terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

JOSÉ ANTÔNIO – FILOSOFIA. Terceiros anos - Atividade 3.

 

 

Secretaria de Educação do Estado de Goiás

Colégio Estadual Deputado José de Assis

Estudo Orientado EaD

TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO E EP3

NOTA

DISCIPLINA: FILOSOFIA.

DATA: _____/_____/2021.

 

PROFESSOR: JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

ALUNO(A):

SÉRIE:

TURMA:

BIMESTRE

 

Terceira.

 

PERÍODO:   22/02   A   07/03/2021 – 1º SEMESTRE. FILOSOFIA – TERCEIROS ANOS E EP3 – PROF. JOSÉ ANTÔNIO BRAZÃO.

JOSÉ ANTÔNIO – FILOSOFIA.

ATIVIDADE:

COMPONENTE CURRICULAR: ÉTICA.

JEAN-PAUL SARTRE (1905-1980):

OBJETIVO: Compreender a discussão de Sartre a respeito da responsabilidade humana, numa perspectiva ateia, e suas repercussões ético-morais.

INSTRUÇÕES QUE OS ALUNOS DEVERÃO SEGUIR:

1)      Assista ao vídeo: SÉRIE- Humano, Demasiado Humano (Jean Paul Sartre). Em: https://www.youtube.com/watch?v=uL4UVvN5C6g

2)      Em cada questão escolha uma alternativa que a responda devidamente.

3)      Responda-as no GOOGLE CLASSROOM.

4)      Valor: 10,0.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

TEXTO: TRECHO DE O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO, DE JEAN-PAUL SARTRE:

O existencialismo ateu, que eu represento, é mais coerente. Afirma que, se Deus não existe, há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito: este ser é o homem, ou, como diz Heidegger, a realidade humana. O que significa, aqui, dizer que a existência precede a essência? Significa que, em primeira instância, o homem existe, encontra a si mesmo, surge no mundo e só posteriormente se define. O homem, tal como o existencialista o concebe, só não é passível de uma definição porque, de início, não é nada: só posteriormente será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si mesmo. Assim, não existe natureza humana, já que não existe um Deus para concebê-la. O homem é tão-somente, não apenas como ele se concebe, mas também como ele se quer; como ele se concebe após a existência, como ele se quer após esse impulso para a existência. O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo: é esse o primeiro princípio do existencialismo. É também a isso que chamamos de subjetividade: a subjetividade de que nos acusam. Porém, nada mais queremos dizer senão que a dignidade do homem é maior do que a da pedra ou da mesa. Pois queremos dizer que o homem, antes de mais nada, existe, ou seja, o homem é, antes de mais nada, aquilo que se projeta num futuro, e que tem consciência de estar se projetando no futuro. De início, o homem é um projeto que se vive a si mesmo subjetivamente ao invés de musgo, podridão ou couve-flor; nada existe antes desse projeto; não há nenhuma inteligibilidade no céu, e o homem será apenas o que ele projetou ser. Não o que ele quis ser, pois entendemos vulgarmente o querer como uma decisão consciente que, para quase todos nós, é posterior àquilo que fizemos de nós mesmos. Eu quero aderir a um partido, escrever um livro, casar-me, tudo isso são manifestações de uma escolha mais original, mais espontânea do que aquilo a que chamamos de vontade. Porém, se realmente a existência precede a essência, o homem é responsável pelo que é. Desse modo, o primeiro passo do existencialismo é o de pôr todo homem na posse do que ele é de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência. Assim, quando dizemos que o homem é responsável por si mesmo, não queremos dizer que o homem é apenas responsável pela sua estrita individualidade, mas que ele é responsável por todos os homens. A palavra subjetivismo tem dois significados, e os nossos adversários se aproveitaram desse duplo sentido. Subjetivismo significa, por um lado, escolha do sujeito individual por si próprio e, por outro lado, impossibilidade em que o homem se encontra de transpor os limites da subjetividade humana. É esse segundo significado que constitui o sentido profundo do existencialismo. Ao afirmarmos que o homem se escolhe a si mesmo, queremos dizer que cada um de nós se escolhe, mas queremos dizer também que, escolhendo-se, ele escolhe todos os homens. De fato, não há um único de nossos atos que, criando o homem que queremos ser, não esteja criando, simultaneamente, uma imagem do homem tal como julgamos que ele deva ser. Escolher ser isto ou aquilo é afirmar, concomitantemente, o valor do que estamos escolhendo, pois não podemos nunca escolher o mal; o que escolhemos é sempre o bem e nada pode ser bom para nós sem o ser para todos. Se, por outro lado, a existência precede a essência, e se nós queremos existir ao mesmo tempo que moldamos nossa imagem, essa imagem é válida para todos e para toda a nossa época. Portanto, a nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, pois ela engaja a humanidade inteira. Se eu sou um operário e se escolho aderir a um sindicato cristão em vez de ser comunista, e se, por essa adesão, quero significar que a resignação é, no fundo, a solução mais adequada ao homem, que o reino do homem não é sobre a terra, não estou apenas engajando a mim mesmo: quero resignar-me por todos e, portanto, a minha decisão engaja toda a humanidade. Numa dimensão mais individual, se quero casar-me, ter filhos, ainda que esse casamento dependa exclusivamente de minha situação, ou de minha paixão, ou de meu desejo, escolhendo o casamento estou engajando não apenas a mim mesmo, mas a toda a humanidade, na trilha da monogamia. Sou, desse modo, responsável por mim mesmo e por todos e crio determinada imagem do homem por mim mesmo escolhido; por outras palavras: escolhendo-me, escolho o homem.

 

(SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um Humanismo. Trad. Rita Correa Guedes. Disponível em: < http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/sugestao_leitura/filosofia/texto_pdf/existencialismo.pdf > Acesso em 16 de fevereiro de 2021. Pp. 3-4.)

 

QUESTÃO 1: O existencialismo ateu (...) Afirma que, se Deus não existe, há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito: este ser é o homem, ou, como diz Heidegger, a realidade humana.

(     ) CERTO.

(     ) ERRADO.

 

QUESTÃO 2: O homem é tão-somente apenas como ele se concebe, não como ele se quer; como ele se concebe após a essência, como ele se quer após esse impulso para a essência. Nesse sentido, o homem não é aquilo que ele faz de si mesmo, mas é dominado pelas forças externas e até mesmo divinas, sendo, portanto, este o primeiro princípio do existencialismo.

(     ) CERTO.

(     ) ERRADO.

 

QUESTÃO 3: De início, o homem é um projeto do Deus Criador, não sendo musgo, podridão ou couve-flor; Deus existe antes desse projeto ; há, pois, uma inteligibilidade no céu, e o homem está sujeito às leis de Deus contidas nas Escrituras Sagradas. Não o que ele quis ser, pois é o maior fruto do pensamento de Deus, que criou esse mesmo homem à sua imagem e semelhança.

(     ) CERTO.

(     ) ERRADO.

 

QUESTÃO 4: Escolher ser isto ou aquilo é afirmar, concomitantemente, o valor do que estamos escolhendo, pois não podemos nunca escolher o mal; o que escolhemos é sempre o bem e nada pode ser bom para nós sem o ser para todos. Se, por outro lado, a existência precede a essência, e se nós queremos existir ao mesmo tempo que moldamos nossa imagem, essa imagem é válida para todos e para toda a nossa época.

(     ) CERTO.

(     ) ERRADO.

 

QUESTÃO 5: Numa dimensão mais plural, se quero casar-me, ter filhos, ainda que esse casamento dependa exclusivamente da situação social, ou de lei, ou de regra social, escolhendo o casamento estou engajando não apenas a mim mesmo, mas a toda a humanidade, na trilha da monogamia. Portanto, não sou, desse modo, responsável por mim mesmo e por todos e crio determinada imagem do homem definida pela sociedade ou pela Lei de Deus; por outras palavras: escolhendo-me, escolho ser o que é definido pela sociedade e pelas leis divinas, tendo por dever praticar o bem para com toda a humanidade.

(     ) CERTO.

(     ) ERRADO.

RESPONDA NO GOOGLE CLASSROOM.

 

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