um barril.

*Regresso à natureza.

*Antístenes (aprox. 444 a 365 a. C.). “Forma de vida, surgida num momento de crise.” (Mora).

*Diógenes (aprox. 413 – 327 a.C.).

 

ESTOICISMO

 

 

*Presente no período helenístico.

*Espalhou-se, chegando ao período romano.

*Stoá (gr.) = Pórtico. Pórtico de Atenas, onde se reuniam.

*Ataraxia (imperturbabilidade da alma) à busca.

*Autocontrole.

*Controle das paixões.

*Zenão de Cítio (aprox. 335 a 264 a.C.

*Epicteto (50 a 198).

*Sêneca (4 – 65 d.C).

* Marco Aurélio (imperador romano) (121 a 180 d.C.).

 CETICISMO

 

*Presente no período helenístico.

*Reapareceu no mundo moderno, com filósofos como Montaigne e Hume.

*Cético: “O que olha cuidadosamente, o que examina atentamente.” (Mora).

*Dúvida.

*Discute a questão dos fundamentos e da possibilidade do conhecimento humano.

*Pirro de Élis (aprox. 360 a 270 a.C.).

*Sexto Empírico (séc. I/II d.C.).

*Enesidemo (séc. I a.C.).

NEOPLATONISMO

 

*Presente no período helenístico.

*Retoma o pensamento platônico.

*Influenciou a filosofia cristã.

*Uno: “Hipóstase originária, a primeira e superior realidade, o que possui em si o seu haver” (Mora).

*Alma: ligada à Eternidade, a ela conectada.

*Hipóstase: ser (o que existe). Segundo o Dicionário Oxford Languagues Português do GOOGLE: HIPÓSTASE: “para os pensadores da Antiguidade, realidade permanente, concreta e fundamental; substância” (Google, significado de Hipóstase).

*Dualismo psicofísico: alma (psiqué)/ corpo material (físico). Cf. Platão, cujas ideias influenciaram o neoplatonismo.

*Amônio Saccas (século III d.C.).

*Plotino (205 a 270 d.C.).

 

REFERÊNCIAS:

ARANHA, Maria L. de A. e MARTINS, Maria H.P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo, Moderna, 2012. (Edição dentro da Nova Ortografia.) ENCICLOPÉDIA FOLHA, volumes 1 e 2.

GAARDER, Jostein.  O Mundo de Sofia. São Paulo, Cia. Das Letras, 1996.

MAGEE, Bryan. História da Filosofia. 2.ed. São Paulo, Loyola, 2000.

MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. Lisboa, Dom Quixote, 1991.

SITES: www.google.com.br ; www.wikipedia.org ; www.uol.com.br .