Secretaria de Educação do Estado de
Goiás Colégio Estadual Deputado José de Assis Estudo Orientado EaD TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO E EP3 |
NOTA |
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DISCIPLINA:
FILOSOFIA. |
DATA:
_____/_____/2021. |
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PROFESSOR: JOSÉ
ANTÔNIO BRAZÃO. |
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ALUNO(A): |
SÉRIE: |
TURMA: |
BIMESTRE 1º |
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Terceira. |
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PERÍODO:
22/02 A 07/03/2021 – 1º SEMESTRE. FILOSOFIA – TERCEIROS
ANOS E EP3 – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO. |
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JOSÉ ANTÔNIO – FILOSOFIA. |
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ATIVIDADE:
COMPONENTE
CURRICULAR: ÉTICA.
JEAN-PAUL SARTRE (1905-1980):
OBJETIVO: Compreender a discussão de Sartre a
respeito da responsabilidade humana, numa perspectiva ateia, e suas
repercussões ético-morais.
INSTRUÇÕES QUE OS ALUNOS DEVERÃO SEGUIR:
1) Assista ao vídeo: SÉRIE-
Humano, Demasiado Humano (Jean Paul Sartre). Em: https://www.youtube.com/watch?v=uL4UVvN5C6g
2) Em cada questão escolha uma alternativa que a
responda devidamente.
3) Responda-as no GOOGLE CLASSROOM.
4) Valor: 10,0.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
TEXTO: TRECHO DE O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO,
DE JEAN-PAUL SARTRE:
O existencialismo
ateu, que eu represento, é mais coerente. Afirma que, se Deus não existe, há
pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe
antes de poder ser definido por qualquer conceito: este ser é o homem, ou, como
diz Heidegger, a realidade humana. O que significa, aqui, dizer que a
existência precede a essência? Significa que, em primeira instância, o homem
existe, encontra a si mesmo, surge no mundo e só posteriormente se define. O
homem, tal como o existencialista o concebe, só não é passível de uma definição
porque, de início, não é nada: só posteriormente será alguma coisa e será
aquilo que ele fizer de si mesmo. Assim, não existe natureza humana, já que não
existe um Deus para concebê-la. O homem é tão-somente, não apenas como ele se
concebe, mas também como ele se quer; como ele se concebe após a existência,
como ele se quer após esse impulso para a existência. O homem nada mais é do
que aquilo que ele faz de si mesmo: é esse o primeiro princípio do
existencialismo. É também a isso que chamamos de subjetividade: a subjetividade
de que nos acusam. Porém, nada mais queremos dizer senão que a dignidade do
homem é maior do que a da pedra ou da mesa. Pois queremos dizer que o homem,
antes de mais nada, existe, ou seja, o homem é, antes de mais nada, aquilo que
se projeta num futuro, e que tem consciência de estar se projetando no futuro.
De início, o homem é um projeto que se vive a si mesmo subjetivamente ao invés
de musgo, podridão ou couve-flor; nada existe antes desse projeto; não há
nenhuma inteligibilidade no céu, e o homem será apenas o que ele projetou ser.
Não o que ele quis ser, pois entendemos vulgarmente o querer como uma decisão
consciente que, para quase todos nós, é posterior àquilo que fizemos de nós
mesmos. Eu quero aderir a um partido, escrever um livro, casar-me, tudo isso
são manifestações de uma escolha mais original, mais espontânea do que aquilo a
que chamamos de vontade. Porém, se realmente a existência precede a essência, o
homem é responsável pelo que é. Desse modo, o primeiro passo do existencialismo
é o de pôr todo homem na posse do que ele é de submetê-lo à responsabilidade
total de sua existência. Assim, quando dizemos que o homem é responsável por si
mesmo, não queremos dizer que o homem é apenas responsável pela sua estrita
individualidade, mas que ele é responsável por todos os homens. A palavra
subjetivismo tem dois significados, e os nossos adversários se aproveitaram
desse duplo sentido. Subjetivismo significa, por um lado, escolha do sujeito
individual por si próprio e, por outro lado, impossibilidade em que o homem se
encontra de transpor os limites da subjetividade humana. É esse segundo
significado que constitui o sentido profundo do existencialismo. Ao afirmarmos
que o homem se escolhe a si mesmo, queremos dizer que cada um de nós se
escolhe, mas queremos dizer também que, escolhendo-se, ele escolhe todos os
homens. De fato, não há um único de nossos atos que, criando o homem que
queremos ser, não esteja criando, simultaneamente, uma imagem do homem tal como
julgamos que ele deva ser. Escolher ser isto ou aquilo é afirmar,
concomitantemente, o valor do que estamos escolhendo, pois não podemos nunca
escolher o mal; o que escolhemos é sempre o bem e nada pode ser bom para nós
sem o ser para todos. Se, por outro lado, a existência precede a essência, e se
nós queremos existir ao mesmo tempo que moldamos nossa imagem, essa imagem é
válida para todos e para toda a nossa época. Portanto, a nossa responsabilidade
é muito maior do que poderíamos supor, pois ela engaja a humanidade inteira. Se
eu sou um operário e se escolho aderir a um sindicato cristão em vez de ser
comunista, e se, por essa adesão, quero significar que a resignação é, no
fundo, a solução mais adequada ao homem, que o reino do homem não é sobre a
terra, não estou apenas engajando a mim mesmo: quero resignar-me por todos e,
portanto, a minha decisão engaja toda a humanidade. Numa dimensão mais
individual, se quero casar-me, ter filhos, ainda que esse casamento dependa
exclusivamente de minha situação, ou de minha paixão, ou de meu desejo,
escolhendo o casamento estou engajando não apenas a mim mesmo, mas a toda a
humanidade, na trilha da monogamia. Sou, desse modo, responsável por mim mesmo
e por todos e crio determinada imagem do homem por mim mesmo escolhido; por
outras palavras: escolhendo-me, escolho o homem.
(SARTRE, Jean-Paul. O
Existencialismo é um Humanismo. Trad. Rita Correa Guedes. Disponível em:
< http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/sugestao_leitura/filosofia/texto_pdf/existencialismo.pdf
> Acesso em 16 de fevereiro de 2021. Pp. 3-4.)
QUESTÃO 1: O existencialismo
ateu (...) Afirma que, se Deus não existe, há pelo menos um ser no qual a
existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido
por qualquer conceito: este ser é o homem, ou, como diz Heidegger, a realidade
humana.
( ) CERTO.
( ) ERRADO.
QUESTÃO 2: O homem é
tão-somente apenas como ele se concebe, não como ele se quer; como ele se
concebe após a essência, como ele se quer após esse impulso para a essência. Nesse
sentido, o homem não é aquilo que ele faz de si mesmo, mas é dominado pelas
forças externas e até mesmo divinas, sendo, portanto, este o primeiro princípio
do existencialismo.
( ) CERTO.
( ) ERRADO.
QUESTÃO 3: De início, o homem
é um projeto do Deus Criador, não sendo musgo, podridão ou couve-flor; Deus
existe antes desse projeto ; há, pois, uma inteligibilidade no céu, e o homem
está sujeito às leis de Deus contidas nas Escrituras Sagradas. Não o que ele
quis ser, pois é o maior fruto do pensamento de Deus, que criou esse mesmo
homem à sua imagem e semelhança.
( ) CERTO.
( ) ERRADO.
QUESTÃO 4: Escolher ser isto
ou aquilo é afirmar, concomitantemente, o valor do que estamos escolhendo, pois
não podemos nunca escolher o mal; o que escolhemos é sempre o bem e nada pode
ser bom para nós sem o ser para todos. Se, por outro lado, a existência precede
a essência, e se nós queremos existir ao mesmo tempo que moldamos nossa imagem,
essa imagem é válida para todos e para toda a nossa época.
( ) CERTO.
( ) ERRADO.
QUESTÃO 5: Numa dimensão mais plural, se quero casar-me, ter filhos, ainda que esse
casamento dependa exclusivamente da situação social, ou de lei, ou de regra
social, escolhendo o casamento estou engajando não apenas a mim mesmo, mas a
toda a humanidade, na trilha da monogamia. Portanto, não sou, desse modo,
responsável por mim mesmo e por todos e crio determinada imagem do homem
definida pela sociedade ou pela Lei de Deus; por outras palavras:
escolhendo-me, escolho ser o que é definido pela sociedade e pelas leis
divinas, tendo por dever praticar o bem para com toda a humanidade.
( ) CERTO.
( ) ERRADO.
RESPONDA NO GOOGLE
CLASSROOM.
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