domingo, 22 de junho de 2025

SEGUNDO BIMESTRE - AULA 23 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS. RECUPERAÇÃO 1 – REVISÃO FINAL: A INFLUÊNCIA DE LOCKE, MONTESQUIEU E ROUSSEAU NA POLÍTICA ATUAL (Prof. José Antônio Brazão.)

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

SEGUNDO BIMESTRE

AULA 23 DE SOCIOLOGIA DOS SEGUNDOS ANOS:

RECUPERAÇÃO 1 – REVISÃO FINAL:

A INFLUÊNCIA DE LOCKE, MONTESQUIEU E ROUSSEAU NA POLÍTICA ATUAL (Prof. José Antônio Brazão.)

John Locke propôs uma divisão do poder em três: poder executivo, poder legislativo e poder federativo. Montesquieu, por sua vez: poder executivo, poder legislativo e poder judiciário. O poder executivo, como o nome indica, é aquele que executa as leis. O legislativo é o que faz as leis e zela para que sejam executadas. O poder federativo, de Locke, encarrega-se das relações internacionais. O poder judiciário, que aparece em Montesquieu e também em Locke, julga segundo as leis.

Mas por que dividir o poder? Para evitar a concentração de poderes nas mãos de uma única pessoa ou único grupo, impedindo o desenvolvimento de um poder tirânico e maléfico para a população.

Locke, inclusive, apoia a ideia de que, se o governante se tornar tirânico, os súditos têm o direito de tirá-lo do poder. Isto aconteceu na Independência dos Estados Unidos da América e na Revolução Francesa.

À medida que, em diferentes lugares do mundo, ao longo dos últimos séculos, foram surgindo governos republicanos e parlamentares democráticos, a adoção da divisão dos três poderes veio a ser, progressivamente adotada, ainda que nem em todos os estados (países) do mundo. O Brasil atual, por exemplo, em sua Constituição republicana e na prática, adotou a divisão dos poderes executivo, legislativo e judiciário.

Tal divisão contribui para o bom andamento da governança do país e de cada parte ligada a ele – cada Estado e cada município.

No Brasil essa divisão pode ser vista, a níveis federal, estadual e municipal, da seguinte forma:

NÍVEL

FEDERAL

ESTADUAL

MUNICIPAL

PODER EXECUTIVO

Presidência da República

Governador(a) do Estado.

Prefeito(a)  Municipal.

PODER LEGISLATIVO

Congresso Nacional: Câmara dos Deputados Federais e Senado.

Assembleia Legislativa Estadual.

Câmara de Vereadores.

PODER JUDICIÁRIO

Supremo Tribunal Federal (STF).

Tribunais regionais.

Fórum Municipal.

Há subdivisões no poder judiciário, mas as três citadas são as principais.

De Jean-Jacques Rousseau, a proposta de vontade geral está muito presente nas eleições e em uma série de votações, inclusive nos órgãos de poder e em muitos lugares: a vontade da maioria.

Em eleições, por exemplo, adotou-se a vontade da maioria, no Brasil e em diferentes lugares do mundo onde há votações. Homens e mulheres que se dedicam diretamente à vida política são eleitos(as) pelo voto popular. Havendo uma maioria simples, no Brasil de 51(cinquenta e um) por cento, elegem-se presidente, governadores(as) e prefeitos(as).

Nas assembleias legislativas, há projetos de leis que exigem dois terços de votação dos representantes para que possam se constituir como leis. Prática da ideia de vontade geral, vontade da maioria. Como se pode ver, ideias de pensadores do passado são fontes essenciais da existência do poder em muitos lugares do mundo de hoje.

No campo dos Direitos Humanos, a influência desses e de outros pensadores também foi essencial para que constituições surgissem, ideais fossem postos como direitos humanos: liberdade, igualdade jurídica e até social, direitos humanos universais (por exemplo, os da ONU), entre outros. No campo do Direito, a Constituição dos EUA e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (da Revolução Francesa), que influenciaram outros códigos posteriores. Todos esses documentos têm, aqui e ali, elementos propostos por aqueles pensadores, impactando diretamente a vida social, política e econômica de diferentes sociedades do mundo atual.

REFERÊNCIAS:

CARTWRIGHT, Mark.  Iluminismo. Disponível em: < https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-22613/iluminismo/ > Acesso em 20/06/2025.

______________________.  John Locke. Disponível em: < https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-20857/john-locke/ > Acesso em 20/06/2025.

_______________________. Social Contract. Disponível em: < https://www.worldhistory.org/Social_Contract/ > Acesso em 20/06/2025.

_______________________. State of Nature. Disponível em: < https://www.worldhistory.org/State_of_Nature/ > Acesso em 20/06/2025.

WORLD HISTORY ENCYCLOPEDIA. Rights. Disponível em: < https://www.worldhistory.org/search/?q=rights > Acesso em 20/06/2025.

SEGUNDO BIMESTRE - AULA 23 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS. RECUPERAÇÃO 1 – REVISÃO FINAL: OS SOFISTAS ( séc. V/IV a.C.) (Prof. José Antônio Brazão).

  

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR

 CEPMG - VASCO DOS REIS

Divisão de Ensino / Coordenação Pedagógica

SEGUNDO BIMESTRE

AULA 23 DE FILOSOFIA DOS PRIMEIROS ANOS

RECUPERAÇÃO 1 – REVISÃO FINAL:

OS SOFISTAS ( séc. V/IV a.C.) (Prof. José Antônio Brazão).

 (Usar MAPAS, LIVROS DE ARTE e BANNERS da biblioteca da escola. Complemento.)

Entre os séculos V e IV antes de Cristo, a Grécia viu um grande desenvolvimento de suas cidades-Estados(póleis), um crescimento sem precedentes, resultante da prosperidade advinda do incremento do comércio e do crescimento populacional. As cidades cresceram e se fortaleceram. Esse período foi também caracterizado pelo auge das artes e da cultura  gregas, com reflexos sobre a própria filosofia. Juntamente com tudo isto, o aumento da escravidão, cuja fonte principal foram as guerras. A escravidão elevou-se imensamente. As póleis tinham, então, fortes exércitos, possibilitando o controle e a aquisição de mais escravos. A riqueza era definida pela posse da terra e de escravos. Havia também a riqueza advinda das atividades comerciais. Era o período hoje chamado clássico (Grécia clássica).

Nessa época, grandes templos, praças e prédios públicos foram construídos, pontes, estátuas, monumentos, etc. Cada pólis era autônoma (governo, leis e moeda).

Desde séculos anteriores vinham surgindo colônias gregas no Mediterrâneo e mares adjacentes. No entanto, agora destacam-se mais claramente as póleis da Grécia propriamente dita, continental.  Se a filosofia grega surgiu nas colônias da Ásia Menor (atual Turquia) e da Magna Grécia (Sul da Itália), agora ela toma forte impulso nas póleis da Grécia, destacando-se, principalmente, Atenas.

As cidades gregas dos séculos V e IV a.C. necessitavam, com certeza, de homens preparados para enfrentar as exigências da nova situação política (políticos), saber convencer tribunas e assembleias, colocando-as a favor de suas propostas e de seus objetivos. Dentre eles havia aqueles que almejavam altos cargos e benefícios. Era, portanto, preciso preparo! Tanto na Grécia continental quanto em cada ilha grega.

Os sofistas foram filósofos-professores que, dispondo de conhecimentos, ainda que não igualmente, sobre as artes necessárias à política, viajavam de um lado a outro na Grécia vendendo esses conhecimentos aos que pudessem pagar. Dentre essas artes estavam a Retórica e a Dialética, isto é, a arte de falar bem, com eloquência, e a arte do debate, da discussão de ideias e propostas.

Para os interessados no mundo político, saber expressar-se bem e convencer com as palavras era fundamental. Por esta razão o aprendizado retórico, dialético e geral caía-lhes bem e os sofistas puderam atendê-los. Estes também ensinavam  o uso da argumentação, mesmo que fosse necessário usar raciocínios enganosos para convencer. Tais raciocínios foram chamados, posteriormente, por Aristóteles, de sofismas, em referência aos sofistas.

Dentre os sofistas destacaram-se Protágoras de Abdera, Górgias de Leontini e outros. Segundo o sofista Protágoras, “O homem é a medida de todas as coisas, das que são enquanto são e das que não são enquanto não são”. Ao colocar o ser humano como medida, Protágoras quer dizer que este ser é especial, pois dotado de razão. Com o uso desta ele é capaz de buscar uma compreensão do mundo e impor-se sobre ele, o que não quer dizer destruí-lo. Ele é o único capaz de dar sentido às coisas do mundo, medindo-as, calculando-as, definindo-as. E, se cada homem é medida, verdade relativa!

Ao colocar-se como medida, o ser humano põe-se como padrão de referência, explicação e domínio sobre a realidade. Portanto, o ser humano carrega consigo um grande valor, não sendo um ser qualquer. E na cidade era convencer para vencer!

Os sofistas também foram responsáveis pela relativização[1] de valores e crenças até então tidos como verdades indiscutíveis. Dois bons exemplos disto são a religião (deuses e outros seres divinos) e a moral. No que diz respeito à religião, os sofistas recordavam que, diante da existência de deuses e deusas diferentes em diversos povos, não se poderia tomar de forma absoluta as crenças religiosas, sendo estas relativas a cada povo. Da mesma forma, os costumes e valores morais. Diferentes povos têm costumes diferentes. Portanto, não se pode absolutizar os costumes a partir de um determinado povo. Até mesmo valores morais teriam diferenças, aqui e ali, entre os povos, como, por exemplo, o pudor – há povos cujas normas morais exigem o uso de vestimentas, enquanto há outros em que o andar nu em meio à tribo não representa qualquer desmerecimento moral, conforme os costumes e valores desses povos.

O perigo da relativização de valores e costumes seria, porém, a generalização, a queda em um relativismo geral, nada podendo valer como critério universal entre as pessoas ou povos. Caía-se então em um raciocínio enganoso, bem proveitoso no campo da política. De fato, para vencer os inimigos no campo político, naquele tempo tornava-se necessário utilizar argumentos e uma retórica convincentes, ainda que permeados de enganos. Os sofistas ensinavam a seus alunos também esse tipo de raciocínio, a fim de derrubar teses dos inimigos e convencer as assembleias, conservando assim o poder. Muitos jovens de famílias abastadas buscavam nos sofistas uma preparação para o mundo da política, num tempo em que as cidades-Estados (póleis) gregas vinham crescendo e se desenvolvendo muito, tanto econômica quanto politica quanto culturalmente. Como se pode ver, o relativismo servia a propósitos políticos, além de culturais e intelectuais.

Os grandes filósofos atenienses do período clássico Sócrates, Platão e Aristóteles, que conviveram com os sofistas, tiveram trabalho para buscar fundamentar os conhecimentos e valores, derrubando e criticando o relativismo sofístico. Como foi dito logo atrás, Aristóteles, inclusive, viria, em referência direta aos sofistas, a chamar de sofismas os raciocínios enganosos utilizados para convencer as pessoas.

Para os que desejavam ser políticos e defender suas ideias e seus interesses pessoais e de classe, nas assembleias e em outras instâncias de poder, na Grécia antiga, o aprendizado com os sofistas era de grande valor, tanto que muitos pagavam caro pelas aulas dadas por esses homens. Tais aulas eram oferecidas em locais comuns ou até mesmo nas casas dos interessados, mediante pagamento pelo serviço prestado.

Um desses sofistas, Protágoras, já mencionado, além da retórica e da dialética, conteúdos básicos oferecidos por aqueles, também se preocupou em oferecer uma formação geral aos seus pupilos, trabalhando aspectos da língua e uma cultura básica geral, para que estes pudessem estar melhor preparados para enfrentar os embates no campo da vida política.

Os sofismas não acabaram, ainda existindo no mundo atual. São raciocínios que apresentam argumentos fundamentados na preocupação de enganar e obter respostas determinadas de pessoas, levando-as a ter, até mesmo, comportamentos determinados desejáveis por aqueles que constroem e os expõem ao público. No caso dos antigos políticos, em especial os preparados pelos sofistas, bem como de muitos políticos atuais, a obtenção de apoio para seus projetos e interesses pessoais e de classe. No mundo atual, os sofismas estão muito presentes, por exemplo, em propagandas de televisão (TV), que utiliza recursos auditivos e visuais diversos para propagandear produtos variados, levando, consequentemente, à compra destes. Por exemplo: programas de tv, propagandas de bebidas e cigarros, alimentos, revistas determinadas, veículos, prédios e apartamentos, etc., que, direta ou indiretamente (por meio de merchandising em novelas, filmes, programas de auditórios, etc.), usam personagens diversos, como atores, atrizes, futebolistas, treinadores de futebol e outros esportes, celebridades em geral, a fim de transmitir necessidades, muitas vezes de cunho psicológico, às pessoas, mas que vêm a se tornar necessidades reais para estas, levando-as ao consumismo constante. Em muitas propagandas, inclusive, o uso direto do corpo belo e quase desnudo de pessoas, artistas e celebridades. É a sexualização da mercadoria! Isto é sofisma!

No caso das propagandas de televisão e de outras mídias, seu objetivo é levar as pessoas ao consumo de produtos determinados, desde alimentos, produtos de limpeza, de beleza, acessíveis à maioria, até joias e automóveis caros e acessíveis a poucos. Os sofismas encontram-se, particularmente, no raciocínio que alia palavras e imagens com o fim de induzir ao consumismo puro e simples, tornando o que é supérfluo (sem necessidade imediata ou nenhuma) em produto de primeira necessidade. E, pior, levar as pessoas ao consumo de produtos prejudiciais à saúde, como bebidas alcoólicas (cervejas, p. ex.) e cigarro. Propagandas de cerveja, por exemplo, ainda dizem “Beba com moderação.” e “Se for dirigir, não beba.” ou, “Se forem dirigir, escolham o amigo da vez [aquele que bebe apenas bebidas não alcoólicas e leva os colegas bêbados até suas casas].”, não explicitando os riscos e o vício em que as pessoas podem incorrer com o consumo constante de bebidas alcoólicas. Curiosamente, as propagandas de cerveja, além de outras, fazem largo uso da sexualização da mercadoria, isto é, do uso do corpo de mulheres e homens, de atores e atrizes, cuja aparência é formosa e bela, para transmitir uma ideia de que, ao beber, o consumidor ou a consumidora terá sensações determinadas, tidas como boas. Eis aí também o sofisma!

Quando uma propaganda utiliza um ator ou uma atriz para divulgar determinado produto, o que ela quer dizer para o consumidor é que, se aquela pessoa famosa consome ou divulga esse produto, é sinal de que qualquer pessoa pode consumi-lo, bastando, para isto, adquiri-lo. Há as propagandas de intervalos, entre uma parte e outra do programa televisivo e há aquelas mais sutis, dentro dos próprios programas – sejam programas de palco, sejam novelas, filmes ou outros. Esse tipo de propaganda chama-se merchandising. Em novelas divulgam-se produtos como carros, que aparecem sendo dirigidos pelos atores e as atrizes, dando as ideias de conforto, beleza, segurança, etc., produtos de beleza sendo utilizados por atrizes, bebidas determinadas, além de muitos outros produtos, penetrando sutilmente nas mentes das pessoas e levando-as, consciente e inconscientemente ao consumo.

Na verdade, para que haja consumismo, no mundo atual capitalista, e, consequentemente, o constante enriquecimento de muitas empresas, é preciso haver uma indústria cultural e de propaganda continuamente em ação e sempre atualizada. A indústria da moda está constantemente se renovando, criando novos estilos e ditando novos modos de vestir e de se compor o corpo de bilhões de pessoas, pelo mundo afora. E a moda se propagandeia também pelo sistema de merchandising, isto é, através de propagandas sutis e diretas colocadas em novelas e em diferentes programas de televisão. Ela utiliza também revistas especializadas e outras. Onde estão, aí, os sofismas? Justamente no fato de apresentarem argumentos baseados, não na razão, em definições lógicas precisas, mas em argumentos dissimulados através de imagens e de montagens, de falas bem elaboradas que apelam para os sentimentos, o corpo e o psicológico, provocando reações e necessidades novas nas pessoas que as veem e ouvem, levando-as, por conseguinte, ao consumo dos produtos da moda.

ATIVIDADES:

1ª) Assista e, a seguir, descreva por escrito uma propaganda qualquer de televisão. Também por escrito, na mesma folha, comente sobre o que nela mais atrai as pessoas e explique o porquê. Responda ainda: A) O que ela apresenta corresponde às possíveis necessidades de alguma classe social específica, que tem condições de adquirir o produto, ou de todas? Por quê? B) Que recursos visuais e auditivos ela utiliza para apresentar o produto às pessoas? C) O produto que ela representa é supérfluo, isto é, que tanto faz ter como não ter que não faz falta e que, portanto, sua aquisição não é absolutamente necessária, ou um produto realmente necessário? D) A propaganda mostra a beleza do produto ou as qualidades fundamentais e realmente necessárias do produto? Por quê? E) O produto é apresentado por pessoas muito bonitas ou não? Por quê? Para quê? F) Comente o ditado: “A propaganda é a alma do negócio.”

2ª) Anote fatos do dia a dia das pessoas e do mundo da política em que, muitas vezes, em vez de usar a razão para explicar e justificar suas posições, as pessoas usam o argumento da força (imposição através do uso da força) e/ou a ilusão para obter o que desejam ou que querem que outras façam. Em sala de aula: exposição do que cada um fez + debate.

3ª) Elabore um vídeo, no Windows Movie Maker ou equivalente na plataforma Linux, sobre os sofistas.  OU: Slides, no Power Point ou equivalente no Linux, sobre eles.

4ª) Os sofistas ensinavam, aos que os podiam pagar, o uso da palavra e, com ela, do convencimento das pessoas. Davam uma formação determinada para seus pupilos. Cada estudante deverá levantar 5 profissões que, no mundo atual, demandam o uso das palavras no convencimento das pessoas. Exemplo:

PROFISSÃO

USO DA PALAVRA PARA CONVENCER

FORMAÇÃO

POLÍTICO(A)

Faz promessas, nem sempre cumpridas. Faz discursos. Participa de comícios ou showmícios. Quando necessário, mente. Apresenta propostas. Fala e gesticula. Maneja de forma astuta (esperta) as palavras. Etc.

Nem todos têm curso superior. Grande parte tem o Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio completo.

Geralmente, fazem cursos para lidar com a atividade política, quando entram para esta.

ADVOGADO(A)

Conhece bem a língua, as leis e suas falhas, apresenta provas e recursos. Convoca e questiona testemunhas, apresenta informações que constam nos autos, ilustra, usa de astúcia, gesticula, observa bem os jurados e suas características, etc.

Essa profissão exige formação superior, oferecida por faculdades e universidades, mais a carteira da OAB, no Brasil. Ao advogar em um tribunal, é preciso usar bem as palavras!

FEIRANTE

Brinca com as palavras (“Moça bonita não paga, mas também não leva!”), fala da qualidade dos produtos, propõe redução de preços, algum fala alto, convida os clientes para experimentar o produto (uma fruta, por exemplo), etc.

A grande maioria dos feirantes tem ensino básico, curso fundamental ou médio. Alguns têm curso superior. Vendem seus produtos apresentando-os e buscando convencer compradores e compradoras de suas qualidades.

OPERADOR(A) DE TELEMARKETING

Liga para as pessoas e, por telefone: anuncia o produto, suas qualidades, seus benefícios, seus pontos positivos, fala da aparente necessidade dele para a pessoa que atendeu ou para a família desta, insiste muito e com frequência, tem boa lábia (boa conversa), etc.

Essa profissão costuma exigir Ensino Médio completo e conhecimentos básicos de informática. Em alguns casos, a partir do Ensino Fundamental.

VENDEDOR(A) EM LOJAS DE SAPATOS E OUTRAS

Costuma ter boa aparência. Diante do(a) consumidor(a), se apresenta, pergunta pelo que o(a) cliente deseja, apresenta o produto e seus similares, mostra, fala do produto, das qualidades deste, costuma ter boa lábia (boa conversa), etc.

Grande parte tem Ensino Médio completo ou Ensino Fundamental.

PSICÓLOGO(A)

Ouve seus clientes, observa atentamente o que dizem, a fim de descobrir informações que os possam ajudar, conversa com eles, apresenta, aqui e ali, algumas sugestões terapêuticas (de tratamento), vasculha a mente do paciente através da conversa, fala bem.

É exigido curso superior em Psicologia para o exercício desta profissão. Têm um código de ética que pauta a audição e análise da vida de seus e suas clientes.

CAÇA-PALAVRAS: OS SOFISTAS (Prof. José Antônio Brazão.)

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Da direita para a esquerda, na vertical, na horizontal e na diagonal.

TAREFA: Procure no dicionário e\ou na internet as palavras marcadas e anote os significados no caderno.

Finalidade: ampliar seu vocabulário de língua portuguesa e entender ainda melhor o texto.

 

OS SOFISTAS 2: (Prof. José Antônio Brazão.)

(Usar MAPAS, LIVROS DE ARTE e BANNERS da biblioteca da escola. Complemento.)

Entre os séculos V e IV antes de Cristo, principalmente, com o desenvolvimento das cidades-estados (póleis) na Grécia antiga, novas necessidades sociais foram surgindo, principalmente no que diz respeito à participação nas decisões políticas. Ao mesmo tempo, a necessidade de preparo para enfrentar os embates nas assembleias e órgãos de poder das cidades fez com que surgisse um grupo novo de filósofos, os sofistas (palavra grega que se traduz por sábios, como eles se intitulavam), homens que iam de uma cidade a outra trocando por dinheiro os ensinamentos básicos imprescindíveis àquela participação. Destaque especial era dado à Retórica, arte de falar e de se expressar bem em público, e à Dialética, arte do debate, da argumentação e da defesa de posições por meio da palavra, sobretudo a palavra oral.

Aos jovens e outros interessados e que tinham dinheiro para pagar eram-lhes ensinadas estratégias argumentativas tanto para pôr como para derrubar ideias. E quem dispunha de condições, de fato, investia nisto, no intuito de alcançar o poder e, ao mesmo tempo, mantê-lo. O nome sofista vem do fato de se chamarem sábios (sophoi).

Os sofistas foram, por assim dizer, os primeiros professores a cobrar diretamente pelo conteúdo que transmitiam. Alguns sofistas, como, por exemplo, Protágoras de Abdera, ofereciam algo mais, procuravam dar uma formação mais ampla a seus alunos, a fim de que dispusessem de um horizonte intelectual e humano maior em seu trabalho e, principalmente, a fim de que fossem mais contundentes e convincentes na exposição e defesa de suas propostas. Eles relativizavam valores da cultura grega e de outras.

Os sofistas eram itinerantes, justamente buscando atender a interessados de diferentes cidades gregas. Naquelas cidades em que o afluxo de alunos era maior, ficavam mais tempo, recebendo pelos serviços prestados, sobretudo de pessoas abastadas (endinheiradas), ensinando-as a usar suas faculdades no poder de convencer.

Ao voltar-se para a realidade humana, urbana, deixaram de lado as investigações dos chamados físicos, fisiólogos ou pré-socráticos. Não estavam preocupados com as origens do cosmos, nem com o princípio fundamental de tudo, mas basicamente em instrumentalizar aqueles para quem trabalhavam com ferramentas discursivas que lhes permitissem se sair bem na vida pública, na política. Ao voltar-se para o humano, fundaram uma nova fase no pensamento filosófico grego: o período antropológico.

Os filósofos que se seguiram, boa parte deles, senão todos, dedicaram-se a questões da vida social, tratando em seus escritos e ensinamentos, de assuntos como a política e a ética, cuja influência se faz sentir ainda hoje.

Em seu Dicionário de Filosofia, José Ferrater Mora, assim define os sofistas:

“SOFISTAS: A sofística foi um movimento intelectual que surgiu na Grécia no século V a.C. A aparição dos sofistas, ou ‘mestres do saber’, teve causas múltiplas e contribuiu de modo importante para a transformação do pensamento grego, que abandonou o período cosmológico para ingressar no antropológico. Esta mudança determinou o predomínio de certos estudos: o do homem, o da sociedade e o da educação. Com os sofistas aparece também o afã de convencer e especialmente de refutar, aparece o homem como filósofo de sociedade que, em vez de meditar, discute. Além disto, o sofista fazia algo de escandaloso para sua época: ensinava mediante remuneração. O vocábulo ‘sofista’ foi durante muito tempo um nome comum ou ‘genérico’ [geral]; só em Platão aparece com um sentido pejorativo, que Aristóteles acentua ao escrever que a sofística é uma sabedoria aparente. Os sofistas mais importantes foram: Protágoras de Abdera (ca. 480 – 410 a.C.) Hípias de Élis [Élida]; Górgias (morto cerca de 380 a.C.). Obras: Pródico e Híppias, Fragmentos e Testemunhos; Górgias, Fragmentos e Testemunhos.” (MORA, F. Dicionário de Filosofia, pp. 454 – 55.)

Os sofistas ensinavam a seus discípulos o uso de argumentos a favor ou contra, conforme a necessidade da ocasião. O importante era vencer o oponente no campo da argumentação e convencer o público acerca do funcionamento, falso ou verdadeiro, das ideias do orador, conseguindo o apoio popular. Outro sofista: Trasímaco (cf. ENEM).

Aristóteles chamou sofisma todo argumento falso com aparência de verdade, fazendo, com isto, referência aos sofistas. No mundo de hoje, inclusive, os sofismas estão presentes em muitos lugares. Um bom exemplo disto são os políticos que, para conseguir o voto do povo, fazem uso claro e descarado de sofismas, dando aparência de verdade a tudo que dizem – resultados de pesquisas, seus trabalhos ‘em prol do povo’, suas promessas, entre outros. A ideia do “rouba, mas faz” é um autêntico sofisma!

Outro exemplo está em certos argumentos de advogados que defendem criminosos.  São argumentos que tenham poder de  convencer  o juiz e o júri, incluindo argumentos sofísticos. Ainda outro: propagandas de bebidas alcoólicas e cigarros, que buscam transmitir, através de atores, jogadores e cenários, a ideia aparente de que são bons e até trazem bem-estar, força, vitalidade, juventude, etc. Quando uma atriz faz propaganda de xampu popular, tem-se aí, de certa forma, um sofisma, pelo fato de que tal atriz, na verdade, usa cosméticos e tratamentos caros de embelezamento.

A ideia do “leve três e pague dois”, ou similar, é um verdadeiro sofisma, pois o preço do terceiro produto, na verdade, está, muitas vezes, embutido no preço dos outros dois. Assim sendo, na hora de comprar um produto, tome o devido cuidado para não “levar gato por lebre”, como diz o ditado.

ATIVIDADES POSSÍVEIS:

1.    Elaboração de slides sobre os sofistas.

2.    CAÇA-PALAVRAS (ABAIXO).

3.    GV/GO SOBRE OS SOFISTAS E SOFISMAS NO MUNDO ATUAL.

4.    Tempestade de ideias sobre sofistas e sofismas no mundo atual.

 

CAÇA-PALAVRAS: OS SOFISTAS 2 (Prof. José Antônio Brazão.)

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As palavras estão na horizontal, na vertical, da direita para a esquerda e vice-versa, na diagonal.

 

 

 



[1] De acordo com o dicionário online Priberam: relativizar é “considerar (algo) sob um ponto de vista relativo e não absoluto”. E relativo:(latim relativus, -a, -um) adj.adj. 1. Que tem relação, que não é alheio a: nascer e morrer são termos relativos. 2. Não tomado em sentido absoluto: reino é um termo absoluto. Portugal um termo relativo. 3. Avaliado por comparação. 4. Que se refere a alguma pessoa ou coisa. 5. GramQue se refere a um nome ou oração antecedente. 6. Diz-se da oração que principia por um pronome relativo.” (In: http://www.priberam.pt/dlpo/Default.aspx) (grifos meus.) Ao compararem valores, costumes e até mesmo religiões existentes em diferentes povos, os sofistas perceberam que não poderiam ser tomados de forma universal, como se valessem de maneira igual para todos. O deus Sol grego é Helios, o egípcio é Rá, Baco, entre outros deuses e deusas.