COMANDO DE
ENSINO POLICIAL MILITAR
CEPMG -
VASCO DOS REIS
Divisão de
Ensino / Coordenação Pedagógica
SEGUNDO BIMESTRE
AULA 23 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS
RECUPERAÇÃO 1 – REVISÃO FINAL:
OS SOFISTAS ( séc. V/IV a.C.) (Prof. José
Antônio Brazão).
(Usar MAPAS, LIVROS DE ARTE e BANNERS da
biblioteca da escola. Complemento.)
Entre os séculos V e IV antes de Cristo, a Grécia viu
um grande desenvolvimento de suas cidades-Estados(póleis), um crescimento sem precedentes, resultante da
prosperidade advinda do incremento do comércio
e do crescimento populacional. As cidades cresceram e se fortaleceram. Esse
período foi também caracterizado pelo auge das artes e da cultura gregas, com reflexos sobre a própria
filosofia. Juntamente com tudo isto, o aumento da escravidão, cuja fonte
principal foram as guerras. A escravidão
elevou-se imensamente. As póleis tinham, então, fortes exércitos,
possibilitando o controle e a aquisição de mais escravos. A riqueza era
definida pela posse da terra
e de escravos. Havia também a
riqueza advinda das
atividades comerciais. Era o período hoje chamado clássico (Grécia clássica).
Nessa época, grandes templos, praças e prédios
públicos foram construídos, pontes, estátuas, monumentos, etc. Cada pólis era autônoma (governo,
leis e moeda).
Desde séculos anteriores vinham surgindo colônias gregas no Mediterrâneo
e mares adjacentes. No entanto, agora destacam-se mais claramente as póleis da
Grécia propriamente dita, continental.
Se a filosofia grega surgiu nas colônias da Ásia Menor (atual Turquia) e
da Magna Grécia (Sul da Itália), agora ela toma forte impulso nas póleis da
Grécia, destacando-se, principalmente, Atenas.
As cidades gregas dos séculos V e IV a.C.
necessitavam, com certeza, de homens preparados para enfrentar as exigências da
nova situação política (políticos),
saber convencer tribunas e assembleias, colocando-as a
favor de suas propostas e de seus objetivos. Dentre eles havia aqueles que
almejavam altos cargos e benefícios. Era, portanto, preciso preparo! Tanto na
Grécia continental quanto em cada ilha
grega.
Os sofistas foram filósofos-professores que, dispondo
de conhecimentos, ainda que não igualmente, sobre as artes necessárias à
política, viajavam de um lado a outro na Grécia vendendo esses conhecimentos
aos que pudessem pagar. Dentre essas artes estavam a Retórica e a Dialética,
isto é, a arte de falar bem, com eloquência, e a arte do debate, da discussão
de ideias e propostas.
Para os interessados no mundo político, saber
expressar-se bem e convencer com as palavras era fundamental. Por esta razão o
aprendizado retórico, dialético e geral caía-lhes bem e os sofistas puderam
atendê-los. Estes também ensinavam o uso
da argumentação, mesmo que
fosse necessário usar raciocínios enganosos para convencer. Tais raciocínios foram chamados, posteriormente,
por Aristóteles, de sofismas, em referência aos sofistas.
Dentre os sofistas destacaram-se Protágoras de Abdera, Górgias
de Leontini e outros. Segundo o sofista
Protágoras, “O homem é a medida de todas as coisas, das
que são enquanto são e das que não são enquanto não são”. Ao colocar o ser
humano como medida, Protágoras quer dizer que este ser é especial, pois dotado
de razão. Com o uso desta ele
é capaz de buscar uma compreensão do mundo e impor-se sobre ele, o que não quer
dizer destruí-lo. Ele é o único capaz de dar sentido às coisas do mundo,
medindo-as, calculando-as, definindo-as. E, se cada homem é medida, verdade
relativa!
Ao colocar-se como medida, o ser humano põe-se como
padrão de referência,
explicação e domínio sobre a realidade. Portanto, o ser humano carrega consigo
um grande valor, não sendo um ser qualquer. E na cidade era convencer para vencer!
Os sofistas também foram responsáveis pela
relativização[1] de valores
e crenças até então tidos como verdades indiscutíveis. Dois bons exemplos disto
são a religião (deuses e outros seres divinos) e a moral. No que diz respeito à
religião, os sofistas recordavam que, diante da existência de deuses e deusas diferentes em diversos povos, não se poderia tomar de forma absoluta as crenças religiosas, sendo estas
relativas a cada povo. Da mesma forma, os costumes e valores morais. Diferentes
povos têm costumes diferentes. Portanto, não se pode absolutizar os costumes a
partir de um determinado povo. Até mesmo valores morais teriam diferenças, aqui
e ali, entre os povos, como, por exemplo, o pudor – há povos cujas normas
morais exigem o uso de vestimentas, enquanto há outros em que o andar nu em
meio à tribo não representa qualquer desmerecimento moral, conforme os costumes
e valores desses povos.
O perigo da relativização
de valores e costumes seria, porém, a generalização, a queda em um relativismo geral, nada podendo
valer como critério universal entre as pessoas ou povos. Caía-se então em um
raciocínio enganoso, bem proveitoso no campo da política. De fato, para vencer
os inimigos no campo político, naquele tempo tornava-se necessário utilizar argumentos
e uma retórica convincentes, ainda que permeados de enganos. Os sofistas
ensinavam a seus alunos também esse tipo de raciocínio, a fim de derrubar teses
dos inimigos e convencer as assembleias, conservando assim o poder. Muitos jovens de famílias
abastadas buscavam nos sofistas uma preparação
para o mundo da política, num tempo em que as cidades-Estados (póleis) gregas
vinham crescendo e se desenvolvendo muito, tanto econômica quanto politica
quanto culturalmente. Como se pode ver, o relativismo servia a propósitos
políticos, além de culturais e intelectuais.
Os grandes filósofos atenienses do período clássico
Sócrates, Platão e Aristóteles, que conviveram com os sofistas, tiveram
trabalho para buscar fundamentar os conhecimentos e valores, derrubando e
criticando o relativismo sofístico. Como foi dito logo atrás, Aristóteles,
inclusive, viria, em referência direta aos sofistas, a chamar de sofismas os
raciocínios enganosos utilizados para convencer as pessoas.
Para os que desejavam ser políticos e defender suas
ideias e seus interesses pessoais e de classe, nas assembleias e em outras
instâncias de poder, na Grécia antiga, o aprendizado com os sofistas era de
grande valor, tanto que muitos pagavam
caro pelas aulas dadas por esses homens. Tais aulas eram oferecidas em locais comuns ou até mesmo nas
casas dos interessados, mediante pagamento pelo serviço prestado.
Um desses sofistas, Protágoras, já mencionado, além da
retórica e da dialética, conteúdos básicos oferecidos por aqueles, também se
preocupou em oferecer uma formação geral aos seus pupilos, trabalhando aspectos
da língua e uma cultura básica geral, para que estes pudessem estar melhor
preparados para enfrentar os embates
no campo da vida política.
Os sofismas
não acabaram, ainda existindo no mundo atual. São raciocínios que apresentam argumentos fundamentados na
preocupação de enganar e obter respostas determinadas de pessoas, levando-as a
ter, até mesmo, comportamentos determinados desejáveis por aqueles que
constroem e os expõem ao público.
No caso dos antigos políticos, em especial os preparados pelos sofistas, bem
como de muitos políticos atuais, a obtenção de apoio para seus projetos e
interesses pessoais e de classe. No mundo atual, os sofismas estão muito
presentes, por exemplo, em propagandas de televisão (TV), que utiliza recursos
auditivos e visuais diversos para propagandear produtos variados, levando,
consequentemente, à compra destes. Por exemplo: programas de tv, propagandas de bebidas e cigarros,
alimentos, revistas determinadas, veículos, prédios e apartamentos, etc., que,
direta ou indiretamente (por meio de merchandising em novelas, filmes,
programas de auditórios, etc.), usam personagens diversos, como atores,
atrizes, futebolistas, treinadores de futebol e outros esportes, celebridades em geral, a fim de transmitir
necessidades, muitas vezes de cunho psicológico, às pessoas, mas que vêm a se
tornar necessidades reais para estas, levando-as ao consumismo constante. Em
muitas propagandas, inclusive, o uso direto do corpo belo e quase desnudo de
pessoas, artistas e celebridades. É a sexualização da mercadoria! Isto é
sofisma!
No caso das propagandas de televisão e de outras
mídias, seu objetivo é levar as pessoas ao consumo de produtos determinados,
desde alimentos, produtos de limpeza, de beleza, acessíveis à maioria, até
joias e automóveis caros e acessíveis a poucos. Os sofismas encontram-se,
particularmente, no raciocínio que alia palavras e imagens com o fim de induzir
ao consumismo puro e simples, tornando o que é supérfluo (sem necessidade
imediata ou nenhuma) em produto de primeira necessidade. E, pior, levar as pessoas
ao consumo de produtos prejudiciais à saúde, como bebidas alcoólicas (cervejas,
p. ex.) e cigarro. Propagandas
de cerveja, por exemplo, ainda dizem “Beba com moderação.” e “Se for dirigir,
não beba.” ou, “Se forem dirigir, escolham o amigo da vez [aquele que bebe
apenas bebidas não alcoólicas e leva os colegas bêbados até suas casas].”, não
explicitando os riscos e o vício em que as pessoas podem incorrer com o consumo
constante de bebidas alcoólicas. Curiosamente, as propagandas de cerveja, além
de outras, fazem largo uso da sexualização da mercadoria, isto é, do uso do
corpo de mulheres e homens, de atores e atrizes, cuja aparência é formosa e
bela, para transmitir uma ideia de que, ao beber, o consumidor ou a consumidora
terá sensações determinadas, tidas como boas. Eis aí também o sofisma!
Quando uma propaganda utiliza um ator ou uma atriz
para divulgar determinado produto,
o que ela quer dizer para o consumidor é que, se aquela pessoa famosa consome
ou divulga esse produto, é sinal de que qualquer pessoa pode consumi-lo,
bastando, para isto, adquiri-lo. Há as propagandas de intervalos, entre uma
parte e outra do programa televisivo e há aquelas mais sutis, dentro dos
próprios programas – sejam programas de palco, sejam novelas, filmes ou outros.
Esse tipo de propaganda chama-se merchandising. Em novelas divulgam-se produtos
como carros, que aparecem sendo dirigidos pelos atores e as atrizes, dando as ideias de conforto, beleza,
segurança, etc., produtos de beleza sendo utilizados por atrizes, bebidas
determinadas, além de muitos outros produtos, penetrando sutilmente nas mentes
das pessoas e levando-as, consciente e inconscientemente ao consumo.
Na verdade, para que haja consumismo, no mundo atual
capitalista, e, consequentemente, o constante enriquecimento de muitas
empresas, é preciso haver uma indústria cultural e de propaganda continuamente
em ação e sempre atualizada. A indústria da moda está constantemente se
renovando, criando novos estilos e ditando novos modos de vestir e de se compor
o corpo de bilhões de pessoas, pelo mundo afora. E a moda se propagandeia
também pelo sistema de merchandising, isto é, através de propagandas sutis e diretas
colocadas em novelas e em
diferentes programas de televisão. Ela utiliza também revistas especializadas e
outras. Onde estão, aí, os sofismas? Justamente no fato de apresentarem
argumentos baseados, não na razão, em definições lógicas precisas, mas em
argumentos dissimulados através de imagens e de montagens, de falas bem
elaboradas que apelam para os sentimentos, o corpo e o psicológico, provocando
reações e necessidades novas nas pessoas que as veem e ouvem, levando-as, por
conseguinte, ao consumo dos produtos da moda.
ATIVIDADES:
1ª)
Assista e, a seguir, descreva por escrito uma propaganda qualquer de
televisão. Também por escrito, na mesma folha, comente sobre o que nela
mais atrai as pessoas e explique o porquê. Responda ainda: A) O que ela
apresenta corresponde às possíveis necessidades de alguma classe social
específica, que tem condições de adquirir o produto, ou de todas? Por quê? B)
Que recursos visuais e auditivos ela utiliza para apresentar o produto às
pessoas? C) O produto que ela representa é supérfluo, isto é, que tanto faz ter
como não ter que não faz falta e que, portanto, sua aquisição não é
absolutamente necessária, ou um produto realmente necessário? D) A propaganda
mostra a beleza do produto ou as qualidades fundamentais e realmente
necessárias do produto? Por quê? E) O produto é apresentado por pessoas muito
bonitas ou não? Por quê? Para quê? F) Comente o ditado: “A propaganda é a alma
do negócio.”
2ª)
Anote fatos do dia a dia das pessoas e do mundo da política em que, muitas
vezes, em vez de usar a razão para explicar e justificar suas posições, as
pessoas usam o argumento da força (imposição através do uso da força) e/ou a
ilusão para obter o que desejam ou que querem que outras façam. Em sala de
aula: exposição do que cada um fez + debate.
3ª)
Elabore um vídeo, no
Windows Movie Maker ou equivalente na plataforma Linux, sobre os sofistas. OU: Slides, no Power Point ou equivalente no
Linux, sobre eles.
4ª)
Os sofistas ensinavam, aos que os podiam pagar, o uso da palavra e, com ela, do
convencimento das pessoas. Davam uma formação determinada para seus pupilos.
Cada estudante deverá levantar 5 profissões que, no mundo atual, demandam o uso
das palavras no convencimento das pessoas. Exemplo:
PROFISSÃO |
USO DA
PALAVRA PARA CONVENCER |
FORMAÇÃO |
POLÍTICO(A) |
Faz
promessas, nem sempre cumpridas. Faz discursos. Participa de comícios ou
showmícios. Quando necessário, mente. Apresenta propostas. Fala e gesticula.
Maneja de forma astuta (esperta) as palavras. Etc. |
Nem todos
têm curso superior. Grande parte tem o Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio
completo. Geralmente,
fazem cursos para lidar com a atividade política, quando entram para esta. |
ADVOGADO(A) |
Conhece
bem a língua, as leis e suas falhas, apresenta provas e recursos. Convoca e
questiona testemunhas, apresenta informações que constam nos autos, ilustra,
usa de astúcia, gesticula, observa bem os jurados e suas características,
etc. |
Essa
profissão exige formação superior, oferecida por faculdades e universidades,
mais a carteira da OAB, no Brasil. Ao advogar
em um tribunal, é preciso usar bem as palavras! |
FEIRANTE |
Brinca
com as palavras (“Moça bonita não paga, mas também não leva!”), fala da
qualidade dos produtos, propõe redução de preços, algum fala alto, convida os
clientes para experimentar o produto (uma fruta, por exemplo), etc. |
A grande
maioria dos feirantes tem ensino básico, curso fundamental ou médio. Alguns
têm curso superior. Vendem seus produtos apresentando-os e buscando convencer
compradores e compradoras de suas qualidades. |
OPERADOR(A)
DE TELEMARKETING |
Liga para
as pessoas e, por telefone: anuncia o produto, suas qualidades, seus
benefícios, seus pontos positivos, fala da aparente necessidade dele para a
pessoa que atendeu ou para a família desta, insiste muito e com frequência,
tem boa lábia (boa conversa), etc. |
Essa
profissão costuma exigir Ensino Médio completo e conhecimentos básicos de
informática. Em alguns casos, a partir do Ensino Fundamental. |
VENDEDOR(A)
EM LOJAS DE SAPATOS E OUTRAS |
Costuma
ter boa aparência. Diante do(a) consumidor(a), se apresenta, pergunta pelo
que o(a) cliente deseja, apresenta o produto e seus similares, mostra, fala
do produto, das qualidades deste, costuma ter boa lábia (boa conversa), etc. |
Grande
parte tem Ensino Médio completo ou Ensino Fundamental. |
PSICÓLOGO(A) |
Ouve seus
clientes, observa atentamente o que dizem, a fim de descobrir informações que
os possam ajudar, conversa com eles, apresenta, aqui e ali, algumas sugestões
terapêuticas (de tratamento), vasculha a mente do paciente através da
conversa, fala bem. |
É exigido
curso superior em Psicologia para o exercício desta profissão. Têm um código
de ética que pauta a
audição e análise da vida de seus e suas clientes. |
CAÇA-PALAVRAS: OS
SOFISTAS (Prof. José Antônio Brazão.)
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Da direita para a esquerda, na vertical,
na horizontal e na diagonal.
TAREFA: Procure no dicionário e\ou na
internet as palavras marcadas e anote os significados no caderno.
Finalidade: ampliar seu vocabulário de
língua portuguesa e entender ainda melhor o texto.
OS SOFISTAS 2: (Prof. José Antônio Brazão.)
(Usar MAPAS, LIVROS DE ARTE e BANNERS
da biblioteca da escola. Complemento.)
Entre os séculos V e IV antes de Cristo,
principalmente, com o desenvolvimento das cidades-estados
(póleis) na Grécia antiga,
novas necessidades sociais foram surgindo, principalmente no que diz respeito à
participação nas decisões políticas. Ao mesmo tempo, a necessidade de preparo
para enfrentar os embates nas assembleias
e órgãos de poder das cidades
fez com que surgisse um grupo novo de filósofos, os sofistas (palavra grega que
se traduz por sábios, como
eles se intitulavam), homens que iam de uma cidade a outra trocando por
dinheiro os ensinamentos básicos imprescindíveis àquela participação. Destaque
especial era dado à Retórica,
arte de falar e de se expressar bem em público, e à Dialética, arte do debate, da argumentação e da defesa de posições por meio da palavra,
sobretudo a palavra oral.
Aos jovens e outros interessados e que tinham dinheiro
para pagar eram-lhes ensinadas estratégias argumentativas tanto para pôr como
para derrubar ideias. E quem dispunha de condições, de fato, investia nisto, no
intuito de alcançar o poder
e, ao mesmo tempo, mantê-lo. O nome sofista vem do fato de se chamarem sábios (sophoi).
Os sofistas
foram, por assim dizer, os primeiros professores a cobrar diretamente pelo
conteúdo que transmitiam. Alguns sofistas, como, por exemplo, Protágoras de Abdera, ofereciam
algo mais, procuravam dar uma formação mais ampla a seus alunos, a fim de que
dispusessem de um horizonte intelectual e humano maior em seu trabalho e,
principalmente, a fim de que fossem mais contundentes e convincentes na
exposição e defesa de suas propostas. Eles relativizavam valores da cultura grega e de outras.
Os sofistas eram itinerantes,
justamente buscando atender a interessados de diferentes cidades gregas.
Naquelas cidades em que o afluxo de alunos era maior, ficavam mais tempo,
recebendo pelos serviços prestados, sobretudo de pessoas abastadas
(endinheiradas), ensinando-as a usar suas faculdades
no poder de convencer.
Ao voltar-se para a realidade humana, urbana, deixaram
de lado as investigações dos chamados físicos, fisiólogos ou pré-socráticos.
Não estavam preocupados com as origens do cosmos, nem com o princípio
fundamental de tudo, mas basicamente em instrumentalizar aqueles para quem
trabalhavam com ferramentas discursivas que lhes permitissem se sair bem na
vida pública, na política. Ao voltar-se para o humano, fundaram uma nova fase
no pensamento filosófico grego: o período antropológico.
Os filósofos que se seguiram, boa parte deles, senão
todos, dedicaram-se a questões da vida social, tratando em seus escritos e
ensinamentos, de assuntos como a política e a ética, cuja influência se faz
sentir ainda hoje.
Em seu Dicionário de Filosofia, José Ferrater Mora,
assim define os sofistas:
“SOFISTAS: A sofística
foi um movimento intelectual que surgiu na Grécia no século V a.C. A aparição
dos sofistas, ou ‘mestres do saber’, teve causas múltiplas e contribuiu de modo
importante para a transformação do pensamento grego, que abandonou o período
cosmológico para ingressar no antropológico. Esta mudança determinou o
predomínio de certos estudos:
o do homem, o da sociedade e o da educação. Com os sofistas aparece também o
afã de convencer e especialmente de refutar, aparece o homem como filósofo de
sociedade que, em vez de meditar, discute. Além disto, o sofista fazia algo de
escandaloso para sua época: ensinava mediante remuneração. O vocábulo ‘sofista’
foi durante muito tempo um nome comum ou ‘genérico’ [geral]; só em Platão
aparece com um sentido pejorativo, que Aristóteles acentua ao escrever que a
sofística é uma sabedoria aparente. Os sofistas mais importantes foram:
Protágoras de Abdera (ca. 480 – 410 a.C.) Hípias
de Élis [Élida]; Górgias
(morto cerca de 380 a.C.). Obras: Pródico
e Híppias, Fragmentos e Testemunhos; Górgias, Fragmentos e Testemunhos.” (MORA,
F. Dicionário de Filosofia, pp. 454 –
55.)
Os sofistas ensinavam a seus discípulos o uso de
argumentos a favor ou contra, conforme a necessidade da ocasião. O importante
era vencer o oponente no campo da argumentação e convencer o público acerca do
funcionamento, falso ou verdadeiro, das ideias do orador, conseguindo o apoio
popular. Outro sofista: Trasímaco
(cf. ENEM).
Aristóteles chamou sofisma todo argumento falso com aparência de verdade, fazendo, com isto,
referência aos sofistas. No mundo de hoje, inclusive, os sofismas estão
presentes em muitos lugares. Um bom exemplo disto são os políticos que, para
conseguir o voto do povo, fazem uso claro e descarado de sofismas, dando aparência de verdade a tudo que dizem –
resultados de pesquisas, seus trabalhos ‘em prol do povo’, suas promessas,
entre outros. A ideia do “rouba, mas faz” é um autêntico sofisma!
Outro exemplo está em certos argumentos de advogados
que defendem criminosos. São argumentos
que tenham poder de convencer o juiz e o júri, incluindo argumentos
sofísticos. Ainda outro: propagandas
de bebidas alcoólicas e cigarros, que buscam transmitir, através de atores,
jogadores e cenários, a ideia aparente de que são bons e até trazem bem-estar,
força, vitalidade, juventude, etc. Quando uma atriz faz propaganda de xampu
popular, tem-se aí, de certa forma, um sofisma, pelo fato de que tal atriz, na
verdade, usa cosméticos e tratamentos caros de embelezamento.
A ideia do “leve três e pague dois”, ou similar, é um
verdadeiro sofisma, pois o preço do terceiro produto, na verdade, está, muitas
vezes, embutido no preço dos outros dois. Assim sendo, na hora de comprar um
produto, tome o devido cuidado para não “levar gato por lebre”, como diz o
ditado.
ATIVIDADES POSSÍVEIS:
1. Elaboração de slides sobre os
sofistas.
2. CAÇA-PALAVRAS (ABAIXO).
3. GV/GO SOBRE OS SOFISTAS E SOFISMAS NO
MUNDO ATUAL.
4. Tempestade de ideias sobre sofistas e
sofismas no mundo atual.
CAÇA-PALAVRAS: OS SOFISTAS 2
(Prof. José Antônio Brazão.)
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As palavras estão na horizontal, na
vertical, da direita para a esquerda e vice-versa, na diagonal.
[1] De acordo com o dicionário online Priberam: relativizar
é “considerar (algo) sob um ponto de vista relativo e não absoluto”. E relativo:
“(latim relativus, -a, -um) adj. 1. Que tem
relação, que não é alheio a: nascer e morrer são termos relativos. 2. Não tomado em sentido absoluto: reino é
um termo absoluto. Portugal um termo relativo. 3. Avaliado
por comparação. 4. Que se refere a alguma pessoa ou coisa.
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