domingo, 6 de abril de 2025

SEGUNDO BIMESTRE - AULA 12 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. DIREITOS HUMANOS: DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA (Prof. José Antônio Brazão.)

 

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

SEGUNDO BIMESTRE

AULA 12 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

DIREITOS HUMANOS:

DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA (Prof. José Antônio Brazão.)

O que é cidadania e o que ela tem a ver com os direitos humanos? Cidadania é participação: cada pessoa que faz parte da sociedade é um(a) cidadão (cidadã), sem dúvida. Mas a cidadania vai além: ela demanda (exige), para ser cidadania de fato, que cada membro da sociedade participe da vida social e política.

Cidadã ou cidadão não é somente a pessoa que exerce sua cidadania na hora de votar ou de pagar impostos, ainda que isto faça parte da cidadania. Muito antes, a cidadania é compromisso de todos, de cada grupo social e de cada pessoa (cidadã/cidadão), na vida social. Como? Contribuindo para o bem comum, isto é, o bem de todos os membros da sociedade: participar da vida social, perceber-se como ser político, já que político não é só a pessoa que trabalha nas instituições políticas (câmara de vereadores, prefeitura, assembleia estadual, governo estadual, assembleia dos deputados federais, senado, presidência da república).

Ser cidadão/cidadã político(a) é ser uma pessoa consciente dos problemas e desafios da sociedade em que vive, seja na cidade, no Estado, no país e até no mundo. Uma pessoa que age, que discute respeitosa e seriamente a política, que acompanha os acontecimentos políticos buscando entende-los, que contribui, conforme suas possibilidades, para o bem da sociedade, que mantém, com outros, vigilância sobre os procedimentos dos(as) políticos(as) citados(as) acima em resumo, de diferentes modos de participação.

A política pode ser feita com participação e conscientização ou até mesmo com a passividade (aceitação de tudo que é imposto sem questionamento). A passividade é um perigo para os direitos humanos.

Mas por que a passividade é um perigo para os DIREITOS HUMANOS? Quando esses direitos são tirados ou vilipendiados (desdenhados, menosprezados, desprezados), por conta de políticas (ações políticas, econômicas e sociais) determinadas pelo Estado) que beneficiam apenas certos grupos econômicos, como empreiteiras, grandes ruralistas, banqueiros, grandes industriais, grandes empresários, multinacionais, entre outros grandes grupos, todo o restante da sociedade é prejudicado.

Não se pode negar a importância daqueles grandes grupos econômicos. Sem dúvida, são vitais à sociedade e a podem ajudar para que a igualdade social se estenda a mais pessoas. O problema está no exercício de poder que domina e que se preocupa quase exclusivamente com os membros de tais grupos e deles entre si. A corrupção, por exemplo, é uma realidade que prejudica milhões e milhões de pessoas, beneficiando apenas alguns e seus serviçais políticos em detrimento de parte significativa da sociedade, principalmente os mais pobres, os quais mais sofrem.

Direitos humanos são universais, fundados em leis internacionais e nacionais. Portanto, são bens aos quais todos os membros da sociedade devem (ou deveriam) ter acesso: educação, saúde, habitação, além de outros bens públicos, fruto de tributos e cobranças que comumente ocorrem nas sociedades e, particularmente, no Brasil.

Entretanto, nenhum direito humano é conquistado gratuitamente e de boa vontade – o exercício da cidadania consciente e lutadora em prol dos direitos é algo que deve ocorrer todos os dias. Quando esse exercício diário, pessoal e, especialmente, grupal, é deixado de lado, parte significativa da sociedade sofre (pobres, classe média e outros).

E que lutas são essas exigidas da cidadania? Para citar algumas:

1.    Cumprir os deveres. Por exemplo: sendo estudante e dispondo de livros e outras condições que o Estado fornece (direitos), estudar com afinco (dever);  pagar os tributos, pois estes revertem para o bem comum; etc.

2.    Procurar estar por dentro dos trabalhos dos políticos das instituições do Estado federal, estadual e municipal: o que fazem, que leis votam, como essas leis podem ser boas ou maléficas para a sociedade, etc.

3.    Cobrando posicionamentos de políticos(as) em favor da sociedade.

4.    Para cada cidadã e cidadão que puder: participar da associação do bairro em que vive, de algum partido político, de alguma outra associação, de ações grupais efetivas em lutas por direitos.

5.    Vendo-se como um ser político e não passivo.

6.    Não aceitando passivamente os desmandos de políticos.

7.    Cuidando dos bens sociais: da praça (por exemplo, não pisando nas plantas, nem jogando lixo), do posto de saúde, da escola (não pichando, não destruindo livros, zelando pelo prédio escolar e pelas pessoas que nele trabalham e convivem), dos prédios públicos (não pichando, não destruindo, etc.), enfim, de todos os bens a que se tem acesso.

8.    Levando a sério os estudos e buscando aprender sempre. Ora, todo conhecimento pode ser útil a cada indivíduo, à família a que esse indivíduo pertence e a toda a sociedade. Estudar e aprender sempre é um exercício por excelência da cidadania!

9.    Ajudando pessoas, sempre que possível.

10.  Enfim, de muitos modos. Os modos citados são apenas alguns exemplos.

Para concluir: DIREITOS HUMANOS não são dados de graça a ninguém, são frutos de lutas milenares e seculares, nas quais o exercício da cidadania se realiza, acontece. Se, de um lado, cada cidadã e cada cidadão tem deveres a cumprir, também tem direitos aos quais deve ter acesso, garantidos, inclusive, pelas leis do Estado e por leis internacionais (exemplo: a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU). Ademais, nenhuma luta se dá sozinho(a), mas com outras pessoas e grupos.

Saber usar os direitos a se tem acesso é um dever. Dever também é o de respeitar os direitos de outras pessoas, de todos os membros da sociedade, lembrando que todos são seres humanos, constituídos de dignidade.

REFERÊNCIAS:

ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: < https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos > Acesso em 04/04/2025.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – CASA CIVIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm > Acesso em 04/04/2025.

SILVA, Afrânio et alii. Sociologia em Movimento. São Paulo, Moderna, 2013.

SEGUNDO BIMESTRE - AULA 12 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS. RETOMADA DE CONTEÚDO: OS SOFISTAS EM POESIA (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

SEGUNDO BIMESTRE

AULA 12 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS

RETOMADA DE CONTEÚDO:

OS SOFISTAS (Prof. José Antônio Brazão.)

Entre os séculos seis, cinco e quatro,

Cidades-estados iam crescendo,

Necessidades novas iam surgindo

E da política os quadros

Maior preparação iam exigindo.

IMAGENS (DEMOCRACIA ATENIENSE, na Wikipédia):

Em slides:

Conjunto 1:

https://en.wikipedia.org/wiki/Athenian_democracy#/media/File:Discurso_funebre_pericles.PNG

Conjunto 2 (Bulé – “assembleia restrita de cidadãos”, no Areópago):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bul%C3%A9

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bul%C3%A9#/media/Ficheiro:Areopagus_from_the_Acropolis.jpg

Conjunto 3 (Areópago, onde se reunia a bulé):

https://es.wikipedia.org/wiki/Boul%C3%A9

https://es.wikipedia.org/wiki/Boul%C3%A9#/media/Archivo:Areopagus_from_the_Acropolis.jpg

(Ver também Atos dos Apóstolos cap. 17, posterior a este período.)

Da tradição os valores descrendo,

Os sofistas, filósofos professores,

De cidade em cidade

Seus conhecimentos iam vendendo:

Retórica e Dialética, o domínio da linguagem.

IMAGENS (Grécia Antiga, na Wikipédia):

https://fr.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A8ce_antique

Em slides (conjunto 1, principal):

https://fr.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A8ce_antique#/media/Fichier:Carte_Grece_antique_02.jpg

Jovens e outros em condição de pagar

Eles preparavam para na vida política atuar,

Tão importante nas gregas póleis,

Nas aquecidas discussões

E nas legais decisões.

Em slides (conjunto 2, em português):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_Antiga#/media/Ficheiro:Greek_Colonization_Archaic_Period-es.svg

Górgias, Protágoras, Trasímaco e outros

A verdade relativizaram,

Dizendo que dependia de cada um.

Dobrando o pensamento,

A visão de muitos convenciam.

Imagens (Protágoras):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Prot%C3%A1goras

https://pt.wikipedia.org/wiki/Prot%C3%A1goras#/media/Ficheiro:Salvator_Rosa_-_D%C3%A9mocrite_et_Protagoras.jpg

Trasímaco na Wikipédia:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tras%C3%ADmaco

Os gregos sofistas caminhos abriram

De antropocêntrica visão,

Sobre o cosmos não se interessando,

Por cada humana questão,

Nas cidades, se preocuparam.

Slides (conjunto 3):

https://it.wikipedia.org/wiki/Sofistica#/media/File:Acropolis_and_agora_of_Athens.jpg

Questões de poder,

De mando e direção,

De Direito e linguística expressão,

Não deixando oportunidade perder

Da Ética e da verdade a discussão.

IMAGENS (ECLÉSIA, assembleia dos cidadãos de cidades-estados gregas):

https://es.wikipedia.org/wiki/Ekkles%C3%ADa

Em slides:

https://es.wikipedia.org/wiki/Ekkles%C3%ADa#/media/Archivo:Demosthenes_before_the_Athenian_Council_by_Louis_Loeb_(1898).jpg

Curiosidade: Da palavra grega Eclésia (assembleia) surgiu o nome IGREJA, em português. Também a palavra eclesiástico (membro da igreja).

O homem de todas as coisas a medida,

Assim Protágoras defendia,

Colocando o humano no centro,

Medida-referência,

Conhecedor da dialética e da ciência.

IMAGENS (Assembleias gregas antigas):

https://www.google.com/search?q=assembleias+gregas+antigas&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiP_K_Rw-XvAhWhA9QKHYhaDKsQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1242&bih=597

Sofismas elaboravam,

Raciocínios capciosos

Com aparência de verdade,

Úteis na arte da persuasão,

Em assembleias, obter apoio e adesão.

IMAGENS (Retórica/dialética):

https://fr.wikipedia.org/wiki/Rh%C3%A9torique

Conjunto 1 (Retórica):

https://fr.wikipedia.org/wiki/Rh%C3%A9torique#/media/Fichier:D%C3%A9mosth%C3%A8ne_s'exer%C3%A7ant_%C3%A0_la_parole_(1870)_by_Jean-Jules-Antoine_Lecomte_du_Nou%C3%BF.jpg

Conjunto 2 (Retórica):

https://es.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%B3rica#/media/Archivo:D%C3%A9mosth%C3%A8ne_s'exer%C3%A7ant_%C3%A0_la_parole_(1870)_by_Jean-Jules-Antoine_Lecomte_du_Nou%C3%BF.jpg

Conjunto 3 (Dialética eurística – usada para convencer as pessoas):

https://fr.wikipedia.org/wiki/La_Dialectique_%C3%A9ristique

Górgias, advogando,

De Helena fez a defesa

Com rica argumentação.

Se movida por algum deus ou deusa,

Não teve ela culpa por sua ação.

Tese (afirmação) 1 de Górgias: NADA EXISTE.

https://es.wikipedia.org/wiki/Gorgias#Tesis_1:_Nada_existe

Obs.: O poema de Górgias sobre Helena será estudado em momento propício.

As artes do debate e do convencimento

Ensinavam, por meio de cursos

Em casas e lugares públicos,

Fazendo deles instrumentos

Para obter vitórias no parlamento.   

[Obs.: parlamento, aqui, é assembleia.]

Tese (afirmação) 2 de Górgias: Se alguma coisa existia, seria incompreensível:

https://es.wikipedia.org/wiki/Gorgias#Tesis_2:_Si_algo_existiese,_ser%C3%ADa_incognoscible

Tese (afirmação) 3 de Górgias: Se algo cognoscível, seria incomunicável.

https://es.wikipedia.org/wiki/Gorgias#Tesis_3:_Si_algo_fuese_conocible,_ser%C3%ADa_incomunicable

De debates, em casas, em várias ocasiões,

Os sofistas participavam,

Como os retratados pelo filósofo Platão,

Em diferentes e aquecidos diálogos

De socráticas discussões.

 

Em tais diálogos algum sofista discutia

Seja o amor, a justiça ou outro ético valor.

Enfrentando argumentativamente

O platônico mestre Sócrates,

Expondo suas opiniões.

 

Argumentativamente: com o uso de argumentos (uso de ideias expressas em palavras [em discurso] para defender e negar posições, para CONVENCER as pessoas).

 

Diversos sabiam fazer uso da mitologia

E dos conhecimentos

Históricos, políticos e sociais

Do passado e de seu tempo,

Com lógica própria e maestria.

 

Os sofísticos pensamentos

Abriram caminhos novos,

Demandando respostas

A desafios nada ortodoxos,

Novos conceitos e argumentos.

 

Repensar a linguagem,

A visão de mundo e da educação,

Dos seres divinos a imagem

Proposta pela popular religião,

Fazendo surgir nova filosofia.

 

Hoje, por certo, de forma nada branda,

Sofistas e sofísticas declarações

Existem na política,

Na advocacia e até na propaganda,

No dia a dia e em muitas profissões.

IMAGENS (ESCOLA SOFÍSTICA, na Wikipédia):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_sof%C3%ADstica

Em slides:

Imagem 1:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_sof%C3%ADstica#/media/Ficheiro:Bust_Polemon_philosopher_140_AD,_NAMA_427_102864.jpg

No Slideshare (conjunto 1):

https://pt.slideshare.net/leandronazareth/aula-de-filosofia-antiga-tema-sofistas

No Slideshare (conjunto 2):

https://pt.slideshare.net/daysefaro/os-sofistas

OBS.: Fazer uma ponte entre o passado e o presente pode ser muito enriquecedor no aprendizado da filosofia, mostrando sua vivacidade e atualidade!

Há cursos de retórica e dialética ainda hoje. Pagos!

REFERÊNCIAS:

ARANHA, Maria L. de A. e MARTINS, Maria H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009.

CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 3.ed. São Paulo, Ática, 2017.

WIKIPÉDIA. Verbetes: ZENÃO DE ELEIA, PARADOXOS DE ZENÃO. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal > Acesso em 04/04/2025.

 

SEGUNDO BIMESTRE - AULAS 11 DE TODAS AS TURMAS. ENTREGA, CORREÇÃO E COMENTÁRIO DE PROVAS. (Prof. José Antônio Brazão.)

 SEGUNDO BIMESTRE - AULAS 11 DE TODAS AS TURMAS: ENTREGA DE PROVAS (Prof. José Antônio Brazão.)

1) Entregar provas corrigidas e já anotadas.

2) Fazer a correção com as turmas.

3) Comentar os resultados.


ATIVIDADE REALIZADA AO LONGO DA SEMANA CONCLUÍDA NA SEXTA-FEIRA 04/04/2025.