SOCIOLOGIA. SEGUNDOS ANOS. TRABALHO COM CARTAZES. TEMA: CLASSES SOCIAIS EM DIFERENTES SOCIEDADES. (Prof. José Antônio Brazão.)
Trabalho solicitado em:
http://filosofianodia-a-dia.blogspot.com/2024/10/quarto-bimestre-aula-31-de-sociologia_2.html
SOCIOLOGIA. SEGUNDOS ANOS. TRABALHO COM CARTAZES. TEMA: CLASSES SOCIAIS EM DIFERENTES SOCIEDADES. (Prof. José Antônio Brazão.)
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COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
QUARTO BIMESTRE
AULA 37 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS
HELENISMO-CIÊNCIA/NEOPLATONISMO
(Prof. José Antônio Brazão.)
Foco:ciência/neoplatonismo.
Entre os
séculos IV a.C. e V da era cristã, ao final do período dos grandes filósofos
gregos, com a dominação
macedônica e, tempos depois, a romana, as cidades-estados (póleis) gregas
haviam perdido muito de sua liberdade e sua autonomia. A cidadania, que antes
estava ligada à pólis (cidade-estado), agora foi perdida. No entanto, em meio a
essa perda de autonomia e sob a dominação da Macedônia (e no período romano), a
cultura grega foi levada a diversos povos dominados pelo novo império. Ocorreu o que se convencionou
chamar helenismo, por causa
dos gregos, também chamados helenos.
Um dos grandes responsáveis por isto foi Alexandre
Magno, rei e poderoso general macedônico. Esse processo foi continuado
por seus generais, depois da morte de Alexandre, os quais dividiram entre si o
império conquistado. A Grécia
foi dominada, contudo acabou dominando culturalmente.
Alexandre
Magno, inclusive, fundou uma cidade no Egito que leva o seu nome, ainda hoje, Alexandria, na qual veio a
existir uma grande biblioteca, que durou por vários séculos e, depois,
destruída. Essa biblioteca
representa o valor do conhecimento humano, que passou a ser conservado, por
intermédio da escrita, da pesquisa (a biblioteca foi também um importante
centro de pesquisa no mundo antigo), da cópia, aquisição e reprodução de livros
e ideias. Livros de
comerciantes, estudiosos viajantes e de outros navegantes, que se encontravam
nos navios, eram solicitados e copiados, devolvidos, ampliando o acervo dessa
grande biblioteca. No entanto, conforme Carl Sagan, cientista norte-americano
do século XX, no episódio 1 de sua série em vídeo-documentários COSMOS, nem
todas as pessoas tinham acesso a ela, principalmente as mais pobres. Pensadores
importantes da antiguidade fizeram parte dos que por ela passaram, como Cláudio
Ptolomeu (astrônomo, matemático e geógrafo) e a filósofa Hipácia. A
regularidade e a beleza do cosmo
(ou cosmos) eram intrigantes.
A
arquitetura, a arte, a religião e as ideias gregas atravessaram as fronteiras
da Grécia, marcando, de modo especial, o mundo ocidental. Nos livros dos
Macabeus, parte da Bíblia católica e considerados apócrifos por judeus e
evangélicos, há menção a esse período, ao domínio helenístico e à reação da
família macabeia.
No que diz
respeito ao mundo ocidental propriamente dito, de um modo muito particular, no
caso de Roma e de suas
províncias, a arquitetura do Império Romano foi muito marcada pela simetria
geométrica dos gregos, sua língua predominante, o Latim, assimilou muitas
palavras e raízes da língua grega, deuses e deusas gregos foram incorporados na
mitologia romana, com nomes diferentes (ver no texto A humanidade e os mitos),
festas, costumes, além de outros elementos culturais. Curiosamente, da língua
latina, os vocábulos gregos e suas raízes passaram para as línguas neolatinas,
que evoluíram durante o fim do mundo antigo e o mundo medieval (até hoje!):
inglês (em boa parte), francês, italiano, romeno, português, espanhol, etc.
Dentro da
ciência, na época helenística, Ptolomeu
(séc. II d.C.) fez muitas observações dos céus, das estrelas e outros astros,
conhecendo também as ideias astronômicas de filósofos e astrônomos que o
antecederam, desenvolveu um sistema astronômico geocêntrico, com a Terra (Geia, em grego) no centro e os
astros girando em torno dela, inclusive o Sol. O que o diferenciou de outros
foi o acréscimo de epiciclos (círculos menores em cima dos círculos orbitais),
percorridos, de tempos em tempos, pelos astros celestiais e que tinham por
finalidade explicar porque as órbitas planetárias sofriam, aqui e ali,
variações, parecendo ir e voltar ao movimento normal. Hoje se sabe que a causa
é o fato de as órbitas serem elípticas, não circulares, porém, no tempo de Ptolomeu
fazia-se necessário manter a perfeição circular. Ptolomeu, como geógrafo,
também fez mapas e criou linhas de longitude a latitude (informação apresentada
no Globo Ciência, Cláudio Ptolomeu, que pode ser visto no Youtube). O geocentrismo
perdurou até o século XVI, quando foi contestado por Copérnico
(heliocentrismo).
VISUALIZAÇÃO:
Conjunto1:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ptolemeu#/media/Ficheiro:Ptolemy_16century.jpg
Conjunto2:
Outro
destaque importante, no campo da ciência, que antecedeu Ptolomeu, foi Arquimedes de Siracusa (Siracusa, 287 a.C. – 212 a.C.), um grande cientista, que desenvolveu um
sistema de bombeamento de água
chamado, hoje, parafuso de Arquimedes, estudou a curva os planos, a parábola, o cilindro, os esferoides, os
corpos flutuantes, o contador de areia, estudou a alavanca e seu poder,
projetou armas que viriam a proteger Siracusa, por um bom tempo, da invasão dos
romanos. Arquimedes foi um verdadeiro gênio e inventor.
VISUALIZAÇÃO:
No campo da
filosofia, no período helenístico desenvolveram-se também diversas escolas
filosóficas, dentre as quais destacaram-se:
O CETICISMO: Teve, por exemplo,
como representante, Pirro de
Élis ou Élida. Os céticos punham em dúvida
(sképsis, em grego) a possibilidade do conhecimento da verdade. O
conhecimento objetivo e universal não é possível. Num contexto de incertezas e
de decadência dos valores das póleis gregas, essa maneira de encarar a
realidade encontra um momento propício de retomada (vale lembrar que os
sofistas, tempos antes, foram também céticos).
O CINISMO. Diógenes de Sínope, o Cínico, foi um de seus representantes.
Os cínicos tinham o ideal de uma vida simples, não viam com bons olhos e até
desprezavam as convenções sociais. O nome cínico vem de kyon, kynos, que significa cachorro, cão, em grego (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinismo). Conta-se, inclusive, que Diógenes vivia em um barril, sendo visto por
pessoas que passavam pela rua e convivendo com animais que por aí circulavam.
O ESTOICISMO. Zenão de Citio foi seu fundador. Teve
também um imperador romano, Marco Aurélio,
que o seguiu. Defendiam o controle dos desejos,
das paixões e dos impulsos, propunham uma vida
simples, sem a radicalidade
dos cínicos. Além do imperador, teve também, como seguidor, no período romano,
por exemplo, o filósofo estoico Sêneca.
O EPICURISMO. Epicuro de Samos foi
seu fundador, daí o nome. Os epicuristas tinham como objetivo a busca do prazer, de forma equilibrada. De
acordo com Epicuro, o mundo é formado por átomos,
inclusive a alma. Os átomos da alma se desfazem com o corpo, ao final da vida.
Para ele, as pessoas não devem se preocupar com os deuses. Epicuro era ateu.
Curiosamente, Paulo, no primeiro século da era cristão, debateu, em Atenas, no
Areópago, com filósofos estoicos e epicureus ou epicuristas. Quando falou da
ressurreição dos mortos, os filósofos o abandonaram. O tal debate de Paulo,
o discípulo, apóstolo, seguidor de Jesus Cristo, com esses filósofos é
apresentado no capítulo 17 do livro Atos dos Apóstolos, presente no Novo
Testamento bíblico.
O NEOPLATONISMO. Já no período
cristão, fundado por Amônio
Saccas, teve como grande expoente um discípulo deste: Plotino. O pensamento
neoplatônico de Plotino
encontra-se apresentado no livro Enéadas (ou Enéades). Retoma o pensamento platônico
e defende a busca do UNO (faz
recordar o BEM de Platão),
através de um movimento de elevação da alma,
numa ascensão progressiva.
Tendência filosófica carregada de racionalismo e idealismo, especialmente de
influência platônica. O neoplatonismo veio a exercer forte influência sobre o
pensamento do cristão Aurélio Agostinho (Santo Agostinho). Para este a
filosofia não é inimiga da fé, mas auxiliar.
VISUALIZAÇÃO:
Amônio:
https://pt.wikiquote.org/wiki/Amônio_Sacas
Plotino:
https://pt.wikiquote.org/wiki/Plotino
“O uno – origem de tudo e finalidade essencial de todos os seres – é
todas as coisas e nenhuma delas é o uno. Ele é radicalmente transcendente, está
acima do ser e, por isso, não pode sequer ser nomeado. Dele procedem emanações:
o noús (o intelecto divino) e, em
seguida, a alma, que se projeta para o mundo, identifica-se com a natureza e se
emaranha na encarnação física. Os seres humanos, em última análise originários
do uno, devem – através da contemplação do belo – fazer o caminho inverso,
retornar até a alma “sem mescla” e dali unir-se ao princípio intelectual, a fim
de “ver o que ele (o uno) vê”.”(IN: https://jornal.usp.br/cultura/finalmente-na-integra-plotino-explica-o-uno-e-suas-emanacoes/)
VISUALIZAÇÃO:
As escolas
de Platão e Aristóteles – Academia e Liceu, respectivamente – continuaram
existindo durante séculos, tendo sido, enfim, fechadas no período cristão. Uma
das grandes vantagens destas escolas
é que possibilitaram a reprodução e a preservação das ideias de seus filósofos
fundadores, que viriam a exercer forte influência sobre o pensamento cristão da
Patrística e da Escolástica.
Uma
característica importante desse período, no campo do pensamento e da sociedade
em geral foi o cosmopolitismo,
palavra que quer dizer, basicamente: cidadania (da palavra pólis,
cidade-estado, cidade) e cosmo (palavra grega que quer dizer mundo), em razão
daquela perda do referencial da autonomia das cidades-estados, da expansão do
helenismo e de uma percepção maior da realidade política.
Um fato
interessante e digno de nota é que, no período cristão, a filosofia helenística
conviveu com o pensamento cristão, como pôde ser observado ao falar do debate
de Paulo com os filósofo, além de outros episódios de contato de intelectuais
cristãos com a filosofia greco-romana (helenística), como foi o caso dos que
pertenceram à Patrística, até o fechamento, por força da influência da fé
cristã, então institucionalizada, da Academia.
VISUALIZAÇÃO:
Alexandria:
INDICAÇÃO(proposta)
(Filme Alexandria [Ágora], sobre a filósofa Hipácia de Alexandria):
Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=7l8kDV6-Oys
O filme (em
espanhol):
https://www.youtube.com/watch?v=lja2D8-tB7s
CAÇA-PALAVRAS – HELENISMO-CIÊNCIA E
NEOPOSITIVISMO (Prof. José Antônio.)
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As palavras estão da direita para a esquerda e vice-versa, na
horizontal, na vertical, na diagonal.
Máquina de Anticítera:
Máquina de
Anticítera:
Anticítera:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antic%C3%ADtera
Desvendando o
mistério de Anticítera – Science(Resumido):
https://www.youtube.com/watch?v=3enNQfuHiNI
O Primeiro
Computador do Mundo Mecanismo de Antikythera(COMPLETO):
https://www.youtube.com/watch?v=uWNBRnuzsTg
REFERÊNCIAS:
ARANHA, Maria Lúcia
de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. FILOSOFANDO:
Introdução à Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009.
BÍBLIA NVI. Atos
17:13-34 (NVI – Nova Versão Internacional.) Disponível em: <
https://www.bibliaonline.com.br/nvi/atos/17 > Acesso em 09/11/2024.
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 2.ed. São Paulo,
Ática, 2014.
COTRIM, Gilberto e
FERNANDES, Mirna. Fundamentos de
Filosofia. Disponível em: < https://www.academia.edu/37334864/Fundamentos_de_FILOSOFIA_GILBERTO_COTRIM_MIRNA_FERNANDES > Acesso em 09/11/2024.
EPICURO. Pensamentos. São Paulo, Martin Claret,
2006. (Col. A Obra-Prima de Cada Autor.)
INTERNET
ENCYCLOPEDIA OF FILOSOFIA. Verbete Epicurus.
Disponível em: < https://iep.utm.edu/epicur/ > Acesso 09/11/2024.
WIKIPÉDIA. Verbetes: Helenismo, Zenão de Cítio, Marco
Aurélio, Sêneca e outros. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal > Acesso em 09/11/2024.
Obs.: Epicuro, 2013
– Ver livro de COTRIM e FERNANDES.
Para saber mais:
http://www.ime.unicamp.br/~calculo/history/arquimedes/arquimedes.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquimedes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Helenismo
http://plato.stanford.edu/entries/epicurus/ (em inglês) (Use tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/stoicism/ (em inglês) (Use tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/epictetus/ (em inglês) (Use tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/marcus-aurelius/ (em inglês) (Use tradutores online.)
http://plato.stanford.edu/entries/seneca/ (em inglês) (Use tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/skepticism-ancient/ (em inglês) (Use tradutores online.)
http://plato.stanford.edu/entries/ammonius/ (em inglês) (Use tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/plotinus/ (em inglês) (Use tradutores online. São bons.)
http://plato.stanford.edu/entries/cosmopolitanism/ (em inglês, contém informações também sobre Diógenes de Sínope) (Use
tradutores online. São bons.)
Obs.: Todas as
páginas em inglês foram traduzidas com uso do Google Tradutor ou outro(s)
tradutor(es) online:
http://translate.google.com.br/
http://www.clubedoprofessor.com.br/traduz/