sexta-feira, 7 de outubro de 2016

FILOSOFIA EM POESIA: FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA 2 (Prof. José Antônio Brazão.)

FILOSOFIA EM POESIA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA 2:
(Prof. José Antônio Brazão.)

Os séculos dezenove (parte), vinte e vinte e um:

Séculos de invenções e ciências,
do motor a explosão e do vapor,
em usinas imensas, a energia elétrica,
era dos trens e dos automóveis
do avião, do computador,
de descobertas da genética.

Em mais de cem anos, as comunicações:
o já existente telégrafo,
o telefone de Bell e o celular,
o rádio de Marconi e as radio-transmissões,
a televisão de tubo e tela plana,
a internet nas casas e em todo lugar.

Abria-se um tempo de muitas novidades:
desde grandes descobertas
e novas invenções
até fatos de extremas gravidades,
como a fome e a miséria abertas,
guerras terríveis e ideológicas ilusões.

O capital, avançando
sobre diferentes sociedades,
globalizando-se foi cada vez mais,
seus tentáculos estendendo,
com velhas alianças e belicosidades,
por mercados e domínios neocoloniais.

O jogo de econômicos interesses,
aliado a políticas ambições,
levou a duas guerras mundiais,
durante longos anos e meses,
de bélicos conflitos e ações:
70 milhões de mortos e  muitos feridos fatais.

Novas e renovadas reflexões filosóficas
Foram progressivamente aparecendo:
as reflexões do existencialismo,
a nova matemática lógica,
a Escola de Frankfurt e seu pensamento,
outras tantas, incluindo o marxismo.

A Escola de Frankfurt, na Alemanha,
de filósofos, economistas
e outros intelectuais composta,
investigou o capitalismo e suas entranhas,
a ideologia e as ações nazi-fascistas,
analisou até a arte e suas propostas.

Os frankfurtianos Horkheimer e Adorno,
pesquisando a cultura e a arte,
evidenciaram a indústria cultural,
que produz arte e informações para consumo
e venda, em toda parte,
e transmite a ideologia do capital.

Walter Benjamin, expondo sua posição,
viu à arte o acesso de mais pessoas.
Na era da reprodutibilidade técnica,
novos meios de multiplicação,
por meio de máquinas e cópias,
abrindo espaço a diversas estéticas.

Boa parte dos frankfurtianos,
por judeus composta,
incluindo Adorno e Benjamin,
por nazistas foi, por anos,
vigiada e exposta,
pondo às reuniões da Escola um fim.

A filósofa Hannah Arendt, também judia,
estudou os totalitarismos do vigésimo século
analisou o fascismo, o nazismo e o stalinismo,
viu neles uma evolução do unipartidarismo,
a transformação das classes em massas
e uma política externa voltada para o domínio mundial.

Ela também fez dura crítica
do domínio nazista
nos campos de concentração,
de carrascos nazistas sem traço sentimental,
ao serem julgados, vendo neles a manifestação
do que chamou de banalidade do mal.

O pensamento marxista
sobre várias revoluções
exerceu forte influência:
na Rússia e União Soviética,
tendo na China e em Cuba repercussões,
despertando conflitos e nova consciência.

Fruto desse pensar, Rosa Luxemburgo,
polonesa, filósofa e economista,
do Partido Social Democrata,
militante socialista e marxista,
presa por causa de suas lutas e fadigas
por dar apoio à trabalhadora classe explorada.

A formal lógica aristotélica já não bastava,
nem a matemática de Euclides,
no século dezenove já vinha aparecendo
uma lógica matemática
e matemáticas não-euclidianas
vinham nascendo.

A Lógica Matemática
transforma em símbolos lógicos
a humana linguagem,
tendo influenciado a informática,
a programação, a eletrônica e os estudos robóticos,
abrindo à filosofia e às ciências nova abordagem.

O humano existir também levantou reflexões na consciência:
a tempos vinha-se gestando o existencialismo,
no pensar de Kierkegaard e Friedrich Nietzsche
fervilhando foram pensares sobre a existência,
mas tomou efetiva forma com Jean-Paul Sartre,
filósofo francês do século vinte.

Sartre popularizou o existencialismo
em livros, romances e no teatro,
dizia que o homem está por sua própria conta e realidade,
pelo fato de inexistir qualquer ser divino,
tornando-se ele responsável por cada ato;
ademais, tudo o que faz envolve a humanidade.

O existencialista Albert Camus, argelino,
também escreveu livros e romances.
Em A Peste expôs temáticas como o amor,
a amizade, a luta comum, o companheirismo,
o respeito, o entendimento humano
e o combate aos ratos (nazi-fascistas) sem temor.

No campo das ciências e da tecnologia:
a teoria da relatividade e a física quântica;
a criação de foguetes que levaram homens à Lua,
com os EUA e a URSS em plena Guerra Fria;
descobertas na medicina, da biologia e da química,
a descoberta da estrutura e da função do DNA.

Descobertas na área da computação:
desde a máquina de Turing para combater a Enigma
até os estudos e criações de Steve Jobs,
de Bill Gates e cientistas da informação,
supercomputadores de uso diverso e no estudo do clima
e cujo uso por governos e instituições, a cada dia, sobe.

A teoria e descoberta do Big Bang,
a grande explosão de origem do universo,
trouxe consigo novas perspectivas:
nada no universo é estanque,
tudo tem mesma origem, apesar do diverso,
que estabelece da natureza as leis e as prerrogativas.

A fórmula de Einstein, relativa à energia,
diz que esta é o resultado
da multiplicação da massa
pela velocidade da luz ao quadrado. [E= M.C2]
Uma bomba atômica cidades arrasa.
Inversamente, no Big Bang, energia formou matéria.

No mundo atual,
crises econômicas
e crises humanitárias,
frutos da crença neoliberal
em mercadológicas
liberdades utilitárias.

Mundo de câmeras
e sistemas de informação,
da vigilância o fulgor,
de registro e visões seguras,
para controle de pensamento e ação,
como descobrira Michel Foucault.

Mortes aos milhares no Mediterrâneo,
conflitos no Iraque e entre os sírios,
a violência no mundo, a ponto tal,
do Brasil contemporâneo
à Ucrânia: muitos sacrifícios
exigidos e postos no altar do capital.

Mas nem tudo é negativo:
uma consciência ecológica, há décadas,
nasceu e vem crescendo,
a cada um(a) e todos juntos cabendo
levar, de conferências linhas traçadas,
ações em prol da Terra em grau superlativo.

No campo da educação, vale citar aqui
filósofos e educadores de grande importância:
Paulo Freire e Rubem Alves,
Jean Piaget e Lev Vygotsky,
Maria Montessori, a italiana.
A eles e tantos(as), de todos os lugares, um alegre Salve!!!!

Acreditando no poder da educação,
Freire dizia que ninguém
“Liberta ninguém,
ninguém se liberta sozinho,
os homens se libertam
em comunhão.” [Paulo Freire]

Vale acrescentar que a educação
não é capaz de transformar
as pessoas e o mundo sozinha,
mas pode dar instrumentos para capacitar
homens e mulheres para que, juntos,
sejam capazes dessa transformação.

OBSERVAÇÕES:
Ao longo da proposta Filosofia em Poesia, pedaços fundamentais da história da filosofia foram sendo expostos, permitindo um possivelmente rico material didático para o ensino de Filosofia nas escolas, tanto no ensino médio quanto no fundamental (onde houver nesta fase do ensino).
É claro, nem todos os filósofos(as) foram tratados(as). O que aqui se propõe é um rumo simples e didático, um caminho inicial para quem quer aprender filosofia. Aliás, professor(a), faça você e suas turmas o preenchimento do que falta!
Um convite simplíssimo ao aprendizado filosófico. Não substitui a leitura direta de filósofos e filósofas. Pelo contrário, quer propor essa leitura. Os textos escritos por filósofos e filósofas, no transcurso da história dos últimos milênios, são a matéria-prima da filosofia!
Professor(a), convide suas e seus estudantes para que os leiam, começando pelos mais simples e navegando em outros mais complexos, para que percebam a riqueza das reflexões filosóficas. E faça você o mesmo esse caminho.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO BÁSICO DE FILOSOFIA EM POESIA:
ABRÃO, Bernadete Siqueira et alii. História da Filosofia: Da Antiguidade aos pensadores do século XXI. São Paulo, Moderna, 2008. (Enciclopédia do estudante, 12)
ARANHA, Maria L.A. e MARTINS, Maria H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. 4.ed. São Paulo, Moderna, 2009
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Maquiavel: a lógica da força. São Paulo, Moderna, 1993. (Coleção Logos)
BARBOZA, Jair. Schopenhauer: a decifração do enigma do mundo. 2.ed. São Paulo, Moderna, 1997. (Coleção Logos)
BASTOS, Elizabeth Soares et alii. Introdução à Educação Digital. Brasília, MEC, 2008.  (PROINFO INTEGRADO)
BENOIT, Hector. Sócrates: o nascimento da razão negativa. São Paulo, Moderna, 1996. (Coleção Logos)
BORNHEIM, Gerd A. (org.). Os Filósofos Pré-Socráticos. São Paulo, Cultrix, 1998.
CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo, Saraiva, 2002.
CHAUÍ, Marilena. Espinosa: uma filosofia da liberdade. 3.reimp. São Paulo, Moderna, 2001. (Coleção Logos)
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. 2.ed. São Paulo, Ática, 2013.
COELHO, Cláudia S. Galileu Galilei. São Paulo, Discovery Publicações, [2013].
COLETTE, Jacques. Existencialismo. (L’existentialisme) Trad. Paulo Neves. Porto Alegre, L&PM Editores, 2009. (L & PM Pocket Encyclopaedia , vol. 662)
COSTA, José Silveira da. Averróis: o aristotelismo radical. São Paulo, Moderna, 1994. (Coleção Logos)
COSTA, José Silveira da. Tomás de Aquino: a razão a serviço da fé. São Paulo, Moderna, 1993. (Coleção Logos)
COTRIM, Gilberto e FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. São Paulo, Saraiva, 2010.
CURY, Augusto. Mentes Brilhantes, Mentes Treinadas: Desvendando o fascinante mundo da mente humana. 2.ed. São Paulo, Academia, 2010.
CURY, Augusto. Pais brilhantes, Professores fascinantes. 14.ed. Rio de Janeiro, Sextante, 2003.
FARIA, Maria do Carmo B. de Faria. Aristóteles: a plenitude como horizonte do ser. São Paulo, Moderna, 1994. (Coleção Logos)
FIKER, Raul. Vico: o precursor. São Paulo, Moderna, 1994. (Coleção Logos)
GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia: Romance da história da filosofia. (Sofies verden) Trad. João Azenha Jr. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. [Há nova edição deste livro.]
GALLO, Sílvio. Filosofia: experiência do pensamento. São Paulo, Scipione, 2014.
GRANIER, Jean. Nietzsche. (Nietzsche) Trad. Denise Bottmann. Porto Alegre, L&PM Editores, 2009. (L & PM Pocket Encyclopaedia , vol. 823)
HELFERICH, Christoph. História da Filosofia. (Geschichte der Philosophie) Trad. Luiz Sérgio Repa e outros. São Paulo, Martins Fontes, 2006.
KANT, Immanuel. À paz perpétua. (Zum ewigen Frieden) Trad. Marco Zingano. Porto Alegre, L&PM Editores, 2010. (L & PM Pocket, vol. 449)
KUJAWSKI, Gilberto de Melo. Ortega y Gasset: a aventura da razão. São Paulo, Moderna, 1994. (Coleção Logos)
MAGEE, Bryan. História da Filosofia. 2.ed. São Paulo, Loyola, 2000.
MARÍAS, Julián. História da Filosofia. (História de la filosofia) Trad. Cláudia Berliner. São Paulo, Martins Fontes, 2004.
MARTON, Scarlet. Nietzsche: a transvaloração dos valores. 4.ed. São Paulo, Moderna, 1996. (Coleção Logos)
MARX, Karl. Capital, Trabajo, Plusvalía. (Selección y prólogo Ramón Tarruella) Argentina, Longseller, 2005. (Clássicos de Siempre)
MATOS, Olgária C. F. A Escola de Frankfurt: luzes e sombras do Iluminismo. São Paulo, Moderna, 1993. (Coleção Logos)
Microsoft Corporation. Enciclopédia ENCARTA. (Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation.) Vários tradutores. São Paulo\Rio de Janeiro, Microsoft Brasil, 2001. (Enciclopédia digital.)
MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. Lisboa, Dom Quixote, 1991.
MORAES, João Quartim de. Epicuro: as luzes da ética. São Paulo, Moderna, 1998. (Coleção Logos)
MORENO, Arley R. Wittgenstein: os labirintos da linguagem, ensaio introdutório. São Paulo, Moderna, 2000. (Coleção Logos)
MOUTINHO, Luiz Damon S. Sartre: existencialismo e liberdade. 2.ed. São Paulo, Moderna, 1995. (Coleção Logos)
NTE GOIÂNIA. Elaboração de Projetos. Goiânia, SEE-GO, 2010. (Manual apostilado, parte do curso do PROINFO INTEGRADO)
OVÍDIO. El Arte de Amar; Remedios del Amor. Trad. e prólogo de Susana Aguiar. Argentina, Longseller, 2005. (Clássicos de Siempre)
REALE, Giovanni e ANTISERI, Dario. História da Filosofia. São Paulo, Paulus, 2006. (7 volumes)
RUSSELL, Bertrand. No que acredito. (What I believe) Trad. André de Godoy Vieira. Porto Alegre, L&PM Editores, 2010. (L & PM Pocket, vol. 592)
SALGADO, Maria U. C. e AMARAL, Ana Lúcia. Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC. Brasília, MEC, 2008.
SARTRE, Jean-Paul. A Imaginação. (L’imagination) Trad. Paulo Neves. Porto Alegre, L&PM Editores, 2010. (L & PM Pocket, vol. 666)
SÊNECA. Aprendendo a viver. (Epistulae Morales ad Lucilium) Trad. Lúcia Sá Rebello e Ellen I. N. Vranas. Porto Alegre, L&PM Editores, 2011. (L & PM Pocket, vol. 662)
SILVA, Franklin Leopoldo e. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo, Moderna, 1993. (Coleção Logos)
STORIG, Hans Joachin. História Geral da Filosofia. (Kleine Weltgeschichte der Philosophie) Trad. Volney J. Berkenbrock e outros. Petrópolis, Vozes, 2008.
TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para jovens: Uma iniciação à filosofia. 12.ed. Petrópolis, Vozes, 2004.
THIERCY, Pascal. Tragédias gregas. (Les Tragédies Grecques) Trad. Paulo Neves. Porto Alegre, L&PM Editores, 2011. (L & PM Pocket Encyclopaedia , vol. 821)
WATANABE, Lygia Araújo. Platão: por mitos e hipóteses. 2.ed. São Paulo, Moderna, 1996. (Coleção Logos)
COLEÇÕES:
Existem várias coleções de livros escritos por filósofos ou sobre filósofos que são de preço bem acessível e que vale a pena conhecer e mesmo obter ou, quem sabe, pedir para a biblioteca da escola em que você, professor(a), trabalha.
EDIOURO. Clássicos de Bolso. Rio de Janeiro, Editora Ouro, s.data. Coleção de livros que vão de escritores até cientistas e filósofos. É uma coleção que tem preço bem acessível. Pode ser encontrada em livrarias.
MARTIN CLARET. Coleção A Obra-Prima de Cada Autor. São Paulo, Editora Martin Claret, 2004. Outra coleção de livros que vão de escritores até cientistas e filósofos. Também tem preço bem acessível. Pode ser encontrada em livrarias e revistarias (bancas de revistas).
MODERNA. Coleção Logos. Vários livros dessa coleção são indicados acima e em páginas anteriores. É uma coleção que traz a exposição de diversos estudiosos a respeito de filósofos e pensadores fundamentais da história. Uma vantagem que ela tem é que traz trechos escolhidos dos textos dos próprios filósofos, em português.
NOVA CULTURAL. Os Pensadores. São Paulo, Nova Cultural, 1996. (Os Pensadores é uma coleção de textos escritos por filósofos, dispondo de textos que vão desde os pensadores pré-socráticos até Wittgenstein. É uma coleção que, de tempos em tempos, costuma sair em bancas de revistas ou revistarias, sendo um volume por vez, com preço bem acessível.)
UNESP. Coleção Grandes Filósofos. São Paulo, Editora UNESP, [décadas de 1990 e 2000]. Coleção de vários autores a respeito de filósofos de várias épocas. Outra coleção cujos livros têm preço bem acessível.
Outras coleções: Professor(a), vá a boas livrarias e faça um levantamento de outras coleções referentes à filosofia e ao seu estudo. Você e sua escola terão muito a ganhar. Aproveite também para pedir à escola que adquira livros e coleções de filosofia para a biblioteca escolar! A biblioteca escolar pode ser uma fonte muito boa de pesquisa, de leitura e de aprendizado!
ALGUNS SITES DE PESQUISA ÚTEIS AO ESTUDO DA FILOSOFIA:
http://agora.qc.ca/ Enciclopédia Ágora. Em francês. Podem ser usados tradutores online, como o Google Tradutor, dentre outros. Contém diversos verbetes ligados à filosofia e aos filósofos.
http://www.bbc.co.uk/radio4/history/inourtime/greatest_philosopher_list5.shtml Site da BBC de Londres, que contém muitas informações a respeito de filósofos. Tudo em inglês, porém, novamente, siga a ideia: use tradutores online. Estes dão uma boa ideia, na tradução para o português, a respeito do conteúdo filosófico que está em inglês.
http://www.futura.org.br/programacao/globo-ciencia/ Site do Globo Ciência, dentro do site do Canal Futura. O Globo Ciência tem diversos episódios em vídeo sobre filósofos. Tudo em português. Vale a pena trabalhar alguns desses vídeos em aulas. Esses vídeos de filósofos e de ciência também podem ser encontrados no YOUTUBE, um site que contém variados tipos de vídeos, dentre os quais episódios do Globo Ciência acerca de filosofia.
http://plato.stanford.edu/  (Em inglês. Pode ser traduzido com auxílio de tradutores online.) É uma enciclopédia de filosofia online que vale a pena dar uma olhada e usar como fonte de boas pesquisas suas, professor(a). Textos aprofundados e escritos por professores da Stanford University (Universidade de Stanford) dos EUA.
Este site. Filosofia no Dia a Dia. Site elaborado por mim, durante curso feito com o pessoal do NTE – Núcleo de Tecnologia Educacional, da Secretaria de Estado da Educação de Goiás. O curso fez parte do PROINFO INTEGRADO, do MEC em parceria com secretarias de educação de todo o Brasil. Os cursos são dados pelos NTEs gratuitamente. O site Filosofia no Dia a Dia, indicado, tem textos sobre a história da filosofia e dicas para o ensino desse componente curricular, a Filosofia, em escolas.
www.filosofia.com.br Site do SÓ FILOSOFIA. Tem informações e jogos online muito interessantes para o ensino e o aprendizado de filosofia.
www.google.com.br Site de busca.
http://www.laefi.defil.ufu.br/index.html Laboratório virtual de prática de ensino em Filosofia da UFU – Universidade Federal de Uberlândia. Logo na entrada, o site diz: “Nesse site você encontrará artigos, resenhas, planos de aula e orientação geral para discutir temáticas de filosofia em sala de aula. É um site simples que tem por objetivo oferecer e captar material didático para aqueles que se interessam pelo ensino de Filosofia. Apresenta uma linguagem acessível a qualquer público. Tem o intuito de auxiliar o leitor na  prática do ensino de Filosofia no ensino fundamental e médio.”
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html PORTAL DO PROFESSOR. Do MEC, tem muitos textos e propostas de trabalho a respeito de diferentes componentes curriculares escolares, dentre os quais de Filosofia. Vale a pena explorá-lo e aproveitar tudo de bom que ele tem.
http://tvescola.mec.gov.br/tve/home SITE DA TV ESCOLA. Também do MEC. Tem vídeos e materiais diversos que podem ser utilizados no ensino de Filosofia. Outro site que vale a pena explorar e aproveitar tudo o que há de bom nele.
www.yahoo.com.br Site de busca.
www.wikipedia.org Enciclopédia eletrônica, em português e diversas outras línguas. Boa para pesquisas e estudos diversos sobre a filosofia e sua história. Diversos de seus verbetes de filosofia rementem, ao final, a outros sites, alguns dos quais com obras dos filósofos, enriquecendo ainda mais o conteúdo e a pesquisa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fil%C3%B3sofos Lista da Wikipédia com nomes de filósofos em ordem alfabética.
Outros sites podem ser descobertos usando os sites de busca. Você coloca a palavra ou expressão que você deseja pesquisar e ele te dá um bom número de sites acerca do assunto filosófico ou filósofo, em português. Consulte, é claro, sites confiáveis.
Todos os sites aqui indicados são muito ricos para o ensino de Filosofia. Vale a pena explorá-los ao máximo, buscando tudo o que houver neles de bom e de interessante. Descubra outros e também aproveite!


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA 1 E O EVOLUCIONISMO EM POESIA (Prof. José Antônio Brazão.)

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA EM POESIA 1 (Prof. José Antônio Brazão.)
Dezenove e vinte os séculos
Do neocolonialismo grande expansão,
Do capitalismo e seus tentáculos
E de humana grande exploração.

Séculos de científicas
Ainda maiores descobertas
Químicas, biológicas e físicas:
Um mundo novo de portas abertas.

Séculos de filosóficas reflexões
Ideias novas e novas temáticas
Capazes de levar a revoluções
Na história e até nas matemáticas.

Estudando a humana história,
Modos de produção Marx nela descobriu
E neles a luta de classes ia
Como um condutor fio.

Senhores versus escravos,
Patrícios versus plebeus,
Seres pela exploração marcados
Contra os cruéis exploradores seus.

Marx a hegeliana dialética
No entendimento da história aplicou
Para além da visão idealística
A realidade humana concreta apresentou.

Não é a consciência, diz Marx,
Da vida material a determinante,
Mas a vida material que é capaz
De determinar o mundo consciente.

Augusto Comte o Positivismo criou
Ideias de ordem e progresso,
Por conta da ciência, formulou,
Vendo das invenções o grande sucesso.

Tudo pode ser medido,
Tudo pode ser pesado,
De modo positivo,
Tudo cientificamente quantificado.

Regendo o mundo naturais leis,
Mais claramente o universo
Elas ajudam no entendimento, a cada vez,
E em cuja busca cientistas ficam imersos.

Também por lei rege-se a humana história,
Perpassada por três estágios, como padrão
Observável pela pesquisa e a memória,
Teológico, metafísico e positivo eles são.

De deuses, deusas e cultos o teológico tratou,
Do ser, das formas e essências o metafísico,
Da Matemática e da Física a certeza no positivo se afirmou,
Conduzido por leis do pensamento científico.

Sentindo necessário compreender a sociedade,
Ciência humana nova Comte criou,
Sociologia, comparada à Física,
Física Social a chamou.

Pelas comteanas ideias interessados,
Republicanos pensadores para o Brasil as trouxeram,
Incluindo a da Humanidade positivista Religião,
E na Bandeira Nacional Ordem e Progresso puseram.

Friedrich Nietzsche, o alemão filósofo, inquiriu
De éticos valores a genealogia da moral,
Moral de escravos e moral nobre descobriu,
Tendo a vitória da primeira, no Ocidente, afinal.

Estudando do mundo grego o teatro e a arte,
Descobriu também dois princípios fundamentais:
Apolíneo e dionisíaco, harmonizados parte a parte,
De Apolo e Dionísio, deuses imortais.

Zaratustra, o persa-nietzscheano profeta,
Do super-homem e do eterno retorno pregador,
Em linguagem de verdadeiro poeta,
Andarilho, com outros, vaticinador.

O super-homem, de Zaratustra a visão,
Para além do bem e do mal a se elevar,
Superando intolerâncias e moralista tradição,
Da demasiadamente humana vida cuidar.

Buscando o dionisíaco princípio do vivido,
Na antiguidade, perdido com a cristã moral,
Nietzsche sabia que, dionisiacamente compreendido,
Mais serena e alegremente seria encarado cada dia vital.

Tudo retornando, eternamente, de tempos em tempos,
Para além de todas as eras,
Cada dia, cada instante, todos os momentos
Experimentados no universo e na humana Terra.

FILOSOFIA EM POESIA 15: O EVOLUCIONISMO (Prof. José Antônio Brazão.)
Charles Darwin, o inglês naturalista,
o mundo natural estudava,
parte de uma longa viagem no Beagle fez
e de campo uma grande pesquisa,
para compreender melhor o que buscava:
os mecanismos em ação na natureza.

Estudando os seres vivos,
coletou muitos espécimes,
da natura fez grande observação
e das conclusões escreveu o livro
A Origem das Espécies
por Meio da Natural Seleção.

Todas as espécies vivas
a mesma origem têm,
como uma árvore da vida,
cuja raiz principal é o primeiro ser vivo
e os galhos, cada espécie
em contínua evolução.

Pela natureza selecionados
os mais fortes, resistentes,
os melhor adaptados
a adversas condições,
a novos ambientes,
sujeitos a mutações.

Na natureza uma luta
mortal e ferrenha, em ações,
processo permanente,
continuamente se dá,
fazendo surgirem garras, proteções
e camuflagem competente.

Fundamental elemento
para o evolutivo processo,
por espécies e vivos seres aos milhões,
foi o longo período do tempo,
sem parada nem recesso,
de anos e anos aos bilhões.

Até mesmo o ser humano,
pertencente a galho da árvore da vida,
evoluído animal também é,
resultado de milhões e milhões de anos
parente de espécies evoluídas:
de plantas, de peixes e outros bichos, até do chimpanzé.

De sua teoria as evidências
Darwin buscou também por experiências,
depois reforçadas por outras ciências:
fósseis de antropológicas escavações,
da Terra as camadas pela geologia,
da genética o DNA e estudos da Biologia.


O fato de ser animal evoluído
obriga homem e mulher
a enxergar-se mais modestamente,
não como seres prontos e acabados, 
com do mundo o [histórico econômico e destrutivo] domínio,
creem ter sido primordialmente gerados.

O status de inteligente mortal,
com cérebro de alta atividade,
não tira do humano, sem exceção,
o status certo de animal:
exige a responsabilidade de
da natureza a preservação.